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Resumo prova 2 Bim

Thiago Cotta

Art 130 Perigo de contágio venéreo

Expor alguém , por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso , a


contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado.

Comentários : Crime formal que se perfaz com a simples exposição ; frisa-


se: qualquer ato libidinoso é capaz de consumir o crime . O agente sabe ou deve
saber pelas circunstâncias pelas quais a doença venérea se encontra. Diante
disso , admite-se o dolo eventual , entretanto não admite a culpa por ausência de
expressa previsão legal . Têm-se por meio deste crime a intenção de propagar
doença venérea .
Não se deve esquecer que só se tem procedibilidade, caso haja
representação em sede de delegacia por queixa crime , assim é necessária a
expressa vontade da vítima em representar , caso contrário há a decadência e o
intento torna-se prescrito. Caso haja a intenção de propagar a doença , há a
majorante de um a quatro anos e multa.

Art 131 Perigo de contágio de moléstia grave

Praticar com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está


contaminada, ato capaz de produzir contágio

Algumas doutrinas tratam a moléstia grave como sendo aquelas


relacionadas no CID como de extenso contágio assim que transmitidas, exemplo ,
um tuberculoso vai ao falcão prateado, vulgo inter 2 , aquele dia chuvoso,
abafado e dá-lhe tosse para cima da moçada.
Importante saber que a moléstia grave não se trata de doença incurável, do
contrário o art.129 parágrado 2 , inciso II do CP se adequaria ao caso.
O perigo de contágio de moléstia grave deve ser concreto, logo, precisa ser
efetivamente comprovado, por laudo que constate a incidrência da moléstia grave
no paciente, para que possa incidir tal delito sobre o autor. A falta dela pode
tipificar outro crime previsto ou atém mesmo crime impossível. Lembrar que a
moléstia pode ser transmitida por ato libidinoso, desde que não seja venérea,
caso contrário se tipificará o crime anterior.
Elemento subjetivo do tipo ou especial fim de agir deve estar presente:
transmitir moléstia grave de que está contaminada. O ato deve ser capaz de
produzir o contágio , como dito acima: inter 2 lotado , janelas fechadas e dá-lhe
tosse.
Deve-se na hora da prova analisar o animus “necandi” , art 121 ; se a
vontade do agente era produzir enfermidade incurável , tipifica-se a enfermidade
incurável.
Lembrar-se sempre do princípio da especialidade , da consunção e da
subsidiariedade para alguns crimes, princípios importante para se entender a
parte especial .

Art 149 Ameaça

Ameaçar alguém , por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio


simbólico de causar-lhe mal injusto e grave.

“Cê vai vê ; espera na saída ; o baguio vai ficar doido pro seu lado” .
Expressões cotidianamente usadas por pessoas que procuram a delegacia como
forma de dirimir os seus conflitos de cunho pessoal em que uma conciliação
poderia resolvê-lo. Neste caso , não há o que se tipificar , porquanto o próprio
injusto penal revela que o mal deve ser injusto e grave. Não se pode extrair do
“cê vai ver” ou do “baguio vai ficar louco pro seu lado”, tendo em vista que o mal
não é determinado , nem grave.
Lembrar que caso seja justo, art 313 : exercício arbitrário das próprias
razões. Este crime sempre é subsidiário e se procede mediante representação .
Então , como dito anteriormente, atentar-se para o que fala o enunciado e a
possível periculosidade do ato, tendo em vista que quanto mais lesivo, menos
este crime estará presente.
Pode ser tentado ? Sim , em sua forma escrita …

Exemplo:

Lauro envia a missiva com o intuito de ameaçar especificamente o


técnico Tite de morte , caso o Brasil não volte da Rússia com o título.
Lauro entrega direto para Dalmir, massagista da seleção, por ambos
terem um caso amoroso. Lauro pensava: Ele tem mãos fortes, vai
entregar a correspondência. Assim , aproveitou-se da facilidade de
Dalmir em entregar a missiva. Dalmir curioso abre suspeitando da
possível ameaça e não a entrega a Tite, entregando -a a autoridade
competente.
Dos Crimes contra a honra.

Nesse título farei um compilado de questões adaptadas de diversos


concursos e em seguida trarei as respostas como meio de estudo . Respondam
com C ou E

1) No crime de injúria, é atingida a honra subjetiva da vítima; na


difamação, a honra objetiva; na calúnia ocorre a imputação falsa de um
fato definido como contravenção penal .

2) Caso o querelado,antes da sentença , se retrate cabalmente da


calúnia ou da difamação a sua pena será diminuida.

3) Um vereador , durante a votaçao de um projeto de lei, em


pronunciamento realizado na tribuna da camara de vereadores, imputou
ao prefeito municipal a malversação de recursos federais repassados ao
município para a área de saúde. Nessa situação, em face da imunidade
parlamentar, o vereador não responderá pelo crime contra a honra.

