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Introdução

Nos bastidores do mundo espiritual estão forças que lutam contra as almas dos
homens no grande conflito entre Cristo e Satanás [1] (Efésios 6:12). As Escrituras
revelam o jogo e o contra-jogo destas forças ao longo da história sagrada até o
retorno de Cristo e o estabelecimento de Seu reino (Daniel 2:44).

É importante para nós sabermos onde estamos no esquema das coisas a fim de
estarmos preparados para assumir uma posição do lado certo. Aqueles que não
fazem nada, mas se sentam em cima do muro, estão em perigo de serem arrastados
pelas ilusões espiritualistas que estão para vir sobre o mundo (Mateus 24:24). Deus
nos deu a luz de Sua Palavra, para guiar nossos passos e iluminar nosso caminho
(Salmo 119:105). Os enganos e filosofias do espiritismo, cada vez mais se infiltram
na igreja, assumindo o manto de sagrado, até que um dia a igreja se tornará um
antro de demônios (Apocalipse 18:2)! Deus nos deu advertências em Sua Palavra
para nos proteger e guiar, ninguém será enganado, sem primeiro ouvir e rejeitar a
verdade (2 Tessalonicenses 2:11-12).

Se nós sinceramente desejamos saber a verdade então, devemos conhecer a


doutrina a fim de estarmos seguros (João 7:17).

Espiritismo é, essencialmente, rebelião contra Deus. As pessoas são atraídas a ele


com alguma promessa de riqueza material, fama, poder, felicidade ou
conhecimento especial. Quando alguém se afasta de Deus, seguindo por esse
caminho, acaba em um estado de escuridão. As forças espirituais por trás do
espiritismo estão elas próprias acorrentadas nas trevas e na rebelião contra Deus (2
Pedro 2:4), então é natural que quem entre no seu território também fique
acorrentado à escuridão. Isto leva a um estado ilusório, onde as pessoas acreditam
que o certo é errado e o errado é certo (Isaías 5:20); elas pensam que podem viver
como querem e, ao mesmo tempo driblarem a morte e o julgamento final (Isaías
28:15-18). Mas a hora do juízo virá, e a Babilônia cairá de repente diante de seus
olhos (Apocalipse 18). Então, será demasiado tarde para se escapar da destruição,
não haverá bálsamo para aqueles que por suas próprias ações se destruíram.

Precisamos estudar com cuidado o que as Escrituras dizem sobre os enganos do


tempo do fim para que não fiquemos presos na sua rede. Quaisquer que sejam as

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promessas que a estrada para Endor ofereça, ela termina em problemas, vazio,
trevas e destruição. A estrada larga pode parecer atraente (Mateus 7:13-14), mas
falta a companhia vital de Cristo, que deu a Sua vida e derramou Seu sangue pelos
pecadores. Ele trilhou o caminho estreito, que não promete riqueza, fama ou poder,
mas, no entanto, leva a uma cidade eterna e a uma recompensa incalculável
(Hebreus 11:10). O salário do pecado é a morte mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna (Romanos 6:23), é isso que oferece o caminho estreito, companheirismo
com Deus e uma existência eterna no paraíso (Apocalipse 21:3-4).

Em Sua Palavra, Deus traçou uma última mensagem de advertência ao mundo


antes de aparecer essa enganação final (Apocalipse 14:6-12). Esta mensagem (a
mensagem dos três anjos) é o antídoto perfeito para os enganos espiritualistas do
tempo do fim. Tudo o que uma nega a outra mensagem afirma como descrita neste
livro. A doutrina “sem lei” dos demônios é finalmente uma negação de Cristo como
nosso Salvador (1 Timóteo 4:1, 1 João 2:22-23). Jesus é o verdadeiro Deus, o
Salvador da humanidade, e o único nome debaixo do céu pelo qual os homens
podem ser salvos (Atos 4:12).

Às vezes as pessoas são enredadas no espiritualismo sendo impossível escapar sem


ajuda divina ou, em alguns casos, orações de intercessão de pessoa(s) justa(s) [2]
(Tiago 5:16). Seria muito prudente não se envolver em tais coisas (Provérbios
28:26). Espero que este livro ajude a orientar as pessoas a se manterem longe dos
perigos e torne os leitores conscientes das questões em jogo. Como diz o ditado,
olhe antes de saltar!

Nós precisamos ser cuidadosos na forma de abordar o espiritismo; nossos passos


precisam ser guiados pela Palavra de Deus e oração; isso será cada vez mais
importante à medida que nos aproximamos do fim dos tempos. Alguns cristãos têm
perdido o seu caminho entrando em território inimigo, pensando que eles eram
fortes o suficiente para combater as forças das trevas [3], eles correm para lugares
onde anjos temem pisar. Quando nos movemos com Jesus ao nosso lado, não
temos nada a temer, porque Ele venceu as forças das trevas:

“e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles


triunfou na mesma cruz” (Colossenses 2:15).

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Capítulo 1: A Natureza do Engano Final
“Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos, alguns apostatarão da
fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios” (1 Timóteo
4:1).

Na primeira carta de Paulo a Timóteo, ele alerta para uma futura apostasia nos
últimos dias. Seus preceitos já estavam sendo manifestados nos ensinamentos dos
gnósticos. Eles estavam proibindo seus seguidores de se casarem ou de comerem
determinados tipos de alimentos que Deus havia dado aos homens para comer (1
Timóteo 4:3). A filosofia gnóstica originou-se com a crença pagã de que o mundo
material era inferior [4]. Quando misturada com o cristianismo, ela rebaixou Cristo
de Sua divindade e de Seu papel como nosso único Salvador. A salvação segundo os
gnósticos era para ser alcançada através da intercessão e adoração dos anjos
(Colossenses 2:18), Cristo era visto apenas como um desses mediadores. Paulo
deixou claro que havia um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo
homem (1 Timóteo 2:5). Os gnósticos viam Jesus como santo demais para ser
material e ainda não suficientemente santo para ser igual ao pai. Eles acreditavam
que Deus, o Pai era muito puro para se envolver na criação de um mundo material
[5], ao contrário do que é registrado nas Escrituras (Gênesis 1:1). Para contrariar
esta filosofia, Paulo teve de enfatizar que, em Jesus habitava a plenitude da
divindade (Colossenses 2:9). Jesus é plenamente Deus, mas também um ser
humano real. O ensinamento gnóstico atacou quem Jesus realmente é, e Seu papel
central na expiação. Com efeito, isso foi uma negação de Jesus e, como tal, também
foi uma negação do Pai (1 João 2:22), este é o espírito do anticristo. Hoje, é popular
dizer que há muitos caminhos para Deus, mas as Escrituras reconhecem apenas um
nome pelo qual os homens podem ser salvos (Atos 4:12).

Em sua segunda carta a Timóteo, Paulo expande sobre a natureza da apostasia:

“Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os
homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural,
implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores,
atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo

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aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta- te também desses” (2
Timóteo 3:1-5).

Essa apostasia levaria os cristãos a ter uma forma externa de piedade, mas sem o
poder de viver uma vida piedosa, que só pode vir de um relacionamento com Jesus,
o Filho do Deus vivo. Por rebaixarem o status de Jesus, alguns cortam a si mesmos
da fonte da vida eterna (João 15:1-8). A ênfase colocada no conhecimento
intelectual em vez de na piedade prática, faz com que eles estejam sempre
aprendendo, mas nunca chegando ao conhecimento da verdade (2 Timóteo 3:7). A
única maneira de se proteger contra tais ensinos falsos é estar familiarizado com as
Escrituras (2 Timóteo 3:16-17).

Podemos esperar que um tipo de ensino similar surgirá no fim dos tempos, antes
da volta de Cristo:

“e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de
sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; a esse iníquo cuja vinda é
segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e
com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor
da verdade para serem salvos” (2 Tessalonicenses 2:8-10).

Desta vez, porém os falsos mestres contarão com a ajuda dos poderes das trevas e
serão capazes de realizar sinais e milagres para enganar as pessoas. Com efeito,
será a última forma de gnosticismo. Este evento está relacionado com o retorno de
Cristo, que põe fim a esses falsos mestres e ao anticristo.

A razão pela qual estes enganos serão tão eficientes é que o diabo pode aparecer
como um anjo de luz (2 Coríntios 11:14-15), ele ainda tem ministros que aparecem
com uma aparência santa, mas estão sob o poder do diabo. As pessoas esperam que
o diabo apareça como um monstro horrível, mas na realidade ele se disfarça como
um anjo de luz.

O Apóstolo Paulo foi uma vez perturbado por uma escrava possuída por um
demônio, que continuou gritando e perturbando seu ministério:

4
“Ela, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: São servos do Deus Altíssimo
estes homens que vos anunciam um caminho de salvação” (Atos 16:17).

Isso mostra que os demônios podem falar a verdade, a fim de enganar as pessoas.
No livro do Apocalipse somos informados de que os espíritos maus executam
milagres para que possam reunir os reis da terra para a batalha final (Apocalipse
16:14). Tal será o poder desses milagreiros que eles serão capazes de trazer fogo do
céu (Apocalipse 13:13), como Elias no Monte Carmelo, mas seu objetivo não é
salvar, mas enganar as pessoas. Muitos falsos milagres e sinais abundarão e a única
maneira de discernir a verdade do erro será um conhecimento das Escrituras e a
orientação do Espírito Santo. Jesus advertiu àqueles que dizem “Senhor, Senhor”,
que realizam milagres, e expulsam os demônios que eles não iriam entrar no reino
de Deus se praticassem a iniqüidade (Mateus 7:21-23). Isto implica que a fonte de
seus milagres não era Cristo, mas algum outro poder. Antes do retorno do
verdadeiro Cristo muitos falsos cristos e falsos profetas surgirão para enganar, se
possível até os escolhidos (Mateus 24:24). O fato de que pessoas possam fazer
milagres, ou pareçam ser um anjo de luz não confirma que sejam o que dizem ser.
A pista principal é dada em Mateus 7:23, elas são praticantes da iniquidade (grego
– anomia). Embora afirmando serem de Deus, elas realmente quebram e ensinam a
outros a violarem as leis de Deus! Todo o reino tem leis que governam os seus
súditos, os quais mostram fidelidade ao rei, guardando as suas leis.

As leis de Deus não são pesadas, pois elas existem para nossa própria felicidade e
segurança (1 João 5:3). Aqueles que violam as leis do nosso Rei celestial, mostram,
assim, que não são verdadeiros cidadãos do céu.

A referência aos espíritos em 1 Timóteo 4 sugere que a apostasia final está ligada ao
espiritismo. As antigas religiões pagãs procuravam descobrir o futuro, ou saber a
vontade dos deuses através de diferentes métodos incluindo a astrologia, análise de
partes de animais, presságios, sorteio e comunicação com os espíritos dos mortos
[6]. Hoje temos a contrapartida moderna com os adivinhos, astrólogos, médiuns,
curandeiros [7], bem como aqueles que usam cartas de tarô e bolas de cristal. Não
importa como as formas modernas do espiritismo estão vestidas, ainda são uma
forma de bruxaria, e são uma abominação de acordo com a Bíblia:

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“Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha,
nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem
encantador, nem quem consulte um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem
consulte os mortos; pois todo aquele que faz estas coisas é abominável ao Senhor, e
é por causa destas abominações que o Senhor teu Deus os lança fora de diante de
ti” (Deuteronômio 18:10-12).

Os espíritos que se comunicavam com os antigos são os mesmos de hoje, e são


identificados como demônios (1 Timóteo 4:1). Isso é confirmado pelo fato de que
quando os pagãos ofereciam sacrifícios aos mortos (Salmo 106:28), pensando que
seus antepassados eram seres deificados [8], as Escrituras identificavam esses
seres como demônios (1 Coríntios 10:20). O Salmo 106:28 se refere ao tempo
quando Israel foi atraído para uma festa pagã, nas fronteiras da Terra Prometida,
com consequências trágicas, aqueles que foram ludibriados e não se arrependeram,
acabaram perdendo suas vidas quando eles tinham quase chegado ao seu destino

Todo o sistema do espiritismo é um grande engodo, de modo que os poderes


demoníacos podem ganhar controle sobre as vidas humanas. Os espíritos malignos
podem se disfarçar como santos, seus entes queridos [9], anjos ou até mesmo
Jesus, a fim de enganar as pessoas, pois eles são capazes de realizar milagres e
falsas curas. A história conta de uma senhora cujo filho foi reportado como
desaparecido e depois dado como morto. Em seu sofrimento ela consultou um
médium, e logo uma figura fantasmagórica do seu filho começou a aparecer e falar
com ela. Então um dia o filho real voltou para casa tendo sido encontrado vivo.
Ficou claro então, que o ser que tinha aparecido para ela era uma falsificação!

