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Planeamento do Turismo e

Desenvolvimento Sustentável

Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e


Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
PROGRAMA

1. O processo de desenvolvimento turístico e seus impactes: Destinos turísticos | O ciclo


de vida dos destinos turísticos | Impactes económicos, socioculturais e ambientais do
turismo

2. Desenvolvimento Sustentável: Enquadramento conceptual | Principais marcos


internacionais

3. Turismo Sustentável: Conceito, Objetivos e Benefícios, Políticas para um turismo


sustentável, Agenda 21 para a Indústria de Viagens e Turismo

4. Planeamento para um desenvolvimento turístico sustentável: Razões para o


planeamento do desenvolvimento turístico, Conceitos e princípios, Componentes e
etapas inerentes ao processo de planeamento |

5. Atores no processo de planeamento e promoção de um desenvolvimento turístico


sustentável

6. Estudos de caso

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1. Turismo – Enquadramento: uma perspetiva global

O que é o Turismo?

O que é o O que
Turismo?representa?
Fórum Mundial do Turismo

O que envolve?

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1. Turismo – Enquadramento: uma perspetiva global

➢ Uma das maiores atividades económicas à escala mundial

➢ Um fenómeno social

➢ Uma atividade transversal

➢ Um “setor” com efeito multiplicador

➢ Uma indústria em contínuo crescimento

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2. 1.
Dimensões de análise
SISTEMA TURISMOno planeamento do turismo
– PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.3 Componentes
Revisitando a oferta e a da oferta e da procura turística
procura

Sistema Turismo - Duas dimensões de análise


no planeamento do turismo

OFERTA PROCURA

Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e


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2. 1.
Dimensões de análise
SISTEMA TURISMOno planeamento do turismo
– PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.3 Componentes
Revisitando a oferta e a da oferta e da procura turística
procura

OFERTA TURÍSTICA - CARATERÍSTICAS


• Impossibilidade de
Armazenamento
Os bens produzidos não podem ser
armazenados, não se podem constituir stocks -
à semelhança de outras atividades produtivas

• Consumo é Realizado
Localmente
O consumo turístico é condicionado pela
presença do cliente - o cliente tem de se
deslocar até ao local de produção dos bens e
serviços

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2. 1.
Dimensões de análise
SISTEMA TURISMOno planeamento do turismo
– PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.3 Componentes
Revisitando a oferta e a da oferta e da procura turística
procura

OFERTA TURÍSTICA - CARATERÍSTICAS


• Inseparabilidade da
Produção e do Consumo
A produção e o consumo são simultâneos,
pelo que só existe produção turística quando
há consumo

• Imobilidade da Oferta
A oferta turística é imóvel - um recurso
turístico (praia, monumento) não pode ser
transferido para outro local associado a
melhores condições de venda

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2. 1.
Dimensões de análise
SISTEMA TURISMOno planeamento do turismo
– PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.3 Componentes
Revisitando a oferta e a da oferta e da procura turística
procura

OFERTA TURÍSTICA - CARATERÍSTICAS


• Intangibilidade do
Produto Turístico
Natureza Imaterial – “indústria” de pessoas
para pessoas – turistas registam experiências

• Complementaridade do
Produto Turístico
O produto turístico é compósito. Envolve um
conjunto de equipamentos, bens e serviços
complementares (atividade multifacetada)

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2. 1.
Dimensões de análise
SISTEMA TURISMOno planeamento do turismo
– PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.3 Componentes
Revisitando a oferta e a da oferta e da procura turística
procura

Esquema síntese da oferta turística


Elementos Elementos Elementos Histórico-Patrimoniais: Elementos Económicos e
Naturais: culturais: Institucionais:
• Edifícios históricos
• Praias • Tradições • Tecido económico, empresarial
• Arquitectura típica
e científico;
• Serras • Artesanato
• Castelos e monumentos
• CCS’s
• Lagos • Museus
• Rede institucional
• Montanhas

Pressupõe:
•Infraestruturas-básicas: Infraestruturas especificas de
suporte (serviços e equipamentos
• Saneamento básico;
associados ao alojamento,
Facilities:
• Energia; alimentação e animação):
• Agências bancárias
• Águas; • Hotelaria e Pousadas;
e de câmbio;
• Resíduos; • Apartamentos e moradias/
• Correios e outros
turismo residencial;
• Comunicações para o destino e no serviços de apoio;
destino; • TER; Campismo e
• Rent-a-car;
Caravanismo;
• Equipamentos de saúde;
• Souvenirs e
• Restaurantes; Cafés e Bares;
• Entre outros; artesanato
• Parques Temáticos;

QUALIFICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DAS DIFERENTES COMPONENTES DA OFERTA TURÍSTICA

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2. 1.
Dimensões de análise
SISTEMA TURISMOno planeamento do turismo
– PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.3 Componentes
Revisitando a oferta e a da oferta e da procura turística
procura

Sistema Turismo - Duas dimensões de análise


no planeamento do Turismo

OFERTA PROCURA

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2. Dimensões
1. SISTEMAde análise
TURISMOno planeamento do turismo
– PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.4 A Cadeia
Revisitando a ofertadee valor e o efeito multiplicador do Turismo
a procura

O efeito multiplicador do Turismo (a partir da procura turística) Impacto total do


Turismo:
Construção
Bens de
civil
equipamento
Impactos Diretos
Aldeamentos e +
Bens de
Apartamentos Impactos Indiretos
Hotelaria e
consumo
parques
Restaurante,
cafés, etc. Agricultura, +
campismo silvicultura e
industrias
Impactos induzidos
Agro-alimentares

Fabrico de eq.
Procura Alimentação
Recreativos e Turística
desportivos
Serviços
Actividades
comerciais
Recreativas e
Transportes Agências animação Seguros e
Turísticos viagens;
bancos
postos
turismo

Transportes e
comércio
comunicações

Fonte: A. Silva, 2003

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2. Dimensões de análise no planeamento do turismo
Revisitando a oferta e a procura

Fatores determinantes da procura turística


Factores
Económicos
Nível de rendimento disponível Factores relativos aos
Preços; Política fiscal sistemas de comercialização
Financiamento; Câmbio
Outros factores (competitividade Conhecimento e implantação do
dos destinos; qualidade e produto; Comunicação global
regulamentações económicas) realizada; Marketing e
Publicidade; Força e a presença
nos canais distribuidores;
Tecnologias disponíveis para
Factores relativos às
Factores vendas imediatas
unidades de Procura
determinantes
Motivações; Condicionantes da Procura
sócio-culturais; Formas e estilos Factores relativos aos
Turística sistemas de produção
de vida; Tempo de lazer
disponível; Costumes sazonais; Satisfação de necessidades;
crenças ideológicas, religiosas e Relação qualidade/preço; Meios de
políticas; aspectos políticos; transporte à disposição; Distância a
elementos demográficos percorrer entre ponto de origem e
Factores destino; Segurança; Saúde pública;
Aleatórios Notoriedade, posicionamento e
imagem do destino; estratégias e
Variáveis imprevisíveis: gastos de marketing
Cataclismos/ desastres naturais
Guerras
Terrorismo

Fonte: elaboração própria a partir de OMT (1998); Lickorlish et al (1997); Cooper et al (2001)

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2. Dimensões de análise no planeamento do turismo
Revisitando a oferta e a procura

Fatores relativos às unidades de procura: fatores de natureza motivacional,


sociológica, psicológica, demográfica, de formas e estilos de vida, de tempo de
lazer, do nível cultural, de costumes sazonais e das crenças ideológicas e
religiosas exercem uma significativa influencia na procura turística:

Mathieson e Wall (1982) e Murphy (1985) restringem essas motivações a quatro


grandes grupos:
(i) Físicas ou psicológicas (relaxe, saúde, desporto, desafio);
(ii) Culturais (ler sobre lugares desconhecidos);
(iii) Sociais (visitar amigos e familiares ou por razões de status e prestígio) e
(iv) Pessoais ou de fantasia (escape da realidade atual).

