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Ambiente,

Ordenamento e
Gestão Territorial do Turismo
janeiro 2023
Fátima Pereira I fatimacgpereira@gmail.com
Avaliação contínua, composta por:

a) Teste escrito – 50%


b) Trabalho de grupo –50% (40% trabalho + 10% apresentação)

TESTE|07 março2022 (14h30–17h00)

- Apresentação trabalho de grupo I 20 e 21 de março


- Apoio extra aula – a agendar

Trabalho de Grupo:
a) Selecionar um território;
b) Estudar as principais diretrizes de politicas públicas e os instrumentos em vigor: os
planos e as estratégias (Plano Diretor Municipal; Estratégia Turismo; Estratégia de
Reabilitação Urbana, etc)
Estrutura da disciplina
Trabalho de grupo c) Que façam uma análise DAFO do território;
d) Definir uma estratégia de intervenção e um projeto;

Ambiente, e) Enquadrar a intervenção nos instrumentos em vigor.


Ordenamento e Entrega trabalho a 27 de março: documento word max. 15pgs e um ppt para 20
Gestão Territorial do Turismo minutos
Objectivo geral:
Possibilitar aos participantes o conhecimento de técnicas que permitam colocar o
PLANEAMENTO FÍSICO E ESTRATÉGICO ao serviço da qualidade de vida dos cidadãos e
do DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E SUSTENTÁVEL DO TERRITÓRIO

Objectivos específicos:

• Conhecer o conjunto de PROCESSOS QUE TRANSFORMAM O ESPAÇO FÍSICO;


• Conhecer as POLÍTICAS PÚBLICAS EM MATÉRIA DE ORDENAMENTO, AMBIENTE E
TURISMO, ASSIM COMO A SUA ORGANIZAÇÃO;
• Compreender os CONTEÚDOS E OS PROCESSOS DE PLANEAMENTO;
Programa da disciplina
• Desenvolver os aspetos fundamentais em termos de planeamento, ORGANIZAÇÃO E
GESTÃO DO ESPAÇO TERRITORIAL, de modo a criar-se um leque de competências
Ambiente, que estruture ACÇÕES DEMOCRÁTICAS EFICAZES E FLEXÍVEIS;
Ordenamento e
Gestão Territorial do Turismo • Desenvolver e saber gerir PRODUTOS TURÍSTICOS SUSTENTÁVEIS E DE QUALIDADE
O território - Suporte físico/ área a que corresponde uma característica
importante ou que foi delimitada com o propósito de nela ser definida uma
atividade/ uso, e assim, desempenhar uma dada função;

A Paisagem – designa uma parte do território, tal como é apreendida pelas


populações, cujo carácter resulta da ação e interação de fatores naturais e/ou
humanos. (art.º1 Convenção Europeia da Paisagem)

“ A paisagem é um sistema dinâmico, onde os diferentes fatores naturais e


“O território culturais interagem e evoluem em conjunto, determinando e sendo
determinados pela estrutura global, o que resulta numa configuração
e a paisagem” particular, nomeadamente de relevo, coberto vegetal, uso do solo e
povoamento, que lhe confere uma certa unidade e à qual corresponde um
determinado carácter” (Cancela d´Abreu et al., 2004)
CONCEITOS IMPORTANTES

Ambiente,
Ordenamento e
Gestão Territorial do Turismo
O que significa ordenar o território?

A Cidade (ou o Território), actualmente o principal habitat do Homem, pode ser


objecto de abordagens muito diversas, necessariamente complementares.

Nesta disciplina vamos incidir na componente física, constituída por solo,


infraestrutura pública, edifícios e respectivos usos mas também no suporte social,
intangível e imaterial da sua cultura, das suas gentes e dos seus costumes.

Ordenar o território entende-se, consequentemente, procurar localização e


articulação racional da gestão das infraestruturas, edifícios e respectivos usos, tendo
em vista a rentabilização dos recursos disponíveis e a qualidade de vida da população
mas também tirar o máximo proveito da dimensão intengível.

Por isso Ordenamento é Ordenar mas também Condicionar / Proteger!

Ordenar o Uso do solo


CONCEITOS IMPORTANTES Condicionar ou proteger:

Áreas protegidas
Ambiente, RAN
Ordenamento e REN
Gestão Territorial do Turismo Salvaguarda Património
Por detrás da formulação de uma qualquer metodologia de ordenamento do
território espreitam, inevitavelmente, princípios que importa explicitar:

Planeamento e • Cada território urbano tem que ser assumido tal qual ele hoje é, com a sua
Ordenamento do real expressão territorial, com as suas continuidades, mas também com os seus
fragmentos e vazios, com as suas periferias, com as suas diversas formas e
Território funções.