Deus não permitiria que os seus anjos e santos se comunicassem usando uma
prática descrita como uma abominação! A proibição era tão forte que no antigo
Israel se alguém fosse pego praticando o espiritismo era condenado à morte
(Levítico 20:6, 27; Êxodo 22:18). O profeta Isaías advertiu o povo de sua época para
se voltarem ao Deus vivo, à Sua Palavra e Seus profetas: “Quando vos disserem:
Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros, que chilreiam e
murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus? acaso a favor
dos vivos consultará os mortos? A Lei e ao Testemunho! se eles não falarem
segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva” (Isaías 8:19-20).

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A “lei” (Hb. Torá) é uma referência aos livros de Moisés, e o “testemunho”
(testemunha) são as palavras dos profetas de Deus que testemunham Dele.
Simplificando, qualquer mensagem que contradiz a Bíblia não vem de Deus, a Sua
luz não está nessas coisas. Nós somos aconselhados a não buscarmos aos
adivinhos, ou aqueles com espíritos familiares ou seremos contaminados por eles:

“Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os
busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus”
(Levítico 19:31).

Outra forma de verificar a autenticidade destes médiuns é o de verificar se suas


profecias são verdadeiras (Deuteronômio 18:21-22). Se você examinar as
reivindicações de muitos profetas, assim chamados, você vai descobrir que algumas
das profecias falharam e outras são muito vagas. Se é um verdadeiro profeta de
Deus, não haverá erros, porque Deus sabe o fim desde o início (Isaías 46:10).

Em resumo, o engano final envolverá uma negação da divindade de Cristo e de Seu


papel como nosso único Salvador; este ensino vai levar a um comportamento ímpio
e de ilegalidade. A infiltração do espiritismo na igreja sob uma roupagem religiosa
será acompanhada por sinais, milagres e curas, todos de natureza espectacular.
Você pode perguntar como podemos estar protegidos contra essa enganação final.
A única maneira de estarmos seguros é através de um profundo conhecimento da
Bíblia.

Uma hora de tentação está prestes a cair sobre a terra (Apocalipse 3:10) e o diabo
sabe que seu tempo é curto (Apocalipse 12:12), mas se nós nos comprometemos em
oração, então não cairemos em tentação (Marcos 14:38 ). No Jardim do Getsêmani,
Pedro aprendeu da maneira mais difícil que não se paga para dormir quando
somos aconselhados a estar vigiando e orando (Mateus 26:41). Sua própria força
não foi suficiente para o que estava por vir e ele acabou negando o seu Senhor três
vezes (Mateus 26:69-75). Depois da ressurreição o prepotente Pedro tornou-se o
humilde e manso Pedro (1 Pe 5:1-7) que viria a morrer por seu Senhor (João 21:17-
19). Ele tinha aprendido a lição da submissão a Deus em todas as coisas.

Capítulo 2: A rebelião contra Deus

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A verdadeira natureza do espiritismo é a rebelião contra Deus. Isso é claramente
visto na queda de Saul. Embora escolhido por Deus para ser rei, começou a rejeitar
a orientação que o Senhor lhe tinha dado através do profeta Samuel. Quando
ordenado a esperar pelo profeta, por sete dias (1 Samuel 10:8), tornou-se
impaciente com o crescente número de filisteus que se reuniram para atacar Israel
e com as deserções de suas próprias forças. Então, decidiu ele mesmo oferecer o
holocausto, em vez de esperar por instruções (1 Samuel 13:11-14). Essa disposição
para seguir sua própria vontade contrária aos mandamentos do Senhor, continuou
quando Saul foi convidado a matar os ímpios amalequitas e não trazer
prisioneiros ou gado como despojos de guerra (1 Samuel 15:1-3). A sentença sobre
os amalequitas tinha sido adiada durante 400 anos para dar-lhes tempo para se
arrependerem, mas sua idolatria degradante, seu desafio à Deus e o fato de que eles
foram os primeiros a atacar Israel os tinha feito maduros para o julgamento [10]
(Deuteronômio 25:19). Ao contrário do comando dado, Saul decidiu manter o
melhor do gado, e desculpou-se dizendo que estava indo sacrificá-los ao Senhor. O
Senhor estava descontente e o profeta Samuel repreendeu Saul dizendo:

“Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios,


como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor
do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a
rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e
idolatria. Porquanto tu rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou a ti,
para que não sejas rei” (1 Samuel 15:22-23).
Aqui vemos que a rebelião eatá ligada à feitiçaria, porque está
efetivamente relacionada no se afastar de Deus e fazer a própria vontade. Isto é
ilustrado na batalha final de Saul com os filisteus, quando em desespero, ele
procurou a bruxa de Endor (1 Samuel 28:7). Este foi seu último ato de rebelião
contra o Senhor, pelo qual ele perdeu a sua vida (1 Crônicas 10:13-14). Tivesse Saul
verdadeiramente se arrependido, o Senhor o teria perdoado, mas ele foi além do
conselho. Ele ficou obcecado em perseguir o homem escolhido por Deus para ser
seu sucessor [11]. Ele se tornou paranóico, matando os sacerdotes do
Senhor quando suspeitou que estivessem em aliança com Davi (1 Samuel 22:13-
19). Em sua perseguição a Davi ele imprudentemente deixou o reino desprotegido e
os filisteus o invadiram em grande número. Em desespero, Saul foi consultar a
feiticeira de Endor e isso selou seu próprio destino, ele havia escolhido Satanás ao
invés do Senhor.

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Outro exemplo de rebelião foi quando os filhos de Israel estavam na fronteira da
Terra Prometida (Número 22:01, 25). Eles foram levados para um festival pagão
pelos moabitas e midianitas em que sacrifícios eram oferecidos aos mortos “(Salmo
106:28), os quais são na verdade seres demoníacos (1 Coríntios 10:20). O povo foi
levado à imoralidade e idolatria, quando deveriam estar se preparando para entrar
na Terra Prometida, orando e recitando as escrituras sagradas. Essa apostasia é um
aviso para nós (Israel espiritual) hoje, (1 Coríntios 10:11, Romanos 9:6; 11:25) que
também estamos nas fronteiras de nossa Terra Prometida – A Nova Terra (2 Pedro
3:13). Uma apostasia semelhante surgirá na tentativa de impedir o povo de Deus de
tomar posse de sua herança. Mais uma vez, em uma repetição da história, que
envolverá forças demoníacas e desobediência às leis de Deus.

O espiritismo pode parecer inofensivo, mas é de fato um afastamento do Senhor,


por isso que é tão grave. As pessoas podem pensar que a cura pela fé é boa, ou que a
consulta aos astros é um pouco de diversão, mas elas estão entrando em território
inimigo e estão em perigo de serem ludibriadas. A melhor alternativa é voltar para
o Senhor e andar de acordo com seus estatutos, os quais podem nos trazer a
verdadeira felicidade:

“Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é


puro, e ilumina os olhos” (Salmo 19:8).

A impaciência para se obter riquezas ou saber sobre o futuro, ou tentar encontrar a


cura de uma doença através de um curandeiro pode surgir de uma falta de fé em
Deus. Consultar forças espíritas é um erro terrível, o final é a separação de
Deus. Esperar pacientemente no Senhor traz as bênçãos que realmente precisamos
(Salmo 27:14, 37:7, 9, 34). O povo de Deus é aconselhado a esperar pacientemente
pela vinda do Senhor (Tiago 5:8).

O rei Acaz é outro exemplo de alguém que se rebelou contra o Senhor quando
aconselhado pelo profeta Jeremias a submeter-se ao jugo de Nabucodonosor como
um castigo pelos pecados da nação (Jeremias 25:6-7). Os falsos profetas do rei
profetizavam a mentira para ele e para o povo (Jeremias 27:9-10), dizendo-lhes o
que eles queriam ouvir. Mas o resultado foi que os receios do rei vieram sobre ele, e
a nação foi levada para a Babilônia. Se tivessem ouvido a Palavra do Senhor e se
afastado dos seus falsos deuses, poderiam ter permanecido em sua própria

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terra. No final, as promessas dos espíritos não deram em nada. Somente as
promessas de Deus são certas e dignas de confiança, ainda que tenhamos que
esperar por elas (Isaías 55:11). O homem terreno quer a sua riqueza hoje, mas o
homem espiritual aguarda a sua recompensa na vida futura. Muitas vezes, a razão
de se voltar ao espiritismo é o desejo de ser rico nesta vida.

A cobiça está no coração da rebelião contra Deus. Simão, o Mago, pensou que
poderia comprar o Espírito Santo com dinheiro (Atos 8:18); Balaão queria usar
técnicas de adivinhação para ficar rico (Número 22:07) apesar de ter sido um
profeta do Senhor! No final do tempo, a igreja é retratada como tendo se tornado
materialista e infiltrada com feitiçaria:

“…porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações


foram enganadas pelas tuas feitiçarias” (Apocalipse 18:23).

Qualquer que busca se tornar rico neste mundo está à procura de problemas, e irá
perfurar-se com muitas dores (1 Timóteo 6:10). Em última análise, o amor ao
dinheiro leva as pessoas a rejeitarem a Deus (Mateus 6:24). Se esperarmos
pacientemente, Deus nos dará riquezas além de nossa imaginação, no mundo por
vir, a Nova Jerusalém é pavimentada com ouro e é um lugar de perfeita paz e
felicidade, sem pecado, sofrimento, tristeza ou morte (Apocalipse 21:3 - 4). Deus
quer que nós O amemos e aceitemos o sacrifício feito em nosso favor pelo Seu Filho
(João 3:16, 1 João 4:10). O verdadeiro caminho para o céu, o caminho estreito, não
oferece riquezas nesta vida, mas nos leva à cidade eterna (Hebreus 11:10). O
caminho largo, o caminho para Endor, pode prometer riqueza e felicidade, mas
termina em decepção e destruição (Mateus 7:13-14). Jesus está nos chamando,
mostrando seu grande amor e sacrifício por nós que pagou o preço pelos nossos
pecados (1 Coríntios 6:20, 1 Pedro 2:24). Ele quer que sejamos parte de seu reino,
baseado não no egoísmo, mas no amor desinteressado pelos outros. Não acumular
riqueza para nós mesmos, mas ministrar aos outros é a base do céu (Lucas 12:13-
21).

Conta-se a história de alguém a quem estava sendo mostrada uma imagem do céu e
do inferno. Em uma sala as pessoas estavam magras e com fome; todas elas tinham
tigelas de sopa mas suas colheres eram demasiadamente longas para se

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alimentarem. Na outra sala as pessoas estavam bem alimentadas apesar de estarem
na mesma situação, a diferença era que elas estavam alimentando umas às outras!

Capítulo 3: Um Estado de Escuridão


O resultado da rebelião contra Deus se voltando para os maus espíritos é um estado
de escuridão, tal como descrito em Isaías capítulo 8:

“E passarão pela terra duramente oprimidos e famintos; e será que, tendo fome, e
enfurecendo-se, então amaldiçoarão ao seu rei e ao seu Deus, olhando para
cima. E, olhando para a terra, eis que haverá angústia e escuridão, e
sombras de ansiedade, e serão empurrados para as trevas” (Isaías 8:21-
22).
Quando o povo dos dias de Isaías se afastou de Deus, eles procuraram o conselho
de ídolos e forças demoníacas para orientá-los. Os pareceres desses seres estavam
mais em harmonia com o que seus corações pecadores queriam ouvir. Mas essas
forças estão elas mesmas acorrentadas na escuridão por causa de sua rebelião
contra o Senhor:

“Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e
os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo” (2
Pedro 2:4).
Pedro está usando uma linguagem simbólica; Os anjos caídos estão acorrentados
por sua rebelião, eles não podem mais se arrepender, nem têm qualquer desejo de
fazê-lo. Eles não estão, literalmente, acorrentados, mas estão em escuridão
espiritual, aguardando o julgamento final. Se Deus lhes desse um milhão de anos
eles não iriam mudar. Portanto, aqueles que os consultam também acabarão em
rebelião contra Deus e em estado de escuridão.

Quando eu estava morando no alojamento estudantil, uma noite decidiram desligar


a eletricidade por um curto período de tempo. Lembro-me do local estar em
escuridão total e me perguntei se houvesse um incêndio se as pessoas encontrariam
o caminho para fora do edifício. Eu nunca tinha percebido o quão escuro o local
poderia ficar. Viver com iluminação artificial faz com que seja difícil apreciar a
escuridão total. Onde eu moro, nunca é verdadeiramente escuro a menos que haja
um corte de energia na iluminação pública. Somente na ausência da luz que nós

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realmente apreciamos a que nos é concedida a cada dia. Num sentido espiritual,
somos muito privilegiados por termos a luz de Deus em nossas vidas, mas se nos
afastamos de Deus, fatalmente acabamos em trevas espirituais.

