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1. O que podemos entender por "Atos de Fala"?

Para começarmos a entender o que são os Atos da Fala, nos remetemos ao precursor da ideia, o filósofo
britânico John J. Austin (1911-1960), com a sugestiva publicação How to Do Things With Words, e por
conseguinte, vieram John Searle, e outros. Assim, John Austion chama a atenção para os limites de uma
abordagem que considere que as frases produzidas em uma língua qualquer sejam formas de representação
da realidade e que possam ser avaliadas simplesmente como verdadeiras ou falsas. Ele mostra que um
grande número de frases produzidas usualmente pelos falantes não fazem representações do mundo, mas
são formas pelas quais os falantes realizam determinadas ações. Onde o interlocutor desprende de uma ação
diante do mundo. E há em sua maioria das vezes, a intenção de que o ouvinte realize aquilo que está sendo
falado, declarado, pedido, perguntado, orientado, etc.
Ele defende então o enunciado performativo, ou seja, não apenas relata, mas realiza deter minada ação.
Austin demonstra que a língua não se objetiva somente a descrever a “realidade”, mas também a alterá-la e, até
mesmo, a criar novas realidades. Para esse autor, as expressões lingüísticas que servem para descrever estados de
coisas (atos constatativos) são apenas uma das categorias possíveis e, portanto, seria uma ingenuidade propor que
a linguagem verbal só tivesse essa função. Ainda, apresenta a formulação da categoria dos atos performativos, que
implicariam na realização de uma determinada ação.

2. Qual a diferença entre ato locutivo, ilocutivo e perlocutivo?

a) Ato Locutivo - o que foi dito, sentença que foi relatada.


Ex: Estou com vontade de viajar neste final de semana.

b) Ato Ilocutivo - intencionalidade do falante ao proferir uma sentença (ordenar, perguntar, etc).
Ex. Estou com vontade de viajar neste final de semana (o falante espera que com sua entonação e intenção,
receba algum tipo de convite, a chamada segundas intenções, às veze s, ou espera de que alguém oferecerá
o que está intencionando)

c) Ato Perlocutivo - o ato da fala O ato de fala perlocucionária não é controlável, pois às vezes
queremos produzir um certo efeito e não o alcançamos. Por exemplo, se você disser a alguém que é
muito melhor que você não converse com ninguém sobre isso, você pode tentar convencê -lo, e ainda
assim, o que você provoca é assustador. Por essa razão, atos de fala perlocucionários não podem ser
expressos no presente, o que é uma diferença com atos de fala ilocutórios.
Alguns exemplos de atos perlocutórios são: intimidar, enganar, impressionar, defraudar, persuadir,
convencer, assustar, irritar, insultar, fazer com que o destinatário faça algo, etc.

3. O que são as "Condições de Felicidade" para a teoria dos "Atos de Fala"?


Aos critérios que precisam ser satisfeitos para que um enunciado performativo seja bem -sucedido, Austin
denominou "condições de felicidade”. As principais são:
. falante deve ter autoridade para executar o ato (como no exemplo do parágrafo anterior);
. as circunstâncias em que as palavras são proferidas devem ser apropriadas (se o presidente da câmara
declara aberta a sessão, sozinho, em sua casa, o performativo não se realiza, porque não está sendo
enunciado nas circunstâncias apropriadas);
Posteriormente, ao tentar fixar um critério gramatical para os enunciados performativos (inicialmente, o critéri o
verbo na primeira pessoa do singular do presente do indicativo etc.), Austin esbarra em muitos problemas,
pois constata, entre outras coisas, que:

1. nem todo enunciado performativo tem verbo na primeira pessoa do singular do presente do indicativo na
forma afirmativa e na voz ativa. Eis alguns exemplos:

Proibido fumar; vocês estão autorizados a sair; Todos os funcionários estão convidados para a reunião de
hoje. Nesses exemplos, os atos de proibição, autorização e convite se realizam sem o emprego de p roíbo,
autorizo e convido;

4. Nem todo enunciado na primeira pessoa do singular do presente do indicativo na forma afirmativa e na
voz ativa é performativo. Eis alguns exemplos: Eu jogo futebol; eu corro; eu estudo inglês. Nesses exemplos,
os atos de jogar futebol, correr e estudar inglês não se realizam ao se enunciar tais sentenças.

As grandes mentiras dos cursos de inglês, tanto de franquias, quanto de professores online:
1) Inglês não se aprende com gramática.
Bem, se for pensar na lógica, tudo que chamam de gramática nada mais é do que você colocar numa
sequência lógica uma situação verbal ou escrita que se faça entender. Logo, como vou falar "I Leonardo AM",
se eu não sei esse lógica. É meio óbvio. E gramática é o termo errado. O que se aprende é a funcionalidade e
estrutura das palavras e frases. Gramática assusta brasileiros. Devemos chamar de USO da LínGUA.
2) Vou ouvir só filme e tudo em inglês, logo de cara. Então, logo de cara você vai desanimar. O que se deve começar é a
pegar as partes de um filme ou algo, que você entenda, mesmo que a legenda esteja em português. E sabe o que aprende
muito? A coisa mais inútil: programas de reality show, desenhos como Bob Esponja e Simpsons, e claro, muito video game.
Ou seja, você desperta em você seu próprio interesse. Não é nada forçado.
3) Não desenvolver as 4 habilidades fundamentais de qualquer língua, e que envolve os sentidos:}
- falar
- ouvir
- escrever
- ler
- "pensar" (alguns precisam traduzir, outros memorizam blocos da língua e já falam naturalmente, e há várias técnicas para
isso)
4) Ler livros com o áudio dele é uma das melhores coisas. AUDIOBOOKS.
5) Aprender inglês em 3 meses. Impossível. Amigo, tenha paciência. A gente aprendeu a andar e mesmo com 60 anos
tropeça e cai, portanto, a dedicação é você quem dita. Se estudar 12 horas por dia, sim, você aprende com sua memória
fotográfica.
6) E nunca se esqueça dos pilares de se aprender inglês, que é o grande segredo dos poliglotas e eu passo para meus alunos,
além de muita conversação e leitura.
a) pronúncia - aprender toda fonética e como funciona seu aparelho fonador
b) Aprender toda gramática (1 livro só basta, e vc já saberá tudo de que precisa)
c) a e b são finitos, mas vocabulário infelizmente não. Portanto, muita gíria, expressões, verbos, nomes das coisas, isso não
tem fim, e esse é
o barato da coisa. Nossa língua é limitada perto do inglês, por isso apesar da gramática ser bem mais difícil, damos menos
nomes às coisas.

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