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Depois de 9 anos de nada fazer, não podem os Vereadores do Partido Socialista aceitar
que, por mera inactividade e falta de iniciativa do governo municipal, se abandone o
planeamento do território em Sintra.
Vir agora revogar decisões, algumas com nove anos!!!, dizendo que nada se fez por causa
do “silêncio dos interessados”, mas, simultaneamente e de forma contraditória, afirmar
que “a importância da estruturação urbanística” é para Sintra um trabalho de “natureza
estratégica”, é a confissão de incapacidade nesta matéria.
Ao invés de propor o cancelamento dos Planos, não seria mais coerente solicitar a
reformulação dos seus objectivos? O que se conclui é que, embora achando importante a
estruturação urbanística, e ela é importante de facto, este governo municipal nada faz,
optando apenas por uma actuação reactiva às pretensões dos particulares, de apreciação
causística, em vez de se pautar por uma actuação pró-activa e de intervenção séria no
futuro do território sintrense.
Por que ao longo destes 9 anos, nada souberam sobre o (não) desenvolvimento destes
planos, e preocupados com esta atitude passiva do executivo camarário, levou os
Vereadores do Partido Socialista a formalizarem um requerimento para que
informações concretas a respeito da evolução, ou fase de tramitação, em que se
encontram outros Planos Municipais de Ordenamento, designadamente, entre outros, o
Plano de Urbanização de Sintra (Plano de Groer), Plano de Pormenor da Praia das Maçãs,
Plano de Pormenor da Praia Grande ou o Plano de Urbanização da Serra da Carregueira.
O que este caso representa é exactamente o que hoje não se defende: A apreciação
individual de uma pretensão de um particular, que até pode ser legítima e legitimada
pelos instrumentos de gestão do território em vigor, mas que hipoteca decisiva e
definitivamente a coerência na construção da cidade, sobretudo por se projecta nas
vizinhanças do que sempre se reclamou para aquela área: o Parque Urbano de Colaride.
Os Vereadores do Partido Socialista desconhecem se foi alguma vez desenvolvido o
estudo e projecto para tal parque, mas consideramos ser uma aspiração também legítima
das populações, e legitimada pelo nosso PDM, ao conferir esse espaço como um espaço
natural.