Aqueles que buscam os espíritos também se desviam da lei de Deus. Como


conseqüência disto, rejeitam a Palavra do Senhor e vivem uma vida pecaminosa. As
pessoas preferem as mensagens dos falsos profetas que profetizam coisas
agradáveis para elas (Isaías 30:10), no final dos tempos as pessoas já não
suportarão a sã doutrina, mas encontrarão professores que lhes dirão o que seus
ouvidos querem ouvir (2 Timóteo 4:3-4). O livro de Ezequiel está cheio de
desculpas que o povo deu ao ignorar as impopulares mensagens do profeta, eles
disseram que os dias foram prorrogados e as visões falharam (Ezequiel 12:22), eles
tentaram culpar seus pais pelas calamidades que lhes havia acontecido (Ezequiel
18:02), e preferiram ouvir aos falsos profetas que lhes davam uma falsa sensação
de segurança (Ezequiel 13:03, 10-11). O coração pecaminoso se rebela contra a lei
de Deus (Romanos 8:7-8) e é naturalmente mau (Jeremias 17:9). Ao longo da
história, as pessoas tendem a ignorar as verdadeiras mensagens de Deus que as
convidam ao arrependimento e as advertem de um dia de juízo. O motivo para a
rebelião contra a Palavra do Senhor é que ela irrita o coração pecaminoso e
perturba a consciência, as pessoas querem que lhes seja dito que elas podem fazer o
que quiserem sem sofrerem quaisquer consequências. Elas querem um evangelho
fácil como desculpa para o seu modo de vida. Nos dias de Noé, o povo não atendeu
ao pregador da justiça (2 Pedro 2:5), que os chamou ao arrependimento, e como
resultado pereceram no dilúvio. O resultado da desobediência à lei de Deus é a
destruição, porque é uma rejeição ao Autor da Vida (Atos 3:15).

Não devemos pensar nas leis de Deus como restritivas; elas foram feitas para nosso
benefício. Pense o que a sociedade seria se todos seguissem os dez
mandamentos! Ou imagine como as estradas e rodovias seriam se ninguém
seguisse as regras. Quanto tempo seria necessário para que as ruas de uma cidade
ficassem bloqueadas se não houvessem restrições de estacionamento?

Como as pessoas dos dias de Isaías, também temos uma escolha a fazer. Jesus, o sol
da justiça, ressuscitou trazendo cura nas suas asas para o Seu povo (Malaquias
4:2). Podemos andar na luz se quisermos, porque a Luz do mundo veio para nos
iluminar (João 8:12). Jesus veio não apenas para curar a cegueira física, mas

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também para curar aqueles que estão espiritualmente cegos. Nós não precisamos
tropeçar sobre o nevoeiro dos erros, ou na escuridão da incredulidade; ampla ajuda
nos têm sido provida para nos guiar no caminho da vida eterna (João 12:35-
36). Sem Jesus, nunca poderemos encontrar nosso caminho de volta para nosso lar
eterno, não podemos salvar a nós mesmos, sem a ajuda divina.

Estar perdido pode ser uma experiência assustadora, eu ouvi de um caminhante


que se perdeu por dias em uma densa floresta. Quando ele finalmente saiu, ele
estava em êxtase por encontrar outras pessoas! Muitos viajantes pereceram perto
de encontrarem ajuda nas tempestades de neve, às vezes a apenas alguns metros de
distância da ajuda. Neste mundo, Deus providenciou um guia, cabe a nós saber
como responder, a nossa vida eterna depende dessa escolha. Nós não precisamos
ficar congelados nas tempestades desta vida, ou tropeçar sobre a escuridão até
perecer.

Um dos maiores obstáculos para a restauração espiritual e escolha do caminho da


vida é o amor ao dinheiro. Jesus associou as trevas ao amor às riquezas.

“se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se,
portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes são tais trevas! Ninguém pode
servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de
dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas”
(Mateus 6:23-24).
O amor ao dinheiro sufoca a alma, como as ervas daninhas sufocam a semente que
está a crescer (Mateus 13:22). Aqueles que se voltam para às riquezas também se
afastam de Deus, não podemos servir a dois senhores. O amor ao dinheiro é uma
força avassaladora que se transforma em um deus. Muitas vezes esta é a motivação
para se voltar ao espiritismo: tornar-se rico, famoso ou poderoso nesta vida. Essas
foram as mesmas tentações que Satanás usou para tentar Jesus a desistir de sua
missão de auto-sacrifício em prol da humanidade (Mateus 4:1-11). O resultado da
tentativa de servir a Deus e às Riquezas é uma raiz de amargura cresçendo na alma
[12] (Hebreus 12:15-16). Nos locais escuros da alma, as raízes de amargura crescem
e finalmente florescem em rebelião aberta contra Deus.

Conta-se a história de um mendigo que ganhou um milhão de dólares em um


cassino, toda a sua vida poderia ter mudado, mas dentro de uma semana, ele tinha

13
jogado tudo fora e retornou à sua vida de sem teto. O espiritismo é um pouco
assim, prometendo muitas coisas mas deixando as pessoas destituídas de
alma. Diz-se frequentemente sobre alguns negócios que, “é bom demais para ser
verdade”. Consultores financeiros que afirmam que o boom de crédito nunca vai
acabar, ou que os mercados financeiros estão em uma nova plataforma e não
podem falhar, ou que o investimento vai crescer em 500% a cada ano, estão
fazendo afirmações que são boas demais para serem verdade e, inevitavelmente, a
bolha estoura, e muitas pessoas gananciosas que entraram na escada rolante na
esperança de ficarem ricas, vêem toda estrutura ruir sob o seu peso. No tempo de
Amós o povo foi descrito como um carro sobrecarregado, prestes a desabar (Amós
2:13). O Espiritismo é assim, parece grande no início, alertas de perigo são
ignorados porque muito já foi investido e as promessas parecem tão grandes, mas
no fim terminam em lágrimas.

O povo dos dias de Isaías acabou em perplexidade, fome, escuridão e raiva porque
estavam sofrendo os resultados da sua própria desobediência [13]. Na raiva eles
tentaram culpar seus líderes e à Deus, mas sua escolha os tinha levado a esta
condição. Eles eram como pessoas à procura de algo que não conseguiam
encontrar, como os professores nos dias de Paulo, que estavam sempre
aprendendo, mas nunca chegando ao conhecimento da verdade. Neste mundo as
pessoas procuram por algo melhor, mas elas não sabem o que estão procurando. A
boa notícia é que uma luz se acendeu para nos guiar através da escuridão, como um
farol em meio a uma tempestade ou estrelas que brilham no céu à noite (Daniel
12:3). Se os enganados estiverem dispostos a seguirem a luz antes que seja tarde
demais, ela irá guiá-los com segurança às margens celeste e evitará o naufrágio de
suas almas sobre as rochas da apostasia.

Conta-se a história de um faroleiro ao qual lhe foi perguntado se ele poderia ter
certeza de que nenhuma de suas luzes iria se apagar. O homem respondeu que ele
tinha certeza sobre isso, por que ele receberia uma carta de um porto distante se as
luzes estivessem fracas ou queimadas alertando que os navios foram postos em
perigo [14]. Os cristãos têm o dever de deixarem sua luz brilhar na escuridão deste
mundo corrupto; não é seguro apagar a luz nem por um instante, pois quem saberá
se uma alma perdida a poderá seguir nas intempéries da vida. Como a luz do sol
brilha em cada canto do mundo, assim a luz de Deus deve brilhar em todo lugar
[15]. Não temos o direito de esconder nossa luz sob um alqueire (Mateus 5:15-16).

14
Capítulo 4: Desilusão
Quando as pessoas são seduzidas pelo espiritismo, talvez na esperança de obterem
a felicidade, fama ou fortuna, elas acabam em um estado de ilusão. Paulo descreveu
a condição delas como tendo a consciência cauterizada por um ferro quente (1
Timóteo 4:2). Elas já não podem discernir entre a verdade e o erro e acreditam que
o que é mau seja bom (Isaías 5:20-21). Talvez, de alguma forma suas almas
também estejam marcadas pelos poderes do mal [16]. Quando você passa o ferro e
queima alguma coisa, é óbvio; que você pode ver a queimadura e sentir seu
cheiro. Jesus disse que, pelos seus frutos os conhecereis “(Mateus 7:20). Ninguém
precisa ser enganado ao se deparar com o caráter destes falsos mestres que alegam
serem santos, mas vivem uma vida imoral e são ávidos de ganho.

É uma coisa terrível quando as pessoas acreditam que o bem é mal e o mal é
bem. Em seu estado ilusório, elas inevitavelmente pensam que aqueles que
defendem as leis de Deus são a causa de seus problemas. Quando Acabe conheceu o
profeta Isaías, Ele o acusou de ser o perturbador de Israel (1 Reis 18:17), embora
tenha sido sua idolatria que causou o problema (1 Reis 18:18). É frequentemente o
caso que quando os ímpios trazem calamidade sobre uma nação, eles procuram
culpar aqueles que os repreenderam por suas ações. Tal foi o caso de Jeremias, que
foi acusado de ser um traidor, mesmo que fosse a idolatria nacional que lhes trouxe
a ruína “(Jeremias 38:4), Jeremias só estava dando o aviso enviado por Deus para
evitarem o desastre. Infelizmente o povo preferiu ouvir os seus falsos profetas, que
amenizavam os seus medos, sem necessidade de qualquer mudança em seu
comportamento (Jeremias 27:9).

Às vezes as pessoas podem se tornar tão rebeldes que nenhuma mensagem irá
despertá-las, a Escritura fala daqueles que se juntam aos seus ídolos (Oséias
4:17). Se as pessoas continuam a pecar e resistir ao Espírito Santo, uma hora, elas
vão se endurecer para qualquer argumento para a mudança (Efésios 4:30, Mateus
12:31). Tal foi o caso de Coré e seus seguidores que se rebelaram contra a liderança
de Moisés designada por Deus (Número 16:1-3). Mesmo após o julgamento de Deus
cair sobre Coré e os líderes da rebelião, seus seguidores estavam tão iludidos que
culparam a Moisés, acusando-o de matar o povo do Senhor (Número
16:41)! Quando as pessoas resistem teimosamente ao Espírito Santo, elas podem
chegar a um ponto onde nenhuma quantia de milagres ou Escrituras irá convencê-

15
las de que estão erradas (Lucas 16:31). Alguns dos fariseus e saduceus finalmente
chegaram a esse ponto, porque eles continuaram se opondo a Cristo e
atribuindo Seus milagres às forças demoníacas (Mateus 12:10-37). A verdade dos
ensinamentos de Jesus, em harmonia com as Escrituras, e o cumprimento das
profecias messiânicas fornecia provas suficientes de que seu ministério era de Deus
(João 5:39). Os fariseus eram orgulhosos demais para se arrependerem ou
admitirem que estavam errados.

Os enganos dos últimos dias envolverá sinais e milagres falsificados de tal natureza
que iludirá as pessoas. No entanto, o povo não vai aceitar essas ilusões sem
primeiro ouvir e rejeitar a verdade (2 Tessalonicenses 2:11-12); isso porque eles se
recusam a amar a verdade que eles acreditam ser uma mentira. Eles passam a
acreditar que podem escapar do julgamento de Deus (Malaquias 2:17). Tornaram-
se como as pessoas nos dias de Isaías, que pensavam que tinham feito um pacto
com a morte:

“Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo;
quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira
por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos” (Isaías 28:15).

Isso remonta ao engano inicial, quando Satanás disse a Eva que ela não morreria
(Gênesis 3:4), e sugeriu que sua desobediência a faria mais feliz (Gênesis
3:5). Este é o engodo do espiritismo, que vamos ganhar algum conhecimento ou
poder com a desobediência a Deus. Mas no final isso acaba por se tornar uma
amarga decepção. Adão e Eva foram informados de que eles voltariam ao pó. No
entanto, o seu caso não era sem esperança porque eles tinham sido enganados e
tentados ao invés de terem feito uma decisão deliberada de rejeitar a Deus como
Satanás havia feito, então foi-lhes dada a promessa de um futuro libertador
(Gênesis 3:15). Para as pessoas dos dias de Isaías, Deus disse que iria anular seu
pacto de morte (Isaías 28:18), este era um contrato inválido! A única maneira de
escapar da morte eterna é através do arrependimento. Há apenas um caminho para
a humanidade ser redimida e herdar a vida eterna, e é através do arrependimento e
fé em Cristo (Atos 2:38; 16:31).

