Você está na página 1de 79

Manual de edição 1.

1
Manual
de edição
1.0

2 3
Fundamentos

Principais etapas
7
Tarefas do preparador
8
Tarefas do revisor
15

Padronização
18 Estilos
itálico, versalete, aspas, maiúsculas e minúsculas

28 Elementos extratextuais
falso rosto, folha de rosto, sumário, dedicatória, epígrafe,
legendas, notas, textos complementares, referências bibliográficas,
índice, créditos, página de créditos e ficha catalográfica, lista de
títulos da coleção, colofon

Texto principal
77
citações, abreviaturas, numerais, nomes próprios, diálogos e falas,
obras de arte, filmes

Ferramentas de trabalho

O uso do Word
124
Configurações, barra de ferramentas, macro de limpeza,
comandos, atalhos, opções avançadas, índice onomástico

137
Guia de marcas de revisão
142
Bibliografia e sites de referência
146
Etiqueta tipográfica
152
Abreviaturas

4
Principais etapas

Preparação

• Estilo
• Padronização editorial
• Antecipação de problemas
• Correção

Primeira prova

Fundamentos • Verificação e uniformização dos critérios


estabelecidos pela preparação
• Eliminação dos problemas residuais
de estilo e padronização
• Correção

Segunda prova

• Batida de emendas
• Problemas tipográficos e gralhas
• Correção
• Leitura de orelha e 4a. capa
• Índice onomástico/ remissivo

6 7
antes da leitura

Tarefas do preparador Antes da leitura

Corrigir e padronizar o texto, zelando pelo estilo e pela clareza, 1 Certifique-se de que recebeu o arquivo correto e a edição original
resolvendo problemas de tradução e de edição, de modo que o recomendada. O livro deve estar completo, reunido num único
texto preparado e todos os elementos do livro estejam conforme arquivo, com exceção das legendas.
este manual. O arquivo de Word preparado deve prefigurar o livro
pronto em todos os detalhes (padronização, hierarquia e 2 Verifique se a editora executou a macro de limpeza de arquivo, sem
qualidade do texto). controlar alterações, para eliminar espaços duplos, substituir os
Esta etapa da edição deve ser feita em diferentes leituras, travessões e corrigir outras sujeiras tipográficas. Jamais faça
para trabalhar o texto em camadas e da maneira mais isso durante a leitura.
aprofundada possível, de modo que os revisores de prova se
ocupem sobretudo de pastéis, gralhas e questões tipográficas. 3 Verifique se a editora executou a macro do Novo Acordo
O preparador tem como interlocutor direto o editor; seus Ortográfico, sem controlar alterações. Fique atento para
interlocutores indiretos são o autor e o tradutor. possíveis alterações em nomes próprios e palavras
Um relatório deve ser enviado ao editor no final do trabalho. estrangeiras.
A seguir estão listados alguns pontos fundamentais.
Aprenda a usar atalhos do Word para agilizar
o trabalho.

4 Configure o seu computador conforme as instruções deste


manual; ver item “O uso do Word”.

5 Defina a hierarquia e padronize, antes da leitura e um de cada vez,


os elementos extratextuais (títulos, intertítulos, epígrafes,
créditos de textos, legendas, tabelas etc.); em sucessivas
buscas automáticas, percorra o arquivo de cabo a rabo, para se
familiarizar com a estrutura do livro e reconhecer de maneira
panorâmica a hierarquia, as subdivisões, tipo de linguagem,
volume de notas e citações etc.

6 Monte ou corrija o sumário.

8 9
durante a leitura

7 Antes de começar a ler, elimine todos os problemas de Durante a leitura


formatação, sem marcas de alteração, para que a sua atenção
durante a leitura esteja concentrada exclusivamente no texto. 1 Divida o trabalho em duas etapas para torná-lo mais rápido e
prazeroso. Na primeira leitura, mais lenta, faça checagens
O arquivo preparado não deve ter marcas de alteração minuciosas, recorrendo a buscas automáticas para uniformizar
de formatação como entrelinha, defesa de parágrafo, os critérios; na segunda leitura, priorize a beleza e o estilo e
fonte, corpo, espaço duplo, idioma etc. Apenas verifique a consistência da padronização feita na etapa anterior.
correções e estilos devem permanecer com marcas.
2 Complete a batida de parágrafos inicial conferindo os períodos no
8 Bata os parágrafos com o original e informe ao editor os saltos interior de cada parágrafo; os saltos devem ser informados em
encontrados. comentário, com indicação da página do original. Não traduza,
exceto trechos muito curtos, sempre sinalizando em comentário.
9 Aponte de antemão questões específicas (necessidade
de revisor técnico, orientações especiais, necessidade de 3 Utilize quebras de página ou de seção para abrir página.
suprimir ou incluir notas, omissões deste manual, livros Jamais pule linhas em branco para fazer surgir uma quebra
de referência específicos, problemas graves etc.). de página. A quebra de seção é utilizada para
que a numeração de notas reinicie a cada capítulo.
10 Cheque nomes próprios e padronize-os em todo o texto, com
buscas automáticas. Se houver correção sistemática ao longo
do livro, não utilize marcas de alteração. Utilize o banco de
nomes da editora.

11 Em livros com bibliografia, pesquise e complemente (entre


colchetes) as datas originais e as edições brasileiras das
obras citadas.

12 Em livros de referência, pesquise as datas de nascimento e morte


dos personagens históricos citados, para incluí-las entre
colchetes na primeira ocorrência.

10 11
durante a leitura

Quebras de página [  Ctrl  +  Enter  ] ou quebra de seção 8 Procure observar o registro do autor (vocabulário, sintaxe,
[ Inserir/ Quebra/ Tipos de quebra de seção/ Próxima página ] pontuação etc.). Antes de condenar determinada construção,
grafia ou uso, considere obras de grandes autores brasileiros
da mesma época, usando ferramentas como o GBooks.

9 Comente o texto e interrogue o autor/ tradutor de maneira
concisa e objetiva, porém minuciosa; não é necessário
justificar emenda por emenda. As emendas devem ser claras
e autoexplicativas.

10 Evite comentários vagos, imprecisos ou sem embasamento, do


4 Não duplique o arquivo em diferentes versões, nem mantenha um tipo “acho que”, “parece que”, “pode parecer que” etc.
arquivo paralelo para dúvidas ou checagem. Todas as
observações devem estar concentradas num único arquivo, em 11 O preparador deve fornecer informações e soluções
comentários. concretas para que o editor tome uma decisão.

5 Consulte pelo menos os três dicionários recomendados pela 12 Esteja atento à linguagem usada nos comentários e
editora: Caldas Aulete, Houaiss e Aurélio, além do Volp e na comunicação com a editora; tenha em mente que seus
outros livros de referência. Se for o caso, peça à editora comentários poderão ser encaminhados ao autor, tradutor,
dicionários específicos. Quando necessário, copie trechos de organizador etc.
verbetes nos comentários, para justificar uma troca de
palavra ou uma nuance de significado; privilegie obras de 13 Inclua nos comentários a numeração de página do trecho original
referência impressas e consagradas. Use fontes na internet, que está comentando, para facilitar a localização.
especialmente o Google e a Wikipedia, com extremo critério.
14 Elimine os recados deixados pelo autor ou tradutor no corpo do
6 No primeiro comentário, mencione quais foram os principais livros texto; se não puder resolvê-los, passe-os para comentários,
de referência utilizados. inseridos com a ferramenta do Word.

7 Evite jargão de gramática e tom professoral nos comentários; 15 Não faça diretamente no texto emendas que alterem o sentido e
o autor ou o tradutor não têm a obrigação de saber o que é que não tenham respaldo no original. Se a emenda altera o
um “objeto direto preposicionado” ou uma “oração sentido e foi feita diretamente no texto, sem comentários,
subordinada adjetiva explicativa reduzida de gerúndio”. parte-se do pressuposto de que ela tem respaldo no original.

12 13
tarefas do revisor

veja o guia de
16 Exponha sua dificuldade em comentário em vez de dar soluções Tarefas do revisor marcas de revisão

improvisadas, mesmo que soem plausíveis.


