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Art.

2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
O princípio da divisão funcional dos poderes foi reconhecido desde a carta
imperial de 1824, além de ter sido a base da constituição federal de 88. Para muitos é
errado falar em divisão ou separação de poderes, pois preferem definir como uma
separação de funções estatais, tendo como base o poder político que é um só e não
admite fragmentações. Em sua obra “Política”, Aristóteles foi o primeiro a projetar a
“separação dos poderes”, ele já admitia a existência de três funções distintas, porém
exercidas por uma única pessoa, consequentemente analisado por Locke e depois
aprimorado por Montesquieu. Locke detalhou a tripartição dos poderes no “Segundo
Tratado do governo civil”, porém foi na obra de Montesquieu “O espírito das leis” que
se consagrou essa divisão de poderes, hoje conhecidas como poder legislativo, poder
executivo e poder judiciário.
A independência e a harmonia confirmam a inexistência de hierarquia ou
subordinação entre os Poderes, apesar de andarem juntas, não podem ser considerados
sinônimas. A independência é capacidade, autonomia que cada Poder tem de exercer
suas próprias funções sem precisar dos outros e sem interferências dos demais, assim
preservando e respeitando a ordem jurídica, já a harmonia significa que eles podem
trabalhar de forma autônoma, mas não isolada A interferência de um órgão sobre outro
apenas é tolerável se for para garantir os direitos fundamentais.
A tripartição dos poderes não impede que, além de sua função típica, cada
um dos Poderes exerça atipicamente funções geralmente atribuídas a outros órgãos,
como exceção, uma vez que a regra é a da indelegabilidade da tripartição das funções,
isto só foi possível devido à teoria criada por Montesquieu “dos freios e contrapesos”,
onde Um órgão só poderá exercer atribuições de outro quando houver expressa
previsão. Nessa divisão de poderes, O poder legislativo tem como função criar as
normas gerais, ou seja, as leis, enquanto que o executivo tem o poder de sanção ou veto
a essas normas desenvolvidas pelo legislativo e por último o poder judiciário que
executa as leis elaboradas pelo legislativo e aprovadas pelo poder executivo.
O poder Legislativo é representado pelo senado federal e a câmara dos
deputados, que juntas constituem o congresso nacional, porém uma não prevalece sobre
a outra, pois possuem funções distintas. Os deputados federais são eleitos em seus
respectivos estados proporcionalmente, entretanto nenhum estado poderá ter mais de
setenta deputados ou menos de oito. Nos estados é o poder legislativo tem representação
através das assembleias estaduais e câmara dos vereadores.

A fiscalização legislativa da ação administrativa do Poder Executivo é um


dos contrapesos da Constituição Federal à separação e independência dos Poderes
Não é permitido criar novas interferências de um Poder na órbita de outro
que não derive explícita ou implicitamente de regra ou princípio Fundamental da
Constituição da Republica
PODER LEGISLATIVO:

• controla o Judiciário:

1. participando da escolha dos membros dos tribunais superiores (CF, art. 101, parag.
único art. 104, parág. único)
2. julgando os ministros do STF nos crimes de responsabilidade (CF, art. 52, II)
3. fiscalizando a forma como é gerenciado o dinheiro público pelo Poder Judiciário, no
exercício da atividade administrativa (CF, art. 71, II)

• controla o Executivo:

1. julgando o Presidente da República, o Vice-Presidente, os ministros de Estado, nos


crimes de responsabilidade (CF, art. 52, I)
2. apreciando as contas do Presidente da República (CF, art. 51, II) e dos demais órgãos
da Administração Pública (CF, art. 71, I e II)
3. fiscalizando e controlando os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração
indireta (CF, art. 49, X), podendo convocar ministros de Estado para prestar
informações (art. 58, III), criar comissões parlamentares de inquérito para apuração de
fatos relevantes (art. 58, § 3º).

PODER EXECUTIVO:

• controla o Judiciário:

1. nomeando os ministros do STF e dos demais tribunais superiores (CF, art. 101, parag.
único art. 104, parág. único art. 84, XIV)

• controla o Legislativo:

1. paticipando da elaboração das leis, através da sanção ou veto aos projetos de lei
aprovados (CF, art. 84, IV e V)
2. participando da escolha dos ministros do Tribunal de Contas da União.

PODER JUDICIÁRIO:

• controla o Legislativo:

1. exercendo controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos


2. julgando os membros do Congresso Nacional nos crimes comuns, e os membros do
Tribunal de Contas da União nos crimes comuns e de responsabilidade.

• controla o Executivo:

1. exercendo o controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos


2. julgando o Presidente da República, o Vice-Presidente, os ministros de Estado, nos
crimes comuns
3. julgando os ministros de Estado nos crimes de responsabilidade, quando esses não
forem conexos com crimes atribuídos ao Presidente ou ao Vice-Presidente.

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