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SAÚDE DO ADULTO

SECRETARIA DE SAÚDE

SUBSECRETARIA DE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA

Enfª Ana Cláudia E. P. Bastos


Escola de Governo
Juiz de Fora - 2016

Curso de Treinamento Específico


para Seleção Competitiva Interna
Classe de Auxiliar de Enfermagem

Tema IV
Saúde do Adulto
Acidentes com material biológico
INTRODUÇÃO

O Serviço PARBOS – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO AO RISCO


BIOLOGICO OCUPACIONAL E SEXUAL foi criado em 14/12/2005, na PJF através da
Secretaria de Saúde, para atendimento dos acidentes com material biológico e vítimas
de violência sexual da macrorregião sudeste, algo em torno de 94 municípios,
população estimada superior a 1.500.000 habitantes.

ABRANGÊNCIA

Segundo dados da CIB-SUS/MG Nº 978 – 16/11/2011 – PDR-MG:

Macrorregião Sudeste: pólo – JUIZ DE FORA. 94 municípios.


População estimada: >1.589.000 habitantes.

Microrregiões/ N° municípios

Microrregião/pólo Nº municípios
Além Paraíba 05
Carangola 11
J.Fora/L.Duarte/B.J.Minas 25 (*pop.est. >651.000habs)
Leopoldina/Cataguases 10
Muriaé 11
Santos Dumont 03
S.J.Nepomuceno/Bicas 09

O Serviço é porta de entrada para rede de atendimento a saúde toda estruturada


no Sistema Único de Saúde, lotado no Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Geraldo
Teixeira. Os atendidos são encaminhados para ambulatórios especializados, conselhos
tutelares, e outros que forem indicados/necessários.

Já atendemos até presente data mais de 10.000 pessoas, sendo 77,5% de


exposição ocupacional e 22,5% sexual.

As situações que atendemos são:


HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Elaboração Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)
Anexo manual_anvisa_higienizacaomaos.pdf

APRESENTAÇÃO
Atualmente, programas que enfocam a segurança no cuidado do paciente nos serviços
de saúde tratam como prioridade o tema higienização das mãos, a exemplo da “Aliança
Mundial para Segurança do Paciente”, iniciativa da Organização Mundial de Saúde (OMS),
firmada com vários países, desde 2004. Embora a higienização das mãos seja a medida
mais importante e reconhecida há muitos anos na prevenção e controle das infecções nos
serviços de saúde, colocá-la em prática consiste em uma tarefa complexa e difícil.
Estudos sobre o tema avaliam que a adesão dos profissionais à prática da higienização
das mãos de forma constante e na rotina diária ainda é insuficiente. Dessa forma, é
necessária uma especial atenção de gestores públicos, administradores dos serviços de
saúde e educadores para o incentivo e a sensibilização do profissional de saúde à questão.
Todos devem estar conscientes da importância da higienização das mãos na assistência à
saúde para a segurança e qualidade da atenção prestada.
No sentido de contribuir com o aumento da adesão dos profissionais às boas práticas
de higienização das mãos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS) publica
as orientações sobre “Higienização das Mãos em Serviços de Saúde”, que oferece
informações atualizadas sobre esse procedimento.
Espera-se com esta publicação proporcionar aos profissionais e gestores dos serviços
de saúde conhecimento técnico para embasar as ações relacionadas às práticas de
higienização das mãos, visando à prevenção e à redução das infecções e promovendo a
segurança de pacientes, profissionais e demais usuários dos serviços de saúde.
Cláudio Maierovitch Diretor da ANVISA

O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS?


É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação
das infecções relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das
mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência deste
procedimento. O termo engloba a higienização simples, a higienização antiséptica, a fricção
anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das mãos, que serão abordadas mais adiante.

POR QUE FAZER?


As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a
assistência prestada aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos
microrganismos, que podem se transferir de uma superfície para outra, por meio de contato
direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies
contaminados.

PARA QUE HIGIENIZAR AS MÃOS?


A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:
• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota
da pele, interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato.
• Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.

QUEM DEVE HIGIENIZAR AS MÂOS?


Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde,
que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de
medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado.
WORSHOP DE BIOSSEGURANÇA
MS-BRASILIA/DF-2005
Anexo: worshop_biossegurança em saúde – min.saúde 2005

INTRODUÇÃO
O conceito de Biossegurança vem sendo difundido e valorizado, a partir do início da
década de 70, em função dos potenciais impactos da engenharia genética na sociedade.
Prevalece o entendimento de que a responsabilidade do profissional que manipula agentes
físicos, químicos, biológicos, dentre outros, não se limita às ações de prevenção de riscos
derivados da engenharia genética, estendendo-se também as atividades que são realizadas
por outras pessoas, sob sua responsabilidade, que participam direta ou indiretamente dessa
atividade.
...
A definição e a harmonização de diretrizes e normas para manipulação,
armazenamento, transporte e descarte de organismos patogênicos não geneticamente
modificados são de grande interesse para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para as
unidades de pesquisa, uma vez que seus profissionais lidam diariamente com o risco de
contaminação.
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CONCEITO
É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização (diminuição) de riscos
inesperados... que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente
ou a qualidade dos trabalhos envolvidos.

PROCESSAMENTO DE ARTIGOS E SUPERFÍCIES EM


ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE
MS-BRASILIA/DF-1994
Anexo: processamento_artigos_superfícies.pdf

INTRODUÇÃO
Os artigos de múltiplos uso em estabelecimentos de saúde podem se tornar veículos
de agentes infecciosos, se não sofrerem processos de descontaminação após cada uso.
Os locais onde estes artigos são processados e as pessoas que os manuseiam
também podem tornar-se fontes de infecção para hospedeiros suscetíveis.
No mecanismo de transmissão de infecção nos hospitais, as mãos contaminadas do
pessoal hospitalar atuam como importante meio de disseminação.
Um dos processos que podem interromper esta cadeia é a esterilização de artigos, e
outro, a desinfecção de artigos e ambientes, dentro das devidas proporções de necessidade.
...
Além do desperdício de produtos, os quais têm alto custo aquisitivo num sistema de
saúde, existe o desgaste/corrosão precoce de artigos e superfícies, bem como os problemas
da toxicidade aos manuseadores e aos usuários, contribuindo, inclusive, para a poluição
ambiental.
O custo da assistência e os recursos disponíveis forçam a múltipla utilização de artigos,
pois estes são mais escassos que a demanda necessária e têm alto custo aquisitivo num
sistema de saúde como o nosso.
O uso indevido e inadequado de produtos destinados a limpeza, descontaminação,
desinfecção de superfícies e artigos hospitalares, e a esterilização de artigos levam milhões
de dólares a serem gastos por ano, sem que os objetivos sejam atingidos.
...
Para que a remoção da sujidade ou matéria orgânica não se constitua em risco a
pessoa que os manuseia e ao local onde esta limpeza ou descontaminação é realizada, é
imprescindível o uso de EPI, como preconizado nos procedimentos de precauções
universais e de segurança.

NR-06
Anexos: nr6 comentada e nr6

Os equipamentos de proteção individual atenuam a exposição a fatores de risco e


fazem parte do dia-a-dia das empresas. Muito fáceis de comprar e distribuir aos
trabalhadores.
Entretanto, as NRs exigem um cuidado todo especial em relação a esses
equipamentos.
Num acidente de trabalho, o que se deve comprovar quanto ao EPI?
O treinamento adequado sobre uso guarda e conservação, com a respectiva ordem de
serviço.
A entrega do EPI adequado ao risco, apresentando a ficha de entrega de EPI,
constando equipamento entregue, com data, número de CA, assinatura do empregado.
A entrega do EPI indicado no PPRA para o risco a que o trabalhador esteve exposto.

Uma questão frequente de concursos: - De quem é a responsabilidade pela guarda e


conservação do EPI?
- É do empregado.
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EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI


6.1 Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora - NR, considera-se
Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo dispositivo ou produto, de uso individual
utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a
segurança e a saúde no trabalho.
6.6 Responsabilidades do empregador. (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI :
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em
matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. h) registrar o seu
fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.
(Inserida pela Portaria SIT/DSST 107/2009)
6.7 Responsabilidades do trabalhador. (alterado pela Portaria SIT/DSST 194/2010)
6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE
Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde, Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. –Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
Anexo: manual_pgrss.pdf

A Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) no País, sua concepção, o


equacionamento da geração, do armazenamento, da coleta até a disposição final, têm sido
um constante desafio colocado aos municípios e à sociedade. A existência de uma Política
Nacional de Resíduos Sólidos é fundamental para disciplinar a gestão integrada,
contribuindo para mudança dos padrões de produção e consumo no país, melhoria da
qualidade ambiental e das condições de vida da população, assim como para a
implementação mais eficaz da Política Nacional do Meio Ambiente e da Política Nacional de
Recursos Hídricos, com destaque aos seus fortes componentes democráticos,
descentralizadores e participativos. A preocupação com a questão ambiental torna o
gerenciamento de resíduos um processo de extrema importância na preservação da
qualidade da saúde e do meio ambiente.
...
Com relação aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), é importante salientar que
das 149.000 toneladas de resíduos residenciais e comerciais geradas diariamente, apenas
uma fração inferior a 2% é composta por RSS e, destes, apenas 10 a 25% necessitam de
cuidados especiais. Portanto, a implantação de processos de segregação dos diferentes
tipos de resíduos em sua fonte e no momento de sua geração conduz certamente à
minimização de resíduos, em especial àqueles que requerem um tratamento prévio à
disposição final. Nos resíduos onde predominam os riscos biológicos, deve-se considerar o
conceito de cadeia de transmissibilidade de doenças, que envolve características do agente
agressor, tais como capacidade de sobrevivência, virulência, concentração e resistência, da
porta de entrada do agente às condições de defesas naturais do receptor.
Considerando esses conceitos, foram publicadas as Resoluções RDC ANVISA no
306/04 e CONAMA no 358/05 que dispõem, respectivamente, sobre o gerenciamento interno
e externo dos RSS.

De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e a Resolução CONAMA no 358/2005, são


definidos como geradores de RSS todos os serviços relacionados com o atendimento à
saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de
campo; laboratórios analíticos de produtos para a saúde; necrotérios, funerárias e serviços
onde se realizem atividades de embalsamamento, serviços de medicina legal, drogarias e
farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da
saúde, centro de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos,
importadores, distribuidores produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro,
unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura, serviços de tatuagem,
dentre outros similares.

Os RSS são classificados em função de suas características e conseqüentes riscos


que podem acarretar ao meio ambiente e à saúde.
De acordo com a RDC ANVISA no 306/04 e Resolução CONAMA no 358/05, os RSS
são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E.
Grupo A - engloba os componentes com possível presença de agentes biológicos que,
por suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de
infecção. Exemplos: placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas
(membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, dentre outras.
Grupo B - contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde pública
ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade,
reatividade e toxicidade. Ex: medicamentos apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos
contendo metais pesados, dentre outros.
Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham
radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação especificados nas
normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, como, por exemplo, serviços de
medicina nuclear e radioterapia etc.
Grupo D - não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio
ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Ex: sobras de alimentos e do
preparo de alimentos, resíduos das áreas administrativas etc.
Grupo E - materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como lâminas de barbear,
agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e
outros similares.

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MATERIAIS


PERFUROCORTANTES EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Cristiane Rapparini ; Érica Lui Reinhardt. - São Paulo : Fundacentro, 2010.
Anexo: manual prev acid.2010.pdf

APRESENTAÇÃO
Os serviços de saúde são compostos por ambientes de trabalho complexos,
apresentando, por isso mesmo, riscos variados à saúde dos trabalhadores e também das
pessoas que estejam recebendo assistência médica nesses locais. Dentre esses riscos, um
que é bastante peculiar ao serviço de saúde é o risco de sofrer um acidente de trabalho com
material biológico envolvendo um perfurocortante. Além de incluir o ferimento em si, a
grande preocupação em um acidente desta natureza é a possibilidade de vir a se infectar
com um patógeno de transmissão sanguínea, especialmente os vírus das hepatites B e C e
da AIDS Essas são doenças que trazem grandes perdas não só ao trabalhador acidentado,
mas também a toda a sociedade.
Mesmo que não haja soroconversão, um acidente com um perfurocortante envolve o
sofrimento do trabalhador acidentado e de sua família e muitas vezes grandes custos
financeiros.
A prevenção de acidentes de trabalho com material biológico é uma importante etapa
na prevenção da contaminação de trabalhadores da saúde por patógenos de transmissão
sanguínea.
...
Diferentes estudos indicam que mais de 50% dos trabalhadores da saúde não notificam
a ocorrência de exposições percutâneas envolvendo material biológico(6-13).