A oferta de Satanás à Eva parecia ser boa, mas era uma miragem. Os viajantes
através do deserto são muitas vezes enganados por essas ilusões que podem ser

16
fatais, levando o viajante sedento de um lugar para outro até que se torne
irremediavelmente perdido e desanimado. As pessoas às vezes têm a idéia de que
podem ir longe com suas ações imprudentes ou ilegais, como os fumantes que
ignoram as advertências de saúde, ou os motoristas que pensam que podem
quebrar o limite de velocidade e nunca serem pegos. Mas a realidade mais cedo ou
mais tarde os apanha. Foi dito de alguns líderes nazistas que quando seu Reich
começou a ruir eles se sentiram como que acordando de um sonho. Seus delírios de
grandeza estavam sendo quebrados pela realidade. Seria muito melhor para as
pessoas atenderem às advertências dadas para seu bem-estar ao invés de sofrerem
as conseqüências; hoje, os fumantes recebem advertências claras sobre os perigos
do tabaco, assim eles não têm desculpa. Ninguém será capaz de culpar a Deus no
dia do juízo; pois optaram por ignorar a lei de Deus (Romanos 2:12-16). Mesmo
aqueles que não conhecem a Deus, em sua consciência, conhecem o certo do
errado. O espiritismo, por outro lado é como um maço de cigarros que afirma que
você nunca vai ficar doente, é bom demais para ser verdade!

O sono da alma

Uma das razões por que as pessoas acreditam que a obediência a Deus não é
importante é o conceito da alma imortal que se supõe vai para o céu ou algum outro
lugar depois da morte. Mesmo que esse conceito seja amplamente aceito em muitas
igrejas ele não tem uma base bíblica e é um remanescente dos erros que
penetraram na igreja durante a Idade das Trevas.

A Bíblia freqüentemente se refere à morte como um sono [17]. Este conceito foi
usado por Jesus, quando a filha de Jairo morreu, Ele disse que ela estava dormindo
(Mateus 9:24) e começou a chamá-la de volta à vida. Em outra ocasião, quando
falou da morte de Lázaro, Ele disse que ele estava dormindo, mas iria acordá-lo
(João 11:11-13). Os discípulos não entenderam o verdadeiro significado de suas
palavras, então ele teve que dizer-lhes claramente que Lázaro estava morto. Está
claro que Marta acreditava que Lázaro seria ressuscitado no último dia (João
11:24); ela não disse nada de Lázaro já estar no céu. Por que ela pediria para Lázaro
ser ressuscitado se ela achasse que ele já estava no céu aproveitando o paraíso?
Isso sim seria uma coisa cruel, ser chamado de volta do Céu a este mundo
pecaminoso!

17
Jesus falou do dia em que os mortos sairiam de suas tumbas (João 5:28-29) e disse
para não nos surpreendermos com isso. O apóstolo Paulo chegou a dizer que, se os
mortos não ressuscitam, então também Cristo não ressuscitou e nossa fé é vã (1
Coríntios 15:13-14). Em sua primeira carta aos Tessalonicenses, ele disse que os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e os descreveu como dormindo (1
Tessalonicenses 4:15-16). Se a alma já tivesse ido para o céu, não haveria muito
sentido uma ressurreição no último dia!

No dia de Pentecostes, Pedro disse que Davi não havia subido ao céu, mas ainda
estava em seu túmulo (Atos 2:29, 34), mostrando claramente que não há existência
após a morte até a ressurreição. Uma série de outros textos bíblicos apóiam este
conceito:

“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica
entregue ao esquecimento” (Eclesiastes 9:5).
“Sai-lhe o espírito, volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus
pensamentos” (Salmo 146:4).
“Prevaleces para sempre contra ele, e ele passa; mudas o seu rosto e o despedes. Os
seus filhos recebem honras, sem que ele o saiba; são humilhados sem
que ele o perceba” (Jó 14:20-21).
Estes textos mostram que não há consciência na morte, ela é como um sono sem
sonhos. A próxima coisa que uma pessoa morta sabe será a ressurreição tanto para
a vida como para a condenação. Talvez uma das melhores Escrituras vêm do Livro
de Daniel, que mostra o sono da morte até a ressurreição:

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e
outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12:2).

Em nossa condição pecaminosa, nós não somos imortais, a imortalidade é um dom


concedido no retorno de Cristo para os justos (1 Coríntios 15:53), quando o mortal
se revestirá da imortalidade. Jesus deixou claro que não seremos levados para o
céu, até que Ele tenha preparado um lugar para nós e volte para nos buscar:

“NÃO se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa
de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou

18
preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez,
e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós
também“ (João 14:1-3).
É interessante que Jó esperava ser ressuscitado depois da morte, e ver Deus em sua
própria carne (Jó 19,26-27).

Tormento eterno e aniquilação

Há versos nas Escrituras que sugerem que os perdidos sofrerão um tormento


eterno. Este é o lugar onde o princípio de um pouco aqui e um pouco ali, linha
sobre linha e preceito sobre preceito é importante (Isaías 28:10). Precisamos pesar
um texto com outro para obter o verdadeiro significado quando se estuda uma
doutrina bíblica. Os versos que falam de tormento precisam ser equilibrados com
os que falam de aniquilação. Você pode perguntar: como alguém pode ser
aniquilado, se será atormentado para sempre, a resposta está no significado das
palavras gregas e Hebraicas, que nós traduzimos como “sempre”.

A palavra grega “aion / aionios” e seu equivalente hebraico “olam”, são geralmente
traduzidas como “para sempre”, mas às vezes são usadas na Bíblia com um sentido
não-eterno [18], como a palavra “sempre” [19]. Por exemplo, se eu disser que
eu sempre vivi aqui, isso não significa eternidade. O contexto determina quanto
tempo é “sempre”. Um olhar sobre alguns versículos relevantes da Bíblia ilustram
isso:
-Apocalipse 20:9 os ímpios são consumidos (gr. katesthio). [Em Mateus 13:04 as
aves comeram (gr. katesthio) as sementes que caem no caminho]
Apocalipse 20:10, os ímpios são atormentados para sempre (gr. aion)
Deuteronômio 15:17, o escravo servirá para sempre (Hb. olam) = durante a vida
-1 Samuel 1:22 o menino Samuel foi habitar no templo para sempre (Hb. olam)
Filemon-15 Paulo aconselhou Filemom a receber Onésimo para sempre (gr.
aionios)
Podemos ver que estas duas palavras nem sempre são usadas no sentido de
eternidade, mas pode significar um período limitado até que algum acontecimento
tenha sido concluído. Portanto, podemos concluir que os maus são atormentados
apenas até serem consumidos pelo fogo do inferno. Este contraste é visto em
Apocalipse 20:9-10 onde o versículo 9 diz que os maus serão consumidos, mas o
versículo 10 diz que eles serão atormentados “para sempre”. A única maneira de

19
conciliar estes dois versos é que os ímpios são atormentados até que sejam
consumidos. Esta interpretação é apoiada pelas Escrituras, tais como Malaquias
4:1 que diz que os ímpios serão queimados como o restolho. No entanto, a
destruição dos ímpios é eterna no sentido de que eles nunca voltarão à vida.

Faz parte do plano de Satanás retratar Deus como atormentando os pecadores por
toda a eternidade [20] (João 8:44, Apocalipse 12:10). A verdade é que Deus ama
todas as pessoas e não quer que nenhuma se perca (2 Pedro 3:9, Ezequiel
33:11). Aqueles que persistentemente recusarem a Sua graça irão um dia perder a
sua alma, mas Deus não permitirá que sejam atormentados pela eternidade. Jesus
disse que Deus tem o poder de destruir o corpo e a alma no inferno (Mateus 10:28),
o que mostra que a alma não é indestrutível. A Epístola aos Hebreus diz que a
morte de Jesus forneceu os meios para a destruição dos demônios “(Hebreus 2:14);
ao contrário a crença popular, o próprio diabo será destruído no fogo do inferno!

No reino de Deus e na Nova Terra, não haverá mais pecado, sofrimento e morte
(Apocalipse 21:3-4). Não haverá tormento ardendo para estragar a felicidade dos
remidos.

Tendo em vista que a alma não é imortal, fica a pergunta: de onde veio essa idéia da
imortalidade da alma? Parece ter vindo de filósofos gregos [21]. Ela foi baseada em
uma filosofia dualista que via as coisas materiais como inferiores, a mesma filosofia
que levou à heresia gnóstica.

O relato da Criação em Gênesis descreve o homem como sendo composto pelo pó


da terra e pelo sopro da vida tornando-se assim uma alma vivente (Gênesis 2:7). A
morte é simplesmente a reversão deste processo quando o pó retorna à terra e o
sopro da vida à Deus (Eclesiastes 12:7); naquele momento a alma deixa de existir,
exceto na memória de Deus até a ressurreição. Embora a ressurreição dos mortos
seja um mistério, podemos ser gratos que Deus tem uma memória perfeita, e nada
é impossível para Ele (Lucas 1:37). Quando Deus promete que os mortos serão
ressuscitados, podemos ter certeza que isso vai acontecer (Isaías 55:11). Pelo poder
de Sua palavra Ele fez o mundo (Salmo 33:6), e pelo mesmo poder, Ele chamará os
mortos de volta à vida.

20
A crença em uma alma imortal é uma fraqueza que permitirá que Satanás se infiltre
na igreja nos últimos dias com suas filosofias espiritualistas [22]. As formas
modernas de entretenimento, como televisão e jogos de computador contém
conceitos camuflados e mensagens que estão sendo sutilmente gravadas na mente
de uma pessoa sem que ela esteja ciente disso. Gradualmente, ao longo do tempo
estes conceitos começam a ser aceitos pela sociedade. Uma mensagem da mídia é
que os fantasmas e espíritos são interessantes e bons. O aumento de interesse em
tais coisas é o resultado da operação dos poderes demoníacos que tentam atrair à
outros para um estado similar de trevas e rebelião contra Deus. Eles estão
sutilmente preparando o mundo para a crise final.

Outro exemplo é a teoria da evolução, que erodiu a confiança das pessoas no livro
que pode salvá-las do que está por vir sobre a terra. Este é um exemplo de lavagem
cerebral, por isso muitas pessoas acreditam que a teoria da evolução é um fato,
quando nunca foi provado cientificamente que um animal de uma espécie pode
evoluir para uma outra espécie [23]. Os registros fósseis falharam em produzir
qualquer prova de que esse processo já ocorreu; os elos perdidos ainda estão
desaparecidos, no entanto, multidões acreditam nisso! A erosão da confiança das
pessoas nas Escrituras as deixa vulneráveis ao engano final. Em meu primeiro livro
“Explorando o Santuário Celestial” [24] eu esbocei como as profecias da Bíblia têm
sido cumpridas na história, o que fornece provas irrefutáveis de que a Bíblia é a
Palavra de Deus. É importante aprender as Escrituras e memorizar textos
importantes dela para nos preparar para o engano final:

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para


repreender, para corrigir, para instruir em justiça”(2 Timóteo 3:16).

Capítulo 5: Apostasia
Como as pessoas estarão iludidas nos últimos dias pelo engano final, a igreja vai
cair na grande apostasia prevista por Paulo em suas cartas a Timóteo e aos
Tessalonicenses. Já vimos no capítulo um a natureza dessa apostasia, como ela
negará a divindade de Cristo e Seu papel como o único mediador, e também
sancionará comportamentos ímpios devido a ausência da lei. Vamos agora dar uma
olhada nas implicações teológicas da apostasia final.

21
O Apóstolo Paulo ensinou claramente que aqueles que vivem sem Deus não
herdarão o reino de Deus:

“Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos
enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os
efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbedos,
nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios
6:9-10).
Ser cristão não nos isentará de forma mágica dos mesmos padrões morais que são
usados para julgar o mundo (Romanos 3:19). Embora seja verdade que aqueles que
crêem em Cristo não estão sob a condenação da lei (Romanos 8:1), é igualmente
verdade que aqueles que vivem uma vida pecaminosa não estão em Cristo, a mente
carnal está em inimizade com Deus e não pode obedecer a Sua lei, mas uma pessoa
convertida tem o Espírito de Deus habitando nela (Romanos 8:7-9).

Afirmar que se tem o Espírito Santo e ao mesmo tempo, viver uma vida de pecado é
um engano e uma ilusão:

“Todo aquele que vive habitualmente no pecado também vive na


rebeldia, pois o pecado é rebeldia. E bem sabeis que ele se manifestou para
tirar os pecados; e nele não há pecado. Todo o que permanece nele não vive
pecando; todo o que vive pecando não o viu nem o conhece. Filhinhos, ninguém
vos engane; quem pratica a justiça é justo, assim como ele é justo; quem
comete pecado é do Diabo; porque o Diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho
de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo. Aquele que é nascido
de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele,
e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os
filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de
Deus, nem o que não ama a seu irmão” (1 João 3:4-10).
A Epístola de João foi escrita no contexto das típicas heresias gnósticas tipo [25],
esses falsos mestres estavam enganando as pessoas induzindo-as a pensar que se
pode ser um cristão e ainda viver em pecado. João não está aqui dizendo que
estamos absolutamente sem pecado, antes, ele afirma que ninguém pode dizer que
é sem pecado (1 João 1:8-10), o que ele fala são daqueles que se mantém no pecado,
vivendo uma vida ruim e sem arrependimento. A menos que se arrependa não resta
nenhum sacrifício pelo pecado (Hebreus 10:26).