• Bom ordenamento será aquele que prossiga o objectivo de articular cada nova
intervenção com a ocupação existente, o seu património e as suas pré-
existências, contribuindo para atenuar deficiências ou aproveitar
PRINCIPIOS DE INTERVENÇÃO NO potencialidades, melhorando o conjunto.
TERRITÓRIO
Adaptado de Jorge Carvalho • A organização do habitat de um qualquer ser vivo assenta numa busca de
In
http://www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Sess%C3%A3o%203 funcionalidade, visando um máximo de benefícios (facilidade de acesso a
2/272A.pdf funções vitais) com um mínimo de recursos (ambientais e energéticos). O
princípio da funcionalidade, elevado a dogma pelos modernistas, não pode deixar
de estar presente em qualquer atitude de planeamento.

Ambiente, • A valorização dos ecossistemas e da paisagem. A crescente valorização do


Ordenamento e papel da paisagem no ordenamento do território assente na estrutura ecológica
Gestão Territorial do Turismo herdeiro do de continuum naturale e inserido no quadro das crescentes
preocupações ambientais.
• O território urbano, mesmo fragmentado e disperso, não deverá ser caótico!

Necessita, para tal, de um conjunto de referências que o torne perceptível, no


Planeamento e todo e em cada uma suas partes. O princípio da legibilidade, formulado por Kevin
Ordenamento do Lynch, é fundamental para o ordenamento do território. Os elementos que Kevin
Lynch (1960) considera constituírem a matéria-prima a partir da qual se forma a
Território imagem da cidade, são :

- os caminhos pelos quais se circula, e a partir dos quais se organizam os outros


elementos;
- os limites ou fronteiras, elementos também lineares que, não sendo eixos de
PRINCIPIOS DE INTERVENÇÃO NO circulação, constituem referências laterais; por exemplo rios, vales ou grandes
TERRITÓRIO POR Jorge Carvalho muros;
http://www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Sess%C3%A3o%203
2/272A.pdf - os bairros, que constituem fragmentos da cidade, cada um com identidade
própria;
- os nós ou núcleos, focos de actividade em torno dos quais o observador
gravita; podem ser um ponto de encontro de caminhos, o centro de um bairro,
Ambiente, uma paragem ou um centro intermodal de transportes, ou o simples café da
Ordenamento e esquina;
- os pontos de referência, nos quais o observador não pode penetrar;
Gestão Territorial do Turismo
acontecem às várias escalas, desde a colina, o campanário da igreja, ou a torre
isolada, até à fachada, à árvore, ou a outros detalhes urbanos.
• O território urbano, naturalmente poliforme, não deve ser promíscuo. Composto
por diversas partes, as suas diferentes formas, funções e identidades deverão
Planeamento e distinguir-se, confrontar-se. Mas dentro de cada parte deverá defender-se a sua
Ordenamento do coerência interna, uma vivência própria, uma forma específica, uma identidade.

Território • Para assegurar, simultaneamente, funcionalidade e legibilidade é necessária


estrutura, entendida como esqueleto articulador dos elementos essenciais do
sistema, os funcionais e os simbólicos. Sendo o território constituído por diversas
partes, importa considerá-las, explicitá-las e articulá-las. Importa que cada uma
tenha funcionalidade, identidade e legibilidade, funcionando e sendo reconhecida
PRINCIPIOS DE INTERVENÇÃO NO como unidade territorial. Este é o principal papel do planeador!
TERRITÓRIO POR Jorge Carvalho
http://www.apdr.pt/congresso/2009/pdf/Sess%C3%A3o%203
2/272A.pdf

Ambiente,
Ordenamento e
Gestão Territorial do Turismo
Política pública
«Conjunto de atuações a realizar num certo período temporal por uma ou mais
entidades públicas, devendo as atuações ser destinadas a obter certos resultados
previamente escolhidos»
(adaptado de J. Ferreira Amaral, 1996)

Entendimento do planeamento como um processo que visa incorporar conhecimento


técnico e científico na intervenção pública (em qualquer domínio de intervenção; a
qualquer escala de decisão) destinada a promover a qualidade de vida e a
sustentabilidade do território.