PATÓGENOS DE TRANSMISSÃO SANGUÍNEA


Os acidentes com agulhas e outros perfurocortantes usados nas atividades
laboratoriais e de assistência à saúde estão associados à transmissão ocupacional de mais
de 20 diferentes patógenos (2,5,14-16). O vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C
(HCV) e o vírus da AIDS (HIV) são os patógenos mais comumente transmitidos durante as
atividades de assistência ao paciente.
Uma recente revisão da literatura feita por Tarantola (2006) descreve que já foi
identificada cada a transmissão de 60 diferentes patógenos (26 vírus, 18 bactérias ou
riquétsias, 13 parasitas e 3 fungos) após exposição a sangue ou outros materiais biológicos
entre trabalhadores da saúde. Fonte: Tarantola A, Abiteboul D, Rachline A. American
Journal of Infection Control. 2006; 34(6): 367-75.

Vírus da hepatite B
Nos EUA, a vigilância nacional de casos de hepatite fornece estimativas anuais de
infecções por HBV em trabalhadores da saúde. Essas estimativas são baseadas na
proporção de pessoas com novas infecções que relatam um contato ocupacional freqüente
com sangue.
Atualmente, muitos trabalhadores da saúde são imunes à hepatite B como resultado da
vacinação pré-exposição(22-27). Entretanto, trabalhadores suscetíveis ainda correm risco de
exposição envolvendo perfurocortantes e pacientes-fonte com infecção pelo HBV. Sem a
instituição da profilaxia pós-exposição, há um risco de 6%-30% de um trabalhador suscetível
tornar-se infectado após exposição ao HBV(28-30). O risco é mais elevado se o paciente-
fonte for HBeAg positivo, um marcador de infectividade elevada(28).
No Brasil, alguns estudos têm encontrado um percentual elevado de vacinação contra
hepatite B entre estudantes e trabalhadores, especialmente ao longo dos últimos anos. Mas,
entre algumas categorias de trabalhadores da saúde e em algumas cidades do País e
apesar de sua disponibilização na rede pública desde o início dos anos 90, a proporção de
vacinação contra hepatite B, especialmente com esquemas completos de três doses de
vacina, é inferior a 50%.

Vírus da hepatite C
Antes da implementação das precauções universais e da descoberta do HCV em 1990,
uma associação foi observada entre trabalhar na área da saúde e a aquisição de hepatite
aguda não-A, não-B(31).
Um estudo mostrou uma associação entre a positividade para o anti-HCV e a história
de exposições ocupacionais percutâneas(32).
O número exato de trabalhadores da saúde que adquirem HCV ocupacional não é
conhecido. Os trabalhadores da saúde expostos a sangue no local de trabalho representam
de 2% a 4% do total de novas infecções por HCV que ocorrem anualmente nos Estados
Unidos, um total que declinou de 112.000 em 1991 para 38.000 em 1997(33) (CDC, dados
não publicados). Entretanto, não há uma maneira de confirmar se estas infecções são casos
de transmissão ocupacional. Estudos prospectivos mostram que o risco médio de
transmissão do HCV após exposição percutânea a um paciente-fonte sabidamente infectado
pelo HCV é de 1,8% (variação: 0% a 7%)(34-39), com um estudo indicando que a
transmissão ocorreu apenas em acidentes envolvendo agulhas com lúmen quando
comparados com outros perfurocortantes(34).

Vírus da imunodeficiência humana


Nos EUA, o primeiro caso de transmissão de HIV de um paciente para um trabalhador
da saúde foi relatado em 1986(48). Do início da epidemia até o final de dezembro de 2001,
os CDC receberam notificações (relatos voluntários) de 57 casos documentados e 140
casos prováveis de transmissão ocupacional do HIV*.
Em estudos prospectivos, o risco médio de transmissão do HIV após exposição
percutânea envolvendo sangue é estimado como sendo aproximadamente de 0,3%(16).
O risco médio de transmissão ocupacional do HIV após exposição de membrana
mucosa é estimado como sendo de 0,09%(50). Embora episódios de transmissão
ocupacional do HIV após exposições cutâneas tenham sido documentados(51), o risco
médio de transmissão não foi precisamente quantificado, mas é estimado como sendo
menor do que o risco de exposições de mucosas(52).
Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Profilaxia Antirretroviral
Pós-Exposição de Risco à Infecção pelo HIV
MS Brasília – DF Julho de 2015
Anexo: p_pcdt_pep_hiv_versão para divulgação23/07/2015