Considerar as tendências no Turismo

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2. Dimensões de análise
1. SISTEMA no planeamento
TURISMO do turismo
– PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.3 Componentes
Revisitando da oferta e da procura turística
a oferta e a procura

Sistema turismo – síntese


Componentes a considerar num processo de planeamento e gestão estratégica de destinos turísticos

Elementos mais relevantes das atividades turísticas


Fronteiras
utilizadas Investimentos Número de
Número de realizados estabelecimentos e
Receitas e visitantes e categoria dos
despesas turistas recebidos alojamentos
efectuadas mensalmente Empresas do
trade Capacidade dos
Características meios de
demográficas Número de Emprego alojamento
hóspedes nos existente no
Procura diversos meios de sector Oferta Recursos
Categorias alojamento turísticos
profissionais dos existentes
visitantes Motivações Equipamentos de
animação e lazer
Situação e
Dormidas Origem dos qualidade das
realizadas nesses visitantes Volume e infraestruturas
alojamentos qualidade da básicas
Meios de
oferta
transporte
complementar
utilizados

Fonte: Cunha (1997)

Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e


Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
Vimos...
Elementos chave
➢ Componentes da oferta turística para o
planeamento de
➢ Fatores determinantes da procura turística Destinos
Turísticos

Processo de Desenvolvimento Turístico

Transversalidade da actividade turística

Relação Turismo Vs Ambiente

Impactes do Turismo

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1.processo
3. O SISTEMA TURISMO – PERSPECTIVA
de desenvolvimento turístico SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.4 A Cadeia de valor do Turismo

Etapas/fases do processo de desenvolvimento turístico (nos destinos turísticos)


Etapa Características

Exploração Poucos turistas, atraídos pela beleza natural da região. Acessibilidade reduzida e poucas facilities;
forte contacto com os residentes;

Envolvimento Iniciativas locais para promover o destino; aumento do n.º de visitantes; surgimento de uma
época turística e de um mercado turístico; pressão para que o sector público promova a criação de
infra-estruturas.

Desenvolvimento Significativo n.º de turistas (podendo exceder o n.º de residentes na época alta); controlo do
destino passa para os não residentes; facilities alteram aparência do destino; sazonalidade;
necessidade de planeamento e controle.

Consolidação Taxa de crescimento desce, embora o n.º de turistas ainda aumente; grande presença de empresas
em franchise e de cadeias internacionais.

Estagnação Foram atingidos os níveis máximos; o destino deixou de estar na moda e apoia-se nas visitas
repetidas e no uso das facilities para outros fins; grandes esforços para manter o n.º de visitantes;
podem surgir impactes socais, ambientais e económicos negativos.

Declínio Turistas foram para outros destinos; dependência de excursionistas; conversão das facilities para
outros usos; as autoridades poderão optar pelo “rejuvenescimento” do destino.

Rejuvenescimento Opção por novos usos, novos mercados, novos canais de distribuição, com vista ao
reposicionamento do destino; introdução de novas atracções; tentativa de prolongar a época
turística ao longo de todo o ano (atenuar a sazonalidade).

Fonte: Butler, 1980

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1.processo
3. O SISTEMA TURISMO – PERSPECTIVA
de desenvolvimento turístico SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.4 A Cadeia de valor do Turismo

Etapas/fases do processo de desenvolvimento turístico (nos destinos turísticos)

Rejuvenescimento
N.º de Turistas

Estagnação Estabilização

Consolidação

Desenvolvimento Declínio

Envolvimento

Exploração

Fonte: Butler, 1980 Tempo 1- Descoberta


2- Envolvimento
3- Desenvolvimento
4- Consolidação
5- Estagnação
Rejuvenescimento
6- Estabilização
Declínio

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1.processo
3. O SISTEMA TURISMO – PERSPECTIVA
de desenvolvimento turístico SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.4 A Cadeia de valor do Turismo

Etapas/fases do processo de desenvolvimento turístico Vs. Tipologias de Visitantes

Um destino turístico atrai diferentes grupos em diferentes fases do ciclo de Bulter.


2 grandes grupos de turistas: os alocêntricos e os psicocêntricos.

Modelo Psicográfico de Stanley Plog (1973)

Cêntricos

Quase-alocêntricos Quase-psicocêntricos

Alocêntricos Psicocêntricos

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1.processo
3. O SISTEMA TURISMO – PERSPECTIVA
de desenvolvimento turístico SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.4 A Cadeia de valor do Turismo

Os sistemas de Doxey e Butler para medir o impacto (capacidade de carga social)


Um sistema de medida muito importante para medir os níveis de saturação social face ao
desenvolvimento turístico, é o índice de irritação de Doxey (1975).

Este autor apresenta 4 fases/estados de atitudes dos residentes face ao nível de desenvolvimento
turístico do destino (e que se interligam com o Ciclo de Butler e o modelo de Plog):

1 “Euforia” Fase inicial do desenvolvimento turístico. Visitantes e investimentos são bem-


vindos.
2 “Apatia” Pensa-se que os visitantes virão de todas maneiras. Relações mais comerciais,
planificação e marketing.
3 “Irritação” Perto do ponto de saturação. Há uma desconfiança da indústria turística. A sector
público cria mais infra-estruturas, mas não limita o crescimento turístico.
4 “Antagonismo” A irritação expressa-se abertamente. Os visitantes são vistos como a causa de
todos os problemas. Piora o prestígio do destino. Os residentes acham que
perderam o que apreciavam.

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3. O
1.processo de desenvolvimento
SISTEMA turístico
TURISMO – PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.4 AdeCadeia
A cadeia valor dodeTurismo
valor do Turismo

CADEIA DE VALOR DO TURISMO

Uma Cadeia de Valor é um conjunto de actividades interligadas e organizadas de forma a obter o


máximo valor acrescentado, em cada um dos elos da cadeia e, em consequência, no consumidor final,
cuja satisfação constitui o grande objectivo de toda a cadeia.

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3. O1.processo de desenvolvimento
SISTEMA turístico
TURISMO – PERSPECTIVA SISTÉMICA E HOLÍSTICA
1.4 de
A cadeia A Cadeia
valor dode valor do Turismo
Turismo

Fonte: SaeR, 2005

A concretização desta Cadeia de Valor pressupõe a elaboração de Master Plans integrados, resultantes do envolvimento activo, numa lógica de
“trabalhar em conjunto”, por parte dos agentes públicos e agentes privados (decorrente de uma visão nacional)

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2. TRANSVERSALIDADE DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
2.1 Impactes da actividade turística

Transversalidade do Turismo
Vários setores, diferentes agentes, diversos “saberes”

Sociologia Psicologia
Direito
Marketing
Educação &
Formação
Urbanismo &
Transportes Planeamento
Turismo Regional
Gestão

Ciência Política Ecologia

Parques e Geografia
Recreação
Desporto
Agricultura/TER Economia

Fonte: Adaptado de Jafar Jafari, 1990

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4. Impactes do Turismo
Relação Turismo Vs Ambiente

n Apesar do Turismo constituir uma actividade de grande importância económica,


encontra, no entanto, a sua sustentabilidade e viabilidade na existência sustentada de
um ambiente equilibrado

n Recursos naturais e culturais constituem a base ambiental de sustentação das


actividades turísticas
n Constitui o factor dominante da procura e desenvolvimento turístico

n Assim, “do ponto de vista turístico o ambiente actua como produtor


de bens turísticos embora sujeito a pressões que desafiam a sua
capacidade potencial de oferecer oportunidades turísticas” (A. Silva et
al, 1994)

Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e


Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
4. Impactes do Turismo
2. TRANSVERSALIDADE DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
2.1 Turismo
Relação Impactes
Vs da actividade turística
Ambiente

Paradoxo do Turismo

Turismo

Ambiente
(em sentido lato)

Impactes
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Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
4.2.Impactes
TRANSVERSALIDADE
do Turismo DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
2.1 Impactes da actividade turística

Quais são os impactes do Turismo?


