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Diana Goulart

Malu Cooper

Por Todo Canto


MÉTODO DE TÉCNICA VOCAL
MÚSICA POPULAR

VOLUME 1

VOCALISES

Editora
G4 Edições Ltda. – TONS Instituto de Educação Musical
www.tons.com.br – g4@tons.com.br
Autoras
Malu Cooper - malucooper@uol.com.br
Diana Goulart - diana@imagelink.com.br
www.dianagoulart.pro.br

3ª impressão

Por Todo Canto.p65 1 5/12/2002, 13:21


Ficha técnica do livro
Design gráfico Alan Gladson Praes
Diagramação Débora Bianchi
Marcos Ruivo
Impressão e fotolitos DG Gráfica

G694 Goulart, Diana.


Por todo canto: método de técnica vocal:
música popular, v. 1 / Diana Goulart, Malu
Cooper. São Paulo: G4, 2002.
50p.; 27 cm

ISBN 85-89355-02-0

1. Música – Estudo e ensino. 2. Canto.


I. Cooper, Malu. II. Título.

CDD 780.7

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G4 Editora Diana Goulart e Malu Cooper

4 INTERNATIONAL COPYRIGHT SECURED. PRINTED IN BRAZIL

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Por Todo Canto

O livro de exercícios de técnica vocal POR TODO CANTO, de Diana Goulart e Malu Cooper, é um
excelente suporte didático para o professor de canto, para o cantor profissional e o preparador
vocal que visam o trabalho com música popular, pois aborda mais de 20 gêneros musicais diferentes,
do samba de roda ao pop e rock, passando pelo afoxé, xote, baião, frevo, maracatu e muitos outros.
Sem reproduzir nenhuma música conhecida, as professoras apresentam, sempre com justificativas
e objetivos muito claros, as mais diversas situações-problema referentes à técnica de cantar pro-
priamente dita ao mesmo tempo em que estimulam o aluno a perceber as “levadas” rítmicas, as
“manhas”, as gírias da linguagem musical popular. Sem falar na alegria, graça e bom-humor das letras
e melodias que revelam o prazer e o amor de cantar e educar de Diana e Malu.
Roberto Gnattali
Maestro, compositor e professor da Faculdade de Música da Uni-Rio

Esse trabalho realizado por Diana e Malu faz o que nós instrumentistas já conhecemos: mostra a
importância dos exercícios diários para a solidificação da técnica, trabalhando o aquecimento, arti-
culação, extensão etc. Mas não tinha visto até o presente momento nenhuma publicação voltada para
o canto popular no Brasil com uma proposta tão bem definida, onde cada vocalise é também uma boa
prática de música. Com as ótimas gravações nos CDs que acompanham o livro, o cantor e aluno que se
utilizarem destes treinos diários com certeza estarão se aprimorando na técnica e ao mesmo tempo
se familiarizando com cada uma das infinitas possibilidades rítmicas e estilísticas que cada faixa
propõe. Na minha opinião o estudo bem feito tem que se tornar prazeroso, missão essa já previamen-
te cumprida pelas autoras. E o melhor de tudo: é só abrir e sair treinando por todo canto.
Délia Fischer
Pianista, compositora e professora de piano

Quando comecei a receber e-mails dos quatro cantos do Brasil por conta do programa “Fama”, da
TV Globo, do qual eu era o professor de canto, pedindo-me indicações de aulas de canto em suas
cidades ou regiões, fiquei perdido. Conheço e indico professores em muitas capitais, em algumas gran-
des cidades... mas no interior do Acre? No norte de Minas Gerais? Na periferia de Brasília? A solução
veio com este livro. Passei a indicá-lo como uma forma de iniciação e aperfeiçoamento vocal àquelas
pessoas que não tinham condições geográficas ou econômicas de freqüentar aulas de canto. E também
àquelas que queriam exercitar-se com vocalises mais próximos do canto popular, com grande variedade
rítmica, harmônica e melódica, saindo dos “miniminimi” e da ditadura da escala maior. Claro que este
livro não substitui o professor de canto, como aliás já frisam as autoras, mas ajuda — e muito — a
todos aqueles que, portadores de vozes saudáveis, querem iniciar-se ou aperfeiçoar-se na parte téc-
nica do estudo da voz cantada para o gênero popular. Vocalises criativos, inéditos, variados, musicais e
sobretudo brasileiríssimos - este é o gol de ouro deste livro, que o destaca dos demais. A Diana e a
Malu, para quem eu tive o prazer de dar aulas em cursos e aulas particulares e de dividir mesas
redondas em seminários e congressos de canto, meus efusivos parabéns.
Felipe Abreu
Professor de Canto — Rio de Janeiro.

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G4 Editora Diana Goulart e Malu Cooper

Flávio Paiva, Malu Cooper e Diana Goulart

Malu Cooper

Diana Goulart

Diana Goulart,
Claudio Nucci,
Malu Cooper
e Flávio Paiva

Patrícia Peres

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Por Todo Canto

Malu Cooper, Marcelo Rezende e Diana Goulart

Antonio Guapiassu

Itamar Assiére

Ignez Perdigão e Diana Goulart Diana Goulart, Zeca Rodrigues e Malu Cooper

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Deco Fiori

Alexandre Caldi

Diana Goulart e Amaury Machado

Guta Menezes Julie Cimon Racine

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Por Todo Canto

Índice
Apresentação ................................................................................ 11

Instruções Preliminares ............................................................ 13

Respiração e Apoio..................................................................... 15

Aquecimento ................................................................................. 17

Ressonância .................................................................................. 24

Articulação ...................................................................................27

Flexibilidade ................................................................................ 30

Projeção ........................................................................................ 34

Extensão ....................................................................................... 37

Alguma Dicas ................................................................................ 42

As Autoras.................................................................................... 44

Bibliografia sugerida ................................................................. 46

Ficha Técnica dos CDs .............................................................. 47

Participações nos vocalises ...................................................... 48

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G4 Editora Diana Goulart e Malu Cooper

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Por Todo Canto

Apresentação
Este livro é o resultado de um intenso trabalho de pesquisa que foi realizado por nós ao
longo de muitos anos de sala de aula, com constante busca de aprimoramento das técnicas
pedagógicas.

Constatamos que os vocalises habitualmente usados pelos professores de canto eram deri-
vados do canto lírico, e quase sempre voltados para esta estética musical. Para diminuir a
imensa distância que existe entre a técnica vocal tradicional e o repertório de música popular
escolhido pelos nossos alunos, passamos a compor pequenas frases, pequenos trechos musicais
que atendessem às necessidades de treinamento vocal que buscávamos, e ao mesmo tempo
tivessem um “sabor” de música popular.