APRESENTAÇÃO
Este Protocolo tem como objetivo atualizar as recomendações do Departamento de
DST, AIDS, e Hepatites Virais (DDAHV)/Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)/ Ministério
da Saúde (MS) quanto ao emprego de antirretrovirais para a Profilaxia Pós-Exposição ao
HIV (PEP).
As recomendações para realização de PEP estarão submetidas à avaliação do risco da
situação de exposição e não mais subdividas pela categoria de exposição (acidente
ocupacional, violência sexual e sexual consentida). As novas recomendações buscam
simplificar as orientações da PEP de forma a ampliar o uso da profilaxia, principalmente, nos
atendimentos de emergências, por profissionais não especialistas.
No atendimento inicial após a exposição ao HIV, faz-se necessário que o profissional
avalie como e quando ocorreu a exposição, além de investigar a condição sorológica da
pessoa exposta e da pessoa fonte da infecção. Assim, a partir da avaliação desses critérios
objetivos será possível definir se há ou não indicação de início da profilaxia pós-exposição.
A indicação de PEP requer a avaliação do risco da exposição, o que inclui:
1. O tipo de material biológico envolvido;
2. O tipo de exposição;
3. O tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento;
4. A condição sorológica para o HIV da pessoa exposta e da pessoa fonte.
Recomenda-se a profilaxia em todos os casos de exposição com risco significativo de
transmissão do HIV. Existem casos, contudo, em que a PEP não está indicada, em função
do risco insignificante de transmissão e nos quais o risco de toxicidade dos medicamentos
supere o risco da transmissão do HIV.

1.1. Tipo de material biológico


Existem materiais biológicos sabidamente infectantes e envolvidos na transmissão do
HIV. Assim, a exposição a esses materiais constitui situações nas quais a PEP está
recomendada. Classificam-se os materiais em:
a) Materiais biológicos com risco de transmissão do HIV:
-Sangue e outros materiais contendo sangue;
- Sêmen;
- Fluidos vaginais;
- Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor
e líquido articular.
Os quatro primeiros são considerados materiais biológicos com alto risco para
transmissão do HIV. Já os enumerados no último ponto são considerados potencialmente
infectantes.
b) Materiais biológicos sem risco de transmissão do HIV:
-Suor;
- Lágrima;
- Fezes;
- Urina;
- Vômitos;
- Secreções nasais;
- Saliva (exceto em ambientes odontológicos).

Todavia, a presença de sangue nesses líquidos torna esses materiais


potencialmente infectantes, exposições nas quais o uso de PEP pode ser indicado.

1.2. Tipo de exposição


a) Exposição com risco de transmissão do HIV:
-Percutânea – Exemplos: lesões causadas por agulhas ou outros instrumentos
perfurantes e/ou cortantes.
-Membranas mucosas – Exemplos: exposição sexual; respingos em olhos, nariz e
boca.
-Cutâneas envolvendo pele não íntegra – Exemplos: presença de dermatites ou
feridas abertas.
-Mordeduras com presença de sangue – Nesse caso, os riscos devem ser
avaliados tanto para a pessoa que sofreu a lesão quanto para aquela que a provocou.

b) Exposição sem risco de transmissão do HIV:


- Cutâneas exclusivamente, em que a pele exposta encontra-se íntegra.
-Mordedura sem a presença de sangue.

1.3. Tempo transcorrido entre a exposição e o atendimento


O primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma emergência médica. A
PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível, idealmente nas primeiras 2
horas após a exposição, tendo como limite às 72 horas subsequentes à exposição.
Ressalta-se que pessoas que procurarem atendimento após 72 horas, apesar de
a PEP para HIV não estar mais indicada, devem sempre ser avaliadas quanto à
necessidade de acompanhamento clínico e laboratorial e de prevenção de outros
agravos.

