Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
- O corpo limita o sujeito, mas não o determina. Não basta que uma criança
tenha inscrição simbólica para que haja sujeito, é preciso corpo, senão
seriam almas. É preciso uma base biológica bem estruturada, onde a
palavra fará seus efeitos.
- Os sistemas (motor, perceptivo, fonatório, etc) não funcionam por si só, mas
é a dimensão psíquica que os organiza.
- Pulsão: se funda a nível psíquico algo que passa pelo corpo (da boca,
pulsão oral, etc).
O bebê humano, diferente dos animais, não sabe quando nasce o que fazer
para satisfazer suas necessidades, é um deficiente instintivo. Ele não nasce
como os animais sabendo qual objeto satisfaz suas necessidades. Depende do
Outro para se constituir.
- é essa insuficiência que deixa espaço para a dimensão psíquica, o que se
dá pela forma do desejo do Outro, a erogeneização do corpo do bebê.
- É assim que a mãe toma o peito como um dom, o cocô como um presente,
o olhar como convocação, etc.
René Spitz descreveu o que ele chamou de "hospitalismo". Bebês sem os pais,
cuidados em hospitais, recebendo alimentação adequada, sendo higienizados,
etc, começavam a apresentar uma catatonia, sem reações, podendo levar a
morte. Isso pelo fato de não terem sido tomadas pelo desejo de nenhum Outro,
haviam somente cuidadores.
- A criança não está a mercê só do pai e da mãe, ela está inserida em uma
rede de significações. Sendo assim, não se pode usar de um determinismo
linear, tal pai, tal mãe, é igual a tal filho, pois há influência de toda a rede
simbólica na qual está inserida a criança.
BIBLIOGRAFIA