A técnica vocal tem que estar a serviço da música. Ela é tão viva quanto a música, e só existe
em função dela. Portanto, ela tem que soar como a música que queremos cantar. Evidentemen-
te, o instrumento é o mesmo - a voz – e, portanto, o cantor popular pode (e deve) perfeitamen-
te se beneficiar do estudo tradicional.

Os exercícios aqui propostos devem ser vistos como um acréscimo, como alternativas para
trazer variedade às aulas, e nunca como um substituto dos vocalises tradicionais.

Não temos a intenção de fazer neste livro um extenso e profundo tratado sobre as ques-
tões da técnica vocal. Apenas abordamos alguns de seus aspectos mais relevantes para a
execução dos vocalises aqui apresentados. Para quem quer se aprofundar, recomendamos
olhar as sugestões bibliográficas na pág. 46, além do nosso website www.dianagoulart.pro.br/
portodo canto.

Optamos por utilizar acompanhamentos bem variados, o que dá ao aluno a oportunidade de


se exercitar em diferentes estilos, com fraseados e harmonias coerentemente elaborados.
Mesmo que não tenha conhecimento formal de Harmonia, ele tomará contato com estes novos
e mais ricos elementos e, aos poucos, estará absolutamente à vontade com o texto musical.
Assim poderá se envolver e encontrar prazer também nos exercícios.

A partir daí fica mais fácil trabalhar a expressividade da execução. O prazer encontrado
na prática dos vocalises facilita ao aluno estabelecer a relação entre qualidade sonora (a voz
“bem colocada”, com bom aproveitamento respiratório, projeção adequada, articulação clara
etc) e os princípios da técnica vocal.

Todos os cantores, profissionais ou amadores, solistas ou integrantes de coros, podem apro-


veitar este trabalho para desenvolver ou manter a boa forma da voz: a idéia é criar um hábito,
uma rotina de manutenção da saúde vocal.

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G4 Editora Diana Goulart e Malu Cooper

Pensando nisto, apresentamos sugestões para a prática diária de vocalises: uma espécie de
guia para construir um “cardápio” variado de exercícios, que vai ajudar o aluno/cantor a criar
uma rotina de treinamento que contemple os diversos aspectos importantes na técnica vocal.

Além disso, reunimos algumas “dicas” que, acreditamos, serão úteis para quem deseja aper-
feiçoar-se na prática vocal.

As melodias, letras e cifras de todos os vocalises em todos os tons que foram gravados nos
CDs se encontram no Volume 2 (Partituras para o Professor).

Recursos Adicionais na Internet


Este livro é um ponto de partida, não de chegada. Acreditamos que a aprendizagem é um
processo permanente, e também que a colaboração, o "trabalhar junto", é fundamental para
que possamos compreender cada vez mais e melhor a nossa condição de professores, cantores,
artistas.

Por isso este trabalho está em constante revisão/ampliação, e não se encerra neste conjunto
de páginas. Visite a página www.dianagoulart.pro.br/portodocanto na Internet, onde você pode-
rá encontrar:

– Sugestões alternativas para usar os exercícios propostos


– Sugestões de outros exercícios
– Comentários de alunos, professores e pessoas interessadas em canto
– Espaço para mandar os seus próprios comentários e contribuições
– Links para diversos centros de estudo da voz e do canto

IMPORTANTE

Este trabalho não pretende, em nenhuma hipótese, substituir a aula de canto acompanhada
por um professor ou preparador vocal. Ao contrário, vemos o CD como um complemento, um
material de apoio para tornar as aulas mais produtivas. Somente um profissional da voz poderá
dar ao aluno a orientação necessária e a segurança de estar realizando os exercícios de forma
correta.

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Por Todo Canto

Instruções preliminares
Os vocalises estão divididos em categorias (aquecimento, respiração e apoio, ressonância,
articulação, flexibilidade, projeção e extensão). Trata-se de uma divisão exclusivamente
didática - na realidade, estes aspectos podem estar presentes simultaneamente em qualquer
dos exercícios. Ao fazer um vocalise de extensão, por exemplo, não podemos esquecer as
outras categorias (um bom apoio, articulação bem cuidada, projeção definida). Na verdade,
os vocalises aqui apresentados refletem o que acontece nas músicas do seu repertório, onde
você tem que estar atento para os diversos aspectos previamente estudados, como respira-
ção, postura, emissão etc., e ainda trabalhar a interpretação.

Nos CDs que acompanham o livro, os vocalises foram gravados por vários cantores, com
diferentes tipos de voz. Em alguns momentos eles cantam juntos, em outros só um deles can-
ta. Por que fizemos isto? Para mostrar que, se estiver confortável, você pode ir do grave ao
agudo. E é exatamente isto que você deve fazer: estar atento para usar sua voz sem esforço,
respeitando os seus limites. Observe que tanto os homens como as mulheres podem ter vozes
graves, médias ou agudas. Por isso fizemos no CD um revezamento: ora a voz mais grave é de
cantor, ora de cantora; e o mesmo acontece com as vozes mais agudas.

Se fôssemos seguir a classificação tradicional do canto erudito, dividiríamos as vozes adul-


tas da seguinte forma, do mais agudo para o mais grave:

Vozes femininas Vozes masculinas


Soprano Tenor
Mezzo soprano Baritono
Contralto Baixo

A classificação dos tipos da voz não depende apenas da extensão [distância entre a
nota mais grave e a mais aguda que o instrumento - neste caso, a voz - pode emitir]: há
outros critérios para isto. Mas não cabe aqui um aprofundamento desta questão, já que no
canto popular o que conta é a identidade ou estilo individual de cada voz, sem a preocupa-
ção de classificá-la. Mesmo que você tenha sido algum dia classificado, por exemplo, como
tenor, o que importa aqui é estar atento para os limites - e possibilidades de expansão - da
sua voz. Na música popular, as classificações não podem ser encaradas como uma camisa de
força. Você pode cantar na região que quiser, desde que respeite o seu conforto. Nunca,
jamais, em tempo algum você deve forçar a sua voz!

Naturalmente seria impossível produzir um CD que trabalhasse toda a extensão de todas as


vozes. Por isso, estamos incluindo no livro as melodias dos exercícios com os respectivos acordes
cifrados. Criamos o volume 2 (Partituras para o Professor) com as melodias, letras e cifras de
todos os exercícios em todas as tonalidades que foram gravadas. Se o cantor quiser trabalhar
uma região, por exemplo, especialmente aguda, é só transpor os exercícios.