Entendimento do Planeamento e das Políticas públicas como conceitos elementares!


Politicas Publicas Política pública versus decisão política!

- Assembleia Geral das Nações Unidas endossa a Agenda 2030 e os Objetivos de


CONCEITOS IMPORTANTES Desenvolvimento Sustentável
- Governo estuda o aumento do salário mínimo
- Conselho Europeu aprova a Estratégia de Lisboa
Ambiente, - Assembleia Municipal de Braga aprova plano diretor municipal
Ordenamento e - Câmara Municipal estabelece o novo regime de circulação automóvel na cidade
Gestão Territorial do Turismo - Parlamento aprova a Lei de Bases da Água
Planeamento, enquanto programação de políticas
Planeamento e Decisão Política

Ouço os de um lado e parecem-me ter razão,


depois ouço os do outro lado e parecem-me
igualmente certos
E aqui estou eu, exatamente no ponto em que
comecei ...
Oh meu Deus, que trabalho !
Por Paulo Areosa Feio

Ambiente,
Ordenamento e
Gestão Territorial do Turismo
Ambiente,
Ordenamento e
Gestão Territorial do Turismo
6 e 7 de fevereiro 2023
Fátima Pereira I fatimacgpereira@gmail.com
Chen (1990) - “a specification of what must be done to achieve the desired goals, what other
important impacts may also be anticipated, and how these goals and impacts would be
generated”

Planear… «uma especificação do que deve ser feito para atingir as metas desejadas,
antecipando outros impactos importantes, e da forma como essas metas e impactos
devem ser gerados»

Existe uma multiplicidade de tipos de planos e de processos de planeamento que


devem ser analisados quanto:

• ao âmbito ou nível geográfico


• à entidade que dirige/gere o processo
• à abrangência temática
• ao seu grau de obrigatoriedade ou de coação (indicativo ou imperativo)
• ao grau de institucionalização (orgânico ou difuso)
• ao grau de participação (diretivo ou participativo)
• ao prazo
• ao nível hierárquico de atuação (estratégico, tático ou operacional)
• (...)

Por Paulo Areosa Feio


Define os princípios gerais das políticas públicas de turismo (artigos 3.º a 6.º da LBPPT), a
saber:
Sustentabilidade – Traduz-se na adoção de políticas que fomentem:
• A fruição e a utilização dos recursos ambientais com respeito pelos processos
ecológicos, contribuindo para a conservação da natureza e da biodiversidade;
A Lei de Bases das Politicas
• O respeito pela autenticidade sociocultural das comunidades locais, visando a
Públicas de Turismo (LBPPT),
conservação e a promoção das suas tradições e valores;
aprovada pelo Decreto-Lei n.º
• A viabilidade económica das empresas como base da criação de emprego, de melhores
191/2009, de 17 de agosto,
equipamentos e de oportunidades de empreendedorismo para as comunidades locais
estabelece as bases das
políticas públicas de turismo,
Transversalidade – Traduz-se:
enquanto atividade estratégica
• Na articulação e envolvimento das políticas setoriais que influenciam o
da economia nacional, e define
desenvolvimento turístico: Segurança e Proteção Civil, Ambiente, Ordenamento do
os instrumentos para a respetiva
Território, Transportes e Acessibilidades, Comunicações, Saúde e Cultura.
execução.
Competitividade – Traduz-se, nomeadamente:
• Na adoção de políticas de ordenamento do território que potencializem os recursos
naturais e culturais como fontes de vantagem competitiva para os destinos e produtos
turísticos;
• Na adoção de políticas de educação e de formação que garantam o desenvolvimento
das competências e qualificações necessárias ao desenvolvimento do turismo.
POLITICAS PÚBLICAS EM MATÉRIA DE ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território

O Programa Nacional da Política de Ordenamento do território (PNPOT), aprovado pela Lei n.º 99/2019, de 5 de
setembro (1.ª revisão), é um instrumento de desenvolvimento territorial de natureza estratégica que estabelece as
grandes opções com relevância para a organização do território nacional, consubstancia o quadro de referência a
considerar na elaboração dos demais programas e planos territoriais e constitui um instrumento de cooperação com os
demais Estados membros para a organização do território da União Europeia.

O Turismo no Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território


O Programa de Ação 2030 do PNPOT (Agenda para o Território) integra um conjunto de medidas de política organizadas
em 5 domínios de intervenção: Domínio Natural, Domínio Social, Domínio Económico, Domínio da Conetividade,
Sistema Urbano e Vulnerabilidades Críticas.