Assim como na preparação de texto, a revisão de provas precisa
17 Não polua o arquivo com marcas de revisão inúteis. ser dividida em diferentes etapas. Um relatório final com dúvidas
Por exemplo: ao trocar apenas uma ou duas letras e pendências deve acompanhar a prova.
numa palavra, não delete e redigite a palavra inteira
(“as construções feitosfeitas”); faça apenas as alterações Antes da leitura
necessárias (“as construções feitaos”).
1 Cheque o sumário, corrigindo a numeração de páginas e
18 Ao encontrar um erro, faça buscas para verificar se ele se alterações no título dos textos. O sumário deve indicar a página
repete em outras passagens: muitas vezes o mesmo erro de abertura, onde consta o título. Se houver textos faltantes,
aparece mais de uma vez. marque-os no relatório.

19 Marque repetições com marca-texto verde, e sugira alterações 2 Confira, um por um e de uma só vez, todos os títulos de capítulo; os
quando for pertinente. intertítulos; as páginas de abertura de parte; as epígrafes; os
cabeços; os números de páginas; as legendas etc., – todos
os elementos do livro que não pertencem ao texto principal.

3 Faça uma checagem em conjunto das notas de rodapé ou de fim,


atentando para a numeração (que deve reiniciar a cada capítulo),
para o padrão de asteriscos ou números; para a identificação do
autor das notas – [n. t.], [n. e.] etc.

Ao anotar em provas, observe com rigor a linguagem de


revisão e a etiqueta tipográfica, ver “Ferramentas de
trabalho”

4 Em segunda ou terceira prova, faça a batida de emendas da prova


anterior antes da leitura: um número significativo de erros decorre
de emendas malfeitas e não conferidas. Marque, na prova anterior,
as emendas feitas corretamente com um “tick”; as emendas não
feitas ou truncadas devem ser marcadas com um X na prova
anterior e corrigidas na nova prova.

14 15
Durante a leitura

1 Ao conferir cada emenda, leia a frase na íntegra.

2 Obedeça o seguinte código de cores: 1


vermelho: emendas da prova anterior
azul: suas emendas
lápis: sugestões mais livres, comentários e observações

3 Emendas a lápis não serão compostas, exceto se validadas a caneta. 2

Padronização
4 O lápis pode ser usado para justificar ou comentar uma emenda feita
a caneta.

Capriche na caligrafia: o designer não tem a obrigação de saber


que o seu 7 parece um 4. Diferencie claramente minúsculas de
maiúsculas: as emendas serão feitas tal e qual você anotou,
mesmo que pareçam erradas.
Não deixe rasuras.

5 Use marca-texto para realçar repetições, termos a serem checados,


construções abstrusas etc., sugerindo soluções a lápis. Marque
também as chamadas de notas. 3

6 Adote um código de cores de marca-texto para emendas recorrentes no


mesmo trecho (por exemplo, trocar aspas redondo por itálico cAb). 4

7 Ao fazer remissões ao original, à prova anterior ou à própria prova,


sempre inclua a lápis o número de página e/ ou a palavra
correspondente, para facilitar a localização.

Se avaliar que o estilo do texto ainda precisa ser trabalhado,


consulte a editora antes de começar.

16 17
itálico

1 Itálico
O itálico é utilizado para dar destaque aos seguintes elementos
do texto:

Estilos 1.1 Títulos de livros, periódicos, filmes, peças e


obras de arte

1 Itálico Se o título contiver uma palavra que normalmente seria


padronizada em itálico, o destaque deverá ser transposto para
2 Versalete
aspas, ou então simplesmente retirado, de modo que o itálico seja
3 Aspas
empregado exclusivamente para demarcar o título em questão.
4 Maiúsculas e minúsculas Assim, escreveremos

Viena fin-de-siècle
e não Viena fin-de-siècle;

1.2 Palavras estrangeiras

Identificar o universo de palavras estrangeiras que devem


efetivamente ser destacadas em itálico: num livro de design, não
faz sentido pôr em itálico palavras como design, layout, site etc.

* Palavras estrangeiras dicionarizadas devem entrar em


redondo, mesmo que os dicionários grafem em itálico

Lingerie, rock’n’roll, site, office-boy etc.;

Estabelecer um universo de palavras específico do campo


do conhecimento do livro, para que não sejam destacadas
em itálico. A avaliação geral do uso de itálicos poderá ser feita

18 19
estilos iitálico

pelo preparador, antes da leitura, e a padronização, por O Panchito era anão e fumava Pall Mall.
busca automática. [Só para fumantes]

1.2.1 Checagem das palavras estrangeiras


Padronizadas em itálico ou em redondo, todas as palavras 1.3 Expressões latinas
estrangeiras do livro devem ser checadas pelo preparador em Mesmo que muito usuais, devem ser grafadas em itálico, exceto
bons dicionários do idioma original. O Volp contém, na edição em abreviaturas bibliográficas.
papel, uma lista de palavras estrangeiras comuns em português.
Línguas que exigem transliteração, como árabe, russo, japonês, 1.4 Ênfase estilística
chinês, tupi etc., devem passar pela checagem de um especialista. Muitos escritores adotam o itálico para sublinhar expressões e
palavras importantes.
1.2.2 Palavras estrangeiras e aportuguesamento
De maneira geral devem ser aportuguesadas formas como whisky, De qualquer modo, não sendo mais comunicável de modo positivo
surf, garçon: uísque, surfe, garçom. No entanto, é preciso avaliar a nem socialmente reconhecível, o bem subsiste como algo que só o
conveniência em adotar uma forma aportuguesada para palavras indivíduo pode, diante de si mesmo, conceber e perseguir.
tradicionalmente grafadas em língua estrangeira: formas como [Da poesia à prosa]

“cupão”, “delicatéssen”, “garção”, “motobói”, todas registradas por


bons dicionários, devem ser evitadas em favor de grafias menos
lusitanizantes (cupom, delicatessen, garçom e motoboy). Em tradução, sobretudo do inglês, para ter o mesmo efeito a
É preciso verificar a grafia mais usada, consultando pelo menos ênfase muitas vezes acaba recaindo em outra palavra, diferente
três dicionários: p. ex., o Houaiss não registra “delicatessen”, do original.
apenas “delicatéssen” e “delikatessen”; a forma mais usual,
“delicatessen”, está registrada apenas pelo Caldas Aulete.
Em autores brasileiros clássicos, como Manuel Bandeira, o uso
de palavras estrangeiras que atualmente têm equivalente em
português (como flirt, football, chauffeur) deve ser mantido, pois
tem sabor característico e/ou contém informação histórica
relevante. Na dúvida, consulte o editor e/ou organizador
da edição.

* Os nomes próprios estrangeiros devem seguir a


padronização para nomes próprios (redondo, cAb). Não
devem, portanto, ser destacados em itálico.

20 21
estilos versalete

1.5 Nomes de embarcação, nave ou aeronave


Vão em itálico os nomes de naves, embarcações, aviões etc.: como fazer
Clique duas vezes na palavra a ser formatada; use o atalho
Titanic, Apollo 11, 14 Bis. [Shift+F3] para alternar a palavra para letra minúscula e, em
seguida [Ctrl+Shift+K].

Não confundir o nome com marca ou modelo (que devem ser


mantidos em redondo):
2.1 Números romanos

O Air Force One é um Boeing 737 i, ii, v, xx, cv, mxmiii.


Francisco i; século xvii

1.6 Créditos e datação de textos


Para diferenciar do corpo de texto, o itálico pode ser usado na 2.2 Palavras, siglas e abreviaturas
assinatura, créditos de tradução e na identificação de data e local: Siglas de três letras como mec, mam, cbn devem ir em versalete.
As siglas de quatro letras lidas separadamente como ibge, também
Buenos Aires, 2 de novembro de 1940 vão em versalete. Já as lidas como palavras devem ir em cAb:
Funarte, Sesc, Fifa, Masp, Moma, Cobra, Fapesp, Cebrap, Edusp.
[A invenção de Morel]

1.7 Dedicatórias e epígrafes já!, hms, onu, cpi.


Embora a padronização de dedicatórias e epígrafes possa variar
conforme o projeto gráfico e as coleções, o preparador deverá
padronizá-las sempre em itálico. * Não se usa versalete para uma única letra.