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Você deverá inicialmente usar a voz gravada nos CDs como guia; quando estiver mais seguro
poderá dispensar este apoio e fazer os exercícios só com o acompanhamento. É só girar o botão
de “balanço” do seu equipamento de som, pois a voz foi gravada só de um lado do estéreo. Em
alguns aparelhos de som este efeito pode ser conseguido pressionando a tecla “karaokê”.

Mais uma dica antes de passarmos à prática: não encare os vocalises como simples exercícios
mecânicos! Tome posse da melodia, procure descobrir as variações melódicas e rítmicas que ela
sugere. Compreenda a proposta do acompanhamento, observando o que cada instrumento faz.
Escolha um instrumento e tente cantar junto com ele.

Fique atento às finalizações: mostramos diferentes exemplos de como acabar uma músi-
ca - você pode fazer adaptações e aproveitar estas idéias no seu repertório habitual! En-
fim, descubra uma nova maneira de ouvir, muito mais aprofundada, onde você tem prazer
também em perceber detalhes de toda a banda em vez de prestar atenção apenas no solis-
ta, na linha melódica e/ou na letra.

Não deixe de ler as outras “dicas”, a partir da página 42.

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Por Todo Canto

Respiração e Apoio
Esta é a base fundamental para quem deseja ter controle da emissão vocal - seja na
fala, seja no canto. Uma boa respiração, com a utilização correta do apoio diafragmático,
é a primeira condição para uma boa performance. No canto, é importante que o indivíduo
tenha pleno controle de sua respiração: o tempo de inspiração é geralmente mais curto, e a
expiração é geralmente bem mais longa.

O que vem a ser o apoio? É a sustentação da coluna de ar que faz parte da produção do som.
Quando você inspira, o ar enche os seus pulmões, alargando a região das costelas e extendendo
os músculos intercostais. Ao mesmo tempo, o diafragma se abaixa e expande para os lados (sem
o seu controle voluntário). O que você pode - e deve - controlar são os músculos intercostais e
abdominais. Assim, o diafragma e todos os músculos envolvidos no processo respiratório estão na
posição adequada a proporcionar uma boa emissão vocal, pois eles controlam a saída do ar e do
som (que ocorre na expiração).

Esquema de inspiração

Traquéia

Pulmão

Diafragma
Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3

Fig. 1 - diafragma em posição elevada, expulsando totalmente o ar (expiração)


Fig. 2 - início do processo de inspiração: o diafragma vai-se abaixando à medida em que o ar
enche os pulmões
Fig. 3 - inspiração no seu ponto máximo: pulmões plenos de ar, diafragma em posição baixa,
dando o necessário apoio à coluna de ar.

A precisão e a suavidade do ataque do som, bem como todas as nuances vocais e a maioria dos
recursos interpretativos, dependem do perfeito controle do apoio, para poder dosar a saída do
ar, e também a quantidade de ar a ser empregada em cada frase que cantamos.

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Exercícios para treinar o controle


Exercício 1 - Inspirar alargando as costelas, mais ou menos na altura da cintura. NÃO
LEVANTE OS OMBROS NEM ESTUFE O PEITO! Cuide também para que a musculatura do pes-
coço não esteja tensionada. Sustentar por alguns segundos (pausa) e expirar esvaziando total-
mente (sanfona).

Exercício 2 - Repetir o ex. 1, desta vez fazendo o som "SSSSS..." (contínuo ou legato) durante a
expiração. Procure manter o som homogêneo, estável, sem variação de intensidade, e durante um
tempo confortável, sem exageros. Mantenha as costelas alargadas durante toda a emissão do som.

Exercício 3 - Repetir o ex. 1, agora fazendo sons bem curtos em "S" (destacados ou staccato).
A cada som corresponde um movimento de alargamento das costelas (como se quisesse alargar
ainda mais a cintura).

Exercício 4 - Alternar os exercícios 2 e 3: S - S - S - S - SSSSSSSSS (staccato / legato).

Exercício 5 - Repetir os exercícios com os sons de CH________ e depois com F________.


Marque o tempo confortável para manter um som contínuo, homogêneo, sem oscilações (SSS,
CH, FFF). A partir deste tempo básico, comece a tentar aumentar sua capacidade, mas sem
perder a qualidade.

Antes de iniciarmos o exercício 6, cabe aqui uma breve explicação.


Humming ou bocca chiusa - é um som produzido com as seguintes características: os lábios
ficam fechados, levemente e sem pressão; o espaço é amplo e confortável dentro da boca, man-
tendo os dentes separados. É semelhante a um bocejo sem abrir a boca. O som deve ser direcio-
nado para a região dos lábios, de forma a senti-los vibrar - você pode às vezes sentir cócegas nos
lábios. Consulte seu professor ou preparador vocal para certificar-se do bom uso do humming. E
não se esqueça: em todo exercício vocal, deve haver sempre o conforto e o relaxamento.

Exercício 6 - Inspire lentamente enquanto caminha quatro passos. Observe sempre o alar-
gamento natural das costelas. Ao dar o quinto passo, comece a fazer um som com a boca fechada
(bocca chiusa): Hummmmm..... durante os próximos oito passos. Atenção: não dê muito volume à
sua voz - é mais importante você sentir esta ressonância do que cantar forte. Use a região média
de sua voz - ou seja, o som não deve ser nem muito grave nem muito agudo. Atenção mais uma vez:
cuide para que ao final desse último passo, o ar tenha sido todo expulso para dar lugar à próxima
inspiração. Então, sem interromper o pulso da contagem, recomece o processo - volte a inspirar
lentamente e repita o ciclo.

Exercício 7 - Mantenha os quatro passos para inspirar, mas tente variar o tempo de expira-
ção - por exemplo, você pode ir acrescentando dois passos de cada vez. É uma boa maneira de
monitorar o seu progresso.

Os vocalises 07 a 11 (páginas 20 a 22) dão atenção especial à respiração e apoio.


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Aquecimento
Todo atleta deve se aquecer antes de um jogo. O aquecimento consiste em exercícios simples,
fáceis, que preparam o corpo para responder a uma grande exigência sem sofrer danos. Também o
cantor deve se preparar para uma apresentação – ou mesmo para uma aula - fazendo vocalises de
aquecimento. Estes vocalises podem ser frases curtas, geralmente em grau conjunto (ou seja, a
melodia se move por tom e/ou semitom, sem dar “saltos”), de simples memorização ou tiradas de
músicas conhecidas e de pequena extensão.