Face ao cariz transversal da atividade turística, a mesma é abordada em diversas medidas do PNPOT, salientando-se,
contudo, as medidas 3.3 “Afirmar os ativos estratégicos turísticos nacionais” e 3.4 “Valorizar os ativos territoriais
patrimoniais”, que estabelecem orientações específicas para a dinamização dos ativos turísticos no território.

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“Afirmar os ativos estratégicos turísticos nacionais”

Valorizar o Território e as comunidades, envolvendo a conservação e o


usufruto do património histórico-cultural e identitário, bem como o
património natural, a autenticidade e a vivência das comunidades locais,
a economia do mar e a qualidade urbana das cidades e regiões.

Impulsionar a economia, assegurando a competitividade das empresas,


a redução de custos de contexto, a atração de investimento, a economia
circular e o estímulo ao empreendedorismo e inovação.

Gerar redes e conetividade, contemplando a captação e reforço de rotas


aéreas, a melhoria dos sistemas de mobilidade rodoferroviária e de
navegabilidade, incentivando o trabalho em rede e promovendo um
turismo para todos.

Projetar Portugal, reforçando a internacionalização de Portugal enquanto


destino para visitar, investir, viver e estudar, dinamizando o turismo
interno e captando congressos e eventos internacionais.
“Valorizar os ativos territoriais patrimoniais”

Promover a preservação e valorização do património edificado segundo


as normas técnicas e as regras da arte.

Promover uma melhor gestão do património cultural e natural.

Assegurar as condições para a resiliência do património cultural em


perigo.

Reforçar o valor económico e social do património cultural e natural,


assegurando a sua exploração de forma sustentável.

Incrementar o conhecimento, a fruição e a responsabilização dos


cidadãos na governança do património cultural e natural.

Fomentar redes de parceria e de desenvolvimento em torno do


património cultural e natural.
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Artigo 38.º
Estrutura do sistema de gestão territorial

Lei de bases gerais da política 1 - A política de solos, de ordenamento do território e de urbanismo é


pública de solos, de ordenamento
desenvolvida, nomeadamente, através de instrumentos de gestão territorial que
do território e de urbanismo
se materializam em:
a) Programas, que estabelecem o quadro estratégico de desenvolvimento
Lei n.º 31/2014, de 30 de maio territorial e as suas diretrizes programáticas ou definem a incidência espacial de
políticas nacionais a considerar em cada nível de planeamento;
b) Planos, que estabelecem opções e ações concretas em matéria de
planeamento e organização do território bem como definem o uso do solo.

2 - O sistema de gestão territorial organiza-se num quadro de interação


coordenada que se reconduz aos âmbitos nacional, regional, intermunicipal e
municipal, em função da natureza e da incidência territorial dos interesses
públicos prosseguidos
Artigo 42.º
Âmbito intermunicipal

1 - O programa intermunicipal é de elaboração facultativa e abrange dois ou mais municípios territorialmente contíguos
integrados na mesma comunidade intermunicipal, salvo situações excecionais, autorizadas pelo membro do Governo
responsável pela área do ordenamento do território, após parecer das comissões de coordenação e desenvolvimento regional.
2 - O programa intermunicipal assegura a articulação entre o programa regional e os planos territoriais de âmbito
intermunicipal ou municipal, no caso de áreas que, pela interdependência estrutural ou funcional ou pela existência de áreas
homogéneas de risco, necessitem de uma ação integrada de planeamento.
3 - O programa intermunicipal estabelece as opções estratégicas de organização do território intermunicipal e de investimento
público, suas prioridades e programação, em articulação com as estratégias definidas nos programas territoriais de âmbito
nacional, sectorial e regional, definindo orientações para os planos territoriais de âmbito intermunicipal ou municipal.
4 - Os planos territoriais de âmbito intermunicipal são o plano diretor intermunicipal, o plano de urbanização intermunicipal e
o plano de pormenor intermunicipal.
5 - O plano diretor intermunicipal estabelece, de modo coordenado, a estratégia de desenvolvimento territorial
intermunicipal, o modelo territorial intermunicipal, as opções de localização e de gestão de equipamentos de utilização pública
locais e as relações de interdependência entre dois ou mais municípios territorialmente contíguos, e a sua aprovação dispensa
a elaboração de planos diretores municipais, substituindo-os.
6 - Os planos de urbanização e os planos de pormenor intermunicipais abrangem parte do território contíguo dos concelhos a
que respeitam.
7 - A existência de um plano intermunicipal não prejudica o direito de cada município gerir autonomamente o seu território,
de acordo com o previsto nesse plano.
Artigo 44.º
Relações entre programas e planos territoriais

