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A

ETEC. DR. DOMINGOS MINICUCCI FILHO


LPL - 2º bimestre - Profa. Kathia. EXERCÍCIO POESIA DA SEGUNDA GERAÇÃO MODERNISTA

1. (UA)Os fragmentos de poemas transcritos abaixo pertencem ao dinheiros... / -- e tu muitas coisas pedes: / pensão para toda a
período modernista. Leia-os e identifique os respectivos autores. vida, / perdão para quanto deves, / comenda para o pescoço, /
I. No meio do caminho tinha uma pedra/ tinha um pedra no honras, glória, privilégios. / E andas tão bem na cobrança / que
meio do caminho/ tinha uma pedra / no meio do caminho tinha quase tudo recebes! / Melhor negócio que Judas / fazes tu,
um pedra. (…). (No meio do caminho) Joaquim Silvério! / Pois ele encontra remorso, / coisa que não te
II. Vou-me embora pra Pasárgada / Lá sou amigo do rei / Lá acomete. / Ele topa uma figueira, / tu calmamente envelheces, /
tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei / (…). orgulhoso impenitente, / com teus sombrios mistérios. / (Pelos
(Vou-me embora pra Pasárgada) caminhos do mundo, / nenhum destino se perde: / há os grandes
III. De repente do riso fez-se o pranto / Silencioso e branco como sonhos dos homens, / e a surda força dos vermes.)
a bruma / E das bocas unidas fez-se a espuma / E das mãos Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
espalmadas fez-se o espanto. / (…). (Soneto de separação) I. O emissor assume postura argumentativa ao exprimir juízos de
IV. Lá vem o acendedor de lampiões da rua! / Este mesmo que valor sobre as ações de ambos os traidores célebres.
vem infatigavelmente, / Parodiar o sol e associar-se à lua / II. A significação do texto constrói-se com base numa ampla
Quando a sombra da noite enegrece o poente! / Um, dois, três comparação, na qual se destaca crítica mais contundente à
lampiões, acende e continua / Outros mais a acender traição praticada por Joaquim Silvério.
imperturbavelmente, / À medida que a noite aos poucos se III. O emissor enfatiza as vantagens obtidas pelos atos de
acentua / E a palidez da lua apenas se pressente. (O acendedor de Joaquim Silvério, como forma de expor sua vileza.
lampiões) IV. Os versos finais, postos entre parênteses, contêm um
V. Eu canto porque o instante existe / e a minha vida está comentário de natureza ética e generalizante que expressa o
completa. / Não sou alegre nem sou triste: / sou poeta. (…). tema do texto. Estão corretas as afirmações:
(Motivo)
A) I e III, apenas. D) II e IV, apenas.
A) Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Vinícius de B) I, III e IV, apenas. E) II, III e IV, apenas.
Moraes, Jorge de Lima e Cecília Meireles. C) I, II, III e IV.
B) Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes,
Cecília Meireles e Mário Quintana. 4. À vista dos traços estilísticos, é correto afirmar que o texto de
C) Luiz Bacellar, Thiago de Mello, Raul Bopp, Haroldo de Cecília Meirelles.
Campos e Ferreira Gullar. A) representa grande inovação na construção dos versos,
D) Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Jorge de marcando-se sua obra por experimentalismo radical da
Lima, Paulo Leminski e Mário Quintana. linguagem e referência a fontes vivas da língua popular.
E) Murilo Mendes, Thiago de Mello, Adélia Prado, João Cabral B) é despida de sentimentalismo e pautada pelo culto formal
de Melo Neto e Jorge de Lima. expresso na riqueza das rimas e na temática de cunho social.
C) simula um diálogo, adotando linguagem na qual predomina a
Marque a alternativa em que predominam todas as
2. (UFPII) função apelativa, e opta por versos brancos, de ritmo popular
características na primeira fase poética de Vinícius de Moraes. (caso dos versos de sete sílabas métricas).
D) expressa sua eloqüência na escolha de temática greco-romana
A) Desordem sensorial; estética primitivista e de base e nas tendências conservadoras típicas do rigor formal de sua
antropológica; hermetismo. linguagem.
B) Religiosidade mística; visão idealista em poemas longos; E) é de tendência descritiva e heróica, adotando a sátira para
erotismo conflituoso. expressar a crítica às instituições sociais falidas.