Tipologias e exemplos

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4. Impactes do Turismo
2. TRANSVERSALIDADE DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
Económicos
2.1 Impactes da actividade turística

Impactes da actividade turística

Económicos

 Gera rendimento (salários, juros,


rendas, lucros)
 Promove a criação de emprego
 Promove o investimento público e
privado em infra-estruturas
 Tem efeitos multiplicadores (Directos,
Indirectos, Induzidos)
 Custos de oportunidade
 Excessiva dependência do Turismo
 Inflação

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4. Impactes do Turismo
2. TRANSVERSALIDADE DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
Socioculturais
2.1 Impactes da actividade turística

Impactes da actividade turística

Socioculturais

 Promove a qualificação do
património histórico-cultural

 Turismo pode ser responsável pelo


renascimento de artes e ofícios
tradicionais;

 Troca de experiências e harmonia


entre diferentes povos/ culturas

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Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
4. Impactes do Turismo
Socioculturais

Impactes da actividade turística

 Aculturação

 Indiferença/
desrespeito por
tradicões, valores e
bem-estar das
comunidades locais

 Comercialização da
cultura, perda de
autenticidade

 Prostituição e
Criminalidade (aumento
das despesas com
segurança, danos por
Sócio-culturais vandalismo, furto,
roubo…)

Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e


Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
4. Impactes do Turismo
Ambientais

Impactes da actividade turística

Ambientais

 Simbiose Turismo-Ambiente;

 Pode contribuir para a protecção


da herança paisagística e histórica
dos destino;

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Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
4. Impactes do Turismo
2. TRANSVERSALIDADE DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
Ambientais
2.1 Impactes da actividade turística

Impactes da actividade turística

Ambientais

 Modificação da Paisagem (impactes paisagísticos


resultantes de grandes construções mal concebidas,
com falta de enquadramento e respeito pelo meio em
que se inserem)

 Poluição e degradação do Património natural

 Alterações na qualidade da água (ex. Rios, lagos,


mar)

 Erosão: Costeira e de áreas de montanha

 Impactes na Fauna e na Flora: alterações nos


habitats com modificações na variedade das espécies

 Aumento do Tráfego, com reflexos ao nível da


poluição atmosférica e do ruído

Declínio do potencial turístico


Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e
Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
António Sacchetti José Manuel
4. Impactes do Turismo
2. TRANSVERSALIDADE DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
A necessidade de ordenamento
2.1 Impactes do território
da actividade e de preservação da identidade histórica
turística

A necessidade de ordenamento do território e de preservação da identidade histórica

Cartoon de Ferreira dos Santos - Errare Urbanum Est

Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e


Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
4. Impactes do Turismo
2. TRANSVERSALIDADE DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
A necessidade de ordenamento
2.1 Impactes do território
da actividade e de preservação da identidade histórica
turística

Cartoons de Ferreira dos Santos - Errare Urbanum Est

Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e


Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
2. TRANSVERSALIDADE
4. Impactes do Turismo DA ACTIVIDADE TURÍSTICA
2.1 Impactes da actividade turística

Impactes da actividade turística

Económicos Sócio-culturais Ambientais

Turismo Sustentável
Políticas
Planeamento

Nuno Fazenda Planeamento do Turismo e


Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
3. TURISMO SUSTENTÁVEL
5. Desenvolvimento Sustentável
3.1 Conceitos, Objectivos e Benefícios

Desenvolvimento Sustentável - Relatório de Brundtland (1987)

… um modelo de desenvolvimento que permite às gerações presentes

satisfazer as suas necessidades sem que com isso ponham em risco a

possibilidade de as gerações futuras virem a satisfazer as suas

próprias necessidades.

N. Fazenda
Nuno Fazenda Licenciatura em Turismo
Planeamento do Turismo e
Desenvolvimento Sustentável
3. TURISMO Sustentável
5. Desenvolvimento SUSTENTÁVEL
3.1 Conceitos, Objectivos e Benefícios

Sustentabilidade global - Elementos determinantes do desenvolvimento sustentável

Pilares da Sustentabilidade

SOCIAL ECONÓMICA INSTITUCIONAL Aspectos


Aspectos
AMBIENTAL Sociais Institucionais

Desenvolvimento
Sustentável
Aspectos
Aspectos
Económicos
Ambientais

N. Fazenda
Nuno Fazenda Licenciatura em Turismo
Planeamento do Turismo e
Desenvolvimento Sustentável
6. Turismo Sustentável
Conceito, Objetivos e Benefícios

Conceito de Turismo Sustentável


O turismo sustentável é o turismo que se desenvolve e mantém numa área (ambiente, comunidade) de
tal forma e a uma tal escala que, garante a sua viabilidade por um período indefinido de tempo sem
degradar ou alterar o ambiente (humano ou físico) em que existe e sem pôr em causa o
desenvolvimento e bem estar de outras actividades e processos (Butler, 1997)

Objectivos do Turismo Sustentável


 Desenvolver actividades turísticas prósperas e economicamente viáveis que melhorem a qualidade
de vida da comunidade anfitriã
 Possibilitar ao visitante uma elevada qualidade na sua experiência turística
 Manter a qualidade do Ambiente da qual o próprio Turismo depende (Sadler, 1992, OMT, 1993)

Assim, o desenvolvimento do Turismo Sustentável implica:


 protecção ambiental
 bem estar da comunidade residente
 satisfação do turista
 integração económica (Ross, 1993)

N. Fazenda
Nuno Fazenda Licenciatura em Turismo
Planeamento do Turismo e
Desenvolvimento Sustentável
6. Turismo Sustentável
Conceito, Objetivos e Benefícios

Objectivos do Turismo Sustentável


Viabilidade económica: Assegurar a viabilidade económica e a competitividade dos destinos e empresas de turismo, numa perspectiva
1
de longo prazo
Prosperidade local: Maximizar a contribuição do turismo para a prosperidade económica dos destinos, promovendo a retenção local dos
2
gastos dos visitantes
Qualidade de emprego: Fortalecer a quantidade e qualidade dos empregos locais criados pelo turismo, incluindo o nível salarial, as
3
condições de trabalho e a disponibilidade de emprego sem discriminação – promovendo a igualdade de oportunidades
Justiça social: Promover uma distribuição ampla e justa dos benefícios sociais e económicos provenientes da actividade turística na
4
comunidade receptora
Satisfação do visitante: Proporcionar uma experiência segura, satisfatória e plena aos visitantes, disponível para todos sem
5
discriminação de sexo, raça, incapacidade e outras formas de discriminação
Controlo local: Comprometer e responsabilizar as comunidades locais no processo de planeamento e tomada de decisões sobre a gestão
6
e futuro desenvolvimento do turismo na sua região, consultando as partes interessadas

7 Bem-estar da comunidade: Manter e reforçar a qualidade de vida das comunidades locais, incluindo as estruturas sociais e o acesso aos
recursos, atracções e sistemas de subsistência, evitando qualquer forma de degradação ou exploração social
Riqueza cultural: Respeitar e melhorar o património histórico, a autenticidade cultural, as tradições e especificidades das comunidades
8
anfitriãs
Integridade física: Manter e melhor a qualidade do meio envolvente, tanto urbano como rural e evitar a degradação física e visual da
9
envolvente
Diversidade biológica: Apoiar a conservação das áreas naturais, dos habitats e da vida selvagem e limitar os danos nos recursos em
10
causa

11 Eficácia de recursos: Minimizar a utilização de recursos escassos e não renováveis no desenvolvimento e na operação de instalações e
serviços turísticos
Pureza ambiental: Minimizar a contaminação do ar, da água e da Terra e diminuir a criação de resíduos gerados pelas empresas e pelos
12
visitantes turísticos
António Sacchetti José Manuel

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6. Turismo Sustentável
Conceito, Objetivos e Benefícios