1 - O programa nacional da política de ordenamento território, os programas sectoriais e os programas especiais prosseguem
objetivos de interesse nacional e estabelecem os princípios e as regras orientadoras da disciplina a definir pelos programas
regionais.
2 - Os programas regionais prosseguem os objetivos de interesse regional e respeitam o disposto nos programas territoriais de
âmbito nacional.
3 - Os planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal devem desenvolver e concretizar as orientações definidas
nos programas territoriais preexistentes de âmbito nacional ou regional, com os quais se devem compatibilizar.
4 - Os planos territoriais de âmbito municipal devem ainda atender às orientações definidas nos programas intermunicipais
preexistentes.

(…)

Artigo 46.º
Vinculação

1 - Os programas territoriais vinculam as entidades públicas.


2 - Os planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal vinculam as entidades públicas e ainda, direta e
imediatamente, os particulares.
Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT)

Os planos regionais estabelecem:

i) as opções estratégicas de organização do território regional e o respetivo modelo de


estruturação territorial, tendo em conta o sistema urbano, as infraestruturas e os
equipamentos de utilização coletiva de interesse regional, bem como as áreas de
interesse regional em termos agrícolas, florestais, ambientais, ecológicos e
económicos, integrando as redes nacionais de infraestruturas, de mobilidade e de
equipamentos de utilização coletiva com expressão regional;

ii) as grandes opções de investimento público, com impacte territorial significativo, suas
prioridades e programação, em articulação com as estratégias definidas para a
aplicação dos fundos europeus e nacionais.

Os planos regionais constituem o quadro de referência estratégico para a elaboração dos


planos territoriais de âmbito intermunicipal e municipal.
A integração da paisagem nos Instrumentos de
Ordenamento do Território

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Ordenamento e
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Convenção da Paisagem 2000

*Considerar o território no seu conjunto;


*Reconhecer o papel fundamental do conhecimento;
*Promover a sensibilização;
*Definir estratégias para a paisagem;
*Integrar a dimensão da paisagem nas políticas territoriais;
*Integrar a paisagem nas políticas sectoriais;
*Implementar a participação do público;
*Respeitar os objectivos de qualidade paisagística;
“O território *Desenvolver a assistência mútua e a troca de informação.
e a paisagem”
a) O caracter intermunicipal da paisagem;
b) A relação entre paisagem e ordenamento do território.

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Ordenamento e
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Bom Jesus do Monte

Santa Marta das Cortiças


Briteiros
Sameiro

Maria Madalena
Capela de Santa
“A monument is inseparable from the history to which it bears witness and
from the setting in which it occurs. The moving of all or part of a monument
cannot be allowed except where the safeguarding of that monument
demands it or where it is justified by national or international interest of
paramount importance.” IInd International Congress of Architects and Technicians of
Historic Monuments, Venice, 1964.

O caracter intermunicipal da paisagem, dos caminhos e dos territórios

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Programa Intermunicipal dos Sacro Montes
Braga e Guimarães
“Dois territórios e uma só paisagem!” são o mote para o desenvolvimento
de um Programa Intermunicipal de Salvaguarda da Paisagem dos Sacro Montes
sustentado num elevado valor patrimonial e ambiental, em desenvolvimento nos
Programa dois municípios, tendo como objetivos específicos:
Intermunicipal
dos a) A valorização, reabilitação, restauro e promoção do património construído;
Sacro Montes b) A proteção da “mata” florestal que envolve os santuários;
c) A definição de ações para a gestão ativa e valorização da paisagem florestal;
d) A promoção de modo integrado de toda a área e de todos os recursos como
conjunto de elevado valor patrimonial e turístico.
Santuário de Santa Maria Madalena da Falperra

Programa Intermunicipal de Salvaguarda dos Sacro Montes – Braga e Guimarães

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Ordenamento e
27
Gestão Territorial do Turismo
A integração da paisagem
nos Instrumentos de
Ordenamento do Território

Revisão do PDM

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Ambiente,
Santuário do Bom Jesus classificado Património Mundial da
Ordenamento e UNESCO – Paisagem Cultural
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Bom Jesus – 26 ha
Área de proteção – 232 ha
total: 258ha
Bom Jesus do Monte

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Sameiro

Briteiros

Capela de Santa
Maria Madalena

Santa Marta das Cortiças


Braga
Bom Jesus do Monte

Guimarães

Briteiros

Elevado Bom Jesus do Monte

Capela de Santa
Maria Madalena Santa Marta das Cortiças
unidade de paisagem
o valor patrimonial presente nesta
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.

