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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS - UEA

NÚCLEO TELESSAÚDE AMAZONAS SARAMPO:


Doença e vigilância epidemiológica
RM EM PEDIATRIA –UEA
CLUBE DA CRIANÇA

RESIDENTE: R1 Enryko Queiroz


PRECEPTOR: Dra. Adriana Taveira
Gastroenterologista
CONVIDADA: Dra. Ana Luíza
Infectopediatra MANAUS - 2018
SURTO
INTRODUÇÃO

• Doença aguda

• Autolimitada

• Alta transmissibilidade

 Desafio: imunizar população em tempo adequado


 Indivíduos suscetíveis possibilitam surto regional
EPIDEMIOLOGIA

•Doença exantemática mais contagiosa na infância

•Alta incidência em menores de 3 anos nos países


subdesenvolvidos

•Raro nos primeiros 6 meses


•Transferência transplacentária de Ac maternos por 6 meses
ETIOLOGIA

•Vírus: RNA
•Família Paramyxoviridae; subgrupo Morbilivirus

•Fora do organismo: 3 a 5 dias (T. amb), até 2h (37◦ C)

•Antigenicamente homogêneo
TRANSMISSÃO

• Gotículas contaminadas

Contato com mucosas das


vias aéreas superiores
Dura até 36h no núcleo da gota

TRANSMISSIBILIDADE
5 dias antes 4 dias depois

EXANTEMA
QUADRO CLÍNICO

•Período de incubação: 10 a 14 dias assintomático


•Período prodrômico:

 Febre
 Mal estar
 Coriza hialina/purulenta
 Tosse seca/produtiva
 Conjuntivite
 Fotofobia
QUADRO CLÍNICO

•Período prodrômico: após período de incubação


•Manchas de Koplik

•Lesão puntiformes branco-azuladas com halo enantematoso


•48 -72h antes do exantema e permanece até 24 - 48h após
QUADRO CLÍNICO

• Fase exantemática
EXANTEMA MÁCULO-PAPULAR MORBILIFORME

 Inicia na linha de implantação capilar e


região retroauricular e pescoço;

 Progressão de forma craniocaudal lenta

 Atinge MMII em 3 dias

 Confluência na área da face


QUADRO CLÍNICO

•Fase exantemática
EXANTEMA MÁCULO-PAPULAR MORBILIFORME
QUADRO CLÍNICO

• Convalescença

 Após 3 a 5 dias

 Regressão descendente

 Máculas castanho acinzentadas

 Descamação furfurácea fina e intensa


VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Caso suspeito de sarampo: Todo indivíduo que, independentemente da


idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular
acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou
coriz e/ou conjuntivite; ou todo individuo suspeito com história de viagem a
região com caso confirmado de sarampo nos últimos 30 dias, ou de contato,
no mesmo período, com alguém que viajou.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Casos suspeito
de sarampo

NOTIFICAR IMEDIATAMENTE
EM ATÉ 24H
(DISA/CIEVS/SINAN)

Coleta de SANGUE Medidas de controle:


Investigar para sorologia e ISOLAMENTO SOCIAL
URINA/SWAB NASAL para BLOQUEIO VACINAL (72H)
Em até 48h Varredura
isolamento
e identificação viral Monitoramento de contatos
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

1. Sorológico (indireto)
• Coleta de SANGUE
• Ac Anti-IgM: primeiros dias até 4 semanas pós exantema
• Ac Anti-IgG: na fase aguda ou muitos anos após doença
• Pareamento S1+S2 e análise de soroconversão IgG

2. Isolamento viral (direto)


• Coleta de URINA e SWAB NASAL
• Coleta até 5º dia pós exantema, idealmente nos 3 primeiros dias
• Técnicas de bilogia molecular: RT-PCR, sequenciamento e genotipagem
MEDIDAS DE CONTROLE

• Isolamento /precaução respiratório por gotículas


Precauções para Gotículas
MEDIDAS DE CONTROLE

• Isolamento /precaução respiratório por aerossol

Precauções para Aerossóis


VACINAÇÃO

• Rotina: Tríplice viral (12m) e Tetraviral (15m)


• 12m até 4 anos 11m29d
• Pessoas sem comprovação vacinal:
• 5 a 29 anos: duas doses da Tríplice viral
• 30 a 49 anos: uma dose da Tríplice viral
• Profissional de saúde
• Independente da idade: duas doses de Tríplice viral
BLOQUEIO VACINAL

• Frente a casos suspeitos e confirmados


• De forma seletiva avaliando histórico vacinal
• Locais e contactantes nos últimos 10 dias

• Crianças de 6 meses a 1 ano: uma dose da Tríplice viral


• 50anos e mais: uma dose da Tríplice viral naqueles que não
comprovarem situação vacinal anterior
TRATAMENTO

• Sintomáticos, reposição hidroeletrolítica, nutrição adequada

• Suplementação de vitamina A nas seguintes condições:


 Crianças 6m a 12m com hospitalização
 Crianças > 6m com possível hipovitaminose A

 Obs: Vitamina A tem função imune, melhora na função de linfócitos e


• na resposta IgG na fase agiuda de doença.
• Complicações:
 Otite média, pneumonia, gastroenterite, sinusite e piodermite.
REFERÊNCIAS

Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. Notas técnicas. Disponível


em: <http://www.fvs.am.gov.br/index.php/publicacoes >. Acesso em 04
Abr. 2018.

Sociedade de Pediatria do Rio de Janeiro, SOPERJ. Sarampo. Disponível em


< http://www.soperj.org.br/imagebank/sarampo.pdf> Acesso em 02 Abr.
2018

Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG. Observaped: Sarampo.


Disponível em: < https://site.medicina.ufmg.br/observaped/wp-content
/uploads/sites/37/2015/06/SARAMPO.doc-corrigido-lilian.pdf> Acesso em
02 Abr. 2018.

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