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ROUSSEFF
Dilma não permaneceu com essa estratégia. Esta optou por fornecer
incentivos macroeconômicos para que o setor privado liderasse o crescimento,
de modo a gerar a independência dos commodities. A presidenta derrubou a taxa
de juros, que chegou a marca de 7,25% entre agosto de 2012 e março de 2013,
reduziu a conta de energia em janeiro de 2013, e promoveu a desoneração fiscal
em vários setores da economia. As medidas visavam a retomada da produção
industrial, mas a presidenta acabou sendo alvo de duras críticas pois grande
parte do setor produtivo brasileiro era rentista. A crítica era de que a presidenta
acabou por estimular a inflação.
O aceite do pedido não foi mero “acerto de contas” entre rivais. A motivação
para tal está centrada na elite financeira brasileira, que tem o poder de controlar
as outras elites. A elite financeira é a mais importante, pois, de modo indireto,
exerce poder político, social e econômico no país. (SOUZA, 2016).
O processo está longe de ser mera luta pela hegemonia de ideias neoliberais
versus desenvolvimentistas, trata-se de um conflito de classes, que também está
além da simples luta da burguesia contra classe operária, ou socialismo contra
capitalismo.
Quanto a acusação dos decretos “ilegais”, a defesa afirma que a meta fiscal,
de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal em seu artigo 4º, é anual e os
decretos foram baixados em julho e agosto, portanto, antes do suposto
descumprimento da meta.