C) Narratividade épica; recriação de lendas e tradições
brasileiras; imagens oníricas. 5. (FUVEST) Com o próprio titulo indica, no Romanceiro da
D) Anarquismo formal; concepção irracional da existência; culto Inconfidência, de Cecília Meireles, os romances têm como
da blague e da piada. referência nuclear já frustrada rebelião na Vila Rica do Século
E) Poesia de participação social; valorização do trabalho XVIII. No entanto, deve-se reconhecer que:
humano; temática nacionalista.
A) A base histórica utilizada no poema converte-se no lirismo
3. (FATEC). Capítulo XXXIV ou de Joaquim Silvério, do transcendente e amargo que caracteriza as outras obras da
Romanceiro da Inconfidência de Cecília Meirelles: Melhor autora.
negócio que Judas / fazes tu, Joaquim Silvério: / que ele traiu
Jesus Cristo, / tu trais um simples Alferes. / Recebeu trinta
B) As intenções ideológicas da autora e a estrutura narrativa do 7. (FUVEST).Leia o trecho de Procura da Poesia do livro A rosa do
poema emprestam ao texto as virtudes de uma elaborada prosa povo de Carlos Drummond de Andrade.
poética. Não faças versos sobre acontecimentos. / Não há criação nem
C) A imaginação poética dá à autora a possibilidade de interferir morte perante a poesia. / Diante dela, a vida é um sol estático, /
no curso dos episódios essenciais da rebelião, alterando-lhes o não aquece nem ilumina. (...) Penetra surdamente no reino das
rumo. palavras. / Lá estão os poemas que esperam ser escritos. / Estão
D) A matéria histórica tanto alimenta a expressão poética no paralisados, mas não há desespero, / há calma e frescura na
desenvolvimento dos fatos centrais quanto motiva o lirismo superfície intata. / Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.
reflexivo. No contexto do livro, a afirmação do caráter verbal da poesia e a
E) A preocupação com a fidedignidade histórica e com o tom incitação a que se penetre “no reino das palavras”, presentes no
épico atenua o sentimento dramático da vida, habitual na poesia excerto, indicam que, para o poeta de A rosa do povo,
da autora.
A) praticar a arte pela arte é a maneira mais eficaz de se opor ao
6. ENEM. Leia o treco de Confidência do Itabirano do livro Poesias mundo capitalista.
Completas de Carlos Drummond de Andrade. B) a procura da boa poesia começa pela estrita observância da
Alguns anos vivi em Itabira. / Principalmente nasci em Itabira. / variedade padrão da linguagem.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. / Noventa por cento de C) fazer poesia é produzir enigmas verbais que não podem nem
ferro nas calçadas. / Oitenta por cento de ferro nas almas. / E esse devem ser interpretados.
alheamento do que na vida é porosidade e / comunicação. D) as intenções sociais da poesia não a dispensam de ter em
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, / vem de Itabira, conta o que é próprio da linguagem.
de suas noites brancas, sem mulheres e / sem horizontes. E) os poemas metalingüísticos, nos quais a poesia fala apenas de
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, / é doce herança si mesma, são superiores aos poemas que falam também de
itabirana. / De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: outros assuntos.
/ esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, / este São Benedito do
velho santeiro Alfredo Duval; / este couro de anta, estendido no 8. Dentro da dialética de Carlos Drummond de Andrade: “Eu
sofá da sala de visitas; / este orgulho, esta cabeça baixa... / Tive maior que o mundo”, “Eu igual ao mundo”, “Eu menor que o
ouro, tive gado, tive fazendas. / Hoje sou funcionário público. / mundo”.
Itabira é apenas uma fotografia na parede. / Mas como dói! I. No meio do caminho tinha uma pedra. No meio do caminho
Carlos Drummond de Andrade é um dos expoentes do tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho / tinha
movimento modernista brasileiro. Com seus poemas, penetrou uma pedra / no meio do caminho tinha uma pedra / Nunca me
fundo na alma do Brasil e trabalhou poeticamente as inquietudes esquecerei desse acontecimento / na vida de minhas retinas tão
e os dilemas humanos. Sua poesia é feita de uma relação tensa fatigadas. / Nunca me esquecerei que no meio do caminho /
entre o universal e o particular, como se percebe claramente na tinha uma pedra / tinha uma pedra no meio do caminho / no
construção do poema Confidência do Itabirano. meio do caminho tinha uma pedra.