Todos os vocalises têm uma introdução que pode ter de 4 a 16 compassos (veja o Volume 2 -
Partituras para o Professor). Aproveite esta introdução como um exercício de concentração:
prepare-se para cantar, verificando sua postura corporal e seu controle respiratório.

Vocalise 01
Humming bem lento (esqueceu o que é humming? Veja na pág. anterior). Procure trazer o som
para a ponta dos lábios, sentindo-os sempre vibrar. Cuide para que o espaço dentro da boca seja
bastante amplo e confortável.

Vocalise 02
Deve ser cantado com um som de “bocca chiusa” (humming) alternando com a vogal [ô], for-
mando a “frase” [MM Ô MM Ô MM], ou alternando com a vogal [a], formando a “frase” [MM A
MM A MM]. Procure sempre dar um bom espaço dentro da boca ao executar o [MM]. E lembre-
se: direcione o som para os seus lábios.

Uma variação consiste em cantar este vocalise com outra letra:


U-ma no-ta só.

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Vocalise 03
Mantenha sempre uma postura sem tensão - principalmente rosto, pescoço, ombros, braços.
Note que esta melodia apresenta um trecho em modo maior (os dois primeiros compassos) e
outro em modo menor (os dois seguintes).

Borandá - randá -randá - randá - randá - randá

Vocalise 04
Assim como o vocalise anterior, este também apresenta alternância entre terça maior e me-
nor. Procure inspirar bem no início, evitando assim respirar entre as três estrofes. A perfeita
articulação é também fundamental neste vocalise. A melodia é ligeiramente modificada a partir
da metade do exercício (modulações descendentes). Consulte a partitura no Volume 2 (Partitu-
ras para o Profesor). Observe também que muitas vezes nos finais das frases ocorrem as chama-
das “blue notes”. Esta é uma abordagem típica do blues e do rock, e se caracteriza por uma
ligeira imprecisão no ataque do terceiro grau da escala (“rock ’n’ roll-ado”).

Atenção: os famosos yeeeeeaaaah!!!! característicos deste estilo não poderiam faltar na


gravação. No entanto, como exercício, você deve cantar apenas a melodia!

Samba amaxixado
Baião de ovo virado
Bom mesmo é esse “rock ’n’ roll-ado”

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Por Todo Canto

Vocalise 05
Atenção para as modulações de uma frase para a outra: este exercício sobe em terças maio-
res e desce em terças menores. Siga o modelo da gravação no CD ou da partitura no Volume 2
(Partituras para o Profesor)!

Fui p’ra ilha do Luar Azul

Vocalise 06
Atenção: Na partitura usamos, como é hábito na escrita de melodias jazzísticas, as colcheias
suingadas - ou seja, estão escritas duas colcheias mas deve-se ler uma quiáltera onde a primeira
nota é uma semínima e a segunda uma colcheia. Assim:

Observe que no final há um “rallentando” (o andamento cai, ou seja, o exercício fica mais lento).

Viajar, velejar nesse mar

Observação: os vocalises 7 a 11 foram elaborados com o objetivo específico de fazer um trei-


namento do controle respiratório. Na verdade, em todos os vocalises este controle está pre-
sente e é fundamental; mas aqui, este é o aspecto mais destacado.

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Vocalise 07
É uma frase bem longa, e deve ser cantada inteira, sem pausa ou interrupção para respirar.
No começo pode ser difícil, mas com a continuidade você vai adquirir um maior controle da
respiração - é esta a finalidade do vocalise. Se necessário, você pode, num primeiro estágio,
fazer uma respiração após o compasso 4. Experimente também usar outras vogais.

Vocalise 08
Staccato (Pa-ra de fa-lar) / legato (Fecha essa matraca e vem cantar). Ao alternar staccato
e legato procure fazer uma clara distinção entre as duas formas de apoio, já descritas nos
exercícios respiratórios 2 e 3 do capítulo Respiração e Apoio.

Pa-ra de fa-lar
Fecha essa matraca e vem cantar

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Por Todo Canto

Vocalise 09
Mais um vocalise alternando staccato e legato. As modulações são feitas por quartas justas -
ou seja, cada frase está numa região bem distante da anterior. Fique atento para respeitar os
limites da sua voz, mantendo-se dentro do conforto.

Cacá, Dedé
Subindo a Ladeira do Bonfim

Vocalise 10
Além do trabalho intenso de apoio, não podemos deixar de destacar a importância de uma
cuidadosa articulação.

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Vou dançar, vou pular


Beber até me acabar
E quando chegar quarta-feira
Nem quero saber de parar

Vocalise 11
Ao cantar este vocalise, enfatize a palavra [quem] todas as vezes em que ela aparece.

Quem vem lá Sabiá


Quem vem lá Sabiá
Quem vem lá Sabiá
Quem?

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Por Todo Canto

Vocalise 12
Para fechar este bloco de aquecimento e apoio, um vocalise mais longo que contempla estes
dois aspectos simultaneamente.

Fui parar meu carro na Ladeira da Sé


Quando o flanelinha disse rápido assim:
Não esquece de puxar o freio de mão
Quando eu vi, foi tarde demais
Meu carrinho andou pra trás

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Ressonância
São exercícios que ajudam a perceber que o som da sua voz pode ser modificado no momento
da emissão. Como isso acontece? Você pode aproveitar os “ressonadores” do seu corpo - as
cavidades da cabeça e do peito para valorizar determinadas características do som. Você pode
“amplificar” determinadas frequências e “amortecer” outras.

Os vocalises 13 a 17 trabalham as ressonâncias oral e nasal. Os vocalises que contrastam as


ressonâncias de peito e cabeça são sempre frases com grande extensão (ou seja, envolvem to-
dos os registros - do grave ao agudo da voz). Por isso, optamos por incluí-los na categoria “Ex-
tensão”.

Antes do próximo vocalise, experimente o seguinte exercício: coloque uma das mãos no peito e
faça um som contínuo utilizando a vogal [u], começando do mais grave que conseguir, e suba
glissando (ou seja, “escorregando” pelos sons, de uma altura a outra, sem definir cada uma das
notas) até o mais agudo. Observe que no início, você vai sentir uma forte vibração em sua mão;
mas num determinado ponto deste contínuo, ela desaparece. Neste ponto é que a ressonância de
peito é substituída pela de cabeça.