Benefícios do Turismo Sustentável:


 permite uma maior compreensão dos impactos do turismo no meio ambiente natural, cultural e humano;
 assegura uma distribuição justa de custos/benefícios;
 gera emprego local, directamente no sector e indirectamente em sectores de suporte;
 estimula rendimentos para as indústrias locais, como sendo, hotéis, parques diversão, restaurantes, transportes,
artesanato, rent-a-car, etc.;
 permite a injecção de capital na economia local, através dos gastos feitos pelos visitantes; diversifica a economia local,
particularmente, em áreas rurais, onde o emprego na agricultura pode ser esporádico ou insuficiente;
 visa a participação de todos os segmentos da sociedade, incluindo a população local nos processos de decisão, de
forma a que o Turismo e os outros recursos possam coexistir;
 incorpora o planeamento e o zonamento no processo desenvolvimento turístico de um determinado destino que, deste
modo, deverá estar de acordo com a capacidade de carga do ecossistema;
 estimula melhoramentos na área dos transportes, comunicações, redes viárias e outras infra-estruturas básicas;
 cria facilidades de recreação e entretenimento que podem ser usadas quer pelos residentes, quer pelos visitantes
domésticos e/ou internacionais;
 encoraja e ajuda à preservação de locais arqueológicos, e outro tipo de património histórico-cultural;
 promove o Turismo de natureza, permitindo a recuperação de áreas rurais abandonadas;
 fomenta o Turismo ambiental sustentável demonstrando a importância dos recursos naturais e culturais para o sucesso da
economia local e o bem estar social; (OMT, 1990)
António Sacchetti José Manuel

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6. Turismo Sustentável
3. TURISMO SUSTENTÁVEL
3.1 Conceitos,
Conceito, Objetivos eObjectivos
Benefícios e Benefícios

Em síntese:

«O Desenvolvimento Turístico tem de ser suportável ecologicamente a longo prazo, viável

economicamente e equitativo na perspectiva ética e social para as comunidades locais, e

simultaneamente terá que contribuir para o desenvolvimento sustentável integrando-se no quadro

natural, cultural e humano, devendo respeitar os frágeis desequilíbrios que caracterizam muitos

destinos turísticos» (Carta do Turismo Sustentável, 1995).

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6. Turismo Sustentável
3. TURISMO SUSTENTÁVEL
3.1 Conceitos,
Conceito, Objetivos eObjectivos
Benefícios e Benefícios

Parceiros para um desenvolvimento turístico sustentável

Indústria Lobbies
Turística ambientalistas

Comunidade
Old style Tourism

Indústria Lobbies
Turística ambientalistas

Comunidade
Sustainable Tourism

Fonte: OMT (1993)

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Licenciatura em Turismo Desenvolvimento Sustentável
6. Turismo Sustentável
Políticas para um Turismo Sustentável

Conceito Objectivos Princípios Benefícios Actores

QUE POLÍTICAS PARA IMPLEMENTAR UM


TURISMO SUSTENTÁVEL?

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6. Turismo Sustentável
Políticas para um Turismo Sustentável

Cimeira do Rio

Principais Resultados:
 Adopção de uma declaração de princípios sobre Ambiente e
Desenvolvimento;
 Adopção de 2 Convenções multilaterais mundiais (biodiversidade
biológica e alterações climáticas);
 Adopção de um Plano de Acção pela Comunidade Internacional de
forma a implementar os Princípios da Declaração do Rio

 Adoptada por 182 Governos;


 Visa assegurar o desenvolvimento
AGENDA 21
Sustentável do Planeta
 Surgimento da CDS

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6. Turismo Sustentável
Políticas para um Turismo Sustentável

Entre os vários sectores de intervenção enumera o


AGENDA 21
Turismo como um sector alvo

AGENDA 21 PARA A INDÚSTRIA DE


VIAGENS & TURISMO

Plano Sectorial de desenvolvimento


sustentável baseado na Cimeira da Terra

WTTC OMT Conselho da Terra

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6. Turismo Sustentável
Políticas para um Turismo Sustentável

Agenda 21 para a indústria de Viagens e Turismo

SECTOR PÚBLICO – ÁREAS PRIORITÁRIAS DE ACÇÃO


1. Avaliação da capacidade do quadro regulamentar, económico e voluntário existente para garantir o
desenvolvimento turístico sustentável
2. Avaliação das implicações ambientais, culturais e económicas das operações das organizações
3. Formação, educação e sensibilizações públicas
4. Planeamento para um desenvolvimento turístico sustentável
5. Facilitação do intercâmbio de informação, competências e tecnologia relativas ao turismo
sustentável entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento
6. Promoção da participação de todos os sectores da sociedade
7. Concepção de produtos turísticos ambientalmente sustentáveis
8. Monitorização de resultados obtidos, a nível local e nacional, no desenvolvimento turístico
sustentável
9. Estabelecimento de parcerias para promover o desenvolvimento turístico sustentável

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6. Turismo Sustentável
Políticas para um Turismo Sustentável

Agenda 21 para a indústria de Viagens e Turismo

SECTOR PRIVADO - ÁREAS PRIORITÁRIAS DE ACÇÃO:

1. Minimização de resíduos, reutilização e reciclagem

2. Conservação, eficiência e gestão de energia

3. Gestão de resíduos hídricos superficiais

4. Gestão de águas residuais

5. Substâncias perigosas

6. Transportes

7. Gestão e planeamento do uso do solo

8. Envolvimento dos recursos humanos das empresas, clientes e comunidades locais nas questões

ambientais

9. Concepção de projectos para a sustentabilidade

10. Estabelecimento de parcerias para promover o desenvolvimento turístico sustentável


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4. POLÍTICA
6. Turismo E PLANEAMENTO DO DESENVOLVIMENTO
Sustentável
TURÍSTICO

Dificuldades na promoção de um turismo sustentável e na implementação dos


processos de planeamento que lhe estão inerentes:

«o fracasso em desenvolver um turismo sustentável advém, em grande parte, do seu


desconhecimento e da dificuldade em planeá-lo, [em que], a complexidade e diversidade da
indústria turística e a existência de um elevado número de departamentos governamentais pode
conduzir a que, no planeamento turístico, intervenham entidades públicas e/ou privadas que não têm
dele um conhecimento profundo» (Henriques, 2003: 225)

«os governos nem sempre coincidem na interpretação com o que implica o desenvolvimento
sustentável do turismo, nem sequer a terminologia», gerando, deste modo, dificuldades na
promoção de políticas públicas que promovam um turismo sustentável» (PNUMA e OMT, 2006: 25)

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6. Turismo Sustentável
4. POLÍTICA E PLANEAMENTO DO DESENVOLVIMENTO
PolíticasTURÍSTICO
para um Turismo Sustentável

Dificuldades na promoção de um turismo sustentável e na implementação dos


processos de planeamento que lhe estão inerentes:

Outros autores identificam ainda outros problemas associados às políticas e ao planeamento para
um turismo sustentável:
• A compreensão do sistema turístico
• O estabelecimento de prioridades, objectivos e metas;
• O atingir de coordenação administrativa e política entre os sectores público e privado;
• Os sistemas de controlo integrados e cooperativos;
• A compreensão da dimensão política do turismo;
• O planeamento do turismo que satisfaça as necessidades locais e comercialize num mercado
competitivo.
Fonte: (Krippendorf, 1987; Hall e McArthur, 1996; Mathieson e Wall, 1982; Costa, 1996; Lindberg e Mckercher, 1997, Henriques, 2003)

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3. TURISMO SUSTENTÁVEL
3.1 Conceitos, Objectivos e Benefícios

Revisitámos
 as dimensões da oferta turística
 os fatores determinantes da procura turística

Vimos…
➢ o processo de desenvolvimento turístico (ciclo de vida dos destinos, cadeia de valor do turismo)
➢ A relação Turismo Vs. Ambiente
➢ Os impactes da atividade turística
➢ O conceito de desenvolvimento sustentável
➢ O Turismo sustentável
➢ Agenda 21 para a Indústria de Viagens e Turismo – áreas prioritárias de atuação

Importa analisar o Planeamento para um turismo


Políticas Planeamento
sustentável

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4. POLÍTICA E PLANEAMENTO DO DESENVOLVIMENTO
TURÍSTICO

Política e Planeamento
para um Desenvolvimento
turístico sustentável

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

Factores para o envolvimento do Estado no processo de desenvolvimento turístico


O Sector Público pode estar envolvido no Turismo, directa ou indirectamente, por diversos factores e razões. Pearce
(1998), destaca os seguintes:

Factores sócio-culturais Factores ambientais

Factores económicos O Estado poderá assumir uma


Responsabilidades para protecção e
contribuição para a balança de responsabilidade geral na protecção
pagamentos; conservação do ambiente, quer físico,
do bem estar económico e social das
desenvolvimento regional;
pessoas quer cultural.
diversificação da economia;
(por exemplo, através de
aumento das receitas para o
regulamentos e legislação de Factores políticos
Estado (taxas);
protecção da saúde pública e dos Como forma de captar a simpatia
novas oportunidades de emprego;
internacional para com um
Estimulo de outros investimentos consumidores e/ ou na minimização
(não directamente no turismo). de impactes sociais adversos determinado regime político;

provenientes da actividade turística) promover o orgulho nacional.