Cromossomo Y. Raios X.
“O assassino havia deixado um A sangrento na parede.”
2 Versalete
Versaletes são letras em maiúscula, em redondo, com altura
de minúscula. 2.3 Trechos no corpo do texto grafados
exclusivamente em maiúsculas.
Ele abriu o jornal e leu uma manchete chocante: “fidel castro
morreu”. Logo abaixo “Fulgêncio Batista é o novo presidente”.

22 23
estilos maiúsculas e minúsculas

* Palavras e trechos em itálico não vão em versalete.

O jornal oesp criticou a onu.


“‘Pode voltar quando quiser’, foi o que ele disse quando eu
estava saindo.”

[Ironweed]

2.4 Fonte sem versalete


Em textos com fonte cuja família não tem versalete, prefere-se o
uso de maiúsculas
* Usam-se aspas e itálico apenas em citações em
língua estrangeira.

4 maiúsculas e minÚsculas
xxix Bienal Internacional de Arte de São Paulo Há grande variedade de critérios adotados por autores, editores,
manuais e livros de referência no que diz respeito ao uso
E não das maiúsculas. No dicionário Houaiss, por exemplo, diversos
verbetes (como “estado”, “carnaval”, “renascença”) trazem a
xxix Bienal Internacional de Arte de São Paulo indicação: “Obs.: inicial maiúsc.” ou “obs.: inicial por vezes maiúsc.”,
ou “Obs.: inicial freq. maiúsc.”. Nesses casos, o preparador deve
ponderar, se necessário junto ao editor, sobre a conveniência de
3 Aspas seguir à risca o padrão do Houaiss, ou algum uso idiossincrático
Usam-se aspas para: do autor (“igreja” em cb, por exemplo). Para todos os efeitos,
- Título de artigo, poema, seção, que faça parte de um todo; valem os padrões listados abaixo, exceto orientação em contrário.
- Citação de livro, poema etc. quando no corpo do texto, não
importa o tamanho (uma palavra, três frases…); Notação em provas:
- Sugerir mudança de significado, trocadilho, expressão, cb – caixa baixa
neologismo; cA – caixa Alta;
cAb – caixa Alta e baixa

* Na padronização de aspas, atenção aos critérios sobre


pontuação e letras maiúsculas. Evitar aspas inúteis, por
exemplo em gírias já incorporadas; aspas mal empregadas
4.1 Palavras compostas
Nas palavras compostas por hífen, a primeira letra de cada
podem conferir sentido irônico não desejado. palavra que a compõe deve ser maiúscula: “a Pré-História”,
“o Navio-Fantasma” etc.
Usar sempre “aspas normais”, curvadas, em vez de “aspas
inglesas”, retas. O mesmo vale para apóstrofo e aspas simples. 4.2 Conectivos, artigos e preposições
Quando for preciso usar aspas dentro de uma citação que está Neste manual, quando se fala em padronizar um texto em cAb
entre aspas, a citação interna irá entre aspas simples: presume-se que os conectivos, artigos e preposições sejam
mantidos em cb:

24 25
padronização maiúsculas e minúsculas

Cabeza de Vaca No entanto, quando se trata de uma data comemorativa, como o 11


de Setembro (atentado às torres) ou Maio de 68, o mês deve ficar
4.3 Em citações em cAb.
Em princípio não deve ser alterada a padronização das maiúsculas
em textos citados, mesmo que às vezes isso implique diferença 4.7 Ênfase estilística
em relação ao padrão adotado no livro. A cAb é utilizada como recurso de ênfase por ficcionistas e
Na dúvida, consulte o editor. poetas, para obter efeito solene, irônico, simbólico etc., ou na
filosofia, para marcar conceitos-chave:
4.4 Por contaminação de outros idiomas
Os usos específicos das maiúsculas em outros idiomas podem, O Belo é, de fato, nada mais que belo? E o Feio é pura e
por contaminação, passar para o texto traduzido; simplesmente feio?
[Da poesia à prosa]

* O preparador deverá observar a incidência desse erro


para corrigi-lo.
4.8 Etnias, tribos
Para designar etnias e povos indígenas, use sempre em cAb,
Inglês: o nome dos meses e dos dias da semana, bem como a
nacionalidade das pessoas são escritos em cAb: no singular; como adjetivo, em cb: Ver “Nomes próprios”
“A Brazilian student”, “January”
Alemão: todos os substantivos começam com maiúsculas. 4.9 Termos geográficos e astronômicos
Vão em cAb quando designam lugar, região, ou corpo celeste
específico, e em cb quando não constituem nome próprio.
4.5 Em citações entre aspas Ver “Nomes próprios”
As citações entre aspas precedidas por dois pontos começam
obrigatoriamente em cAb: 4.10 Termos religiosos, governamentais,
institucionais, militares e históricos
A primeira violência se fez ao seu pudor: “Todos nós estávamos nus, Ver “Nomes próprios”
as portas abertas, e eu tive muito pudor”.
4.11 Disciplinas e campos do conhecimento
Ver “Nomes próprios”
4.6 Datas
Meses do ano são sempre em cb: 4.12 Estilos, escolas e movimentos artísticos
Ver “Obras de arte”
4 de janeiro

26 27
Elementos Tanto o revisor como o preparador devem checar os elementos
extratextuais antes de começar a leitura, um de cada vez: primeiro,

extratextuais todos os títulos de capítulo; todos os intertítulos; todas as legendas e


assim sucessivamente.
Isso pode ser feito com buscas no Word, procurando
determinados formatos (por exemplo, negrito, fonte, corpo etc.)
1 Falso rosto
ou quebras de página e seção [ na busca do Word, ^m e ^b ].
2 Folha de rosto A padronização inicial também serve para a confecção do
3 Sumário sumário (tarefa do preparador) e batida do sumário (tarefa dos
4 Dedicatória revisores). E é importante para que o preparador e o revisor
tenham a estrutura do livro em mente antes mesmo de começar
5 Epígrafe
a leitura.
6 Legendas Partindo do princípio que o corpo de texto deve estar
7 Notas formatado em Times New Roman, corpo 12, os elementos
8 Textos complementares extratextuais deverão ser padronizados em relação a ele:
títulos de capítulo em corpo 14, negrito cA na primeira palavra;
9 Referências bibliográficas
subtítulos em corpo 12, negrito cA na primeira palavra;
10 Índice dedicatórias notas e créditos, em corpo 10; epígrafes em corpo 9.
11 Créditos
12 Página de créditos e ficha catalográfica
13 Lista de títulos da coleção
* Observações gerais
• Em legendas, créditos e notas pode-se adotar abreviaturas e
outros recursos para economizar espaço.
14 Colofon • Sugerimos o recurso de estilos do Word para unificar os
elementos extratextuais antes da leitura. Peça à editora
os modelos de estilos.

28 29
elementos extratextuais sumário

JANE LA DE
1 Falso rosto
A
Tradução manuel bandeira
Entra apenas o título do livro.
O arquivo preparado já deve conter o falso rosto. Tradução
ESQUINA
Fábio de Souza Andrade

Herman Melville
Fotografias
Vicente de Mello
DO MEU PRIMO
Billy Budd Billy Budd

Ilustrações Guazelli

Prefácio
Bernardo Carvalho
TRADUÇÃO MARIA APARECIDA BARBOSA
Ensaio ILUSTRAÇÕES DANIEL BUENO POSFÁCIO MARCUS MAZZARI
Cesare Pavese

Tradução
Alexandre Hubner
[A janela de esquina do meu primo]
2 .a edição, revista

3 Sumário
Deve oferecer uma visão do conteúdo e da hierarquia do livro.
[Falso rosto] [Folha de rosto]
mioloBILLY-1indd.indd 1 12/16/09 6:30 PM mioloBILLY-1indd.indd 2 12/16/09 6:30 PM mioloBILLY-1indd.indd 3 12/16/09 6:30 PM

Nenhuma parte pode ficar de fora ou ser incluída de maneira vaga


ou genérica. Num livro com apêndice, por exemplo, os diferentes
elementos que fazem parte dele devem constar do sumário:
2 Folha de rosto
Entram o nome do autor, título, subtítulo e, na ordem estabelecida
1
pelo editor: os créditos de tradução, ilustração, organização, texto 41 A escultura surrealista de Maria Martins: 1940­50

introdutório, outros textos, e imagens, além do logotipo da editora. francis m. naumann