Vocalise 13
[LôM MôN NôN] (nota parada) - Atenção: você deve pronunciar cuidadosamente cada con-
soante, dando ênfase ao som do [m] e [n] finais, sendo o [ô] apenas uma vogal de passagem e
ligação. Também aqui, as modulações são feitas por quartas justas.

LÔM MÔN NÔN

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Por Todo Canto

Vocalise 14
[NUM(i) NUM(i) NUM(i)] - assim como no vocalise anterior, valorize as consoantes. O [i] deve ser
articulado muito levemente, de forma quase imperceptível. Faça este exercício bem suingado!

NUM(i) NUM(i) NUM(i)

Vocalise 15
Faça cada fonema de forma bem exagerada (mas sempre mantendo o conforto e o relaxamen-
to), ampliando o espaço vertical dentro da boca.

Bom, bom, bom


Bom é comer bom-bom

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Vocalise 16
Subir com a vogal nasal [ã] e descer com ela aberta [á]. Note que esta melodia também apre-
senta um trecho em modo maior (dois primeiros compassos) e outro em modo menor (dois últimos
compassos).

Além de [ã / á] , você também pode usar as oposições [õ / ô] ou [õ /ó]

Vocalise 17
Acentue a diferença entre os sons orais [al], de alguém, [a], de aqui e a frase só pra te ver, e
os restantes, nasais.

Alguém vem aqui bem de manhã


Só pra te ver
Alguém vem aqui só pra te ver
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Por Todo Canto

Articulação
Como o próprio nome diz, são frases com fonemas que exigem extremo cuidado para serem bem
pronunciados, provocando um intenso movimento articulatório para serem compreendidos.

Vocalise 18
Procure dar sempre espaço vertical dentro da boca. Note que o [y] é apenas um impulso para
a vogal que o sucede [a], não devendo portanto ser enfatizado. O compasso alternado (5/4)
confere a este exercício uma característica rítmica pouco usual e muito interessante.

Yá_a Yá_a Yá_a Yá_a Yá

Você pode usar, alternativamente, outros fonemas como, por exemplo, [Yô_ô] , [Yú_ú] ou
[Yê_ê].

Vocalise 19
Mantenha o rosto muito relaxado durante os vocalises. Você pode exagerar na “fôrma”. Use e
abuse da sua articulação. Procure acentuar a vogal [ô]. Assim como no vocalise 14, insira um [i]
brevíssimo, quase imperceptível, ao pronunciar os quatro primeiros [ôb(i)la blag] de cada frase.
Observe a letra abaixo da partitura.

Ôb(i) la blag - ôb(i) la blag


Ôb(i) la blag - ôb(i) la blag
Ôbla blag

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Vocalise 20
Seguindo o modelo da gravação, use as combinações de fonemas indicadas abaixo:

Mare mire | Zí-u zí-u | Lalo Lilo | Vivo Vivo |


Nano nino | Gago gago | (interlúdio)
Creme creme | Bipo bipo | Mare mire | Zíu zíu

Vocalise 21
Mais uma vez ocorre a alternância entre os modos maior (Pintassilgo, Pintaroxo), menor (Che-
ga-e-vira, Engole-vento) e novamente maior (Asa Branca, Melro e Colibri).

Pintassilgo, Pintaroxo
Chega-e-vira, Engole-Vento
Asa Branca, Melro e Colibri

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Por Todo Canto

Vocalise 22
Impossível destacar somente a articulação neste vocalise, que exige grande flexibilidade e
rapidez. Por isto ele faz a transição deste capítulo para o próximo.

Tomei um suco de acerola na laranja


Com a Larinha
Ali do lado, na Ladeira do Leblon

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Flexibilidade
São frases que apresentam movimentos ascendentes e descendentes, geralmente com saltos,
podendo exigir grande agilidade e rapidez.

Vocalise 23 (disco 2, faixa 1)


Dê espaço vertical para os sons: faça a fôrma das vogais com uma boa abertura interna da
boca. Atenção: as modulações são por quartas justas.

Use alternativamente [nu u ô ô a a ô ô u] ou [ni i ê ê é é ê ê i]

Vocalise 24 (disco 2, faixa 2)


Cabe aqui uma breve explanação sobre aspectos rítmicos que caracterizam o suíngue .

Na música popular, é muito comum - e altamente desejável - que o intérprete faça uma leitura
pessoal das músicas, tanto em termos melódicos como rítmicos; dependendo do gênero musical,
esta liberdade para acrescentar variações ao tema original passa a ser quase uma exigência. Por
exemplo: se você cantar jazz, bossa ou samba seguindo rigorosamente o que está escrito na
partitura, o resultado vai ficar “duro”, fora de estilo ou sem suíngue. No caso do jazz, espera-se
mesmo que o cantor seja um improvisador e tenha a habilidade de re-inventar, na hora, o tema
cantado.

Ouça atentamente os seus cantores favoritos e tente observar a maneira singular com que
eles interpretam as canções: como eles distribuem as sílabas dentro dos versos (divisão rítmica),
como dão mais ênfase a uma frase ou a uma palavra, como sustentam certas vogais e fazem
outras mais curtas, como começam e finalizam cada frase musical. Mas atenção: só cante junto
com o disco se a região estiver confortável para sua voz!

As gravações nos CDs deste livro, por terem objetivo didático, procuram evitar as variações
excessivas; mas você notará que em alguns vocalises existem algumas sutis diferenças rítmicas
ao longo do exercício. Por exemplo, no vocalise 24 você poderá ouvir (e cantar):

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Tente encontrar ou inventar outras divisões possíveis!

Bota aqui o seu pezinho


Bem juntinho com o meu
Pisa bem requebradinho
Com o jeitinho que é só seu

Vocalise 25 (disco 2, faixa 3)


É quase impossível ficar parado enquanto se canta este vocalise: dance, marque o tempo com os
pés e/ou com as mãos, deixe-se levar pelo ritmo sincopado da salsa.

Abacate, banana e abacaxi


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Vocalise 26 (disco 2, faixa 4)


Como você pode notar, embora a melodia seja diferente, o esquema de alternância entre
os modos neste exercício é semelhante ao do vocalise 16. Por ser feito num “fôlego” só, ele
exige bastante do apoio respiratório. Se necessário, releia o capítulo Respiração e Apoio, na
página 15.

Sobe a ladeira e desce


Olha a multidão que anda
Vai e volta e não quer mais parar

Vocalise 27 (disco 2, faixa 5)


Antes de fazer este vocalise, releia o texto do exercício 2 da página 16. Este é um vocalise que
exige bastante do apoio contínuo (legato) para executar cada uma das duas frases que o compõem.