22
O conceito de que os cristãos estão sob nenhuma lei está ganhando terreno no
mundo cristão, mas no final isso é uma negação de Cristo. Isto é uma forma sutil de
espiritismo sob a roupagem do cristianismo, pois se não houvesse nenhuma lei, não
haveria pecado e, portanto, não haveria necessidade de um Salvador [26]
(Romanos 5:13, 3:20). Um cristianismo superficial, sem raízes não vai suportar o
teste do tempo (Mateus 13:5-6); tal fé não traz a convicção do pecado e,
conseqüentemente, a necessidade de arrependimento. As mega-igrejas de hoje,
muitas vezes minimizam o pecado, porque ele é impopular, e assim aumentam o
número de seus membros à proporções gigantescas. O Espírito Santo foi dado para
convencer os homens do pecado e do juízo (João 16:8), mas muitos cristãos alegam
que não serão julgados, mesmo que isso esteja claramente declarado nas Escrituras
(Mateus 16:27, 2 Coríntios 5:10; Mateus 25:31-46). Embora seja verdade que os
verdadeiros cristãos não estão debaixo da condenação da lei, porque eles são
abrangidos pela justiça de Cristo, isso não pode ser transformado numa capa para
encobrir o mal e uma vida pecaminosa. A doutrina de que não há Lei é uma
negação de Cristo como nosso Salvador e, portanto, é uma doutrina de demônios:

“como livres, e não tendo a liberdade como capa da malícia, mas como servos de
Deus” (1 Pedro 2:16).

Deus nos deu leis, porque Ele é um Deus de amor e sabe do que precisamos para
sermos felizes, então, vamos mostrar o nosso amor a Deus, guardando Suas
leis. Como exemplo, Deus nos deu as leis da saúde, para que pudéssemos ser
saudáveis, mas se não a seguirmos pagaremos um preço. Outra lei em nosso
benefício é o sábado; sem ele estaríamos sempre trabalhando, e nos tornaríamos
centrados em nós mesmos e, assim, nos esqueceríamos de Deus. Nosso Criador em
sua sabedoria sabe o que é melhor para nós.

Jesus enfatizou a necessidade de uma ligação viva com Ele, a fim de crescermos em
santidade e termos vida espiritual. Aqueles que permanecem na videira darão
frutos, mas se separados da videira murcham até que são lançados no fogo (João
15:1-8). Se tentarmos usar um telefone celular, mas nunca carregá-lo, vamos
descobrir em breve que não podemos fazer todas as chamadas. O perigo do
ensinamento gnóstico é que ele desvaloriza Cristo e o arranca para fora da
Videira. Sem uma compreensão adequada de quem é Cristo, o divino Filho de
Deus, o único que pode nos redimir, não podemos nos beneficiar com o plano da

23
salvação ou viver uma vida santa. A aparência de santidade, sem Cristo é uma farsa,
como a figueira que tinha folhas mas nenhum fruto sobre ela (Marcos 11:12-21).

A Trindade

Porque a apostasia final porá em causa a divindade de Cristo, como parte de nosso
estudo é importante estabelecer a base bíblica da Trindade. As controvérsias
trinitárias da Igreja primitiva são complexas e demoradas, muitas vezes envolvendo
palavras e fórmulas complexas. A raiz do problema parecia estar tentando entender
a Trindade de um fundo pagão filosófico ao invés de uma sólida base bíblica. Como
mencionado no capítulo um, os gnósticos pensavam Deus como santo demais para
criar um mundo material. Assim, eles viram Jesus e o Espírito Santo, como seres
criados ou gerados para realizar esse trabalho de criação, que implicava num status
inferior ao Pai.

O problema com esta abordagem é que ela nega dois conceitos fundamentais sobre
Deus e nossa salvação. O primeiro é a nossa compreensão básica de que Deus é
amor (1 Jo 4:8). A imagem que obtemos na Bíblia é de três Pessoas iguais
existentes por toda a eternidade em uma unidade de amor. O amor não pode existir
a menos que hajam outros que possam ser amados [27]. O segundo está
relacionado ao primeiro: o sacrifício de Cristo nos mostrou que Deus nos amou
tanto que estava disposto a dar Seu Filho, um membro da Divindade para morrer
por nós [28]. Uma vez que começamos a minar esta doutrina, toda a base para a
expiação está danificada. No Evangelho de João, a unidade da Divindade é
revelada: o Filho glorifica o Pai, e o Pai, glorifica o Filho (João 17:1). Jesus também
disse que Ele e o Pai são um “(João 10:30) e que o próprio Pai nos ama (João
16:27). O Pai ama o Filho (João 10:17) e o Filho o Pai (João 14:31). Nesta unidade
de amor e glória, a expiação assume uma nova luz, o próprio Deus está disposto a
pagar o preço pelos nossos pecados, porque Ele nos ama, e este amor é igual ao
amor do Pai pelo Seu Filho (João 15:9). É difícil para nós compreender tal amor:

“que possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o


comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede
todo o entendimento, para que sejais cheios até a inteira plenitude de Deus”
( Efésios 3:18-19).

24
Há muitas provas de que Jesus é igual a Deus, Jesus é referido como o Alfa e o
Ômega (Apocalipse 1:10-18; 22:12-13), assim como o primeiro e o último, um título
que só pode ser dado a Deus:

“Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o
primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Isaías 44:6).
O livro de Hebreus dá uma clara evidência da divindade de Cristo, ele diz que os
anjos adoram a Jesus, e também se refere a Jesus como Deus:

“E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus


o adorem. Ora, quanto aos anjos, diz: Quem de seus anjos faz ventos, e de seus
ministros labaredas de fogo. Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos
séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:6-8).

No deserto, quando tentado pelo diabo, Jesus deixou claro que só devemos adorar
o Senhor Nosso Deus (Mateus 4:10). No entanto, Jesus foi adorado pelos seus
discípulos (Mateus 14:33; 28:17). De acordo com a Epístola aos Filipenses, um dia
todo joelho se dobrará ao nome de Jesus (Filipenses 2:10-11). Esta é uma prova
clara de Sua divindade.

Jesus referiu-se a si mesmo com a expressão “EU SOU” (João 8:58), o que não só
se refere à sua pré-existência antes de Abraão, mas também é um título que só pode
ser usado por Deus:

“Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos
olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3:14).

Jesus também disse eu Sou o pão da vida, eu Sou a luz do mundo, eu Sou a porta,
eu Sou o bom pastor, eu Sou a ressurreição e a vida, e eu Sou a videira verdadeira
(João 6:48; 08:12, 10:09; 10:11, 11:25, 15:1). É evidente que Jesus não só existia
antes dEle vir ao mundo (João 17:24), mas Ele é igual a Deus (Filipenses 2:6).
Mesmo Ele sendo igual a Deus, estava disposto a se humilhar e se tornar um ser
humano, a fim de pagar o preço pelos nossos pecados e nos salvar da morte eterna.
Isso demonstra a profundidade do amor de Deus por nós que Jesus estava disposto
a descer tão longe e sofrer muito para nos salvar (João 3:16).

25
O Espírito Santo também é apresentado como uma Pessoa divina, Ele é o outro
consolador (da mesma espécie), como o Pai e o Filho:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para
sempre” (João 14:16).

Em grego, a palavra “allos” significa outro da mesma espécie, em vez de um tipo


diferente [29]. Portanto, o Espírito Santo é igual ao Pai e ao Filho, Ele é um outro
ser como o Pai e o Filho [30].

O Espírito Santo tem uma personalidade: Ele pode ser entristecido (Efésios 4:30),
dá dons como Ele quer (1 Coríntios 12:11), fala e dirige pessoas (Atos 8:29), Ele
pode ser enganado (Atos 5:3) e pode ser resistido (Atos 7:51).

A apostasia dos últimos dias vai sutilmente negar a divindade de Jesus e colocá-lo
em pé de igualdade com anjos ou outros seres “espíritos” [31], como os gnósticos
fizeram. Apesar de Jesus ser o único que pode nos salvar (Atos 2:21), muitos
salvadores ou mediadores serão apresentados. O homem vai se tornar seu próprio
salvador, e voltar-se para o engano original “sereis como deuses” (Gênesis 3:5).
Pessoas afirmarão ter poderes dentro de si para curar [32] e fazer milagres, e Jesus
será reduzido ao status de um curandeiro [33]. No entanto, o poder desses
curandeiros não se origina dentro deles, mas de forças demoníacas, segundo as
Escrituras. O resultado desse ensino será um corte de sua vida da videira
verdadeira, uma espiritualidade seca e, finalmente, escuridão, confusão, ilusão e
destruição. No entanto, não é que não possa haver cura verdadeira do Senhor,
como aconteceu no Pentecostes, em tais casos o poder não é atribuído às pessoas,
mas atribuído ao próprio Deus (Atos 3:12). Os discípulos nunca alegaram ter poder
dentro de si para curar as pessoas; mas sempre atribuíam esse poder a Deus.

A filosofia que, de alguma forma somos divinos é atraente para a mente natural,
porque é lisonjeiro pensar em si como possuindo poderes sobre-humanos. Mas isso
é uma contradição do que a Bíblia diz sobre a humanidade, que o coração humano
é mau e rebelde contra Deus (Jeremias 17:9, Romanos 3:10-18), para não
mencionar que pensar em si mesmo como um ser divino é blasfêmia (At. 12:22-23)!
A menos que compreendamos nossa verdadeira condição, não podemos ser salvos.
No livro do Apocalipse, a igreja de Laodicéia representa a fase final da igreja nos

26
últimos dias [34]. Ela acha que é rica e não precisa de nada, mas Deus lhe diz que
ela é pobre, cega e nua (Apocalipse 3:17). Deus nos oferece colírio para que
possamos ver nossa verdadeira condição, e vestes brancas para cobrir nossa nudez
e ouro para nos fazer ricos (Apocalipse 3:18). Ele pode nos ajudar a discernir a
verdade do erro, para ver que precisamos de um Salvador, Ele pode nos dar o
manto da justiça de Cristo e o ouro do amor e da fé [35], em contraste com as
riquezas do mundo que perecem (Mateus 6:19-20 ).

Jesus está à porta e bate (Ap 3:20), esperando por nossa resposta para deixá-lo
entrar. Ele espera pacientemente, batendo com Suas mãos perfuradas e coroa de
espinhos na cabeça. Se nós o deixarmos entrar, devemos também estar dispostos a
deixá-lo limpar o lixo em nossas vidas. Este é um dos mais tocantes apelos nas
Escrituras, você vai deixá-Lo entrar?

Capítulo 6: Destruição
A etapa final do espiritismo é a destruição! Embora prometendo muitas coisas, em
última instância Ele oferece nada, tornando-o vazio. A Carta de Judas descreve tais
falsos mestres como nuvens vazias que não tem chuva, como árvores infrutíferas e
estrelas errantes reservadas para as trevas (Judas 12-13). Se as pessoas soubessem
onde a estrada para Endor termina, será que continuariam a viajar nela?
Infelizmente, aqueles que rejeitam a paz de Deus e a verdade um dia serão
destruídos, e o seu ouro vai passar a ser ouro de tolos. Quando Cristo voltar, muitas
pessoas que fizeram do dinheiro o seu deus irão finalmente perceber que ele é inútil
e o jogarão às toupeiras e aos morcegos:

“Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata,
e os seus ídolos de ouro, que fizeram para diante deles se prostrarem” (Isaías 2:20).
O Rei Acazias foi destruído pela bruxaria após cair acidentalmente em seu palácio
(2 Reis 1:2); sua lesão foi grave o suficiente para pôr em causa se ele iria ou não
sobreviver. Ele enviou mensageiros para consultarem à Baal-Zebube, deus de
Ecrom para saber se ele iria se recuperar. Mas Deus enviou o profeta Elias para
dizer que, porque os mensageiros do rei inquiriram a Baal-Zebube, em vez do
Senhor (Deus de Israel), ele iria morrer (2 Reis 1:3-4). Não há nenhuma indicação
de que o ímpio rei se arrependeu. Ele enviou três lotes de soldados para tomar
Elias, os dois primeiros grupos foram consumidos pelo fogo, e só depois o capitão

27
do terceiro grupo pediu educadamente a Elias para ir com ele até o rei. Mas Elias
não mudou sua mensagem e o rei morreu.

O caso de Balaão Foi triste, uma vez que era um profeta do Senhor (Números 22:9-
12), ele foi consumido pela cobiça. Balaão esperava se tornar rico através da
adivinhação, mas acabou morto em combate algum tempo depois (Números 31:8).
Seu dinheiro não beneficiou a ele em tudo, ele conseguiu o que queria, mas no final
morreu com o seu dinheiro.