103 Criaturas híbridas


Observe a padronização da coleção quanto a itálicos, negritos etc. dawn ades

No crédito de tradução, organização e fotografias, a partícula 125 Tecendo nexos

“de” deve ser preferencialmente eliminada, adotando-se josé resende

245 Escritos de Maria Martins: 1958­65


diferenciação tipográfica ou quebra de linha para separar o nome: veronica stigger

tradução Maria Aparecida Barbosa 2


12 Cronologia
ilustrações Daniel Bueno 12 Bibliografia

12 Agradecimentos

12 Sobre os autores

[Maria]

30 31

• maria_miolo-edit edit.indd 9 3/17/10 6:22 PM


elementos extratextuais dedicatória

O sumário deve ser elaborado pelo preparador, que antes da Em uma obra de ficção, os títulos dos capítulos podem não figurar
leitura deve conferi-lo com as aberturas de cada capítulo. no sumário; consulte o editor.
Ao final da leitura, deve ser feita nova batida. Os revisores
de primeira e segunda prova devem atualizar a numeração das
páginas. O número de página no sumário deve corresponder
O objeto do desejo por Bernardo Carvalho, 7
à página de abertura, onde consta o título.
billy budd, 13
A palavra “sumário” não deve constar na página.
Apêndice
O baleeiro literário por Cesare Pavese, 141
Em livros de não-ficção, serão incluídos no sumário o título de
Sugestões de leitura, 153
cada parte e capítulo, com seus respectivos números.

9 Agradecimentos [Billy Budd]


11 Prefácio
15 Introdução

O sumário deve ser econômico e por isso normalmente não inclui


89 capítulo 1 Pós-modernismo: as respostas da arquitetura à crise do modernismo
intertítulos e outros subitens. Para não poluir um sumário “limpo”
91 Complexidade e contradição em arquitetura: trechos selecionados
de um livro em preparação (1966) robert venturi – por exemplo, o de um romance – o título completo de prefácios
95 O pós-funcionalismo (1976) peter eisenman
101 Argumentos em favor da arquitetura figurativa (1982) michael graves ou posfácios pode ser omitido, entrando apenas a palavra
108 A pertinência da arquitetura clássica (1989) demetri porphyrios
115 Novos rumos da moderna arquitetura norte-americana: Pós-escrito “Prefácio”, “Prólogo” etc., e o nome do autor, quando ele não é o
no limiar do modernismo (1977) robert a. m. stern
autor do livro.
127 capítulo 2 Semiótica e estruturalismo: o problema da significação
mioloBILLY-1indd.indd 5 Para elaborar o sumário com agilidade, sugerimos o uso do12/16/09 6:30 PM

129 Semiótica e arquitetura: consumo ideológico ou trabalho teórico (1973) divisor de janelas do Word. O uso dos estilos e índice do Word
diana agrest e mario gandelsonas
141 Um guia pessoal descomplicado da teoria dos signos na arquitetura (1977) também é uma opção na confecção do sumário.
geoffrey broadbent

163 capítulo 3 Pós-estruturalismo e desconstrução: 4 Dedicatória


os temas da originalidade e da autoria
Padronize as dedicatórias em corpo 10, itálico, alinhadas à direita.
165 Uma arquitetura onde o desejo pode morar (1986) – Entrevista de jacques
derrida a eva meyer
172 Arquitetura e limites i (1980) bernard tschumi
177 Arquitetura e limites ii (1981) bernard tschumi A Paula de Parma
183 Arquitetura e limites iii (1981) bernard tschumi
188 Introdução: Notas para uma teoria da disjunção arquitetônica (1988)
bernard tschumi [Doutor Pasavento]
191 A arquitetura e o problema da figura retórica (1987) peter eisenman
199 Derrida e depois (1988) robert mugerauer

[Uma nova agenda para a arquitetura – antologia teórica (1965-1995)]

32 33
teorizando CAP 1 2 CORREÇÃO.indd 4 4/23/10 6:52 PM
elementos extratextuais epígrafe

Edição Cosac Naify:


5 Epígrafe
O preparador deve checar com rigor as epígrafes do livro, mas A glória ou o mérito de certos homens consiste em escrever bem;
não deve retirar seu caráter de citação livre, mais informal do que o de outros consiste em não escrever.
as demais citações incluídas no livro. Jean de la Bruyère

5.1 Epígrafes em prosa


As epígrafes em prosa devem ser padronizadas pelo preparador 5.2 Epígrafe em verso
de texto conforme o projeto do livro ou o padrão da coleção; ou As epígrafes em versos devem ser padronizadas levando em conta
então, na ausência destes, com a seguinte formatação: as quebras dos versos no original.

Texto em itálico, corpo 9, entrelinha simples, sem aspas. Texto em itálico, corpo 9, sem aspas, entrelinha simples, alinhado à
Crédito em redondo, alinhado à direita esquerda.
Crédito em redondo, alinhado à direita
Les yeux voient seulement ce que l’esprit
est preparé à comprendre. Kennst du das Land, wo die Citronen blühen,
Henri Bergson Im dunkeln Laub die Gold-Orangen glühen,
Kennst du es wohl? – Dahin, dahin!
Möcht ich… ziehn!

* As epígrafes em prosa não devem ter quebras forçadas.


Cuidado para não seguir as quebras da edição original, o
que daria ao texto em prosa a aparência de um poema.
Goethe

É importante também observar o alinhamento original dos versos:


Quebras da edição original: é um erro centralizar ou alinhar à direita versos que foram
originalmente escritos com alinhamento à esquerda.
La gloria o el mérito de cierto hombres Epígrafes de apenas uma linha, no entanto, devem ser
consiste en escribir bien; el de otros consiste alinhadas à direita:
en no escribir.
jean de la bruyère Oh! souvenirs! printemps! aurores!
V. Hugo

34 35
elementos extratextuais legendas

Em caso de textos já estabelecidos, mantenha a epígrafe 6 Legendas


rigorosamente igual à edição canônica, mesmo que ela abrevie o Conforme o projeto, as legendas de imagens podem ser
nome do autor, como no exemplo acima. meramente informativas/ descritivas ou podem ser analíticas.

5.3 Epígrafe e tradução


As epígrafes só devem ser traduzidas se na edição-base O chiclete também foi outro produto
a passar da manufatura para a
estiverem no mesmo idioma em que o livro foi escrito; se produção industrializada. Os barris
da goma “crua”, prestes a serem
estiverem em outro idioma, devem ser checadas numa boa edição transportados para as refinarias, são
coisa do passado. Hoje, as fábricas,

e mantidas na língua original, eventualmente com a tradução em automatizadas e modernas,


produzem chicletes de qualquer cor

nota de rodapé. Sarmiento, por exemplo, cita Shakespeare em e cada vez mais elásticos e
resistentes. Elas também embalam