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Violão e cavaquinho, violão e cavaquinho


Violão e cavaquinho sem sair do tom
Põe mais um pandeiro e flauta
Põe mais um pandeiro e flauta
Junta tudo num chorinho bom

Vocalise 28 (disco 2, faixa 6)


Se quiser, pode dançar à vontade - mas não se esqueça da articulação e do apoio!

Você que veio de lá, vem pra cá, vem dançar


Segura o frevo no pé que é pra não tropeçar

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Projeção
São exercícios que devem ser feitos usando imagens mentais que direcionem o som. A proje-
ção dá direção à voz; deve ser sempre associada à orientação do som, à intenção de conduzir a
voz até um ponto imaginário, independente da intensidade desejada (som mais forte ou mais
fraco). Para isso, é imprescindível um bom desempenho do seu apoio diafragmático.

Vocalise 29 (disco 2, faixa 7)


Direcione sua voz para um ponto distante. À medida que o vocalise vai ficando mais agudo, dê
mais espaço interno, abra mais a boca.

Pru _________ ú - ô - á - ô - ú
Pri __________ í - ê - é - ê - í

Vocalise 30 (disco 2, faixa 8)


Você deve contrastar o apoio na primeira metade do vocalise (á-ê á-ê), fazendo um ligeiro
acento nos [á], com a segunda metade (ô-ê ô-ê ô), mais contínua.

Áêáê-áêáê
Ôêôêô

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Vocalise 31 (disco 2, faixa 9)


Valorize expressivamente as vogais.

Na areia, ‘reia, ‘reia, ‘reia

Vocalise 32 (disco 2, faixa 10)


Aqui fica evidente a importância do apoio diafragmático e da respiração bem gerenciada. Se
você gastar muito ar no início, vai faltar no final. E lembre-se: nunca “aperte” sua garganta, nem
estique o pescoço, projetando o queixo, para executar qualquer vocalise. O relaxamento é fun-
damental.

Voar, voar, voar, voar, voar

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Vocalise 33 (disco 2, faixa 11)


A presença de notas cromáticas (a te esperar) acrescenta ao mesmo tempo beleza e dificul-
dade à melodia. Fique atento para não “simplificar” a frase, cantando notas repetidas em vez de
semitons, perdendo assim a sutileza melódica proposta.

Por tanto tempo a te esperar

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Extensão
São vocalises que trabalham os extremos da voz, buscando uma passagem suave entre as
ressonâncias de cabeça e de peito, e dando oportunidade para que o aluno transite natural-
mente entre elas.

Vocalise 34 (disco 2, faixa 12)


O que chama a atenção neste vocalise é, em primeiro lugar, o “sabor” modal típico da música
nordestina, com a presença na melodia da sétima menor e da quarta aumentada (fusão dos mo-
dos lídio e mixolídio). Na parte técnica, algumas observações: 1. procure respirar apenas ao final
de cada quatro compassos, respeitando assim a frase melódica; 2. antes de atacar a nota mais
aguda (“para os outros...”), cuide especialmente do seu apoio respiratório, projetando assim a
voz sem dificuldade.

Louvando a Deus, Nhá Dazinha


Trabalha sem reclamar
Para os outros pede um tanto
Pra ela só o que Deus dá
Pra ela só o que Deus dá

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Vocalise 35 (disco 2, faixa 13)


Este vocalise trabalha a extensão e a flexibilidade, exigindo portanto um apoio bem
consciente.

Menina-moça, quando danço um xote bom com você


Fico arretado, sem saber o que fazer
Meu pensamento fica mudo quando olho você
Aperreado por não ter o que dizer

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Vocalise 36 (disco 2, faixa 14)


Ao cantar esta melodia, fique atento à nota assinalada no pentagrama: é uma nota cromática,
de passagem. Ela está distante apenas um semitom da nota anterior e também da nota seguinte.
Portanto, você terá uma sequência de dois semitons. Para maior fidelidade ao estilo, você não
deve destacar demais as sílabas; note que o “d” de [pada ba da] soa como o “r” brando do inglês
americano. Inspire-se nos metais de uma Big Band!

Vocalise 37 (disco 2, faixa 15)


Nunca é demais lembrar: mantenha ombros, pescoço e rosto completamente relaxados, sem
tensão. E aproveite os próximos vocalises para dar asas à sua interpretação.

Vai o vento
Leva as folhas
Varre o tempo, vai

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Vocalise 38 (disco 2, faixa 16)

Quem vem chegando de lá traz aquela canção de paz

Vocalise 39 (disco 2, faixa 17)

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O dia nem bem amanhece


Tem jangada indo para o mar
Sopra o vento e a voz
Canto e manto de Iemanjá

Vocalise 40 (disco 2, faixa 18)

Cada homem tem um sonho


Que adormece em seu olhar
Procurar por todo canto
Uma voz pra te acordar

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G4 Editora Diana Goulart e Malu Cooper

Algumas Dicas
E sugestões para seu programa de treinamento/manutenção

1. Planeje seu melhor horário para os vocalises. Se você demora a “esquentar” de manhã, deixe
para vocalisar num horário em que você já esteja mais ativo, para conseguir melhor rendi-
mento.

2. A idéia não é fazer os 40 vocalises numa mesma sessão. Planeje cardápios diários, que
caibam dentro do seu tempo disponível. Tente variar os vocalises escolhidos dentro de
cada categoria. Para sua orientação, damos uma sugestão de estrutura por sessão. Este
exemplo se aplica a um aluno que dedica trinta minutos por dia, quatro vezes por semana,
ao seu treinamento.

CATEGORIA MÍNIMO DIÁRIO MÍNIMO SEMANAL


Respiração/apoio 2 vocalises 10 vocalises
Aquecimento 3 vocalises 12 vocalises
Ressonância 2 vocalise 10 vocalises
Articulação 1 vocalise 10 vocalises
Flexibilidade 1 vocalise 5 vocalises
Projeção 1 vocalis 5 vocalises
Extensão 1 vocalises 5 vocalises

3. Ao fazer seus exercícios, procure respeitar a ordem das categorias, e dos vocalises dentro
delas.

4. Fixe metas que você possa atingir. É melhor programar quinze minutos por dia, três vezes por
semana, e cumprir, do que planejar uma hora diária e frustrar-se por não conseguir.