Tendo em vista os procedimentos de construção do texto II. Quadrilha. João amava Teresa que amava Raimundo que
literário e as concepções artísticas modernistas, conclui-se que o amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava
poema acima: ninguém. João foi para o Estados Unidos, Teresa para o
convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
A) representa a fase heroica do modernismo, devido ao tom Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não
contestatório e à utilização de expressões e usos linguísticos tinha entrado na história.
típicos da oralidade. III. José. E agora, José? / A festa acabou, / a luz apagou, / o povo
B) apresenta uma característica importante do gênero lírico, que sumiu, / a noite esfriou, / e agora José? / e agora, você? / você
é a apresentação objetiva de fatos e dados históricos. que é sem nome, / que zomba dos outros, / você que faz versos,
C) evidencia uma tensão histórica entre o “eu” e a sua / que ama, protesta? / e agora, José?
comunidade, por intermédio de imagens que representam a IV. Consolo na praia. [Vamos, não chores. /A infância está
forma como a sociedade e o mundo colaboram para a perdida. / A mocidade está perdida. / Mas a vida não se perdeu. /
constituição do indivíduo. O primeiro amor passou. / O segundo amor passou. / O terceiro
D) critica, por meio de um discurso irônico, a posição de amor passou. / Mas o coração continua. Perdeste o melhor
inutilidade do poeta e da poesia em comparação com as prendas amigo. / Não tentaste qualquer viagem. / Não possuis carro,
resgatadas de Itabira. navio, terra. [...] Dorme, meu filho.]
E) apresenta influências românticas, uma vez que trata da
individualidade, da saudade da infância e do amor pela terra A) Eu menor que o mundo - Eu maior que o mundo - Eu menor
natal, por meio de recursos retóricos pomposos. que o mundo - Eu maior que o mundo.
B) Eu maior que o mundo - Eu maior que o mundo - Eu menor
que o mundo - Eu maior que o mundo.
C) Eu menor que o mundo - Eu menor que o mundo - Eu igual Para tentar saber, vale a pena ler o poema "A flor e a náusea".
ao mundo - Eu maior que o mundo. Nessa época, o mundo vivia os horrores da Segunda Guerra
D) Eu maior que o mundo - Eu maior que o mundo - Eu maior Mundial, e o autor que nunca fora alheio a questões ideológicas
que o mundo - Eu maior que o mundo. ou humanas, aos sofrimentos ou à dor na cidade ou no campo,
E) Eu igual ao mundo - Eu maior que o mundo - Eu menor que o escreveu nesse livro (ao lado de outros diversos temas) sua
mundo - Eu menor que o mundo. indignação e tristeza melancólica com o mundo, com a violência
e com a necessidade de se ter uma ideologia.
9. Um poeta da segunda fase do modernismo brasileiro viu a As obras acima são (em ordem):
figura da mulher como um ser sublime (romantismo), platônico
(trovadorismo) e louco (surrealismo) em uma 1ª fase. Na 2ª fase, A) O acendedor de lampiões/ Invenção de Orfeu/ A rosa do povo
essa musa - mulher é retratada com muita sensualidade B) Invenção de Orfeu/ O acendedor de lampiões/ A rosa do povo
(realismo). Quem foi esse autor? C) A rosa do povo/ Invenção de Orfeu/ O acendedor de lampiões
D) O acendedor de lampiões/ A rosa do povo/ Invenção de Orfeu
A) Jorge de Lima D) Murilo Mendes E) Invenção de Orfeu/ A inconfidência mineira/ A rosa do povo
B) Cecília Meireles E) Vinícius de Moraes
C) Drummond de Andrade 21. (PUC-RS) “Nãofaças versos sobre acontecimentos./ Não há
criação nem morte perante a poesia./ Diante dela, a vida é um sol
10. Leia a seguinte paródia da Canção de Exílio: Minha terra tem estático,/ Não aquece nem ilumina.” Uma das constantes na obra
macieiras da Califórnia / onde cantam gaturamos de Veneza. / Os de Drummond de Andrade, como se verifica nos versos acima, é:
poetas da minha terra / são pretos que vivem em torres de
ametista, / os sargentos do exército são monistas, cubistas, / Os A) a louvação do homem social.
filósofos são polacos vendendo a prestações. / Gente não pode B) o negativismo destrutivo.
dormir / Com os oradores e os pernilongos. / Os sururus em C) a violação e desintegração da palavra.
família têm por testemunha a Gioconda / Eu morro sufocado / D) o questionamento da própria poesia.
em terra estrangeira. / Nossas flores são mais bonitas / Nossas E) o pessimismo lírico.
