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Jornal ivros

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Jornal Novembro de 2022 • Distribuição Gratuita

O Livro dos
Fantasmas
Assombrosa coleção de verdadeiras histórias sobre
alma do outro mundo, lobisomem, mula-sem-cabeça,
bruxa, casa mal assombrada, saci, pacto com o
Demônio, e toda a sorte de fatos sobrenaturais

literatura brasileira obras esquecidas de autores


não é pródiga na brasileiros, ignorada pelos O Livro dos
produção de obras do críticos e editores, que por Fantasmas
gênero fantástico, certo encontrará acolhida
V iriato PPadilha
adilha
apesar da grande pelo público leitor adepto
Brochura, 223 páginas,
aceitação popular por de histórias fantásticas. Seu
formato 14 X 21 cm.
histórias de assombração e autor é um hábil contador Bira Câmara Editor, 2022
de mistério. O Livro dos de histórias, que domina
Fantasmas (1925), de com maestria a arte do
Viriato Padilha é uma das conto.
poucas exceções em nossa
Continua na página seguinte
literatura, com narrativas
que vão do folclore, com
personagens como o Saci,
a Mula-sem-cabeça e o
Caapora, ao gótico – como
no conto A Pantera Negra
e A Alma Penada do Barão
– sem deixar de lado uma
história de confessa inspi-
ração em Álvares de
Azevedo: A visão de
Viegas. Outros contos
transparecem influências
europeias, de Hoffmann
principalmente, que
podemos perceber nos
contos O concerto fantás-
tico e A Bruxa.
O Livro dos Fantasmas
é mais uma, entre outras
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Na verdade, Viriato Padilha é
um dos pseudônimos usado pelo
escritor mineiro Annibal de
Andrada Mascarenhas (1866–
1924), contista, jornalista, dono
de jornal, poeta, autor de
literatura infantil, historiador,
professor e tradutor.
Capa da Também utilizou outros
segunda pseudônimos em seus artigos,
edição contos e crônicas, tais como:
(1956) Aníbal Demóstenes, Tycho
Brahe de Araújo Machado,
Sancho Pança. Porém, ficou
mais conhecido como Viriato
Padilha.
Annibal Mascarenhas foi
dono do jornal jacobinista Viriato Padilha (Annibal de Andrada
Mascarenhas)
chamado A Bomba, mais tarde
conhecido como O Nacional. Papae Noel, Manual Prático do
Suas principais obras são: Distilador, O Fabricante
Histórias do Arco da Velha, Os Moderno de Perfumes, Essencias,
Roceiros, Livro dos Sabões e Sabonetes, Manual do
phantasmas, A Árvore de Natal Dourador e do Prateador, Curso
ou Thesouro Maravilhoso de de História Geral.

A Ilha Maldita, uma


história de magia e mistério
Obra pouco conheci- transladada da paisagem
da de Bernardo Guima- setentrional para os
rães, A Ilha Maldita tem trópicos; ela é também a
todos os ingredientes femme fatale, que leva à
para cativar o leitor que desgraça todos aqueles
A Ilha gosta de uma boa que se apaixonam por
história de mistério: ela.
Maldita assassinato, vingança,
Bernardo
Bernardo Guimarães é
magia, o sobrenatural, considerado um escritor
Guimarães
Brochura, 160 uma mulher enigmáti- regionalista, mas nunca
páginas, ca, e a narrativa fluente de um deixou de lado o seu gosto pelo
13 X 20 cm. grande contador de histórias. fantástico e pelo macabro, que
Prefácio e Regina, a “filha das ondas”, aparece nesta obra e em outras
atualização
ortográfica personagem principal do roman- produções como A Dança dos
de Bira ce, não encarna apenas a mítica Ossos, A Garganta do Diabo e
Câmara. Ondina — uma ninfa das águas — Orgia dos Duendes.
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Contos fantásticos
e outros escritos de Fagundes Varella
Varella, além de Todos os que se debru-
poeta, dedicou-se também çam sobre a obra de
à crônica e era um prosa- Varella não deixam de
dor talentoso. Mas muitos lamentar o seu fim preco-
críticos são da opinião de ce; se numa curta existên-
que a sua prosa é clara- cia alcançou tão destacado
mente inferior a sua lugar nas letras nacionais,
poesia. No entanto, isso que porvir brilhante não
nos parece um julgamento lhe caberia se tivesse
precipitado e na defesa do vivido mais? Neste caso, quem Os Argonautas
poeta temos que desculpar-lhe a sabe não teríamos — além do Virgílio Várzea
brevidade da existência e reco-
contista — também um grande Publicada em
nhecer que não houve tempo para 1905, esta obra
romancista? Talento para isso não
que o prosador que havia nele do escritor
lhe faltava.
amadurecesse. catarinense
Brochura, 112 páginas, formato 13 X 20 cm. Ilustrado. Organização, Virgílio Várzea é
prefácio e projeto gráfico de Bira Câmara. Textos: “A guarida de pedra”, uma
verdadeira
“As bruxas”, “Recordações de viagem”, “Palavras de um louco”, “Poe-
raridade literá-
sia e os poetas”, “Acúsmatas” e “Manuscrito”.
ria, burilada
com delicada
ourivessaria