5. Se você teve um dia ou uma noite atípicos, não se exija demais no dia seguinte.

6. Aprenda a estar em sintonia com sua voz. Respeite seus limites, mesmo se estiver no meio do
treinamento. Não tenha medo de interromper um vocalise se você sentiu que está de alguma
forma forçando seu aparelho fonador.

7. Resista à tentação de cantar “igualzinho” ao cantor que você admira, pois a sua voz não tem,
necessariamente, a mesma extensão que a dele. Cada voz tem características próprias, com
sua personalidade e seu timbre único.

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Por Todo Canto

8. Cabe lembrar que as vozes masculinas soam uma oitava abaixo das vozes femininas. Ou seja:
quando se escreve uma frase musical, por exemplo, para duas vozes — um cantor e uma
cantora — o cantor estará cantando uma oitava abaixo.

9. Depois de bem acostumado com os vocalises propostos, experimente dar asas à sua criati-
vidade, inventando variações dos exercícios aprendidos ou mesmo criando novas melodias
que combinem com os acompanhamentos. Releia o último parágrafo das Instruções Preli-
minares, na página 13.

10. Recorra sempre que quiser ao seu professor ou preparador vocal, seja para tirar uma
dúvida, seja para avaliar seu progresso.

11. Pode parecer óbvio, mas não custa lembrar: sua voz reflete sua saúde. Uma rotina saudá-
vel, com boa alimentação e exercícios físicos moderados, vai favorecer sua voz e sua vida.

12. Visite regularmente seu otorrinolaringologista.

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As autoras
Diana Goulart
Formada em Psicologia e licenciada pela PUC – RJ (1977). Pós-Graduada (Especialista) em
Educação Musical no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro (2001).

Estudou técnica vocal com Scylla Machado, Pepê Castro Neves, Felipe Abreu, Elisabeth
Howard e Lisa Popeil (esta última em Los Angeles). Estudou Harmonia com Célia Vaz,
Violão com Billy Teixeira e Piano com Cecília Conde e Marisa Gandelman. Fez também os
cursos de Percepção, Harmonia e Arranjo no CIGAM – Centro Ian Guest de Aperfeiçoa-
mento Musical.

Participou do Grupo de Pesquisas da Voz do Rio de Janeiro, que, por dois anos, reuniu
professores de canto, regentes de corais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas para o estudo
da voz cantada.

Atuou como cantora em diversas casas noturnas, clubes, shows e bailes com a Rio Jazz
Orchestra, Rio Dixieland Jazz Band e vários pequenos grupos. Durante quatro anos fez a
preparação vocal, arranjos e regência do grupo vocal “Jazz Friends”.

Em 1996, fundou a MUSIDÁTICA, escola especializada em pesquisa e treinamento da voz.


Em 1997 a MUSIDÁTICA se associou ao CIGAM, formando um grande Centro de Inicia-
ção e Aperfeiçoamento Musical.

É professora de técnica vocal, interpretação e musicalização desde 1981; de 1998 a 2002


lecionou Canto Popular no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro. Foi pio-
neira na utilização da informática como ferramenta auxiliar nas aulas de canto.

É autora, com Claudio Bergamini, do livro Alguém Cantando – treinamento da escrita e


leitura musical, editado pela Palas Editora, Rio de Janeiro, em 1994.

Tem apresentado palestras e workshops em diversos Congressos, Seminários e escolas,


abordando entre outros temas: o Processo de Ensino/Aprendizagem do Canto Popular, o
Uso da Informática na Sala de Aula de Canto e Criação e Produção de Material Didático: o
Computador como Ferramenta do Professor de Canto.

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Por Todo Canto

Malu Cooper
Formada em Licenciatura nos cursos de Letras da UFRJ (1985) e de Música da UNI-RIO
(1996). Estudou canto erudito com José Luís Nascimento e José Paulo Bernardes e inter-
pretação em canto popular com Ryta de Cássia. Atualmente estuda com Felipe Abreu.

Participou do Grupo de Pesquisas da Voz do Rio de Janeiro, que, por dois anos, reuniu
professores de canto, regentes de corais, fonoaudiólogos e fisioterapeutas para o estudo
da voz cantada. Mantém-se constantemente atualizada através de cursos e congressos liga-
dos à Educação Musical, Técnica Vocal, Técnicas corporais relacionadas à voz e Regência
Coral. É membro da Associação Brasileira de Canto.

Como cantora profissional, já participou de gravações (de discos, trilhas de espetáculos


teatrais e curta-metragem) e peças de teatro. Canta no Coro de Câmera da Pro Arte do Rio
de Janeiro desde 1991.

Leciona canto desde 1991 em aulas particulares e cursos de música no Rio de Janeiro.
Desde 1993 vem trabalhando como preparadora vocal de vários corais do Rio de Janeiro, e,
a partir de 1998, começou a atuar como regente coral, dirigindo hoje 2 grupos. Atualmente,
estuda regência coral com Carlos Alberto Figueiredo.

Junto com Diana Goulart, vem desenvolvendo diversos projetos, entre os quais a Oficina de
Técnica Vocal no Canto Popular (curso intensivo que engloba técnica vocal e interpretação).

Ultimamente tem participado, como palestrante, de diversos eventos relacionados com a


voz cantada no Brasil, tais como: I Forum RioAcappella (RJ), II Congresso Brasileiro de
Canto (RJ), Master Class sobre Técnica Vocal para Coros Juvenis, na UNIFESP/SP e na
Escola Pueri Domus, Piracicaba -SP, Técnica Vocal para regentes e Interpretação no Canto
Popular (Ibiporã –PR), Mesa Redonda sobre qualidade vocal, no Colégio Pedro II (RJ),
entre outros.

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G4 Editora Diana Goulart e Malu Cooper

Bibliografia sugerida
BEHLAU, Mara & Pontes, Paulo. Higiene Vocal - informações básicas, Editora Lovise, SP, 1993.

BEHLAU, Mara & Rehder, Maria Inês. Higiene Vocal para o Canto Coral. Rio de Janeiro: Revinter,
1997.

BOONE, Daniel R. Is Your Voice Telling on You?, San Diego, California: Singular Publishing
Group, Inc., 1991.

CHENG, Stephen Chun-Tao, O Tao da Voz - Uma abordagem das técnicas do Canto e da voz
falada combinando as tradições oriental e ocidental. Editora Rocco, RJ, 1999.

COSTA, Henrique Olival e SILVA, Marta Assumpção de Andrade - Voz Cantada - Evolução,
Avaliação e Terapia Fonoaudiológica, Editora Lovise, São Paulo, SP - 1998.