Quando Israel estava prestes a invadir Canaã, o rei moabita Balaque (juntamente
com seus aliados midianitas) estava com medo por causa do sucesso de Israel na
conquista de outras nações através do poder de Deus. Tendo ouvido da reputação
de Balaão como um profeta, ele mandou os anciãos convidá-lo para amaldiçoar a
Israel na esperança de que isso pudesse parar os israelitas (Números 22:1-7). Ele
não entendeu que o poder dos israelitas não era algum tipo de magia, mas vinha de
um relacionamento com o Deus vivo e da guarda de Seus mandamentos
(Deuteronômio 28:7). Balaão deveria saber disso, mas a perspectiva de uma rica
recompensa o tentou e ele se ofereceu para pedir ao Senhor sobre isso (Número
22:8). É evidente que o Senhor não amaldiçoou Seu próprio povo, mas a chance de
ficar rico era demais para Balaão. O Senhor disse a Balaão para não amaldiçoar a
Israel e os mensageiros voltaram para casa (Números 22:9-14).

Desapontado, Balaque em seguida, enviou principes com ofertas maiores na


esperança de convencer Balaão, e novamente Balaão perguntou ao Senhor sobre o
assunto (Números 22:15-19). Deus já havia lhe havia dito para não amaldiçoar a
Israel, por isso não havia necessidade de perguntar ao Senhor sobre isso
novamente. Deus disse ao profeta só ir se viessem a ele na parte da manhã, o que
eles não fizeram (Números 22:20-21)! No entanto Balaão estava determinado a
conseguir o dinheiro e foi atrás deles de qualquer maneira! Mesmo a intervenção
de seu burro falando com ele não conseguia sacudi-lo de sua ilusão (Números
22:22-33). Quando ele chegou, ele não tinha permissão para amaldiçoar a Israel,
mas lhe era permitido apenas abençoá-los sob o controle do Senhor (Número
22:35, 23:08, 20; 24:10). Humilhado, voltou para casa sem a sua recompensa.
Tendo sido dada ampla evidência de que ele não poderia trabalhar contra Israel,
Ele, no entanto, voltou e jogou sua sorte com os inimigos de Israel [36] e do
Senhor, onde mais tarde foi morto quando Israel sob a orientação divina atacou os

28
midianitas por sua perfídia. Balaão se tornou uma figura daqueles que amam o
dinheiro e abandonam o Senhor (2 Pedro 2:15; Judas 11, Apocalipse 2:14). É
interessante notar que o termo Balaão é aplicado para os falsos mestres dos últimos
dias, dando uma nova ligação entre a feitiçaria e a cobiça. A queda da antiga cidade
da Babilônia, tem algo em comum com a queda de Balaão; ela também está ligada à
confiança na feitiçaria e materialismo:

“Mas ambas estas coisas virão sobre ti num momento, no mesmo dia, perda de
filhos e viuvez; em toda a sua plenitude virão sobre ti, apesar da multidão das tuas
feitiçarias, e da grande abundância dos teus encantamentos. Porque confiaste na
tua maldade e disseste: Ninguém me vê; a tua sabedoria e o teu conhecimento,
essas coisas te perverteram; e disseste no teu coração: Eu sou, e fora de mim não há
outra. Pelo que sobre ti virá o mal de que por encantamentos não saberás livrar-te;
e tal destruição cairá sobre ti, que não a poderás afastar; e virá sobre ti de repente
tão tempestuosa desolação, que não a poderás conhecer. Deixa-te estar com os teus
encantamentos, e com a multidão das tuas feitiçarias em que te hás fatigado desde
a tua mocidade, a ver se podes tirar proveito, ou se porventura podes inspirar
terror. Cansaste-te na multidão dos teus conselhos; levantem-se pois agora e te
salvem os astrólogos, que contemplam os astros, e os que nas luas novas
prognosticam o que há de vir sobre ti. Eis que são como restolho; o logo os
queimará; não poderão livrar-se do poder das chamas; pois não é um braseiro com
que se aquentar, nem fogo para se sentar junto dele. Assim serão para contigo
aqueles com quem te hás fatigado, os que tiveram negócios contigo desde a tua
mocidade; andarão vagueando, cada um pelo seu caminho; não haverá quem te
salve” (Isaías 47:9-15).

Sabemos que os babilônios dependiam fortemente de seus astrólogos, sábios e


encantadores de acordo com o Livro de Daniel (Daniel 2:2). Os babilônios tinham
ampla evidência na época de Nabucodonosor que essas coisas eram falsas.
Repetidamente Daniel sob o poder do Deus vivo foi capaz de revelar os sonhos e
presságios que os sábios eram impotentes para compreender. Nabucodonosor
finalmente reconheceu o verdadeiro Deus, mas em anos posteriores seu neto
Belsazar convocou uma festa na qual zombavam do Deus vivo, usando as taças
retiradas do Templo em Jerusalém para sua festa. Eles louvavam os deuses de
ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra (Daniel 5:1-4). Pouco tempo depois um
presságio apareceu na forma de uma mão escrevendo na parede (Daniel 5:5). Os

29
sábios de Belsazar não podiam interpretar a escrita e Daniel teve que ser chamado.
Era uma mensagem de destruição, o rei tinha sido pesado na balança e sido achado
em falta, naquela mesma noite ele foi morto pelos invasores persas e seu reino
chegou ao fim (Daniel 5:6-30).

A Babilônia caiu porque devia ter pensado melhor, mas preferiram confiar em suas
feitiçarias. Eles se concentraram em acumular riquezas, mas de repente em um dia
tudo estava perdido e a cidade caiu. De forma semelhante, o Livro do Apocalipse
descreve como a Babilônia espiritual será o refúgio de demônios (Apocalipse 18:2)
e materialistas (Apocalipse 18:11-14). Ela também cairá de repente (Apocalipse
18:17) tendo sido enganada pela feitiçaria (Apocalipse 18:23). Aqui vemos uma
clara ligação entre a cobiça e a feitiçaria, cujo fim é a destruição. Foi a cobiça que
levou Judas a trair o seu Senhor, apesar de todos os esforços que Jesus fez para
salvá-lo [37] (João 13:12-21). Infelizmente, ele escolheu o dinheiro ao invés de
Jesus, mas o seu dinheiro para nada lhe serviu (Mateus 27:5).

Estas coisas foram escritas como aviso para nós (1 Coríntios 10:11), que estamos
vivendo nos últimos dias para que possamos observar e ser sensatos. O largo
caminho de Endor, embora prometa ouro e prata, termina em destruição, e aqueles
que trafegam nessa estrada não são sábios. No livro O Peregrino, Christian passa
por uma mina de prata colocada lá para tentar os viajantes do caminho estreito.
Aqueles que descem em suas profundezas se perdem enquanto esperam ficar ricos,
ou são sufocados pelo ar venenoso. Os poucos que conseguem escapar estão tão
sobrecarregados com a prata que não podem terminar a sua viagem à Cidade
Celestial! Felizmente, Deus tem uma alternativa e um antídoto para esses enganos
que parecem ser tão atraentes.

Capítulo 7: O Antídoto
Quando o povo de Israel caiu em adoração a Baal e afastou-se do Deus vivo, o
profeta Elias foi enviado para salvá-los. Os adoradores de Baal acreditavam que seu
deus lhes havia enviado chuva [38], assim com a palavra de Elias não houve chuva
até uma severa seca e fome em massa ocorrer (1 Reis 17:1, 12; 18:5). Isso foi feito
para mostrar ao povo que era Deus quem provia a chuva ao invés de Baal, para que
eles caissem em si e evitassem a destruição eterna.

30
O rei tentou encontrar Elias, mas ninguém sabia onde ele estava (1 Reis 18:10)!
Considerou que, se pudesse, livrar-se de Elias, todos os seus problemas teriam fim
[39]. Não conseguindo encontrar Elias, a rainha, Jezebel colocou sua ira sobre os
profetas do Senhor. No entanto, um servo do rei salvou uma centena deles,
escondendo-os em uma caverna (1 Reis 18:13). Posteriormente um confronto final
entre Elias e os falsos profetas de Baal ocorreu no Monte Carmelo. Diante de todo o
povo Elias propôs um teste, os profetas de Baal chamariam seu deus e ele o Senhor,
aquele que respondesse pelo fogo era o verdadeiro Deus (1 Reis 18:21-24). As
pessoas tinham estado hesitantes entre duas opiniões e ninguém se atrevia a
responder-lhe ou revelar fidelidade ao Senhor [40]. No entanto, elas gostaram da
sugestão de um julgamento e assim a cena foi definida. Os profetas de Baal
pediram ao seu deus, cantaram, e cortaram-se em um frenesi, mas ninguém lhes
respondeu. Quando chegou a vez de Elias, ele fez uma simples oração de fé, e em
seguida, desceu fogo do céu e consumiu o sacrifício, assim como o altar! O feitiço
sobre o povo estava quebrado e eles reconheceram que o Senhor era o verdadeiro
Deus (1 Reis 18:39). Então, Deus enviou a chuva para regar a terra ressequida,
agora que o povo havia se arrependido e sido salvo da apostasia (1 Reis 18:44-45).

Nos últimos dias a igreja voltará a cair em uma apostasia envolvendo enganações
espíritas. Em seguida, uma mensagem semelhante será dada no espírito e poder de
Elias para levar as pessoas de volta a Deus:

“Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do
Senhor” (Malaquias 4:5).

Só que desta vez os falsos mestres chamarão o fogo do céu, usando poderes
demoníacos, assim como curarão os enfermos com o poder de Satanás para
enganar as multidões [41] (Apocalipse 13:13-14). Infelizmente, a maioria não vai se
arrepender, mas optará por seguir os falsos ensinos da Babilônia espiritual, a igreja
caída [42], que é comparada a apóstata Jezabel (Apocalipse 17:5; Jeremias 4:30),
irá escolher o vinho místico da Babilônia em vez da pura água da vida que Deus lhe
oferece (Apocalipse 14:8, João 7:38). Um remanescente ouvirá a mensagem de
Deus para o tempo do fim que é resumida em Apocalipse 14:6-12 e é conhecida
como a mensagem dos três anjos. Este será o último convite de misericórdia de
Deus antes do fim da provação e do retorno de Cristo. Do capítulo 15 em diante o

31
livro do Apocalipse geralmente lida com os eventos ocorridos após a provação ser
encerrada [43].

O fim da provação é um evento semelhante ao que Noé pregou ao povo durante


mais de cem anos antes que a porta da misericórdia se fechasse na arca (Gênesis
6:3; 7:16). Deus não trará julgamento arbitário sobre as pessoas. Primeiro, elas têm
a oportunidade de se arrependerem e serem salvas, mas Deus não pode permitir
que o pecado e o sofrimento durem para sempre, Ele tem que colocar um fim neles.

O coração dos homens nos dias de Noé era corrupto e continuamente a terra estava
cheia de violência (Gênesis 6:5, 11), as coisas não podiam continuar assim para
sempre. Jesus disse que antes dEle voltar, as condições na terra seriam similares as
do tempo de Noé (Mateus 24:37-39). As pessoas estavam comendo e bebendo e
depois repentina destruição veio sobre elas, mostrando que estavam absorvidas em
coisas materiais ignorando as advertências do juízo vindouro. Por isso, antes da
volta de Jesus, o mundo vai estar absorvido em seus divertimentos, tendo escolhido
acreditar no engano final que lhes permitia viver contrários aos mandamentos de
Deus.

A coisa interessante sobre a mensagem dos três anjos é que ela é o antídoto perfeito
para o engano espírita do tempo do fim:

Espiritismo Três Mensagens Angélicas


Não há lei Mandamentos de Deus
Sem Julgamento – Alma Imortal Hora do Julgamento de Deus já começou
Adoração à si mesmos – Sois deuses Adoração ao Criador
Um Falso Evangelho O Evangelho Eterno
Negação de Jesus A fé de Jesus

Este é o antídoto perfeito, pois contraria os princípios básicos da mensagem falsa.


A mensagem falsa nega a lei, o pecado, o julgamento e a salvação somente em
Jesus, a verdadeira afirma estas coisas. Se não houvesse lei, não haveria pecado
(Romanos 5:13), portanto não haveria julgamento e não haveria necessidade de um

32
Salvador. A doutrina da ausência da lei atinge o cerne da expiação e é uma negação
de Jesus. Uma pessoa não pode se arrepender se não há nada do que se arrepender.
Quando vier o engano, o seu antídoto também estará disponível para aqueles que
irão usufruir dos seus benefícios. Desta vez será a confiança na Palavra de Deus que
irá salvar as pessoas ao invés de uma demonstração de poder, porque haverá
muitos falsos milagres e falsos sinais acontecendo.