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

Objectivos estratégicos de política de Turismo, normalmente, associados às atribuições do sector


público, segundo Wanhill (1995):
 desenvolvimento do sector turístico
 encorajamento à utilização do Turismo para trocas económicas e culturais;
 distribuição dos benefícios económicos do Turismo;
 preservação dos recursos culturais e naturais;
 atracção de segmentos de mercado com elevado poder de compra;
 ajuda ao desenvolvimento de regiões periféricas.

Principais atribuições e objectivos dos Estados em matéria de Turismo:


 facilitar e promover o turismo na Comunidade
 atenuar a sazonalidade e promover uma melhor distribuição geográfica dos fluxos turísticos;
 utilizar melhor os instrumentos financeiros da Comunidade (ex. FEDER - Fundo Europeu de
Desenvolvimento Regional);
 fornecer melhor informação e protecção aos visitantes;
 melhorar as condições de trabalho das pessoas que operam na indústria turística;
 disponibilizar uma informação mais completa do sector (CE, 1986)

«the public sector wil be an operator, investor and trader, and entrepreneur as well as
marketer, and in addition the strategic plannner for long term development». (Lickorish, 1991)

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

Estado Empresas
• Enquadramento geral e • Negócio
estratégico e promoção do • Iniciativa, investimento e gestão
desenvolvimento operacional
• Ferramentas de análise e • Diferenciação
conhecimento • Marketing e vendas
• Qualificação e ordenamento da • Relação com o cliente e qualidade
oferta e classificação de serviço
• Educação e formação de recursos • Gestão de recursos humanos e
humanos sua formação e progressão
• Apoio selectivo ao investimento • Envolvimento com a comunidade
• Melhoramento do produto e do e colaboração no melhoramento
espaço público do produto turístico
• Coordenação da promoção e
fomento das tecnologias

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

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7. Política e Planeamento para um Desenvolvimento Turístico Sustentável

Alguns pressupostos base na definição de uma Política e de um Plano de Turismo


4 breves notas

Uma primeira questão de fundo…

O Turismo utiliza uma matéria-prima especial: Recursos naturais, ambientais, paisagísticos, históricos e
culturais. Bens e recursos públicos… sem os quais não há Turismo.

O ambiente e o ordenamento do território são, assim, pilares insubstituíveis de qualquer quadro


referencial estratégico na área do Turismo (Plano, Lei de Bases ou qualquer outro referencial
estratégico de Turismo).

Só com este pressuposto de base se poderão construir destinos turísticos sustentáveis.

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7. Política e Planeamento para um Desenvolvimento Turístico Sustentável

Alguns pressupostos base na definição de uma Política e de um Plano de Turismo


4 breves notas

Segundo aspecto…

Não há estratégias que possam ser materializadas sem recursos financeiros e uma gestão eficaz e
eficiente desses mesmos recursos…

Afectação de recursos financeiros a uma estratégia é essencial.

Os instrumentos estratégicos e financeiros devem atender às particularidades regionais (recursos


turísticos específicos, problemas, prioridades) – o território não é plano.

O turismo nacional tem desequilíbrios regionais – 3 Regiões concentram quase 85% da actividade
turística nacional (Algarve, Lisboa e Madeira).

Importa diversificar e “puxar” por destinos de reconhecido potencial.

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7. Política e Planeamento para um Desenvolvimento Turístico Sustentável

Alguns pressupostos base na definição de uma Política e de um Plano de Turismo


4 breves notas

Terceiro ponto…
No Turismo intervêm uma multiplicidade de sectores e agentes que, no seu conjunto, são decisivos no
desenvolvimento turístico de qualquer região/destino.

A transversalidade da actividade turística requer, necessariamente, uma integração de iniciativas,


projectos e agentes.

A articulação inter-sectorial é decisiva!

Uma política de turismo (traduzida num Plano de Turismo) tem de ser inclusiva e abrangente

Não pode deixar de fora agentes fundamentais do turismo – agentes do Ambiente e do Ordenamento
do Território, do Desenvolvimento Regional, da Cultura (sem os quais não há turismo… sustentável) dos
Transportes, etc… é um “erro” primário não promover uma visão integrada do turismo.

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7. Política e Planeamento para um Desenvolvimento Turístico Sustentável

Alguns pressupostos base na definição de uma Política e de um Plano de Turismo


4 breves notas

Quarta e última questão de fundo…

• O Turismo é um fenómeno marcadamente regional. São os recursos turísticos que determinam a


natureza dos destinos (sol e praia, neve, natureza, etc.)

• As prioridades e os obstáculos de desenvolvimento turístico diferem de região para região / de


destino para destino.

• No Turismo é fundamental a existência de um instrumento regional de planeamento e


desenvolvimento.

• É onde estão os recursos turísticos, os agentes privados, os turistas, em suma, onde está a Ação – é
onde deve incidir de forma mais activa o planeamento e a gestão estratégica do turismo (sem prejuízo
de uma visão nacional).

Os níveis de intervenção

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

➢ Razões para intervenção do Estado no Turismo - síntese

A grande maioria das questões integradas num Programa de Sustentabilidade para o turismo tratam de
matérias de interesse público

Em todos os países o sector do turismo está fragmentado em muitos milhares de negócios, principalmente em
micro e pequenas empresas. Individualmente as suas acções podem não ter grande influência, mas
colectivamente poderão gerar impactos assinaláveis, pelo que, se exige uma coordenação e acção integrada que
apoie e oriente estes agentes para a adopção de práticas sustentáveis nas suas operações.

Os governos são responsáveis por muitas funções que são especialmente importantes para um
desenvolvimento turístico sustentável, tais como o planeamento do uso do solo, a legislação ambiental e
laboral e o fornecimento de infra-estruturas de suporte e de serviços sociais e ambientais.

Muitos governos estão activamente envolvidos no apoio ao turismo, nomeadamente, no âmbito do marketing
e promoção e dos serviços de informação, frequentemente, em acções conjuntas público-privado. Torna-se
necessário que estas funções continuem e que seja desenvolvidas em estreita ligação com os objectivos de
sustentabilidade.
Fonte: PNUMA, OMT, 2008

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7. Política e Planeamento para um Desenvolvimento Turístico Sustentável

Quais são os grandes


níveis de intervenção
no Turismo?