francês, informação significativa: de maneira mais prática, permitindo


que os chicletes sejam encontrados
em máquinas nas estações de metrô.
A imagem abaixo mostra a primeira
delas em Nova York.
Que cherchez-vous? Si vous êtes jaloux de voir un
O general Santa Anna comparou a goma que tinha nas de mascar feita de cera de abelha. Voltou correndo para a loja
assemblage effrayant de maux et d’horreurs vous mãos, que em náuatle se chama de chictli, à resina de aroeira com a ideia de transformar o chictli em… chiclete.
que os gregos antigos e povos do Oriente Médio usavam para Então, Adams passou a vender a goma pura em pequenas
l’avez trouvé.
perfumar o hálito e limpar os dentes. Adams, que também tiras, adoçadas e de sabor produzido artificialmente, dentro
[Mil Folhas]
Shakespeare gostava de história, citou por seu lado os índios americanos de uma máquina dessas de colocar moedas que ele mesmo
que mascavam cera de abelha, tabaco e até resina de abeto, um inventou e instalou em 1888 nas plataformas de estações de
tipo de pinheiro. metrô nova-iorquinas. O slogan do chiclete sabor tutti-frutti
[Facundo] Conversaram durante muito tempo e, antes de se despe- era assim: “O chiclete número um de Nova York é Adams: ele
direm, Adams prometeu que iria pensar em algo. Santa Anna estala e estica”.
Se a epígrafe é citada no mesmo idioma em que o livro foi escrito, pediu a um amigo no México que entregasse um carregamen- Esse chiclete, porém, não fazia bola. Adams fez um sucesso
to de resina no endereço de Adams. Depois, o próprio Gene- danado com ele, mas foram seus concorrentes, anos depois, que
o preparador deverá checar se há uma boa edição brasileira do ral voltou ao México para ocupar-se de estratégias militares, conseguiram a proeza da bola. O problema é que a bola de chi-
como se tivesse se esquecido para sempre do que Adams e ele clete no começo do século xx grudava no
texto da epígrafe e substituí-la, conforme o procedimento habitual haviam combinado. rosto e só saía depois de esfregar terebin-
para citações, sem no entanto incluir nota de rodapé. Não se Adams achou que da resina poderia fazer pneus, mas tina, um produto químico tão forte que
depois de meses de tentativas concluiu tristemente que o chictli dá dor de barriga! A bola que não grudava
costuma dar crédito da edição ou da tradução de epígrafes. era muito mole para revestir rodas. Não demora, muito para veio um pouco antes da Segunda Guerra
que se lembrasse da primeira conversa que tiveram, sobre os Mundial, quando o chiclete se tornou um
Se a epígrafe não tem boa tradução brasileira, evite a povos antigos que mascavam resina. Isso aconteceu num dia passatempo entre os soldados americanos,
em que saiu para dar uma volta e entrou distraído numa far- que o mascavam para aliviar a tensão nos
triangulação: pesquise o texto original e procure um especialista. mácia. Ali viu uma menina comprando um pedaço de goma campos de batalha.
O crédito, no final do livro, pode ser redigido da seguinte maneira: [A África fantasma]

37
O trecho da Epístolas morais a Lucílio, de Sêneca As legendas devem seguir para o preparador num arquivo à parte,
(p. 91) foi traduzido por João Angelo Oliva Neto. para checagem com as informações do corpo de texto.
O preparador também deve ter, quando possível, acesso à
[Suicídios exemplares]
imagem para bater a legenda com o conteúdo da figura.
• milfolhas_miolo.indd 37 7/5/10 3:21 PM

36 37
elementos extratextuais legendas

O preparador deverá avaliar quais informações da legenda


eventualmente poderiam ir para a página de créditos das
ilustrações (por exemplo, incluir detalhes como dimensões só é útil
maria martins, Sûr doute
em livros de arte, design e arquitetura). Ver “Créditos”. [Dúvida certa], 1947, bronze, 42,5 ×
42,5 × 5 cm, col. Flávio Shiró, paris.
Em legendas é recomendável recorrer a abreviaturas e formas
sintéticas que são evitadas em texto corrido, como “séc.”, “eua”, cm. david smith, Blackburn,

Apenas quando necessário, inclua orientações para leitura da Song of an Irish Blacksmith
[Blackburn, canção de um ferreiro

imagem entre parênteses ou colchetes, cuidando para que o irlandês], 1949-50, aço e bronze
sobre base de mármore, 117 × 103,5

padrão adotado seja coerente em todo o livro: × 58,1 cm, espólio David Smith.

(da esq. para a dir.)


(dir.) pelo trânsito
dade de evitar o seu congestionamento
agem. Mantiveram o aeroporto conforme previsto pela francis bacon, Portrait of Lucian
(de chapéu) Freud on Orange Couch [Retrato de
am as jazidas minerais de materiais de construção e lo- Lucian Freud sobre sofá laranja], 1965,
regionais, tanto uns quanto os outros articulados por óleo sobre tela, 156 × 139 cm,

rio baseado em caminhos existentes. col. particular, Londres.

*
cinta verde envolvendo a área urbanizada, com uma
A legenda deve ter ponto final sempre que houver
o acima de 10 km. A cinta constituiria uma zona rural maria martins, L’Huitième voile
[O oitavo véu], 1949, bronze polido,
pontuação
ia ser subdividida em pequenas propriedades: interna ou quando se tratar de uma frase.
chácaras 103,5 × 132 × 94 cm, col. Geneviève e
ctare junto à zona urbana, sítios de um a dez hectares Jean Boghici, Rio de Janeiro.

a intermediária e propriedades rurais maiores de dez


o as anteriores. Foram distribuídos pela cinta centros
os quais contariam com silos para armazenamento de
e, também, sede da cooperativa, oficina mecânica para
rio agrícola, centro comunitário, centro de saúde, igreja, 132
[Maria]
ural, hortas, centro de esportes e um núcleo residencial.

• maria_miolo-edit edit.indd 132 3/17/10 6:45 PM

[à direita, em sentido horário]


Brasília, nova capital federal;
Situação do Distrito Federal na região;
Jazidas minerais e parques regionais;
.
Cinta verde [Green Belt] e seu agenciamento

49

38 39
elementos extratextuais notas

7 Notas
Antes da leitura, o preparador deverá conversar com o editor
para fixar os critérios de supressão/ inclusão de notas.
Procure sempre avaliar a pertinência das notas. Notas do
editor e do tradutor só devem entrar para esclarecer
informações essenciais para a compreensão, às quais o leitor não
teria fácil acesso.
Notas para apontar problemas de tradução, expressões
“intraduzíveis” etc. só devem ser incluídas em último caso: é
desejável resolver os problemas todos no corpo do texto. Havendo
necessidade de incluir uma nota, ela deverá ser sucinta.
Simples notas do tradutor não justificam o crédito “Tradução
e notas” na página de rosto. O crédito autoral para as notas
só entra na página de rosto se constituírem um aparato editorial
encomendado pela editora.

* Se o arquivo vier do autor ou do OCR com as notas em


documento à parte ou no corpo do texto, o preparador
deverá inseri-las com a ferramenta de notas do Word,
recortando e colando o texto, sem controlar alterações,
antes da leitura.

7.1 Notas de fim ou de rodapé


Conforme a coleção e o livro que você estiver trabalhando,
determine com o editor onde serão inseridas as notas.
As notas de rodapé têm utilidade imediata na leitura: em
geral são do tradutor ou do editor, dão conversões de medidas
ou são digressões e comentários do autor. Podem ser de
referência bibliográfica em coletâneas de textos.
As notas de fim são essencialmente de referência
[Origem e destino]
bibliográfica e informações secundárias.

40 41
elementos extratextuais notas

Repetir o mesmo procedimento para outros sinais de pontuação,


como fazer como ponto de interrogação < ^f? >, ponto de exclamação < ^f! >,
Para inserir uma nota no Word, clique em [Inserir/Referência/ parêntese fechando < ^f) >, travessão < ^f− >.
Nota], com o cursor exatamente no ponto em que ela deve Esse procedimento pode ser realizado manualmente ou
entrar. Jamais deve haver espaço antes da chamada da nota e utilizando opções avançadas do Word, ver “O uso do word”.
esta deve vir sempre depois da pontuação.
7.3 Notas numeradas ou com asteriscos
Num livro com notas de rodapé pouco numerosas (menos de
uma por página), elas podem ser padronizadas com asteriscos,
no pé da página.
Se for o caso, o preparador pode diferenciar as notas do
Selecione no menu se ela é “de fim” ou “de rodapé”. Se for autor e do tradutor, utilizando asteriscos para as notas do autor
preciso converter as notas de fim em notas de rodapé ou e números para as notas do tradutor, sobretudo em livros
vice-versa, clique em [ Inserir/ Referência/ Notas/ Converter]. de ficção.

7.2 Notas e pontuação


As chamadas de nota sempre entram logo após a pontuação, jamais como fazer
antes. Entregar a preparação com notas na posição errada em Clique em [ Inserir/ Referência /
relação à pontuação é um erro grave. Essa padronização deve ser Notas/ Nota de rodapé Símbolo].
feita obrigatoriamente antes da leitura, em buscas no Word. Escolha asterisco.