COELHO, Helena de Souza Wöhl, Técnica Vocal para Coros — Editora Sinodal, S. Leopoldo, RS, 1994.

MELLO, Edmée Brandi de Souza, Educação da Voz Falada — Editora Atheneu, RJ/SP, 1992.

SANDRONI, Clara, 260 dicas para o cantor popular — Editora Lumiar, RJ, 1998.

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Por Todo Canto

Ficha Técnica dos CDs


Todos os vocalises foram compostos por Diana Goulart e Malu Cooper; algumas das letras
foram escritas por Alex Flores, Flávio Paiva, Jorge Teixeira e Marcelo Rezende. Os arranjos são
de Diana Goulart e Flávio Paiva.

Afonso Oliveira Flauta: vocalise 32


Alexandre Caldi Saxes: vocalises 09, 10, 15, 18, 29, 36, 37, 40
Amaury Machado Voz: vocalises 14, 15, 18, 21, 24, 26, 31, 35
Antonio Guapiassu Voz: vocalises 01, 03, 07, 10, 11, 12, 13, 19, 22, 25, 27, 28, 33, 34, 39
Claudio Nucci Voz: vocalises 32, 37, 38, 40
Deco Fiori Voz: vocalises 9, 14, 17, 26, 29
Diana Goulart Voz: vocalises 03, 05, 06, 07, 11, 16, 18, 19, 21, 23, 24, 25
Flávio Paiva Teclados em todos os vocalises
Flauta em C: vocalises 01, 03, 08, 14, 16, 17, 20, 22, 27, 34, 35
Flauta em G: vocalise 19 e 31
Voz: vocalise 06, 12, 31
Guta Menezes Gaita: vocalise 39
Trompete: vocalises 02, 25, 28
Flüghelhorn: vocalise 26
Ignez Perdigão Violão: vocalises 03, 11, 32, 33
Cavaquinho: vocalise 11
Pandeiro: vocalises 03, 11, 27, 33
Tamborim: vocalise 03
Julie Cimon Racine Voz: vocalise 36
Malu Cooper Voz: vocalises 01, 02, 08, 10, 13, 20, 22, 27, 28, 30, 31, 33, 34, 35, 39
Marcelo Rezende Voz: vocalise 04
Guitarra: vocalises 04, 07, 23, 38
Patrícia Peres Voz: vocalises 09, 17, 29
Zeca Rodrigues Voz: vocalises 05, 08, 10, 16, 20, 23, 30

Gravação
Flávio Paiva e Guta Menezes
Mixagem
Flavio Paiva e Malu Cooper
no Estúdio Duas Auras - Rio de Janeiro
flavio.paiva@openlink.com.br
Masterização
Solon do Valle

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G4 Editora Diana Goulart e Malu Cooper

Participações nos vocalises


1. Malu Cooper e Antonio Guapiassu (vozes); Flávio Paiva (flauta)
2. Malu Cooper (voz) e Guta Menezes (trompete)
3. Diana Goulart e Antonio Guapiassu (vozes); Ignez Perdigão (violão, pandeiro e tamborim) e
Flavio Paiva (flauta)
4. Marcelo Rezende (voz, guitarra base e guitarra solo)
5. Diana Goulart e Zeca Rodrigues (vozes)
6. Diana Goulart e Flavio Paiva (vozes)
7. Diana Goulart e Antonio Guapiassu (vozes); Marcelo Rezende (guitarra base e guitarra solo)
8. Malu Cooper e Zeca Rodrigues (vozes); Flavio Paiva (flauta)
9. Patrícia Peres e Deco Fiori (vozes); Alexandre Caldi (sax soprano)
10. Malu Cooper, Antonio Guapiassu e Zeca Rodrigues (vozes); Alexandre Caldi (sax tenor)
11. Diana Goulart e Antonio Guapiassu (vozes); Ignez Perdigão (violão, cavaquinho e pandeiro);
Antonio Guapiassu (trombone de voz)
12. Flavio Paiva e Antonio Guapiassu (vozes)
13. Malu Cooper e Antonio Guapiassu (vozes)
14. Amaury Machado e Deco Fiori (vozes); Flavio Paiva (flauta)
15. Amaury Machado (voz); Alexandre Caldi (saxes soprano, alto e tenor)
16. Diana Goulart e Zeca Rodrigues (vozes); Flavio Paiva (flauta)
17. Patricia Peres e Deco Fiori (vozes); Flavio Paiva (flautas)
18. Diana Goulart e Amaury Machado (vozes); Alexandre Caldi (sax alto)
19. Diana Goulart e Antonio Guapiassu (vozes); Flavio Paiva (flauta em G)
20. Malu Cooper e Zeca Rodrigues (vozes); Flavio Paiva (flautas)
21. Diana Goulart e Amaury Machado (vozes)
22. Malu Cooper e Antonio Guapiassu (vozes); Flavio Paiva (flauta)
23. Diana Goulart e Zeca Rodrigues (vozes); Marcelo Rezende (guitarra base)
24. Diana Goulart e Amaury Machado (vozes)
25. Diana Goulart e Antonio Guapiassu (vozes); Guta Menezes (trompete)
26. Amaury Machado e Deco Fiori (vozes); Guta Menezes (flüghel)
27. Malu Cooper e Antonio Guapiassu (vozes); Flavio Paiva (flauta); Ignez Perdigão (pandeiro)
28. Malu Cooper e Antonio Guapiassu (vozes); Guta Menezes (trompetes)
29. Patrícia Peres e Deco Fiori (vozes); Alexandre Caldi (sax tenor)
30. Malu Cooper e Zeca Rodrigues (vozes)
31. Malu Cooper e Amaury Machado (vozes); Flavio Paiva (flauta em G)
32. Claudio Nucci (voz); Afonso Oliveira (flauta); Ignez Perdigão (violão)
33. Malu Cooper e Antonio Guapiassu (vozes); Ignez Perdigão (violão e pandeiro)
34. Malu Cooper e Antonio Guapiassu (vozes); Flavio Paiva (flautas)
35. Malu Cooper e Amaury Machado (vozes); Flavio Paiva (flauta)
36. Julie Cimon Racine (voz); Alexandre Caldi (sax tenor)
37. Claudio Nucci (voz); Alexandre Caldi (sax soprano)
38. Claudio Nucci (voz); Marcelo Rezende (guitarra)
39. Malu Cooper e Antonio Guapiassu (vozes); Guta Menezes (gaita)
40. Claudio Nucci (voz); Alexandre Caldi (saxes sopranos)
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