4) No crime de difamação, quando o ofendido for funcionário público que


agiu no exercício de suas funções, caberá a exceção da verdade.

5)Os crimes contra a honra são crimes unissubsistentes, não admitindo


tentativa

6)No crime de difamação, exige-se que o agente tenha consciência da


falsidade da imputação

7) Durante um baile de formatura, Lauro, com intuito de ofender a


dignidade de Marco, seu desafeto, desfechou-lhe um tapa no rosto e ,
logo em seguida, puxou os cabelos de forma aviltante. Nessa situação,
Mário praticou o crime de injuria real.

8) A exceção da verdade , na injúria, somente se admite se o ofendido é


funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções

9) Caso um advogado militante, na discussão da causa, acuse o


promotor de justiça de prevaricação durante uma audiência, o crime de
calúnia estará amparado pela imunidade judiciária.
10) O agente que preconceituosamente se refere a alguém com palavras
de baixo calão referindo-se a sua cor da pele comete uma das
modalidades do crime de racismo.

1) Errado . O fato determinado deve advir de crime.


2) Errado. O querelado que se retrate cabalmente da calúnia ou da difamação,
antes da sentença, fica isento de pena. Art 143
3) C . A imunidade parlamentar abrange palavras e votos referentes ao exercício
do mandato parlamentar.

4) C . Art 139 parágrafo único.

5) Errado. Os crimes contra a honra podem ser uni ou plurissubsistentes; caso


forem verbais não aceitarão a forma tentada, no entanto, caso sejam escritas a
ação poderá ser fragmentada.

6) Errado . Na difamação pouco importa se o fato é falso ou verdadeiro. Ainda que


verídico os fatos, o crime se configura. Não se pode admitir que fatos ofensivos à
reputação de alguém passem a ser utilizados para destruir sua honra. Por isso
mesmo , em regra, não admite exceção da verdade.

7) Correto. O art 140 § 2º tipifica a injuria real a qual é cometida mediante


violência ou com vias de fato.

8) Errado. Nao se admite exceção da verdade no crime de injúria porque afeta a


honra subjetiva.

9) Errado. A imunidade somente abrange a injúria e a difamação irrogadas em


juízo, e não a calúnia.

10 ) Errado. Incorre no crime de injúria qualificada pelo preconceito. O agente que


se utiliza de elementos tais quais: raça, cor, etnia, religião, procedência nacional
respondem pelo crime de injuria qualificada. No crime de racismo haverá sempre
uma proibição ou limitação de um direito, enquanto que na injúria haverá uma
ofensa referentes aos elementos que caracterizam a vítima.
Brainstorm de questões potenciais ART 155

Furto privilegiado

Primario, pequeno valor , pena de reclusão pela de detenção , diminuir


de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa

qualificado : destruição ou rompimento de obstáculo


no furto qualificado pela fraude, busca-se a fraude para furtar, no estelionato
vc entrega a coisa de livre vontade por ser ludibriado

abuso de confiança => especial vínculo de confiança

escalada => ingresso no imovel com especial agilidade e esforço com


necessidade de exame pericial

destreza => punguista

chave falsa => micha

Indispensável o exame pericial nas qualificadoras que deixam vestígios.

o furto é qualificado também quando há duas ou mais pessoas ; dessa forma


é possível computar no numero o inimputável.
Ainda que o agente não foi identificado qualifica-se o crime.

veículo automotor que venha a ser transportado para outro estado ou para o
exterior

furto qualificado por semovente de produção.


Roubo

Hoje eu sou ladrão, artigo 157


As cachorra me ama, os playboy se derrete
Hoje eu sou ladrão, artigo 157
A polícia bola um plano, sou herói dos pivete

Simulação de arma => suficientemente idônea para se caracterizar o crime de


roubo, entretanto não há a majorante.

Roubo impróprio: emprega-se a vis compulsiva, violencia ou ameaça, logo após à


subtração do objeto.

Majorante pelo emprego de arma: uso efetivo, real e concreto, exclui-se o


simulacro. Devido a nova lei , Lei 13.654/2018 , apenas a arma de fogo majora o
crime.

Majorante da restrição de liberdade => não precisa da vítima para conseguir a coisa alheia.
Exemplo: Ladrões que prendem os lojistas em um quarto e enquanto isso retiram todos os
objetos de valor da loja . Nenhuma conduta da vítima é necessária. Difere-se do sequestro
relâmpago ou extorsão qualificada pela necessidade de uma conduta da vítima, ou seja,
quando o agente restringe a liberdade para que tenha uma conduta positiva da vítima, como
colocar a sua senha no caixa eletrônico .

Alterações legislativas:

VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem


sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)

2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo (Incluído pela Lei nº 13.654, de
2018)
II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que
cause perigo comum.(Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
§ 3º Se da violência resulta:Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa; (Incluído pela Lei nº
13.654, de 2018)
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa. Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)

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