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Concurso não se faz para passar, mas até passar. Porrada na preguiça! A fila anda e a catraca seleciona. É nóis, playboy!!!
Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado
ou o interessado para integrar a relação processual.
Isto posto, o CPC dispõe (art. 75, III) que o município pode ser representado
pelo prefeito ou pelo procurador. Citado, o prefeito deve constituir advogado,
mediante mandato, para defender os interesses do ente público.
A citação da Fazenda Pública não pode ser feita pelo correio, sendo exigida a
citação pessoal, através de oficial de justiça, salvo se o sistema for eletrônico, ocasião
em que será pelo próprio sistema. (Artigo 246, §1º).
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Feito com base nos resumos de Diovane Franco (obrigado, cara!) e outras fontes.
PODER PÚBLICO COMO RÉU 3/16
Art. 269. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos
do processo.
§ 1o É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte
por meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso
de recebimento.
§ 2o O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão
ou da sentença.
§ 3o A intimação da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios
e de suas respectivas autarquias e fundações de direito público será realizada
perante o órgão de Advocacia Pública responsável por sua representação judicial.
Art. 272. Quando não realizadas por meio eletrônico, consideram-se feitas as
intimações pela publicação dos atos no órgão oficial.
§ 6o A retirada dos autos do cartório ou da secretaria em carga pelo advogado, por
pessoa credenciada a pedido do advogado ou da sociedade de advogados, pela Advocacia
Pública, pela Defensoria Pública ou pelo Ministério Público implicará intimação de
qualquer decisão contida no processo retirado, ainda que pendente de publicação.
INTIMAÇÃO
No regime jurídico processual comum (particulares), em regra, a intimação é feita por publicação
no Diário Oficial.
No direito Processual Público, todas as intimações devem ser feitas pessoalmente, mediante
carga dos autos, remessa ou encaminhamento eletrônico. (art. 183, §1º).
Tanto na citação quanto na intimação, o CPC dispõe que a preferência é por meio eletrônico,
havendo obrigatoriedade das entidades se cadastrarem no sistema de processo eletrônico.
Em relação à possibilidade de o advogado particular intimar outro advogado (art. 269, §1º), a
doutrina entende não ser possível em relação ao ente público, uma vez que este possui a prerrogativa
da intimação pessoal, com carga dos autos ou remessa.
PODER PÚBLICO COMO RÉU 4/16
O advogado público deve concentrar todas alegações em sua defesa (princípio da concentração) e rebater
todos os argumentos trazidos pela autoria na contestação, sob pena de preclusão (princípio da eventualidade).
No que toca à revelia do Poder Público, deve-se saber os efeitos desta para entendimento da matéria. A
revelia é a não apresentação de contestação, acarretando a presunção de veracidade dos fatos alegados pela
parte autora.
O artigo 345, inciso II do CPC dispõe que não produz o efeito de presunção dos fatos alegados quando se
tratar sobre direitos indisponíveis, havendo, portanto, necessidade de produção de prova acerca dos fatos
constitutivos do direito do autor.
Logo, a revelia não produz o efeito material (presunção de veracidade) contra o ente público, nem o efeito
formal (intimação por publicação, artigo 346), pois este possui a prerrogativa de intimação pessoal.
OBS.: Recentemente o STJ entendeu que incidem os efeitos materiais da revelia contra o
Poder Público na hipótese em que, devidamente citado, deixa de contestar o pedido do autor,
sempre que estiver em litígio uma obrigação de direito privado firmada pela Administração
Pública, e não um contrato genuinamente administrativo.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. INCIDÊNCIA DOS EFEITOS MATERIAIS DA REVELIA CONTRA
A FAZENDA PÚBLICA EM CONTRATOS DE DIREITO PRIVADO.