Localizar Exemplo Substituir por Exemplo


^f,
chamada de nota vírgula +
1
+ vírgula , chamada de nota ,1

^f.
chamada de nota
+ ponto

1
.
ponto +
chamada de nota .1
* Jamais deve haver espaço antes de chamadas de notas.
Elimine os espaços manualmente, ou com opções
avançadas do Word.
^f;
chamada de nota ponto e vírgula +
1
+ ponto e vírgula ; chamada de nota ;1

42 43
elementos extratextuais notas

7.4 Numeração das notas Ao identificar as notas, não abrevie nomes: procure utilizar
A numeração das notas deve reiniciar a cada novo capítulo. apenas as abreviaturas em versalete e colchete, com espaço
Para isso, ao abrir página é preciso usar quebras de seção entre as letras: [n. t.], [n. e.] e [n. o.]. O designer substituirá o
(e não de página). espaço por espaço fino. Em princípio as notas do autor não
devem ser identificadas. Se as notas do tradutor forem
como fazer numerosas, a identificação pode ser feita apenas na primeira,
Clique em [Inserir/ Referência/ sobretudo em textos de ficção:
Notas/Opções/ Reiniciar
a cada seção/Aplicar].
Certos mitos dos Pueblo centrais e orientais procedem de outro
bebido muito chá taberna, aproximou-se dela, fez o sinal da cruz e deu-lhe um
modo. Começam postulando a identidadeEm provas,
profunda entre anote
caça e agri-no início de
copeque. A prisioneira ruborizou-se, inclinou a cabeça e falou alguma coisa.
cultura. Essa identificação se evidencia, por exemplo, no mito de ori-
cada capítulo: “Renumerar notas”.
gem do milho, que é obtido pelo Pai dos Animais semeando, como
1

grãos, esporas de pata de cervo. Trata-se, então, de tentar extrair simul- 1 Natural da Chuváchia, região da Rússia. [Todas as notas numeradas são do tradutor]
taneamente a vida e a morte, a partir de um termo global. Em vez de os
termos extremos serem simples e os termos intermediários desdobra-
[Ressurreição]
dos (como entre os Pueblo ocidentais), são os extremos que se desdo-
bram (como as duas irmãs dos Pueblo orientais), enquanto um termo
mediador simples surge em primeiro plano (o Poshaiyanne dos Zia), 7.7 Notas na revisão de provas
7.5 Notas e referências
mas ele próprio bibliográficas
dotado de atributos equívocos. Graças a esse esquema, O revisor de provas deve realçar com marca-texto da mesma cor
podem-se até deduzir os atributos que terá esse “messias” nas diversas
Ver “Referências
versões, de acordobibliográficas”.
com o momento em que faz sua aparição no decor- as chamadas e a numeração no rodapé, para verificar se as notas
rer do mito: benfazejo quando se manifesta no início (Zuñi, Cushing), e suas respectivas chamadas estão na mesma página.
equívoco no meio (Pueblo centrais) e malfazejo no final (Zia), exce-
7.6 Notas
to na versãodo tradutor,
de Bunzel do mito Zuñido editor
em que etc.
a seqüência é invertida, Se o texto da nota passar para a página seguinte, deve ser
como já indicamos.
O preparador deve reduzir as notas do tradutor e do editor ao adotada uma flecha para sinalizar a continuidade do texto, no guia
Aplicando sistematicamente esse método de análise estrutural, con-
mínimo necessário,
segue-se ordenar todastanto na conhecidas
as variantes quantidade do mitode notas
numa como no
série, for- de marcas de revisão.
mando uma espécie de grupo de permutações, no qual as duas variantes
detalhamento de informações.

*
situadas nas duas extremidades da série apresentam, uma em relação
Se pouco
à outra, uma numerosas,
estrutura simétrica,as notas
mas tradutor
doIntroduz-se
invertida. podem
assim um ser O sinal usado pode variar entre coleções. Às vezes o
começo de ordem onde só havia caos, e ganha-se a vantagem suplemen-
identificadas com abreviaturas entre colchetes:
tar de extrair certas operações lógicas que estão na base do pensamento
sinal fica dentro da mancha de texto; outras vezes, fora.
mítico.6 Desde já, três tipos de operações podem ser isolados. Em alguns casos, o sinal indica apenas a passagem da
O personagem geralmente chamado trickster7 na mitologia ame-
ricana constituiu por muito tempo um enigma. Qual seria a explicação nota para outra página, mas em alguns livros, o sinal se
para o fato de esse papel caber, em quase toda a América do Norte, ao repete, na continuação da nota. O importante é manter
6. Para outra aplicação desse método, ver nosso estudo “Four Winnebago Myths” in Cultu- a consistência ao longo do livro ou coleção.
re in History. Essays in Honor of Paul Radin, Nova York, 1960.
7. Em textos posteriores, notadamente nas Mitológicas, Lévi-Strauss utilizará o termo
“décepteur” para esse personagem, traduzido em português por “enganador”; cf. exposto
em “Traduzir as Mitológicas”, in Lévi-Strauss, O cru e o cozido (São Paulo: Cosac Naify,
2004: 13). [n.t.]

[Antropologia estrutural  ]
A estrutura dos mitos 241

•antropologia estrutural miolo.indd 241 11/7/08 5:22:26 PM


44 45
pintura: “paisajes deslocados/ huyen por las esquinas”. O espa- tempo, trabalha com rastros (literários e afetivos) do passado.
ço se modifica porque a velocidade começa a ser um princí- Sua poesia se inscreve no cruzamento de uma estética, uma
Ao contrário das propostas de outros autores vinculados à “revolu-
pio do sistema perceptivo e da representação; o mesmo acon- sensibilidade e uma cena urbana em processo acelerado de
tece com ruídos que não existiam para a poesia anterior: 39 “Se mudança; seu sistema de percepções e lembranças o vincu-
ção conservadora”, como Hans Gerber, Heinz Ziegler40 e o próprio von
elementos extratextuais
cuelgan las palabras de los cables/ klaxons, chirridos, voces”,13 la ao passado; seu projeto poético, ao contrário, é tensionado
textos complementares