NOITES LUGUBRE
´ S
literária.
Ilustrada,137
páginas, formato
11,5 X 18,5 cm.

A obra que inspirou Álvares de Azevedo em “Noite na Taverna”

1ª edição brasileira em livro de Noches Lúgubres, publicada origi-


nalmente em 1785. Tradução de F. Bernardino Ribeiro ("Minerva Brasi-
liense", 1844).
Cadalso é considerado o primeiro autor do Romantismo europeu e
sua obra influenciou também o romantismo brasileiro. Além
de ter inspirado a chamada poesia sepulcral, na opinião do
crítico Brito Broca, este livro serviu de modelo para os con-
tos macabros de Álvares de Azevedo em "Noite na Taverna".
Atualização ortográfica, prefácio e nota biográfica do au-
tor por Bira Câmara.
Brochura, 66 páginas, formato 13 X 19, 5 cm.
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Genesco Dalmo, um livro esquecido


Vida Acadêmica
Edição
que merece ser redescoberto
fac-simile da obra Muitas obras publicadas no século XIX jamais foram reeditadas,
de Theodomiro algumas inexplicavelmente, como é o caso do romance de Luiz
Alves Pereira Ramos Figueira, Dalmo ou Mistérios da Noite.
Texto de Bira Câmara

Elogiado por Machado de Dalmo representa uma luta


Assis, quando de seu lançamen- nas trevas; nas suas
to em 1863, o romance de Luiz caminhadas solitárias pela
Ramos Figueira caiu injusta- cidade, durante a madrugada,
mente no esquecimento. Das ele tem acesso aos mistérios
obras que vieram na esteira de sombrios e aos “crimes que o
Noite na Taverna, foi a mais confessionário oculta.”
bem acabada como
obra de ficção e Dalmo ou Mistérios
também a mais origi- da Noite
Um dos primeiros nal. Luiz Ramos Figueira
textos que surgi- Dalmo é a antítese
ram na esteira de Brochura, 148 páginas,
do personagem formato 13 X 20 cm.
Noite na Taverna, byroniano, um Prefácio e atualização
de Álvares de justiceiro, o mediador ortográfica de Bira
Azevedo. entre o bem e o mal, a Câmara. Análise crítica de
Fac-simile do livro virtude e o vício. Pessanha Póvoa.
publicado em 1861.
Texto de apresen-
tação de Bira Literatura e Cinema
Câmara, com a Filmes clássicos legendados no canal Cine Club Dif (Youtube)
crítica de Pessanha Atualizações semanais — Inscreva-se e compartilhe
Póvoa (1870).
Brochura, 256
páginas, formato
13,5 X 20 cm.

Jornalivros
Boletim informativo
de literatura e
"A Mão do Diabo" (1943), filme A Estalagem Maldita (1939), com
bibliofilia
baseado na obra de Gérard de Nerval Charles Laughton e Maureen O'Hara

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