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Ordenamento e
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Ambiente,
Ordenamento e
Gestão Territorial do Turismo
“The archaeological ruins of Briteiros are a remarkable proof of the
existence of an important early settlement of pre-Roman origin, belonging
to the general type of so-called castros of northwest Portugal. Show clearly
character of Celtic culture, although strongly Romanized at the beginning
of the Christian era” .
www.guimaraesturismo.com

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O âmbito municipal

i) os planos territoriais de âmbito municipal estabelecem, de acordo com as diretrizes estratégicas de âmbito regional, e com
opções próprias de desenvolvimento estratégico local, o regime de uso do solo e a respetiva execução;

ii) os planos territoriais de âmbito municipal são:


o Plano Diretor Municipal (PDM),
o Plano de Urbanização (PU),
e o Plano de Pormenor (PP).

iii) o PDM é de elaboração obrigatória (salvo se houver um plano diretor intermunicipal) e estabelece: a estratégia de
desenvolvimento territorial municipal, o modelo territorial municipal, as opções de localização e de gestão de equipamentos de
utilização coletiva, e as relações de interdependência com os municípios vizinhos;

iv) o PU desenvolve e concretiza o PDM e estrutura a ocupação do solo e o seu aproveitamento, definindo a localização das
infraestruturas e dos equipamentos coletivos principais;

v) o PP desenvolve e concretiza o PDM, definindo a implantação e a volumetria das edificações, a forma e organização dos
espaços de utilização coletiva e o traçado das infraestruturas.
Braga,
um município onde
queremos VIVER

Braga,
um concelho que queremos
VISITAR

Braga,
um território para
INVESTIR

Braga,
rumo à CENTRALIDADE
REVISÃO 2015 - 2025 IBÉRICA
DOMÍNIOS ESTRATÉGICOS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS RELEVANTES

Braga, Braga,
um município onde queremos VIVER um território para INVESTIR
● Promover a Imagem da Cidade ● Potenciar a Atração de Empresas no Concelho
● Reordenar o Território (sem acréscimo da área total de S.U.) ● Modernizar as Áreas Industriais Existentes
● Garantir a adequada Programação da Ocupação Urbana ● Estimular a Relocalização de Empresas no Espaço Industrial
● Proteger e Valorizar a Estrutura Ecológica Municipal ● Fomentar Parcerias e Complementaridades
● Conter a Dispersão ● Aproximar o tecido empresarial do Aeroporto Sá Carneiro e
● Promover a Mobilidade Sustentável Porto de Leixões

Braga, Braga,
um concelho que queremos VISITAR rumo à CENTRALIDADE IBÉRICA
● Fomentar o Investimento Turístico nas diversas Vertentes ● Reforçar o papel da Cidade à escala Supramunicipal
● Renovar metas de crescimento Turístico visando o Turismo Global ● Reforçar a Cooperação e Potenciar Políticas de ●
● Incorporar políticas e estratégias de Preservação e Valorização do Complementaridade à Escala SupraMunicipal
Património Cultural, Natural e Imaterial no processo de planificação Reforçar o papel da Cidade nos domínios TICE, Educação e
cultural e turística Formação Profissional
● Definir um modelo de cooperação em rede com os destinos mais ● Reforçar a Vertente histórica, cultural e turística 45

próximos
UM ESPAÇO DO MUNDO, UM TEMPO BIMILENAR!
Requalificar, Posicionar e Dinamizar o Destino Braga
BRAGA, UM CONCELHO QUE QUEREMOS VISITAR

“Braga é uma cidade que reúne traços únicos de


modernidade e de história que se conjugam de forma
perfeita.”
(Ricardo Rio, Presidente da CMB, 2014)
48
A dinamização económica, captação de
investimento e internacionalização, são os
pilares da estratégia municipal na área
económica. Permitem a criação de empresas,
de mais e melhor emprego. O resultado
esperado deste trinómio será, sem dúvida, o
estímulo decisivo a um novo ciclo económico
local e regional.
fevereiro 2023
Fátima Pereira I fatimacgpereira@gmail.com

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