interesse público. A supremacia do interesse público ou sua indisponibilidade não justifica que
a Administração não cumpra suas obrigações contratuais e, quando judicializadas, não conteste
a ação sem que lhe sejam atribuídos os ônus ordinários de sua inércia, não sendo possível
afastar os efeitos materiais da revelia sempre que estiver em debate contrato regido
predominantemente pelo direito privado, situação na qual a Administração ocupa o mesmo
degrau do outro contratante, sob pena de se permitir que a superioridade no âmbito processual
acabe por desnaturar a própria relação jurídica contratual firmada. A inadimplência
contratual do Estado atende apenas a uma ilegítima e deformada feição do interesse
público secundário de conferir benefícios à Administração em detrimento dos interesses
não menos legítimos dos particulares, circunstância não tutelada pela limitação dos
efeitos da revelia prevista no art. 320, II, do CPC. Dessa forma, o reconhecimento da dívida
contratual não significa disposição de direitos indisponíveis; pois, além de o cumprimento do
contrato ser um dever que satisfaz o interesse público de não ter o Estado como inadimplente,
se realmente o direito fosse indisponível, não seria possível a renúncia tácita da prescrição com
o pagamento administrativo da dívida fulminada pelo tempo. STJ 4ª Turma REsp 1.084.745-MG,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 6/11/2012.
O direito defendido pela Fazenda Pública em juízo somente será considerado indisponível quando refira-
se ao interesse público primário; ao revés, se estiver relacionado apenas com o interesse público secundário, há
de ser reputado disponível.
A Lei nº 9469/97 dispõe sobre alguns aspectos da atuação da União em juízo, como a
possibilidade de realização de acordos e transações e a regulação dos pagamentos de condenações.
Art. 5º A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras
ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas
públicas federais.
Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas
cuja decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza
econômica, intervir, independentemente da demonstração de interesse
jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar
documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria e, se for o caso,
recorrer , hipótese em que, para fins de deslocamento de competência, serão
consideradas partes.
A norma deve ser compreendida na exata medida em que a consequência patrimonial afeita o
interesse público – como, por exemplo, a possibilidade de obstaculizar a consecução das finalidades do
Estado. Logo, deve haver interesse econômico, voltado para as finalidades públicas, ao interesse
público do Estado.
Quanto a sua natureza jurídica, há divergência doutrinária. Uns entendem ser uma nova
modalidade de intervenção de terceiro, nomeando-a como intervenção anômala, outros entendem ser
uma modalidade de amicus curiae.
CARACTERÍSTICAS
“[...] O mencionado dispositivo, ao explicitar a finalidade da intervenção – para
E NATUREZA
esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais
reputados úteis ao exame da matéria e, se for o caso, recorrer -, por exegese lógica,
também deixa claro que se trata de intervenção ad coadjuvandum, ou seja, está-se
diante de intervenção simples. (4ª Turma - Resp. 708.040/RJ)
O STJ procura dar limitação a tal modalidade de intervenção, não cabendo a intervenção
anômala em sede de mandado de segurança, uma vez que desvirtua a finalidade do mandamus, que
exige prova pré-constituída, havendo uma cognição mais célere, por ausência de produção de provas.
Assim, o STJ entende que a atuação legítima do ente público deve-se pautar pela preservação e
pela persecução do interesse público – ainda que a previsão legal seja genérica quanto a sua
participação no processo.
INTERVENÇÃO ANÔMALA DO PODER PÚBLICO 8/16
SISTEMÁTICA DE APLICAÇÃO
É admitida em todos os procedimentos (comum, cumprimento de sentença, especiais,
embargos à execução, etc.).
ADMISSIBILIDADE Só há ressalva quanto aos Juizados Especiais, uma vez que é vedada a intervenção de
terceiros nestes procedimentos.
A pessoa jurídica pode entrar no feito para esclarecer questões de fato e de direito, podendo
juntar documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria.
MODO DE ATUAÇÃO EM Não lhe é possível efetuar requerimentos no processo, como a oitiva de
JUÍZO testemunhas ou a expedição de ofício a determinada entidade para obter
informações, tampouco praticar atos inerentes aos direitos de ação e de defesa, ou
seja, não pode reconvir e contestar.