Sempre que Deus faz alguma coisa, Satanás tem uma contrafação [44]. Como Deus
tem Seus três mensageiros angelicais (Apocalipse 14:6-12), Satanás também tem
três mensageiros demoníacos (Apocalipse 16:13-14). Deus tem um trono e é
adorado no céu (Apocalipse 4:9-11; 5:13-14); Satanás também tem um trono e é
adorado na terra (Apocalipse 2:13, 13:4). Como Deus é uma Trindade de três
pessoas (Apocalipse 1:4-8, Mateus 28:19); Satanás também tem a sua falsa
trindade: o Dragão, a Besta e o Falso Profeta (Apocalipse 16:13). Lado a lado as
pessoas serão capazes de ver a realidade e a contrafação e escolher de que lado
ficar. O mundo inteiro será levado para um dos dois campos, tanto para o culto à
imagem da besta (Apocalipse 13:15), como para ser fiel ao Senhor e à Seus
mandamentos (Apocalipse 14:12).

Em certa ocasião, quando Israel estava no deserto, tornou-se seu campo infestado
de cobras venenosas, como resultado de sua murmuração contra Deus (Número
21:5-6). No entanto, Deus deu-lhes uma cura, uma serpente de bronze em um poste
para que qualquer pessoa que olhasse para ela vivesse (Números 21:7-9). Ao falar a
Nicodemos, Jesus usou isso como ilustração de sua própria missão (João 3:14-15).
A serpente de bronze era um símbolo de Cristo, todos os que olham para Ele com fé
podem ser curados da mordida de cobra do pecado. É interessante que antídotos
para picadas de cobra são geralmente feitos a partir do veneno. Somente tomando
sobre si os pecados do mundo, Jesus poderia prover uma solução para salvar os
pecadores (2 Coríntios 5:21, 1 Pedro 2:24).

Vamos dar uma olhada nos ingredientes desse antídoto em Apocalipse 14:

“E vi outro anjo voando pelo meio do céu, e tinha um evangelho eterno para
proclamar aos que habitam sobre a terra e a toda nação, e tribo, e língua, e povo”
(Apocalipse 14:6).

33
O evangelho eterno, tal como apresentado por Jesus e os apóstolos será pregado
em sua pureza em todo o mundo antes de chegar o fim (Mateus 24:14). Este não é o
evangelho falsificado da graça barata, mas o real que tem o poder de mudar as
pessoas. A velocidade do anjo representa a rapidez e a amplitude da proclamação
da mensagem [45]. A mensagem não vai literalmente ser proclamada pelos anjos.
O povo de Deus vai anunciá-la, mas por trás das cenas os anjos ajudarão aqueles
que estão fazendo o trabalho.

Hoje, a comunicação moderna e melhores transportes facilitam a rápida


propagação do evangelho. Mesmo em países onde a Bíblia é ilegal, as pessoas estão
a obter acesso a ela através da internet! No entanto, não somente pela tecnologia,
mas a assistência divina está ajudando as pessoas a pregarem as boas novas. O
Espírito de Deus também será derramado sobre o povo de Deus para ajudá-lo nesse
sentido (Atos 2:17-21), e os anjos estarão trabalhando em segundo plano como
espíritos ministradores (Hb 1:14). A profecia de Joel, citada por Pedro no dia do
Pentecostes, tinha um cumprimento parcial na época (Joel 2:28-32), no entanto, a
profecia tem sua ênfase principal sobre a vinda do Senhor. Assim, podemos esperar
que haverá um grande derramamento pentecostal antes da volta de Cristo, para
ajudar a terminar a comissão do evangelho (Mateus 28:18-20). Esta manifestação é
conhecida como a chuva serôdia (Joel 2:23). A primeira chuva ajudou a iniciar a
igreja, a última chuva vai ajudar a terminar a comissão evangélica [46].

“dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é chegada a hora
do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas”
(Apocalipse 14:7).

Enquanto o espiritismo nega o Juízo, o verdadeiro evangelho o confirma. Os


crentes genuínos não têm nada a temer do julgamento, eles estarão cobertos pelo
sangue de Jesus. Mas isso não pode ser usado como uma capa para o mal. O
julgamento lança fora do reino aqueles que não são genuínos, como na parábola do
joio e do trigo (Mateus 13:29-30). Uma religião que tem a forma mas não o poder
simplesmente não passa no teste.

Numa época em que alguns cientistas estão questionando o relato bíblico da


Criação, uma chamada é feita para adorar ao nosso Criador. Isso se opõe ao culto
espírita em si mesmo. O sábado foi dado ao homem para colocar seus pensamentos

34
longe de suas próprias obras para contemplar a criação de Deus [47], e assim
salvaguardar a relação do homem com seu Criador [48].

“Um segundo anjo o seguiu, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, que a todas as
nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição” (Apocalipse 14:8).

No final dos tempos, a igreja está em um estado caído; os falsos ensinos


corromperam o mundo inteiro.

“Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto
têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança
eterna. Por isso a maldição tem consumido a terra; e os que habitam nela
são desolados; por isso são queimados os moradores da terra, e poucos homens
restam” (Isaías 24:5-6).
A quebra da aliança eterna é a rejeição do governo e autoridade de Deus, e,
portanto, de sua proteção; como resultado desastre após desastre atingem a terra
(Mateus 24:7), isto inclui guerra, fome, pragas, incêndios e inundações [49].
Enquanto as pessoas buscam explicações científicas para as calamidades que
aumentam [50], em última análise, a razão para isso é a rebelião contra Deus e
Seus mandamentos. Os desastres serão uma última tentativa para trazer a
humanidade a seus sentidos [51], para despertá-la de suas ilusões, antes que seja
tarde demais.

Somos chamados a sair da Babilônia, que representa as igrejas caídas que


abandonam os mandamentos de Deus influenciadas pelos poderes demoníacos. O
verdadeiro povo de Deus é chamado a sair, porque os juízos de Deus estão prestes a
cair nessas igrejas. Tendo aceitado os falsos milagres, sinais e a doutrina sem lei
dos demônios, estão maduros para a destruição. O verdadeiro povo de Deus fugirá
de tais igrejas e juntar-se-á ao povo remanescente de Deus e assim receberão o selo
do Deus vivo que irá protegê-los quando as pragas finais cairem sobre a terra
(Apocalipse 7:1-3, 16). Quatro anjos são retratados como retendo os ventos que
representam as calamidades finais que irão destruir a terra, até os santos serem
selados (Apocalipse 7:1).

“Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de
Deus e a fé em Jesus”. (Apocalipse 14:12).

35
Os santos de Deus são identificados especificamente como guardando os
mandamentos de Deus; a ênfase na adoração a Deus como nosso Criador, em
Apocalipse 14:7 chama a atenção ao oprimido quarto mandamento. Os santos farão
um trabalho de reconstrução e restauração da lei moral de Deus, especialmente do
quarto mandamento [52]. Por guardarem todos os mandamentos eles recebem o
selo de Deus que se caracteriza interiormente pelo Espírito Santo e exteriormente
pela obediência ao sábado que é o único mandamento que contém o nome, a
jurisdição e mandato do Criador – Seu selo [53].

“E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a
sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, Também este beberá do
vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será
atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a
fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia
nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do
seu nome” (Apocalipse 14:9-11).

Enquanto o trabalho de reforma está em andamento, os falsos profetas e


professores não vão ajudar neste trabalho mas em vez disso, usarão “argamassa
fraca” (Ezequiel 13:3-16; 22:26-31), profanando o santo dia de Deus e promovendo
o domingo em seu lugar [54].

Esta construção falsa será destruída por uma praga de granizo, juntamente com os
falsos profetas que a construiram (Apocalipse 16:21; Ezequiel 13:11-13)! Naquela
ocasião, a terrível praga de Zacarias cairá sobre os falsos mestres que lutaram
contra o povo de Deus [55] (Zacarias 14:12). A marca da besta é a aceitação de uma
lei feita pelo homem (domingo) como estando acima da lei de Deus (o sábado) [56].
Apesar das terríveis advertências dadas contra o receber a marca da besta, a
maioria não vai prestar atenção. (Para um estudo detalhado sobre a marca da
besta, o selo de Deus e a reforma definitiva do povo de Deus, por favor consulte
meus outros livros [57]).

O antídoto para o engano final de Satanás estará disponível a todos no final dos
tempos, porque é uma mensagem mundial. Temos tido amplos recursos para nos
ajudar a superar a crise final: as Escrituras, o Espírito Santo e uma mensagem

36
especial. Aqueles que vivem um pouco antes do retorno de Cristo, que ouvem e
aceitam esta mensagem serão salvos e resgatados quando Cristo voltar:

“E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, a quem aguardávamos, e ele
nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação gozaremos e
nos alegraremos” (Isaías 25:9).

Conclusão
A mensagem da Palavra de Deus serve como uma verificação da realidade. As
pessoas ficam hipnotizadas pelos sonhos de glória do espiritualismo, esquecendo o
princípio básico de que aquilo que o homem semear ele deve também colher
(Gálatas 6:7). As promessas do espiritismo são demasiadamente boas para serem
verdade, elas permitem o viver uma vida pecaminosa em desobediência e rebelião
contra Deus e ainda promete a vida eterna. Em oposição a esta ilusão está o
julgamento (Apocalipse 14:7), que serve para nos lembrar que vivemos em tempos
solenes quando as ações dos santos e dos professos cristãos estão a serem pesadas
na balança do santuário celeste [58] para ver se sua fé é verdadeira (Tiago 2:8-12,
17 – 20; Apocalipse 14:7; Daniel 7:9-10, 22).

Porque o espiritismo assumirá um manto sagrado no fim dos tempos, é um tanto


importante nos familiarizar com as Escrituras, especialmente aquelas que lidam
com o estado dos mortos, o retorno de Cristo, a lei moral e o sábado. Através de
dois erros: a imortalidade da alma e a santidade do domingo, Satanás vai trabalhar
para a ruína da igreja [59].

Tenho observado que algumas pessoas se recusam a seguir as exigências de Deus,


porque temem perder algo ou alguém. Elas dizem, não podemos guardar o sábado,
senão perderemos o nosso negócio, ou a minha esposa vai me deixar. Então, depois
de um tempo aquilo que muito temiam vem sobre elas de qualquer maneira!
Outros se enganam em acreditar que Deus não exige muito delas enquanto vivem
“uma vida boa”. As Escrituras dizem que a menos que um homem tome a sua cruz e
siga após Jesus, ele não é digno de Jesus (Mateus 10:38).

Quando alguém está doente fisicamente, normalmente leva isso a sério, procura
ajuda médica e aceita qualquer recomendação que o médico lhe prescreva, mas

37
quando se trata de nosso destino eterno muitos surpreendentemente parecem não
se preocupar com isso. Talvez isso aconteça porque elas pensam no céu como um
lugar etéreo, quando na realidade é um lugar real. O céu será habitado por pessoas
reais, que farão coisas reais e se alegrarão por toda a eternidade em um lugar de
felicidade, amor e glória. Se pudéssemos ter um vislumbre daquilo que Deus tem
reservado para aqueles que o amam, talvez pudéssemos levar o nosso destino
eterno mais a sério. Nesse lugar, até mesmo os animais serão inofensivos, e as
pessoas construirão casas e plantarão vinhas, as crianças vão brincar na rua e
ninguém vai sofrer de doença, envelhecer ou morrer (Isaías 65:21-22, 25; Zacarias
8:5; Apocalipse 21:3-4). O melhor de tudo, estaremos na presença de Deus por toda
a eternidade e com Jesus que sofreu por nós e ainda carrega em Suas mãos e pés as
marcas da crucificação (João 17:24, 20:25, 27). Só quando chegarmos ao céu,
seremos realmente capazes de apreciar o preço pago pela nossa salvação (1
Coríntios 2:9).

Memorização de Versos Bíblicos


Eu incluí uma lista de versículos chave das Escrituras que você deve ter
conhecimento e se possível memorizar para ajudar a prepará-lo para a crise que
virá. Foi através da memorização das Escrituras que Jesus foi efetivamente capaz
de resistir às tentações do demônio no deserto (Mateus 4:1-11). A única forma
eficaz de memorizar a Escritura é continuar a repetir os versos em uma base diária
[60].

Espiritismo

“Quando entrares na terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer
conforme as abominações daquelas nações. Entre ti não se achará quem faça passar
pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem
agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito
adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz
tal coisa é abominação ao Senhor; e por estas abominações o Senhor teu Deus os
lança fora de diante de ti. Perfeito serás, como o Senhor teu Deus” (Deuteronômio
18:9-13)

38
“Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os feiticeiros; não os
busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o Senhor vosso Deus”
(Levítico 19:31).

“Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os feiticeiros,


que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um povo a seu Deus?
acaso a favor dos vivos consultará os mortos? A Lei e ao Testemunho! se eles não
falarem segundo esta palavra, nunca lhes raiará a alva” (Isaías 8:19-20).

“porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e
prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos” (Mateus
24:24).

