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Eca Comentado 2016 PDF
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Estatuto da Criança e
Adolescente – (ECA)
COMENTADO 2016
A proteção integral prevista nesse texto de lei indica que nada deve faltar à
criança e o adolescente em todas suas necessidades essenciais.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto
às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.
Esse artigo confere ao menor proteção até os dezoito anos de idade em conformidade
com a Convenção Sobre os Direitos da Criança que no art. 1° considera criança todo ser
humano com menos de dezoito anos de idade.
Nossa legislação prevê a responsabilidade penal a partir dos dezoito anos, conforme
CRFB/88 art. 228 e 27 do Código Penal tendo como escopo a preservação da criança de 0 a
12 anos, pois sua maturidade física, emocional e social ainda está em desenvolvimento.
Art. 6º Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige,
as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição
peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Nessa legislação do menor sua proteção se sobrepõe aos direitos de seus pais,
tutores ou guardião, visto que na aplicação da lei o magistrado atentará para o melhor interesse
da criança e do adolescente ao buscar a justiça na norma jurídica.
Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico,
bem como participar da definição das propostas educacionais.
Os arts. 205, 206 da CRFB/88 estabelecem que a educação, direito de todos e dever
do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. Essa educação e ensino será ministrado com base nos princípios
de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, a liberdade de aprender,
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.
A nosso ver, com esses dois dispositivos o Estado pretende sanar o problema do
analfabetismo no estado brasileiro, mas não demonstra preocupação com a formação integral
da criança e do adolescente. Somos um povo muito carente de educação e esses dispositivos
refletem claramente que destina-se o mínimo em instrução ao menor, tornando obrigatória
somente a educação primária no Brasil.
Pelas disposições iniciais desta lei entende por criança e adolescente o menor de 0
a 12 anos e os maiores de 12 a 18 anos. A educação infantil compreende o período até 06
anos. Assim, com 14 anos toda educação básica restará ministrada ao menor. A atual educação
básica disponível aos menores por certo que não promove sua formação integral e nem oferece
ensino profissionalizante de qualidade capaz de habilitar ao trabalho após os 18 anos.
Tanto a educação infantil deveria ser incluída como educação fundamental por ser a
base preparatória da primeira fase de vida do menor, como também deve ser fundamental o
ensino médio gratuito assegurado pelo Estado, pois a educação formadora é base para
cidadania, e deve ser tutelado como direitos fundamentais conforme o art. 1°, III da CRFB/88.
A lei estabelece ainda que a criança e o adolescente poderão ter acesso ao ensino
superior de acordo com sua capacidade. A experiência tem demonstrado que os jovens
oriundos do ensino público não apresentam capacidade para cursar uma universidade pública,
pois tiveram educação de base deficiente. As cotas para os alunos de escolas públicas e cotas
para afrodescendentes pretendem sanar a deficiência daqueles que sempre tiveram ensino
público de baixa qualidade, mas na realidade acabará por nivelar por baixo a formação dos
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na
rede regular de ensino.
O art. 246 do CP tipifica como crime deixar de prover a instrução primária sem justa
causa ao filho em idade escolar, com pena de 15 dias a um mês e multa.
Dessa forma deixaremos de ver noticias dos meninos de rua, meninos do crack,
crianças pedindo esmolas ou vendendo balas nas sinaleiras das grandes cidades. Mais grave
ainda é quando nos chegam manchetes sobre adolescentes que cometem crimes hediondos
por que lhes faltaram a mínima formação na base de sua existência, que deveria ter sido provida
pela família, pelo Estado e pela comunidade, dizeres tão frequentes no texto legal.
O art. 210 da CRFB/88 dispõe que serão fixados conteúdos mínimos para o ensino
fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais
e artísticos, nacionais e regionais. Esse mínimo curricular previsto na Constituição deveria ser
capaz de incutir na criança e no adolescente o verdadeiro sentido da educação, tornando o
saber uma atividade prazerosa e produtiva.
Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a
destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer
voltadas para a infância e a juventude.
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