Papen, pode-se perceber que a alternativa de Carl Schmitt não é tradi-


e principalmente, tanto em González Lanuza como em Raúl pelo partido do “novo”. Trabalha sob o impacto da renova-
González Tuñón, o jazz. Decomposição cubista do continuum ção estética e da modernização urbana: produz uma mitologia
cionalista. Para substituir o Estado de Weimar, Schmitt não contrapõe
urbano, impacto da modernidade sobre o sistema e as moda- com elementos pré-modernos, mas com os dispositivos esté-
ao Parlamento o conceito neomedieval corporativo de representação,
lidades perceptivas, desorganização de um vínculo “natural” ticos e teóricos da renovação. Traslada, topologicamente, a
entre homem e meio, construção de alegorias fragmentárias margem para o centro do sistema cultural argentino e estabe-
nem propõe a restauração monárquica (o Obrigkeitsstaat de Bismarck)
com esse conjunto: todos esses elementos estão no primeiro lece uma nova rede de relações entre temas e formas da poe-
ou a ressurreição de formas pré-modernas de dominação. Sua proposta
livro de González Lanuza.14 sia. Inaugura a virada rio-platense da vanguarda no plano da Para a batida de provas, uma folha com a nota impressa deve ser
representação da língua oral, cujo formato é dado, nesses anos,
é radicalmente moderna, centrada no poder executivo, com a ditadura
13 “Há lonjuras a cinquenta metros”; “paisagens deslocadas/ fogem pe- pelas imagens ultraístas. Funda a centralidade da margem. anexada à página, com clipe.
lasplebiscitária. 41
esquinas”; “Se penduram Oasponto de fios/
palavras nos partida
buzinas,para,
chiados, nas
vo- palavras de John McCor-
Os poemas reunidos em Índice revelam várias das linhas
zes”. E. González Lanuza, “Instantánea”, in A. Hidalgo (org.), Índice, op. renovadoras dos anos 20. Não apenas porque colocam em
mick,
cit., a “agenda fascista” de Schmitt é a situação histórica do estado de
pp. 98-99.
funcionamento o sistema retórico do cubismo e do ultraísmo,
14 Trechos de “Apocalipsis” resumem esse movimento: “Cuando/ el
direito
jazz-band sob
de los o Estado
ángeles/ social
toque el fox-trot e os
del juicio partidos
final/ y llegue Diospolíticos
al de massa. O Estado
total, assim, demonstra o caráter anacrônico do parlamentarismo
galope tendido/ de sus tanques de hierro/ estallen los soles/ hechos dina- ≠æ
liberal
no galope veloz/ de seus tanques de ferro/ estourem os sóis/ feitos dina- 8 Textos complementares
mita viviente/ y por los espacios,/ rueden oleadas de odios dispersos/ se
e do Estado
enhebrarán deyDireito
las chimeneas las torres/ en–elincapacitados
agujero de la luna”. [“Quan-
mite vivente/ e, pelos espaços,/ rodem ondas de ódios dispersos/ as cha-
de lidar com o estado
minés ede emer-
as torres se enfiarão/ no buraco da lua”.] E. González Lanuza,
[Prefácio, prólogo, apresentação, introdução etc.]
do/ o jazz-band dos anjos/ tocar o fox-trot do juízo final/ e Deus chegar
≠æ “Apocalipsis”, in A. Hidalgo (org.), Índice, op. cit., p. 105.
gência econômico – e as virtudes do sistema autoritário centrado no
Verifique, conforme a coleção e as orientações do editor, se o
[ Modernidade periférica, coleção Prosa do Observatório]
186 187 texto introdutório deve ser chamado de “prefácio” ou “prólogo”,
“apresentação” ou “introdução”.
> Positionen der Staatsrechtslehre in der Staatskrise der Weimarer Republik” in Heinrich Evite puxar notas em títulos. Se houver necessidade de uma
August Winkler (org.), Die deutsche Staatskrise 1930-1933: Handlungsspielräume und Alter-
nativen. Munique: R. Oldenbourg Verlag, 1992, p. 185; Christoph Gusy, op. cit., pp. 412- nota que dê informações gerais sobre o texto, a chamada pode
15; Heinrich August Winkler, Weimar 1918-1933: die Geschichte der ersten deutschen De- ficar no final da primeira frase ou no fim do texto.
mokratie. Munique: Verlag C.H. Beck, 1998, pp. 510, 524 e 529; Lutz Berthold, Carl Schmitt
und der Staatsnotstandsplan am Ende der Weimarer Republik. Berlim: Duncker & Hum-
blot, 1999, pp. 17-18 e 29 e Peter Blomeyer, Der Notstand in den letzten Jahren von Weimar. 8.1 Remissões ao texto em textos introdutórios
Berlim: Duncker & Humblot, 1999, pp. 259-63. Para a crítica contemporânea às propostas
[O pensamento alemão, coleção Ensaios]
de reforma de von Papen, ver Ernst Fraenkel, “Um die Verfassung” in Gesammelte Schrif- Ao editar os aparatos editoriais do livro, o preparador e os
ten. Baden-Baden: Nomos Verlaggesellschaft, 1999, v. 1, pp. 496-99, 504 e 506-08; Otto
Kirchheimer, “Die Verfassungsreform” in Von der Weimarer Republik zum Faschismus: die
revisores devem ter cuidado com as citações e remissões
7.7.1 Inserção
Auflösung de notas
der demokratischen em provas
Rechtsordnung. Frankfurt am Main: Suhrkamp, 1976, pp. 96-97 internas: a cada etapa é preciso localizar e checar no texto as
e Hermann Heller, “Autoritärer Liberalismus?” in op. cit., v. 2, pp. 647-48.
Deve-se
39. Hansevitar
Gerber,ao máximo
Freiheit incluir
und Bindung der notas em provas:
Staatsgewalt. Tübingen: esse trabalho
J.C.B. Mohr (Paul passagens citadas. Se houver remissões internas, como indicação
deve ser feito
Siebeck), 1932. na preparação de texto. Se de todo modo for de numeração de páginas do próprio livro, inclua a palavra
40. Heinz O. Ziegler, Autoritärer oder Totaler Staat. Tübingen: J.C.B. Mohr (Paul Siebeck), 1932.
necessário
41. A ditadura, incluir umanão
para Schmitt, nota em revisão
é o oposto deSchmitt
da democracia. provas, anote
entendia na prova
a ditadura como completar entre < >:
um meioem
o ponto paraque
alcançar
elaumdevefim determinado,
entrar e,sendo,
no pé assim,
daseu conteúdoescreva
página, determinado pelo
interesse no resultado a ser obtido, dependendo da situação de fato. Desse modo, ditadura não
“compor
poderia nota conforme
ser definida, anexo”.
em geral, como supressão da democracia. Ver Carl Schmitt, Die Diktatur, Ao sistema de citações, referências culturais, traduções, epígrafes,
p. xvi e id., Die geistesgeschichtliche Lage des heutigen Parlamentarismus, p. 41.
A nota deve ser digitada e enviada à parte, em arquivo de Word, marcas da leitura estrangeira que sustentam a palavra da civilização,
com82agilberto
identificação da página em que deve entrar entre < >:
bercovici opõem-se as fontes orais, os testemunhos e os relatos, os rastros da
experiência vivida que reproduzem e fazem falar o mundo da barbárie
<nota da página 69> (“escutei [esse canto] numa festa de índios […]” [p. <completar>].
O comprimento da légua em vigor na região platina durante o século “Um homem iletrado […] me forneceu muitos dos fatos que mencionei
miolo.indd 82 11/11/09 11:02 AM
xix equivalia a 5572,7 metros; era a “légua de 20 mil pés” decretada […]”. “Eu mesmo o ouvi narrar os pormenores horríveis” […]
pelo rei da Espanha Carlos iv em 1801, a partir do “caminho que [p. <completar>].
regularmente se anda em uma hora”). [n. e.]
[Facundo]

[Facundo] Escreva sempre a palavra “completar”, assim, o designer poderá


fazer buscas e marcar as remissões internas de maneira segura.

46 47
elementos extratextuais referências bibliográficas

9 referências Bibliográficas Deve ser evitado o uso de ponto final para separar título e
O preparador deve observar o padrão de referências subtítulo. Conforme a orientação do editor, deverá ser adotado
bibliográficas da coleção, ou definir, com o editor, o padrão a ser um padrão unificado em cada livro; será empregado
adotado. As referências podem ser feitas em nota ou em preferencialmente o travessão.
remissão americana e bibliografia.

9.1 Título
9.1.1 Estilo
* Em todos os casos, a primeira letra do subtítulo
deverá estar em cA.

Se o título contiver uma palavra que normalmente seria 9.1.3 Maiúsculas e minúsculas
padronizada em itálico, o destaque deverá ser transposto para Alguns títulos de livros e textos menores contêm palavras que,
aspas, ou então simplesmente retirado, de modo que o itálico seja por intenção do autor ou por serem nomes próprios, devem
empregado exclusivamente para demarcar o título em questão. ser padronizados em cAb.
Assim, escreveremos
As flores do Mal e não As flores do mal;
Viena fin-de-siècle O Exército de Cavalaria e não O exército de cavalaria.
e não Viena fin-de-siècle;
Editar “Guerra e paz” ou Editar Guerra e paz,
e não Editar Guerra e paz. 9.1.4 Títulos em idiomas estrangeiros
Devem seguir a regra da língua original.

9.1.2 Título e subtítulo francês: todas as palavras vão em cAb até o


Título e subtítulo podem ser separados por travessão, dois pontos; primeiro substantivo: La Prose du monde;

o uso varia conforme o autor, a coleção etc.

inglês: só as preposições e artigos em minúscula: ex.


São Paulo: Três cidades em um século The Invention of Culture;
O trauma da bola − A Copa de 82
Aproximações: Estudos de história e historiografia
alemão: os substantivos vão em cAb.

9.1.5 Livros não publicados


Títulos de livros não publicados devem ser padronizados
entre aspas.