“a idolatria, a feitiçaria, as inimizades, as contendas, os ciúmes, as iras, as facções,


as dissensões, os partidos, as invejas, as bebedices, as orgias, e coisas semelhantes a
estas, contra as quais vos previno, como já antes vos preveni, que os que tais coisas
praticam não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:20-21).

Morte como um Sono

“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem
tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou
entregue ao esquecimento” (Eclesiastes 9:5).

“Sai-lhe o espírito, e ele volta para a terra; naquele mesmo dia perecem os seus
pensamentos” (Salmo 146:4).

“Os seus filhos recebem honras, sem que ele o saiba; são humilhados sem que ele o
perceba” (Jó 14:21).

“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e
outros para vergonha e desprezo eterno” (Daniel 12:2).

“E, tendo assim falado, acrescentou: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou
despertá-lo do sono…Então Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu” (João 11:
11, 14).

39
“Eis aqui vos digo um mistério: Nem todos dormiremos mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última
trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis,
e nós seremos transformados” (1 coríntios 15:51-52).

A Composição da Alma

“E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o


fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente” (Gênesis 2:7).

“e o pó volte para a terra como o era, e o espírito volte a Deus que o deu”
(Eclesiastes 12:7).

A Ressurreição

“Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com
a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (1
Tessalonicenses 4:16).

“Não vos admireis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos
sepulcros ouvirão a sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição
da vida, e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” (João 5:28-
29).

Destruição dos Ímpios

“Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os
que cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará,
diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo”
(Malaquias 4:1).

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6:23).

Mortalidade da Alma

40
“Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis” (Gênesis 3:4).

“Porque é necessário que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e


que isto que é mortal se revista da imortalidade” (1 Coríntios 15:53).

Salvação somente através de Jesus

“Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1
João 5:12).

“O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; porém é
longânimo para convosco, não querendo que ninguém se perca, senão que todos
venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9).

“Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio,
mas sim em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos,
convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que morrereis, ó casa de
Israel?” (Ezequiel 33:11).

“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus,


homem” (1 Timóteo 2:5).

“E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há,
dado entre os homens, em que devamos ser salvos” (Atos 4:12).

Inspiração das Escrituras

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para


repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Timóteo 3:16).

O Novo Céu e a Nova Terra

“E ouvi uma grande voz, vinda do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus
está com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo
estará com eles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte,

41
nem haverá mais pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são
passadas” (Apocalipse 21:3-4).

“Virá, pois, como ladrão o dia do Senhor, no qual os céus passarão com grande
estrondo, e os elementos, ardendo, se dissolverão, e a terra, e as obras que nela há,
serão descobertas…Nós, porém, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e
uma nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pedro 3:10, 13).

O Retorno de Cristo

“os quais lhes disseram: Varões galileus, por que ficais aí olhando para o céu? Esse
Jesus, que dentre vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o
vistes ir” (Atos 1:11).

“Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim
será também a vinda do filho do homem” (Mateus 24:27).

Um Juízo Futuro

“Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e
então retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Mateus 16:27).

“Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de


Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que
praticou, o bem ou o mal” (2 Coríntios 5:10).

A Trindade

“Quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra,
dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último” (Apocalipse 1:17).

“Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o
primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Isaías 44:6).

“E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus


o adorem. Ora, quanto aos anjos, diz: Quem de seus anjos faz ventos, e de seus

42
ministros labaredas de fogo. Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos
séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:6-8).

“Então ordenou-lhe Jesus: Vai-te, Satanás; porque está escrito: Ao Senhor teu Deus
adorarás, e só a ele servirás” (Mateus 4:10).

“Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão
existisse, eu sou” (João 8:58).

“Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos
olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3:14).

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para
sempre” (João 14:16).

“Mas o Ajudador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito” (João
14:26).

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da
redenção” (Efésios 4:30).

“Disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro” (Atos 8:29).

“Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que
mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço do terreno? Enquanto o
possuías, não era teu? e vendido, não estava o preço em teu poder? Como, pois,
formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus”
(Atos 5:3-4).

Mais Informações
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Therapies” têm muita informação útil sobre os perigos de práticas de cura
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43
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Sobre o Autor
Marc Rasell nasceu em Oxford, e cresceu em uma vila rural, em Oxfordshire.
Tornou-se membro da Igreja Anglicana com cerca de 12 anos de idade, quando
ouviu a Palavra de Deus. Ele estava convencido de que era um pecador e que
precisava do sacrifício de Jesus. Mais tarde tornou-se um adventista do sétimo dia
depois de aceitar a verdade do sábado e estudar sobre a profecia bíblica. Ele
estudou no Newbold College, Bracknell e recebeu o bacharelado em Teologia e
mestrado em religião, credenciado pela Andrews University. Depois disso, ele
passou um ano na Coréia do Sul lecionando Inglês como língua estrangeira e
ensinando algumas lições da Bíblia. Enquanto ele estava na Coréia do Sul, se casou
e voltou para a Inglaterra. Ele acabou encontrando emprego na igreja e trabalhou
durante alguns anos no Adventist Discovery Centre office, na Conferência da União
Britânica dos Adventistas do Sétimo Dia em Watford. Ele foi então chamado pela
igreja para trabalhar como um ministerial interno e depois como ministro
licenciado para a Conferência dos Adventistas do Sétimo dia do Sul da Inglaterra
em East Anglia, e depois em Cornwall, onde ele reside.

Referências
[1] Ellen White, The Great Controversy, Conflict of the Ages Series, Volume 5
(Pacific Press Publishing Association, 1911) chapter 29 “The origin of evil” pp. 492-
504

[2] Ellen White, Testimonies for the Church, Volume 1 (Pacific Press Publishing
Association, 1855) p. 344

[3] Ibid., p. 428

44
[4] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 6
(Review and Herald Publishing Association, 1978) p. 55

[5] Woodrow Whidden, Jerry Moon, John W. Reeve, The Trinity (Hagerstown,
Maryland: Review and Herald Publishing Association, 2002) pp. 126-128

[6] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 4


(Review and Herald Publishing Association, 1978) p. 763

[7] Ellen White, Prophets and Kings, Conflict of the Ages Series, Volume 2 (Pacific
Press Publishing Association, 1917) p. 211; Acts of the Apostles, Conflict of the Ages
Series, Volume 4 (Pacific Press Publishing Association, 1911) p. 290; Signs of the
Times, March 24, 1887 in Evangelism (Review and Herald Publishing Association,
1946) pp. 608-609

[8] Ellen White, Patriarchs and Prophets, Conflict of the Ages Series, Volume 1
(Pacific Press Publishing Association, 1890) p. 684

[9] Ellen White, The Great Controversy, p. 560

[10] Ellen White, Patriarchs and Prophets, p. 627-628

[11] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 2


(Review and Herald Publishing Association, 1978) p. 586

[12] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 7


(Review and Herald Publishing Association, 1978) p. 486

[13] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 4, p.


144

[14] Ellen White, Signs of the Times, May 24, 1910, paragraph 7

[15] Ellen White, Thoughts from the Mount of Blessing (Pacific Press Publishing
Association, 1896) p. 42

45
[16] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 7, p.
303

[17] Niels-Erik A. Andreasen, Death: Origin, Nature, and Final Eradication,


Handbook of Seventh-day Adventist Theology (Hagerstown, Maryland: Review and
Herald Publishing Association, 2001) p. 325; Ministerial Association, Seventh-day
Adventist Believe… A Biblical Exposition of Fundamental Doctrines, Second
Edition (Silver Spring, Maryland: General Conference of Seventh-day Adventists,
2005) pp. 390-391; Bible Readings for the Home, Revised (Washington, D.C.:
Review and Herald Publishing Association, 1953) p. 516 (Spiritualism,
Communication with the dead)

[18] Kittel, Gerhard (Hrsg.) ; Bromiley, Geoffrey William (Hrsg.) ; Friedrich,


Gerhard (Hrsg.): Theological Dictionary of the New Testament. electronic ed.
Grand Rapids, MI : Eerdmans, 1964-c1976, S. 1:209; Swanson, James: Dictionary
of Biblical Languages With Semantic Domains : Hebrew (Old Testament).
electronic ed. Oak Harbor : Logos Research Systems, Inc., 1997, S. DBLH 6409, #3

[19] Rober L. Odom, How Long is Forever, see


http://www.adventistbiblicalresearch.org/documents/How%20Long%20Is
%20Forever.htm

[20] Ellen White, Early Writings (Review and Herald Publishing Association, 1882)
pp. 218-219

[21] Niels-Erik A. Andreasen, Death: Origin, Nature, and Final Eradication,


Handbook of Seventh-Day Adventist Theology, p. 336-337

[22] Ellen White, The Great Controversy, p. 588

[23] D. T. Gish, 1995. Evolution: The Fossils Still Say No! Institute for Creation
Research, El Cajon, CA, 391 pp. (cited in The Answers Book, 1999, Answers in
Genesis Ltd, Australia, p. 118) (see www.AnswersinGenesis.org)

[24] Marc Rasell, Exploring the Heavenly Sanctuary: understanding Seventh-day


Adventist theology (Bloomington: AuthorHouse, 2009) chapters 7-10

46
[25] Francis D. Nichols, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 7,
pp. 637, 645

[26] Ellen White, The Great Controversy, pp. 552-556

[27] Whidden, Moon, Reeve, The Trinity, p. 115

[28] Ibid., pp. 264-267

[29] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 5


(Review and Herald Publishing Association, 1978) p. 1037; Swanson, James:
Dictionary of Biblical Languages With Semantic Domains : Greek (New
Testament). electronic ed. Oak Harbor : Logos Research Systems, Inc., 1997, S.
GGK257

[30] Fernando L. Canale, Doctrine of God, Handbook of Seventh-day Adventist


Theology, p. 133

[31] Ellen White, The Great Controversy, p. 552

[32] Ellen White, Prophets and Kings, p. 211

[33] Ellen White, Early Writings, p. 87

[34] Kenneth A. Strand, The Eight Basic Visions, Daniel and Revelation Committee
Series, Volume 6 (Silver Spring, Maryland: Biblical Research Institute, 1992) p. 34;
C. Mervyn Maxwell, God Cares Volume 2, The Message of Revelation for You and
Your Family (Boise, Idaho: Pacific Press Publishing Association, 1985) p. 98

[35] Ellen White, Christ’s Object Lessons (Review and Herald Publishing
Association, 1900) p. 158

[36] Ellen White, Patriarchs and Prophets, p. 451

[37] Ellen White, Review and Herald, June 14, 1898, paragraphs 6-10

47
[38] Ellen White, Prophets and Kings, p. 120

[39] Ibid., p. 126

[40] Ibid., p. 147

[41] Ellen White, The Great Controversy, pp. 588-589

[42] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 7,


pp. 828-830, 851

[43] Kenneth A. Strand, The Eight Basic Visions, Daniel and Revelation Committee
Series, Volume 6, pp. 35-49

[44] Angel Manuel Rodriguez, Future Glory: the 8 greatest end-time prophecies in
the Bible (Hagerstown, Maryland: Review and Herald Publishing Association,
2002) p.105

[45] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 7, p.


827; Ellen White, The Great Controversy, p. 355

[46] Ellen White, The Great Controversy, pp. 611-612

[47] Marc Rasell, Nehemiah the Sabbath Reformer (Bloomington: AuthorHouse


2010) p. 60

[48] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 1


(Review and Herald Publishing Association, 1978) p. 972

[49] Ellen White, Last Day Events (Pacific Press Publishing Association, 1992) p.
24

[50] Ellen White, Testimonies for the Church, Volume 6 (Pacific Press Publishing
Association, 1855) p. 408

[51] Ellen White, Last Day Events, p. 28

48
[52] Marc Rasell, Nehemiah the Sabbath Reformer

[53] Marc Rasell, Exploring the Heavenl Sanctuary, p. 75

[54] Francis D. Nichol, The Seventh-day Adventist Bible Commentary, Volume 4, p.


619

[55] Ellen White, The Great Controversy, p. 657

[56] Marc Rasell, Exploring the Heavenly Sanctuary, chapter 11

[57] Please see www.adventistenterprises.co.uk and


www.exploringtheheavenlysanctuary.co.uk

[58] Marc Rasell, Exploring the Heavenly Sanctuary, chapters 6 and 10; Ellen
White, Testimonies for the Church, Volume 2 (Pacific Press Publishing Association,
1855) pp. 43-44

[59] Ellen White, The Great Controversy, p. 588

[60] A good book on this subject is “You Need to Memorize Scripture” by N. A.


Woychuk, currently available from www.AmazingFacts.org ; A free Bible
memorisation program is available from www.memoryverses.org

Livro de autoria de Marc Rasell, publicado em seu site Adventist


Enterprises, Crédito da Tradução: Blog
Sétimo Dia http://setimodia.wordpress.com/

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