Logo, a Justiça Federal é quem deve analisar a presença de interesse jurídico no feito, motivo
pelo qual a análise de interesse econômico, voltado ao interesse público, deve ser feita pela Justiça
Federal.
Logo, ao recorrer, o ente pode pedir a suspensão dos efeitos da decisão ou dos atos acima
mencionados.
TUTELA PROVISÓRIA CONTRA O PODER PÚBLICO 10/16
O curso natural do processo, que se prolonga no tempo, pode acarretar prejuízos aos direitos
das partes em litígio, em virtude da não obtenção do bem da vida rapidamente, devido ao trâmite e
demais questões processuais. A fim de contornar tal situação, o sistema jurídico prevê a possibilidade
INTRODUÇÃO
de concessão de tutelas de urgência/provisórias.
§ 3° Não será cabível medida liminar que esgote, no todo ou em qualquer parte, o
objeto da ação.
LEGISLAÇÃO
§ 4° Nos casos em que cabível medida liminar, sem prejuízo da comunicação ao
dirigente do órgão ou entidade, o respectivo representante judicial dela será
imediatamente intimado.
Art. 14 ...
§ 3o A interposição de agravo de instrumento contra liminar concedida nas
ações movidas contra o poder público e seus agentes não prejudica nem condiciona o
julgamento do pedido de suspensão a que se refere este artigo.
As vedações legais apenas explicitam hipóteses em que a medida de urgência não deveria
ser concedida, por falta de seus pressupostos autorizadores.
Quanto ao regime de precatório, deve-se saber que este regime é atinente tão somente às
condenações judiciais que impliquem em pagamento de quantia pecuniária.
CONSTITUCIONALIDADE
Assim, em caso de “obrigação de fazer”, é possível a execução provisória contra a Fazenda
Pública, não havendo incompatibilidade com a Constituição Federal.
Ex: sentença determinando que a Administração institua pensão por morte para
dependente de ex-servidor. (2017, repercussão geral, INFO 866)2
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A instituição de pensão, embora acarrete, por via reflexa, a liberação de recursos públicos, não se trata de concessão de aumento ou extensão de
vantagem.
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https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2017/07/info-866-stf.pdf
TUTELA PROVISÓRIA CONTRA O PODER PÚBLICO 13/16
Busca-se evitar burla às regras de competência por prerrogativa de foro previstas na CF.
Art. 1º, §3º da Lei nº 8.437/92 veda a concessão de tutela de urgência que esgote, no todo
ou em parte o objeto da ação.
IRREVERSIBILIDADE DA
Não se trata de um dogma inafastável, havendo situações em que a não concessão da
MEDIDA
medida de urgência pode levar ao perecimento do direito do autor, como nos casos de ações que
pleiteiam medicamentos.
TUTELA PROVISÓRIA CONTRA O PODER PÚBLICO 14/16
Outra vedação legal prevista no §5º da mesma lei é a compensação de créditos tributários e
previdenciários através de concessão de tutela de urgência, protegendo o Estado de possíveis
irreversibilidades.
Ademais, a compensação de créditos tributários demanda lei específica, conforme prevê o
artigo 170 do CTN, não existindo compensação tributária autoaplicável.
COMPENSAÇÃO
DE CRÉDITOS Não fosse só isso, o artigo 170-A do CTN4 veda a compensação de tributo objeto de
TRIBUTÁRIOS E contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.
PREVIDENCIÁRIOS
A regra é que seja permitida a concessão do provimento de urgência sem a oitiva do réu (art.
562, CPC), entretanto, contra a Fazenda Pública, o parágrafo único deste mesmo artigo exige a prévia
audiência do representante judicial do ente antes da concessão liminar.
AÇÕES
POSSESSÓRIAS
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Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (Artigo incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
TUTELA PROVISÓRIA CONTRA O PODER PÚBLICO 15/16