1.4. Investigação diagnóstica para o HIV da pessoa exposta e da pessoa


fonte
A avaliação do status sorológico da pessoa exposta deve sempre ser realizada
em situações de exposições consideradas de risco. Além disso, o status da pessoa
fonte, sempre que possível, deve ser conhecido.
A PEP não está indicada quando a pessoa exposta já se encontra infectada pelo
HIV (infecção prévia à exposição) ou quando a infecção pelo HIV pode ser descartada
na pessoa fonte.
Primeiramente, deve-se realizar a investigação do diagnóstico para o HIV da
pessoa exposta:
-Se positivo: a PEP não está indicada. A infecção pelo HIV ocorreu antes da
exposição e a pessoa deve ser encaminhada para acompanhamento clínico e início da
terapia antirretroviral.
-Se negativo: avaliar o status da pessoa fonte quanto à infecção pelo HIV, quando
possível.
-Na impossibilidade de realização do diagnóstico imediato da infecção pelo HIV na
pessoa exposta: avaliar o status da pessoa fonte quanto à infecção pelo HIV, quando
possível.

Quanto ao status da pessoa fonte em relação à infecção pelo HIV:


-Se negativo: a PEP não está indicada*.
-Se desconhecido: em qualquer situação em que a infecção pelo HIV não possa ser
descartada na pessoa fonte, a PEP está indicada. Exemplos: pessoa fonte
desconhecida ou impossibilidade de realização do diagnóstico da infecção pelo HIV na
pessoa fonte (paciente transferido para outra instituição, alta hospitalar ou óbito,
violência sexual com autor desconhecido, parceria sexual com sorologia desconhecida)
ou testes rápidos discordantes.
-Se positivo: a PEP está indicada.

Os resultados da investigação diagnóstica devem ser sempre comunicados à


pessoa que foi testada. Caso seja feito o diagnóstico da infecção pelo HIV na pessoa
fonte, esta deverá ser encaminhada para seguimento clínico.
É direito de a pessoa recusar a PEP ou outros procedimentos indicados após a
exposição (por exemplo, coleta de exames sorológicos e laboratoriais). Nesses casos,
sugere-se o registro em prontuário, documentando a recusa e explicitando que no
atendimento foram fornecidas as informações sobre os riscos da exposição, assim como
a relação entre o risco e o benefício das intervenções.
Ressalta-se que, mesmo que a pessoa chegue ao serviço depois de 72h da
exposição, recomenda-se a investigação inicial do status sorológico e o
acompanhamento sorológico pós-exposição, caso o status da fonte seja positivo ou
desconhecido.

2. Esquema antirretroviral para PEP


2.4. Adesão à PEP
A adesão das pessoas no sentido de completar os 28 dias de uso dos
antirretrovirais é essencial para a maior efetividade da profilaxia. Todavia, os estudos
publicados mostram baixas proporções de pessoas que completaram o curso completo
de PEP. As taxas de abandono são especialmente altas entre adolescentes e também
entre aqueles que sofreram violência sexual.
Considerando que a adesão ao esquema antirretroviral é fundamental para a
eficácia da profilaxia, seus objetivos devem ser entendidos pela pessoa exposta, que
deve ser orientada a observar rigorosamente as doses, os intervalos de uso e a duração
da profilaxia antirretroviral.

3. Outras medidas no atendimento à pessoa exposta


3.1. Cuidados com a área exposta
Nos casos de exposições percutânea e cutânea, recomendam-se, como primeira
conduta após a exposição à material biológico, os cuidados imediatos com a área
atingida. Essas medidas incluem a lavagem exaustiva do local exposto com água e
sabão. O uso de soluções antissépticas degermantes pode ser utilizado.
Nas exposições envolvendo mucosas (olhos, boca e nariz), deve-se lavá-las
exaustivamente apenas com água ou com solução salina fisiológica.
Estão contraindicados procedimentos que aumentam a área exposta (cortes,
injeções locais) e a utilização de soluções irritantes, como éter, hipoclorito ou
glutaraldeído.

3.2. Anticoncepção de emergência


A anticoncepção de emergência deve ser considerada em todas as mulheres em
idade fértil após exposição sexual ao HIV, caso não exista desejo de engravidar.