frutas mais gostosas / Mas custam cem mil réis a dúzia. / Ai quem
me dera chupar uma carambola de verdade / e ouvir um sabiá 13. Texto I. Ó mar salgado, quanto do seu sal/ São lágrimas de
com certidão de idade! Portugal!/ Por te cruzarmos, quantas mães choraram,/ Quantos
A) Jorge de Lima D) Murilo Mendes filhos em vão rezaram!/ Quantas noivas ficaram por casar/ Para
B) Cecília Meireles E) Vinícius de Moraes que fosses nosso, ó mar! (Fernando Pessoa)
C) Drummond de Andrade Texto II. O mar é só mar, desprovido de apegos,/ matando-se e
recuperando-se,/ correndo como um touro azul por sua própria
11.Autor com características parnasianas e simbolista. Empregou sombra,/ e arremetendo com bravura contra ninguém,/ e sendo
o verso livre, prosa em verso (narração) e a poesia descritiva, depois a pura sombra de si mesmo,/ por si mesmo vencido. É o
como O acendedor de lampiões. Autor também de pomas com seu grande exercício. (Cecília Meireles)
temática nordestina (Poemas Negros) e poesia social. Uma outra I. o mar representa a morte e a vida em tempo constante, nos
fase criou poesia religiosa (católica), mística e onírica dois textos.
(Surrealismo). II. no texto I, o poeta valoriza e engrandece os sentimentos de
um povo.
A) Jorge de Lima D) Murilo Mendes III. no texto II, há o predomínio da linguagem denotativa e
B) Cecília Meireles E) Vinícius de Moraes apelativa.
C) Carlos Drummond de Andrade IV. os dois textos apresentam características modernistas.
Estão corretas
12. I. Poema épico e subjetivo, longo em dez cantos
fragmentários, a obra une fragmentos de epopéias clássicas, como A) III e IV, apenas. D) II e IV, apenas.
a Divina comédia, Eneida, Os Lusíadas e a própria Bíblia a B) II e III, apenas. E) I e II, apenas.
elementos sociais nacionais. O autor constrói uma epopéia C) I e III, apenas.
moderna e brasileira ao criar uma viagem na qual se depara com
o Inferno, o Paraíso e algumas musas. 14. (UEL)O poema que segue faz parte do primeiro livro de Carlos
II. No poema, o poeta diz que o homem tenta parodiar o sol, ou Drummond de Andrade, Alguma poesia, tem como título
seja, tenta dentre o negrume da noite trazer a luz que deveria "Cidadezinha qualquer". Assinale a alternativa correta:
trazer o sol, luz simboliza nascimento, vida, força, calor, Casas entre bananeiras/ Mulheres entre laranjeiras/ Pomar amor
proteção, e, diz que o acendedor tenta associar-se à lua e, cantar./ Um homem vai devagar./ Um cachorro vai devagar./ Um
gradualmente a noite consome o poente. burro vai devagar./ Devagar... as janelas olham./ Eta vida besta,
III. Cinquenta e cinco poemas compõem a obra. O próprio título meu Deus.
do poema já traz uma simbologia. Será a poesia para o coletivo?
A) O poema denuncia de forma irônica e com uma linguagem 16. À vista dos traços estilísticos, é correto afirmar que o texto de
sintética a monotonia e o tédio que predominam em pequenas Cecília Meirelles
cidades do interior. A) representa grande inovação na construção dos versos,
B) O poema mostra com sentimento piedoso o desajuste marcando-se sua obra por experimentalismo radical da
existencial do homem diante da vida. linguagem e referência a fontes vivas da língua popular.
C) O poema retrata de modo triste e melancólico a desventura B) é despida de sentimentalismo e pautada pelo culto formal
amorosa do poeta na cidade de Itabira, onde nasceu. expresso na riqueza das rimas e na temática de cunho social.
D) Predomina no poema um sentimento de nostalgia do passado, C) simula um diálogo, adotando linguagem na qual predomina a
por meio de uma linguagem muito simples e pouco elaborada função apelativa, e opta por versos brancos, de ritmo popular
esteticamente. (caso dos versos de sete sílabas métricas).
E) Há no poema uma preocupação de ordem social e política que D) expressa sua eloqüência na escolha de temática greco-romana
sintetiza o "sentimento do mundo" do eu lírico. e nas tendências conservadoras típicas do rigor formal de sua
linguagem.