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Os níveis de intervenção
Orientações internacionais

Orientações macro
Organizações internacionais ligadas às questões globais do turismo
Cooperação internacional | Orientações e recomendações macro | Investigação e Desenvolvimento • Estados Membros e outras entidades –
(Ex. UNWTO – World Tourism Organization – United Nations;) Autoridades Nacionais de Turismo
Orientações estratégicas e apoio à operacionalização
Internacional

Organizações internacionais com especial incidência e relacionamento ao nível dos Destinos • Entidades Regionais
Apoio directo aos destinos na promoção de um turismo sustentável | Planeamento , Gestão e Promoção • DMO’s – Destination Management Organization
(Ex. World Centre of Excellence f or Destinations; National Geographic – Center f or Sustainable Destinations;
World Heritage Alliance

Lei de Bases do Turismo


Bases orientadoras para turismo nacional • Governo Central
- orientadora, sistémica e integradora - • Ministério com tutela do Turismo em articulação
Deverá ser
- mobilizadora e inclusiva - com outros Ministérios
Nacional

- Consensual -

Política e Estratégia Nacional - Plano Nacional de Turismo


Abordagens no
Planeamento Visão, Objectivos Estratégicos e Metas de âmbito nacional
Abrangente
Integrada Integração de Políticas | Declinação regional de objectivos e metas | • Ministério com tutela do Turismo
Estratégica • Organização Nacional de Turismo
Participada
Ambiental e
• Grandes empresas públicas
Sustentável
Contínua, De forma coerente e articulada as diferentes regiões
incremental e flexível concorrem para a concretização dos objectivos
Implementável nacionais e influenciam as políticas nacionais

Política e Estratégia Regional de Turismo - Plano Regional de Turismo -


• Governos Regionais
• Organismos regionais desconcentrados da
Regional

REGIÃO A REGIÃO B REGIÃO C REGIÃO D REGIÃO E Administração central


Objectivos e Objectivos e Objectivos e Objectivos e Objectivos e • Organizações Regionais de Turismo
Instrumentos de Instrumentos de Instrumentos de Instrumentos de Instrumentos de (desejavelmente actores com capacidade de
âmbito regional âmbito regional âmbito regional âmbito regional âmbito regional intervenção no sistema turístico regional)
Sub-regional
Destinos

Planeamento e gestão estratégica de Destinos • DMO’s – Destination Management


Visão, Objectivos e metas | Articulação de iniciativas | operacionalização Organizations / Organismos de Gestão de
Destinos

Planeamento e desenvolvimento local • Câmaras Municipais


Local

Nuno Fazenda Planeamento e uso do solo | Licenciamento | Articulação com estratégias regionais | Agendas 21 Locais Planeamento do Turismo e
Licenciatura em Turismo • Empresas municipais
Desenvolvimento Sustentável
Fonte: Fazenda, 2010
1. SISTEMA
7. Política TURISMO
e Planeamento para –
umPERSPECTIVA SISTÉMICA
Desenvolvimento TurísticoESustentável
HOLÍSTICA
1.5 O processo de desenvolvimento turístico

Elementos e agentes no contexto do processo de desenvolvimento turístico


Níveis de intervenção do sector público

Nível Nacional

Definida a política de Turismo, normalmente, os Governos delegam a sua execução em Organizações Nacionais

de Turismo (ONT). Várias atribuições e responsabilidades podem ser identificadas às ONT's, como, sendo:

• a promoção e informação turística;

• a pesquisa, estatística e planeamento;

• o inventário dos recursos turísticos e medidas de protecção;

• o desenvolvimento de facilities; o desenvolvimento dos recursos humanos;

• a regulamentação das empresas e profissões ligadas ao turismo;

• facilitar as viagens (publicando itinerários, facilitando a procura, etc.);

• a cooperação internacional em turismo (Pearce, 1998).

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1. SISTEMA
7. Política TURISMO
e Planeamento para –
umPERSPECTIVA SISTÉMICA
Desenvolvimento TurísticoESustentável
HOLÍSTICA
1.5 O processo de desenvolvimento turístico

Elementos e agentes no contexto do processo de desenvolvimento turístico


Níveis de intervenção do sector público
Nível Local
As organizações turísticas locais, ao nível de um município individual ou distrito, representam a forma mais antiga de
organização turística, que surgiram a partir da emergência e do crescimento de muitos resorts em diversos países.

As organizações locais constituem uma base sólida para a coordenação e defesa dos interesses turísticos locais,
nomeadamente, através:

• da disponibilização de informação e serviços aos visitantes;

• da promoção de um maior envolvimento das populações e actores locais do trade no desenvolvimento


turístico da localidade/ município;

• da sensibilização para a importância do turismo local e da preservação e conservação dos seus recursos;

• da realização de acções de promoção e de animação turístico-cultural; e

• da implementação de medidas conducentes ao desenvolvimento turístico local.

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1. SISTEMA
7. Política TURISMO
e Planeamento para –
umPERSPECTIVA SISTÉMICA
Desenvolvimento TurísticoESustentável
HOLÍSTICA
1.5 O processo de desenvolvimento turístico

Elementos e agentes no contexto do processo de desenvolvimento turístico


Níveis de intervenção do sector público
Nível Regional
As organizações regionais turísticas constituem o nível intermédio entre o nível nacional e local e representam o último
desenvolvimento de organização turística. Esta figura intermédia veio completar os três níveis de influência, que sendo
separados ao nível de intervenção, são, também, complementares entre si.

Razões para a existência de organizações de âmbito regional


• as necessidades de desenvolvimento económico regional (em que o turismo pode constituir uma prometedora
contribuição);
• crescimento das férias de touring que se estendem pela área a visitar, não se limitando apenas a um local em
particular;
• o facto de as regiões possibilitarem uma base para a formulação de produtos turísticos coerentes, que podem ser
objecto de uma promoção integrada e devidamente direccionada para segmentos de mercado alvo;
• suscitarem e permitirem a criação de redes de ligação, coordenação e cooperação entre os diversos agentes e actores
institucionais, quer de âmbito nacional, quer regional.

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1. SISTEMA
7. Política TURISMO
e Planeamento para –
umPERSPECTIVA SISTÉMICA
Desenvolvimento TurísticoESustentável
HOLÍSTICA
1.5 O processo de desenvolvimento turístico

Elementos e agentes no contexto do processo de desenvolvimento turístico


Níveis de intervenção do sector público
Nível Regional
Em síntese, as organizações turísticas regionais, permitem a concretização de objectivos nacionais, regionais e locais.

Este tipo de organização turística dá corpo ao modelo de grandes regiões turísticas, que não sendo uma região única e
homogénea, é antes, um espaço heterogéneo de dimensão acrescida, de maior diversidade, o que permite a formatação
de uma oferta num produto compósito, caracterizado pela complementaridade dos recursos turísticos aí situados.

É do carácter compósito destas áreas turísticas, que, por conseguinte, são formadas unidades espaciais de menor
dimensão, com especificidades e identidades próprias, mas que em estreita articulação poderão gerar novas
dinâmicas turísticas, e que, deste modo, permitem adequar-se às necessidades de uma procura sempre em mutação.

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1. SISTEMA
7. Política TURISMO
e Planeamento para –
umPERSPECTIVA SISTÉMICA
Desenvolvimento TurísticoESustentável
HOLÍSTICA
1.5 O processo de desenvolvimento turístico

Elementos e agentes no contexto do processo de planeamento e desenvolvimento do turismo

Níveis de intervenção

Âmbito geográfico e níveis de


Actores do poder público
intervenção

• Governo Central
Nacional • Organismos da Administração Central
• Grandes empresas públicas

• Governos Regionais
• Organismos regionais desconcentrados
Regional
da Administração central
• Organismos Regionais de Turismo

• Municípios (Câmaras Municipais)


Local
• Empresas municipais

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1. SISTEMA
7. Política TURISMO
e Planeamento para –
umPERSPECTIVA SISTÉMICA
Desenvolvimento TurísticoESustentável
HOLÍSTICA
1.5 O processo de desenvolvimento turístico

Elementos e agentes no contexto do processo de desenvolvimento turístico

Sector Público Sector Privado


Governos; Indústria turística
Autoridades Hoteleiros
Nacionais Operadores Turísticos
Regionais e Locais Agentes de Viagens
de Turismo Restauração
Etc.
Turistas
Nacionais e
Estrangeiros ONG’s e outras
Associações
Comunidades Organizações
Locais sectoriais (ex. AHP,
Populações APAVT, CTP, etc.)
residentes Associações
ambientalistas

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

➢ Políticas de Turismo – breves definições

Um elemento comum nas definições de políticas públicas é o de que «políticas públicas provêm de
governos ou autoridades públicas», em que,

«uma política é considerada pública não em virtude do seu impacto no público, mas em virtude da
sua origem» (Pal, 1992:3)

Política pública pode ser também definida como «tudo o que os governos optam por fazer ou por não
fazer».

Hall e Jenkins (2004: 589) definiram «política pública de turismo como tudo o que os governos optam
por fazer ou não fazer respeitante ao turismo».