3.3. Profilaxia das infecções sexualmente transmissíveis (IST)


A prevalência das IST em situações de violência sexual é elevada, sendo que uma
parcela significativa das infecções genitais decorrentes de violência sexual – como
gonorreia, sífilis, infecção por clamídia e tricomoníase – pode ser evitada com o uso de
medicamentos de reconhecida eficácia.

3.4. Imunização para tétano


As pessoas que tenham sofrido mordeduras, lesões ou cortes devem ser avaliadas
quanto à necessidade de imunização para tétano.

4. Acompanhamento clínico-laboratorial
O acompanhamento clínico-laboratorial da pessoa exposta em uso de PEP deve
levar em consideração:
- A toxicidade dos antirretrovirais;
- O diagnóstico de infecção aguda pelo HIV;
-A avaliação laboratorial, incluindo testagem para o HIV em 30 e 90 dias após a
exposição;
-A manutenção de medidas de prevenção da infecção pelo HIV.

4.1. Avaliação da toxicidade dos antirretrovirais


As pessoas expostas que iniciam a PEP devem ser orientadas a procurar
atendimento caso surjam quaisquer sintomas ou sinais clínicos que possam sugerir
toxicidade medicamentosa.
Mais de 50% dos expostos apresentam efeitos adversos à profilaxia antirretroviral.
Os sintomas em geral são inespecíficos, leves e autolimitados, tais como efeitos
gastrointestinais, cefaléia e fadiga; as alterações laboratoriais são geralmente discretas,
transitórias e pouco freqüentes.
Todavia, efeitos adversos mais graves já foram relatados, como nefrolitíase
complicada por sepse urinária, rabdomiólise, pancitopenia, síndrome de Stevens-
Johnson e hepatite medicamentosa. Recomenda-se a reavaliação da pessoa exposta na
primeira semana após a profilaxia, com o objetivo de identificar esses possíveis efeitos
adversos e reforçar a necessidade de adesão para que a profilaxia seja tolerada até o
final da quarta semana.
Na presença de intolerância medicamentosa, a pessoa exposta deve ser reavaliada
para adequação do esquema terapêutico. Na maioria das vezes, não é necessária a
interrupção da profilaxia, bastando à utilização de medicações sintomáticas (antieméticos
ou antidiarreicos, por exemplo). Nessa reavaliação, esquemas alternativos de
antirretrovirais podem, eventualmente, ser necessários e deverão ser discutidos na
tentativa de manutenção da PEP durante os 28 dias. Recomenda-se investigar a
presença de outros agravos e verificar o uso de medicações rotineiras concomitantes,
procedendo-se à reavaliação criteriosa dos esquemas prescritos para adequações, caso
necessário.
É freqüente a ocorrência de sintomas psíquicos e emocionais entre pessoas
expostas ao HIV, como desespero, dificuldade de concentração, diminuição da atenção e
irritabilidade, entre outros elementos cognitivos e afetivos, podendo-se desenvolver até
quadros mais graves de transtorno de estresse pós-traumático. Portanto, é essencial o
suporte psicossocial.
Muitos sintomas relacionados aos efeitos adversos da PEP podem ainda ser
confundidos com os da síndrome de infecção aguda pelo HIV. Após a transmissão do
HIV, algumas pessoas podem apresentar quadro clínico semelhante à síndrome de
mononucleose infecciosa, geralmente na terceira e quarta semana após a exposição,
incluindo febre, linfadenopatias, faringite, exantema, ulcerações mucocutâneas, mialgias,
artralgias, fadiga e hepatoesplenomegalia.

4.4. Prevenção da infecção pelo HIV durante o uso de PEP


Durante o acompanhamento, a pessoa exposta deve ser orientada a manter
medidas de prevenção à infecção pelo HIV, como o uso de preservativos em todas as
relações sexuais, o não compartilhamento de seringas e agulhas nos casos de uso de
drogas injetáveis, além do respeito à contraindicação da doação de sangue, órgãos,
tecidos ou esperma e à importância de se evitar a gravidez.