15. (FUVEST) E) é de tendência descritiva e heróica, adotando a sátira para
I O sobrevivente (...) Há máquinas terrivelmente complicadas expressar a crítica às instituições sociais falidas.
para as necessidades mais simples./ Se quer fumar um charuto
aperte um botão./ Paletós abotoam-se por eletricidade./ Amor se Leia o poema a seguir, de Vinicius de Moraes, para responder às
faz pelo sem-fio./ Não precisa estômago para digestão. questões 17 e 18:
II Cota zero/ Stop./ A vida parou./ Ou foi o automóvel? A volta da mulher morena
Sobre os versos extraídos de Alguma Poesia, pode-se dizer que: Meus amigos, meus irmãos, cegai os olhos da mulher morena/
A) Os dois textos podem ser aproximados quanto ao tema Que os olhos da mulher morena estão me envolvendo/ E estão
(mecanização do cotidiano); entretanto, enquanto o primeiro me despertando de noite./ Meus amigos, meus irmãos, cortai os
apresenta uma visão crítica sobre o tema, o segundo faz uma lábios da mulher morena/ Eles são maduros e úmidos e
apologia bem-humorada do progresso urbano. inquietos/ E sabem tirar a volúpia de todos os frios./ Meus
B) Os textos assemelham-se não apenas quanto ao tema amigos, meus irmãos, e vós que amais a poesia da minha alma/
(automatização da vida humana), mas também quanto à Cortai os peitos da mulher morena/ Que os peitos da mulher
linguagem: ambos apresentam a brevidade e a descontinuidade morena sufocam o meu sono/ E trazem cores tristes para os meus
sintática características de Alguma Poesia. olhos.
C) A crítica à mecanização excessiva que caracteriza a vida Jovem camponesa que me namoras quando eu passo nas tardes/
moderna evidencia-se, no texto I, especialmente no emprego da Traze-me para o contato casto de tuas vestes/ Salva-me dos
antítese no primeiro verso, e, no texto II, no emprego do braços da mulher morena/ Eles são lassos, ficam estendidos
estrangeirismo, ou barbarismo (stop). imóveis ao longo de mim/ São como raízes recendendo resina
D) O texto II apresenta, através de uma linguagem marcada pela fresca/ São como dois silêncios que me paralisam. [...]
concisão telegráfica, a crítica presente no texto I, uma vez que os Dai morte cruel à mulher morena!
termos zero, stop e parou indicam a total dependência da vida
moderna em relação às máquinas. 17.A partir da leitura do poema, é possível afirmar que:
E) A máquina como assunto poético pode ser verificada nos dois A) ele pertence à 1ª fase do poeta, com a presença de linguagem
textos, o que torna evidente a influência exercida, sobre o autor, simples e forte erotismo.
da vanguarda artística conhecida como futurismo. B) ele pertence à 1ª fase do poeta, em que a mulher representa o
pecado por provocar o desejo no eu lírico.
(FATEC) Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério C) ele pertence à 2ª fase do poeta, em que a mulher é vista de
Melhor negócio que Judas/ fazes tu, Joaquim Silvério:/ que ele forma mais material e há a consciência do pecado.
traiu Jesus Cristo,/ tu trais um simples Alferes./ Recebeu trinta D) ele pertence à 1ª fase do poeta, em que os temas
dinheiros.../ -- e tu muitas coisas pedes:/ pensão para toda a transcendentais predominam e a mulher é vista como uma
vida,/ perdão para quanto deves,/ comenda para o pescoço,/ espécie de anjo.
honras, glória, privilégios./ E andas tão bem na cobrança/ que E) ele pertence à 2ª fase do poeta, com a presença do soneto e da
quase tudo recebes!/ Melhor negócio que Judas/ fazes tu, indagação sobre as contradições do amor.
Joaquim Silvério!/ Pois ele encontra remorso,/ coisa que não te
acomete./ Ele topa uma figueira,/ tu calmamente envelheces,/ 18.Em relação à mulher, nesse poema, pode-se afirmar que:
orgulhoso impenitente,/ com teus sombrios mistérios./ (Pelos A) ela é vista de maneira espiritualizada e idealizada.
caminhos do mundo,/ nenhum destino se perde:/ há os grandes B) ela é descrita como motivação do pecado, mas, apesar disso, o
sonhos dos homens,/ e a surda força dos vermes.) (Cecília eu lírico mantém-se alheio a seus encantos.
Meirelles, Romanceiro da Inconfidência.) C) ela é vista com naturalidade, e o desejo sexual não apresenta
problema para o eu lírico.
D) ela representa o pecado e precisa ser eliminada para que o eu
lírico encontre a paz.
E) ela é inalcançável, daí provém a angústia do eu lírico.

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