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

Uma Política de Turismo deve:

• definir uma visão de desenvolvimento

• estabelecer prioridades estratégicas e

• apontar caminhos para alcançar objetivos e metas

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

«deve entender-se por Política de Turismo o conjunto de factores condicionantes

e de directrizes básicas que expressam os caminhos para atingir os objectivos

globais para o turismo do país; determinam as prioridades de acção executiva,

supletiva ou assistencial do Estado» Beni (1998: 99)

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

Quais são as principais áreas


que devem estar subjacentes a
uma Política Pública para um
Desenvolvimento Turístico
Sustentável ?

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7. Política e Planeamento para um Desenvolvimento Turístico Sustentável

Política de Turismo - Principais áreas de uma política pública no Turismo

Ambiente e Ordenamento Acessibilidades e Segurança e Saúde


Património e Cultura
do Território Transportes Pública

- Qualidade do Ar - Requalificação, conservação


- Acessibilidades para e - Controlo de
(monitorização e actuação e valorização do Património
no destino: fronteiras
preventiva e correctiva) histórico-cultural
- Transporte aéreo
- Gestão da Qualidade e
(Aeroportos, Gestão - Medidas de
quantidade da Água - Gestão eficiente dos sítios
aeroportuária, Rotas e segurança, prevenção
(águas balneares e de e edifícios com valor
ligações e companhias de e actuação –
consumo) patrimonial
aviação) terrorismo, epidemias,
-Abastecimento e
- Transporte rodoviário – etc.)
saneamento básico - Manutenção e dinamização
acessibilidades terrestres
-Gestão de resíduos de museus, teatros e outros
de acesso e circulação no - Prevenção de riscos e
- Conservação de áreas espaços culturais
destino desastres naturais
naturais, habitats e vida
- Transporte ferroviário (terramotos, tsunamis,
selvagem - Estimulo ao renascimento
- Navegação fluvial e avalanches)
- Planeamento e uso do de artes e ofícios tradicionais
marítima (cruzeiros)
solo (inc. planeamento
- Gestão do tráfego em - Defesa do
urbanístico) - Valorização das festividades
ambiente urbano e em consumidor / visitante
- Planeamento e gestão e manifestações tradicionais
zonas maior atractividade
integrada do território e
de visitantes - Serviços de saúde e
da paisagem - Promoção da autenticidade
- Sinalização (turística) assistência médica
cultural

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4. POLÍTICA
7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO
Política de Turismo - Principais áreas de uma política pública no Turismo
Emprego, Educação e Infra-estruturas e Marketing, Promoção e
Economia e Finanças
Formação serviços turísticos Informação

- Apoio e estimulo ao
- Criação das condições -Marketing e Promoção
investimento no turismo: -Enquadramento e
infra-estruturais para a turística – estratégia
-Redução de custos de licenciamento de
qualificação e formação de capital (subvenções ou empreendimentos e - Imagem e comunicação
Rec.Humanos em Turismo empréstimos, taxas de juro, actividades turísticas:
(Escolas, Centros de moratórias no pag. de - Alojamento, - Campanhas e acções
Ensino e formação empréstimos, etc.) - Restauração promocionais (quer no
especializada)
- Redução de custos - Animação turística, mercado interno, quer no
- Formação em turismo
operacionais (isenções - Agências de viagens mercado internacional)
(cursos e acções de
temporárias de impostos, - Classificação e
formação)
subsídios para mão-de-obra qualidade nos serviços - Informação e apoio aos
- Conhecimento, inovação
ou formação) turísticos visitantes
e I&D em Turismo
-Fiscalização de infra-
- Valorização das carreiras - Segurança de estruturas e serviços - Acompanhamento e
e dos profissionais de investimento (garantias de turísticos monitorização das
Turismo (condições de empréstimo, assessoria - Articulação entre dinâmicas do turismo
trabalho – segurança e técnica, etc.) projectos turísticos e (oferta, procura,
estabilidade laboral)
- Política fiscal (com instrumentos de gestão concorrência)
- Igualdade de
incidência no turismo; taxas territorial
oportunidades - Análise de mercados
aeroportuárias)

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e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
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TURÍSTICO

Principais áreas de uma política pública no Turismo

Ambiente e
Acessibilidades e Segurança e Património e
Ordenamento
Transportes Saúde Pública Cultura
do Território
Emprego, Infra-estruturas Marketing,
Economia e
Educação e e serviços Promoção e
Finanças
Formação turísticos Informação

Requer coordenação inter-sectorial e integração de escalas de intervenção (nacional, regional e local)

Políticas Planeamento

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TURÍSTICO

O que é um Plano?

Seja qual for o sistema económico e o nível de actividade em causa

Nacional Regional Empresarial

Surge sempre a necessidade de se dispor de:

 quadro referencial global,

 enquadrante e

 orientador das decisões políticas e dos investimentos públicos e privados

Este quadro orientador de referência é o PLANO

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TURÍSTICO

Um PLANO contém sempre em si uma estratégia global (…). A execução da estratégia

é materializada através da implementação de PROJECTOS articulados por

PROGRAMAS

 “É um instrumento de execução da estratégia do PLANO.

 Conjunto de acções afins ou conjunto de PROJECTOS, caracterizado por visar um dado objectivo e estar

consignado a uma entidade determinada para efeitos de gestão;

 Em síntese, um PROGRAMA pode conter diversos projectos e/ou conjunto de sub-programas concorrentes e/ou

complementares, visando atingir um objectivo de âmbito geral previamente definido.”

Albertino Marques (2000)

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7. Política E PLANEAMENTO
e Planeamento DO DESENVOLVIMENTO
para um Desenvolvimento Turístico Sustentável
TURÍSTICO

PLANO

PROGRAMA

PROJECTOS

 Os diferentes tipos de PROJECTOS, no seu conjunto, determinam de forma significativa as repercussões


macro-económicas e sociais.
 Neste contexto, surge a necessidade de seleccionar criteriosa e politicamente os projectos públicos e
privados a apoiar, através de políticas adequadas (nomeadamente de crédito, subsídios, incentivos
fiscais), priorizando actividades sectores ou regiões com vista a atingir os objectivos e a aplicar as
estratégias definidas pelo poder político nos Planos.

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7. Política E PLANEAMENTO
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TURÍSTICO

Conceito de Planeamento Estratégico:


“O planeamento estratégico promove uma visão para o território fundamentada num diagnóstico
prospectivo e numa gestão de longo prazo (…) constrói uma ideia de planeamento como lugar de
convergência da sociedade civil, do Estado e dos mercados, promovendo a participação, as iniciativas
em parceria e a descentralização do processo de deliberação, decisão e implementação”

Assenta, de forma articulada, em 3 ordens de pensamento e de formalização:


(i) abordagem prospectiva (identificando possíveis cenários de desenvolvimento, equacionando os
conflitos e as consequências nas opções a tomar);
(ii) cultura de avaliação do processo (controlo e monitorização dos resultados);
(iii) gestão estratégica participada e pragmática (reflectindo-se num plano global de
desenvolvimento para o território a longo prazo, que permita, não só superar as limitações
diagnosticadas, mas, também, antecipar e promover mudanças estruturantes).

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TURÍSTICO

 Um PLANO contém sempre em si uma estratégia global (…) que é materializada através da
implementação de PROJECTOS articulados por PROGRAMAS.

Um Plano deve obedecer a uma hierarquia de objectivos


Objectivo
Global Plano
Programas
Objectivos
estratégicos
de Acção

Objectivos Medidas
específicos
Tipologia de
Objectivos Projectos
operacionais

Fonte: Adaptado de Comissão Europeia, 2000

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Um Plano Turístico, de natureza estratégica, deverá incluir, nomeadamente:

(i) um diagnóstico prospectivo multi-sectorial (levantamento dos principais problemas e


potencialidades – culminado numa análise SWOT);

(ii) Prioridades estratégicas;

(iii) Programas de Acção e Medidas de intervenção;

(iv) Tipologia dos projectos considerados mais estruturantes e sustentáveis para o


desenvolvimento de um dado território;

(v) indicadores de sustentabilidade (para o acompanhamento e monitorização do Plano)

Pressuposto:
A adopção/ internalização de políticas para um desenvolvimento sustentável

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A definição de objectivos deve ter em consideração vários aspectos


Princípio SMART

Específicos • Especificar exactamente o que se pretende


(Specific) concretizar

Mensuráveis (Measurable) • Susceptíveis de medição

• São os objectivos estabelecidos


Concretizáveis (Achievable)
concretizáveis?