NR -32
NR 32 = Norma do Ministério do Trabalho de 16 de novembro de 2005, que cuida
da Saúde dos profissionais da área de saúde.
Anexo: nr32 resumo.pdf

No Brasil e no mundo, essa é a primeira norma criada para estabelecer diretrizes


básicas para a implementação das medidas de proteção à segurança e à saúde dos
trabalhadores na área da saúde.
Em todo o mundo, os acidentes e doenças do trabalho matam, por ano, cerca de 2
milhões de trabalhadores, estima a OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Em um total de 458.956 acidentes notificados, 30.161 correspondiam ao setor de saúde
(2004), sendo que houve um aumento de acidentes de mais de 30% em relação a 2003,
com 23.108 notificações.
A saúde ocupa o 1º lugar no ranking de registros de acidentes (MPS), mesmo com
a ineficiência dos processos de notificação. (principalmente no tocante aos acidentes
com riscos-biológicos).
O Brasil agrega cerca de 2,5 milhões de profissionais da área de saúde.
O cumprimento à legislação vigente e a necessidade de conscientização ambiental
preventiva frente aos profissionais da saúde é fundamental para a sustentabilidade da
saúde.

Sobre a NR32
A NR 32 tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a
implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos
serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e
assistência à saúde em geral.
Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as ações
de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em qualquer nível
de complexidade.

Lei nº 12.015, de 07 de Agosto de 2009


Anexo: lei 12015 crime sexual

Altera o Título VI da Parte Especial do Decreto-Lei nº 2.848,


de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, e o art. 1º da Lei nº
8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes
hediondos, nos termos do inciso XLIII do art. 5º da
Constituição Federal e revoga a Lei nº 2.252, de 1º de julho de
1954, que trata de corrupção de menores.
"TÍTULO VI
DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL

CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
Estupro
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter
conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato
libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a
vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos."

"CAPÍTULO II
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a lascívia de
outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.
Parágrafo único. (VETADO)."
"Estupro de vulnerável

Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de
14 (catorze) anos:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
§1º Incorre na mesma pena quem pratica as ações descritas no caput
com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
§2º(VETADO)
§ 3º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave: Pena -
reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos.
§ 4º Se da conduta resulta morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos."
"Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente

Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ou


induzi-lo a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de
satisfazer lascívia própria ou de outrem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos."
"Favorecimento da prostituição ou outra forma de exploração sexual de
vulnerável

Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de


exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade
ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do
ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.
DECRETO Nº 7.958, DE 13 DE MARÇO DE 2013
Anexo: decreto 7958-2013.docx
Estabelece diretrizes para o
atendimento às vítimas de violência
sexual pelos profissionais de segurança
pública e da rede de atendimento do
Sistema Único de Saúde.

Art. 1o Este Decreto estabelece diretrizes para o atendimento


humanizado às vítimas de violência sexual pelos profissionais da área de
segurança pública e da rede de atendimento do Sistema Único de Saúde -
SUS, e as competências do Ministério da Justiça e do Ministério da Saúde para
sua implementação.

Art. 4o O atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais


da rede do SUS compreenderá os seguintes procedimentos:
I - acolhimento, anamnese e realização de exames clínicos e
laboratoriais;
II - preenchimento de prontuário com as seguintes informações:
a) data e hora do atendimento;
b) história clínica detalhada, com dados sobre a violência sofrida;
c) exame físico completo, inclusive o exame ginecológico, se for
necessário;
d) descrição minuciosa das lesões, com indicação da temporalidade e
localização específica;
e) descrição minuciosa de vestígios e de outros achados no exame; e
f) identificação dos profissionais que atenderam a vítima;

ECA - 1990
Anexo: ECA ATUALIZADO.pdf

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra


criança ou adolescente serão obrigatoriamente comunicados ao Conselho
Tutelar da respectiva localidade, sem prejuízo de outras providências legais.

Capítulo II
DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável por estabelecimento de
atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar
à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo
suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro
em caso de reincidência.

Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem autorização devida, por qualquer
meio de comunicação, nome, ato ou documento de procedimento policial,
administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescente a que se atribua ato
infracional:
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o dobro
em caso de reincidência.
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou parcialmente, fotografia
de criança ou adolescente envolvido em ato infracional, ou qualquer ilustração
que lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atribuídos, de forma a
permitir sua identificação, direta ou indiretamente.
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou emissora de rádio
ou televisão, além da pena prevista neste artigo, a autoridade judiciária poderá
determinar a apreensão da publicação.

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