Realisticos • Poderão ser realisticamente alcançáveis face


(Realistic) aos recursos disponíveis?

Horizonte temporal • Em que horizonte temporal se pretendem


(Timebound) atingir os objectivos?

Fonre: UNWTO, 2007

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Princípios num processo de planeamento em Turismo:


I. Flexível
O plano deverá ser suficientemente flexível para responder a alterações circunstanciais e desta forma atingirem-
se objectivos de sustentabilidade.
II. Abordagem compreensiva
Todos os aspectos de desenvolvimento turístico deverão ser tidos em conta no processo de planeamento
(componentes do sistema turismo).
III. Abordagem integrada
O planeamento em Turismo deverá ser integrado com outros planos e políticas do sector de âmbito local,
regional e nacional.

IV. Ambientalmente sustentável


O desenvolvimento turístico deverá ocorrer sem pôr em causa os recursos naturais e culturais, contribuindo desta
forma para a conservação dos mesmos e por conseguinte para o aumento da qualidade de vida das populações
locais.

V. Promover a participação
Deverá ser promovido o maior envolvimento possível dos actores institucionais e empresariais e da população no
processo de planeamento.

VI. Exequível/ Implementável


Qualquer plano turístico deverá ser exequível, capaz de ser realisticamente implementado.
Fonte: Organização Mundial do Turismo, 1998

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Componentes a ter em conta num processo de planeamento em Turismo:

Mercados Turísticos:
Deverão ser tidos em conta os mercados turísticos existentes e potenciais no destino.
A identificação dos mercados e nichos de mercado poderá contribuir para o desenvolvimento de produtos turísticos
alternativos, como sendo TER e Eco-Turismo (estes com menor densidade e por conseguinte com menor impactes
ambientais no local).
Nesta componente deverá ser incluída a população residente, enquanto receptora dos visitantes e utilizadora das
facilidades existentes no destino para os turistas.

Recursos Turísticos e/ou atracções turísticas e actividades:


(i) Atracções podem ser naturais: parques naturais, praias, marinas, lagos, rios, albufeiras, locais históricos e
arqueológicos, etc...
(ii) Atracções culturais: artesanato, costumes, cerimónias, etc...
(iii) Atracções construídas: parques temáticos, casinos, pistas de esqui, ventos especiais (feiras, festivais, actividades
desportivas de competição)

Alojamento: Hotéis e outro tipo de facilidades são fundamentais para que os visitantes possam permanecer no destino e
desta forma ser possível a obtenção de benefícios, essencialmente económicos.

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Componentes a ter em conta num processo de planeamento em Turismo:


Outras facilidades turísticas e serviços: postos de informação turística, restaurantes e outros estabelecimentos similares,
serviços de correios, facilidades médicas, serviços bancários, lojas de souvenirs, serviços de segurança pública, etc...

Transportes:
Transportes adequados e boas acessibilidades para e no destino são fundamentais para o desenvolvimento turístico.
Transporte inclui facilidades e serviços, como sendo, capacidade e disponibilidade dos serviços de avião, combóio,
autocarro, estradas, horários e eficiência dos serviços prestados.

Infra-estruturas básicas:
Saneamento, energia, ETAR’s, etc.

Elementos institucionais:
Para o desenvolvimento e gestão do Turismo é necessário o envolvimento de várias instituições, nomeadamente
instituições de ensino (formação em turismo e hotelaria), empresas e agências de marketing, visando a promoção do
destino, órgãos regionais e locais do turismo, entre outros.
Todas estas instituições a par da comunidade local deverão estar envolvidas em todo o processo de planeamento de
forma a que sejam concretizados os objectivos de um plano.

O planeamento sobre um destino turístico é actuar no domínio inter-organizacional com uma


multiplicidade de intervenientes individuais e organizacionais, implantado numa área com fronteiras
geográficas e políticas (Jamal e Getz, 1996).

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TURÍSTICO

Visão holística do Sistema Turismo:

Mercados turísticos domésticos e


internacionais

Atracções
Turísticas e
Actividades

Transportes Alojamento
Ambiente
Natural,
Cultural e
Sócio- Outras
Outras Infra- Economico facilidades e
estruturas serviços
turísticos
Elementos
Institucionais

Uso das facilidades e das atracções


turísticas pelos residentes

Fonte: Inskeep, 1991

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Situation Assessment Strategy framework Implementation Plan
Where are we now? Where do we want to be? How do we get there?
Industry
Development
Market demand structure and
programmes/ projects

Integrated implementation framework (5-year horizon)

Institutional and perfomance management framework


Volumes rivalry
Spatial tourism

Key tourism delivery opportunities, gaps and levels


Receipts Regional synergy/
development plan
Market share Policies
Projects
Trends Plans Vision
Competitive Attractions
Segments profile Institutions
positioning Critical HR/awareness
Preferences Competitor Growth
success Infrastructure
Perceptions profiles objectives
and branding factors and SMME/entrepreneurship
Etc. Trade patterns targeted
capabilities Safety
Target required in
Core Goals
markets pursuit of
Supportive
positioning
industries and Industry supply Key Marketing programmes/
And product and target
infra-structures Natural, cultural strategies projects
promotion markets
Visitor and info and manmade in pursuit Integrated marketing plan
services attractions of goals Product packaging (routes,
Transport and Hospitality and themes, niches, etc.)
signage travel services Promotions mix
Safety and Human resources Pricing
Security Quality standards Distribution
Technology

Macro environment Economic Tecnological Social Political Natural


UNWTO, 2007
Stakeholder and Public Participation and Partnerships
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Alguns dos potenciais benefícios

Os projectos incluídos ou a desenvolver concretizam objectivos previamente definidos (que


deverão passar, necessariamente, pela promoção da sustentabilidade e competitividade
territorial);

Contraria-se a lógica de investimento “avulso”, promovendo maior selectividade nos


investimentos (tendo por base as prioridades estratégicas previamente estabelecidas e uma visão
integrada e de conjunto);

Promove-se uma maior eficácia e eficiência na aplicação dos investimentos públicos e privados;

Estimula-se a participação e o envolvimento colectivo na prossecução de objectivos comuns;

Em suma, permite-se, tanto quanto possível, saber quais são os objectivos a


atingir e a forma como os alcançar.

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Fragilidades/ obstáculos

A cultura de um planeamento estratégico integrado à escala supramunicipal, ainda, não se encontra


devidamente consolidada (prevalecendo, em alguns casos, um certo espírito de “capela”);

Portugal não possui uma tradição de participação e ação coletiva na dinamização e concretização de objectivos
comuns;

Participação, significa, sobretudo, formulação de sugestões a jusante e não um efetivo trabalho de envolvimento
dos diversos intervenientes no processo de desenvolvimento regional (agentes públicos, privados, ONG’s,
populações, etc.). Participação é, muitas vezes, um procedimento formal – administrativo.

Em Portugal, o Turismo é, ainda, uma actividade pouco “amadurecida” em termos de conhecimento técnico e
científico;

Prevalece, ainda, no contexto nacional, uma relativa supremacia (em termos de políticas públicas) de outros
sectores de actividade (sectores tradicionais) face ao sector do Turismo (apesar de, quando comparado com
outros sectores, o sector do Turismo induzir maiores benefícios em termos económico-sociais - PIB e emprego).

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Tópicos abordados
➢ Oferta e Procura do Turismo
➢ Impactes do Turismo
➢ Turismo Sustentável
➢Política e Planeamento do Turismo

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Planeamento do Turismo e
Desenvolvimento Sustentável
Apresentação e Programa

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