48 49
elementos extratextuais referências bibliográficas

9.1.6 Exceções Numa lista de créditos:


A Constituição, o Código Penal, o Código Civil e outros
compêndios de leis, bem como a Bíblia, o Alcorão e a Torá Sites consultados:*
tradicionalmente são grafados em redondo. Os títulos dos instituto socioambiental:
livros da Bíblia também são padronizados em redondo. Ver www.socioambiental.org/pib/portugues/quonqua/cadapovo.shtm
também “Bíblia e outros livros sagrados” no capítulo “Citações lost art
e referências”. www.lost.art.br

9.2 Abreviaturas bibliográficas * Os endereços eletrônicos foram consultados em outubro de 2005. [n. e.]
Id., ibid., op. cit., apud: ver Abreviaturas.
– “Cf.” ou “Ver”, “ver também” podem preceder a referência.
9.6 Referência em nota
9.3 Editora Usada quando o livro tem poucas citações, em que uma
O nome da editora deve ser simplificado, mas de maneira bibliografia é dispensável.
inconfundível: Paulinas (e não Ed. Paulinas); puf (e não Presses
Universitaires de France); Penguin (e não Penguin Press); Eduerj 9.6.1 Livro
(em vez de Ed. da uerj).
Nome Sobrenome, Título da obra [data da edição original], 2ª. ed.,
9.4 Cidade trad. Fulano de Tal. Cidade/ Cidade: Editora/ Editora, data da
As cidades de publicação devem preferencialmente ser edição, p. xx ou pp. xxx-xx.
mencionadas em português. Ver “Nomes de lugares”.
Na primeira ocorrência, o nome do autor deve entrar completo:
9.5 Citações da internet
Devido ao caráter dinâmico da internet, deve-se evitar citar Maurice Merleau-Ponty, A prosa do mundo [1969], trad. Paulo
páginas e sites como referências informativas. Caso seja Neves. São Paulo: Cosac Naify, 2002, p. 223.
necessário, a citação deve seguir o seguinte padrão:
Thomas Ewbank, Vida no Brasil, ou Diário de uma visita ao país
No corpo do texto: do cacau e das palmeiras [1856], trad. Jamil A. Haddad. São Paulo/
Belo Horizonte: Edusp/ Itatiaia, 1976, pp. 98-102.
<www.beatles.com /#/films>

50 51
elementos extratextuais referências bibliográficas

* Cuidado para não deixar a vírgula ou ponto em itálico


depois do título da obra. Consultar também a lista de
abreviaturas, neste manual.
9.6.3 Textos publicados em livros ou periódicos

Artigos, ensaios, poemas etc. devem ter o título padronizado em


redondo, entre aspas. Mesmo se o título for em língua estrangeira,
Quando a obra já foi citada uma vez, mas não na nota ele deverá permanecer em redondo.
imediatamente anterior, e é a única obra do autor citada até então,
o nome do autor deve ser abreviado. A referência completa deverá ser padronizada conforme o tipo de
publicação de onde foram extraídos.
M. Merleau-Ponty, op. cit, pp. 223-34.
textos em livros
Quando a citação anterior é do mesmo autor, mas de outra obra,
utiliza-se a abreviatura “Id.” (Idem). Ver “Abreviaturas” Nome Sobrenome, “Título do artigo”, in Título do livro. Cidade:
Editora, data, p. xx.
Id., Fenomenologia da percepção [1945], trad. Carlos Alberto
Ribeiro de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 2000, pp. 120-ss. Pierre Clastres, “O arco e o cesto”, in A sociedade contra o
Estado, trad. Theo Santiago. São Paulo: Cosac Naify, 2003,
Quando a citação anterior é do mesmo autor e da mesma obra, pp. 89-110.
utilizam-se as abreviaturas “Id.” e “ibid.” (idem, ibidem), mas
somente até o final do capítulo ou parte – a cada novo início, volta
o nome completo na primeira ocorrência. Nome Sobrenome, “Título do artigo”, in N. Sobrenome & N.
Sobrenome (orgs.). Título do livro. Cidade: Editora, data, p. xx.
Id., ibid., p. 132.
Ismail Xavier, “Cinema: revelação e engano”, in A. Novaes
9.6.2 Catálogo de exposição (org.), O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.

Concreta ‘56 a raiz da forma (catálogo). São Paulo, mam, 2006.


xxix Bienal Internacional de Arte de São Paulo (catálogo). São Paulo: Marilyn Strathern, “The Concept of Society is Theoretically
Fundação Bienal, 2010. Obsolete” [1996], in M. Strathern & T. Ingold, Key Debates in
Anthropology. Londres/ Nova York: Routledge 1989.

52 53
elementos extratextuais referências bibliográficas

Nome Sobrenome, “Prefácio”, in Nome Sobrenome, Título do livro. 9.7.1 Citação no corpo do texto
Cidade: Editora, data, p. xx. Especialmente na área de antropologia, adota-se a padronização
entre parênteses, com sobrenome do autor, ano de publicação
Jorge Luis Borges, “Prólogo”, in Adolfo Bioy Casares, original e, quando citação pontual, número de página.
A invenção de Morel [1940]. São Paulo: Cosac Naify, 2006.
Citação no corpo do texto (entre aspas) ou em recuo:
(Sobrenome data) ou (Sobrenome data: XX) − número ou
textos em periódico e jornais intervalos de páginas.
Em referências de textos em periódico, não entra a palavra “in”, e
todas as palavras do título do periódico entram em cAb. (Lévi-Strauss 1957: 32-38)

Nome Sobrenome, “Título do artigo”. Nome do Periódico, n. x, v. x, Para dar a referência de diversos autores que tratam do mesmo
Cidade, ano, pp. xx-xx. assunto, citados sem aspas: (Sobrenome data; Sobrenome data;
Sobrenome data)
Eduardo Viveiros de Castro, “O mármore e a murta”. Novos
Estudos Cebrap, n. 3, v. 1, São Paulo, 1998. (Lévi-Strauss 1957; Dumont 1960; Viveiros de Castro 2002)
Valbene Bezerra, “Cores da cidade”. O Popular, 2o.
Caderno, Goiânia, 14/07/1996. Quando a citação é de segunda mão:
Gioia, Mario, “Kossoy passeia pelo fantástico em exposição”. Folha de
S. Paulo, Ilustrada, p. e7, 26/01/2008. (Lévi-Strauss 1957: 56 apud Viveiros de Castro 2002: 102)

Artigos não assinados devem ficar no final da bibliografia, em


ordem alfabética. 9.8 Bibliografia
9.8.1 Tradicional
“A embaixatriz Maria”. O Globo, Rio de Janeiro, 29 /04 /1969.
livros, teses e dissertações

9.7 Remissão a bibliografia tradução sobrenome, Nome. Título da obra [data original], nº de volumes, edição
Conhecida como “citação americana”, é usada quando o livro (se relevante), trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora, data.
contém muitas citações. Neste caso, as notas de rodapé são de
texto, nunca de referência bibliográfica. Este padrão é empregado hobsbawm, Eric J. (org.) et alii. História do marxismo, 12 vols.,
especialmente nos livros científicos e de antropologia. trad. Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

54 55
elementos extratextuais referências bibliográficas

2 ou + sobrenome, Nome; Nome sobrenome & Nome sobrenome. Título artigo ou ensaio parte de obra
autores da obra [data original], trad. Nome do Tradutor. Cidade/ Cidade:
2 editoras
Editora/ Editora, data. sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título da obra [data original],
trad. Nome do Tradutor. Cidade: Editora, data.
journet, Réne & Guy robert. Le Manuscrit des Misérables. Paris:
sobrenome, Nome. “Título do artigo”, in N. Sobrenome (org.).
Les Belles Lettres, 1962.
Título da coletânea [data original], trad. Nome do Tradutor.
martius, Karl Friedrich Philipp von. O Estado do direito entre os
Cidade: Editora, data.
autóctones do Brasil [1832], trad. Alberto Löfgren. São Paulo/
Belo Horizonte: Edusp/ Itatiaia.
sobrenome, Nome. “Prefácio/ Introdução etc.” a Nome
petrônio. Satíricon [séc. i d. C.], trad. Cláudio Aquati. São Paulo:
Sobrenome, Título da obra [data original], trad. Nome do
Cosac Naify, 2008.
Tradutor. Cidade: Editora, data.

tese sobrenome, Nome. Título da tese. Dissertação de mestrado/ Tese viveiros de castro, Eduardo. “O perspectivismo ameríndio”, in
de doutoramento. Cidade: Depto. – Universidade, data. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios de antropologia.
São Paulo: Cosac Naify, 2002.
viveiros de castro, Eduardo. Araweté: Uma visão da cosmologia e xavier, Ismail. “Cinema: revelação e engano”, in A. Novaes (org.).
da pessoa tupi-guarani. Tese de doutoramento, Departamento de O olhar. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
Antropologia Social, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1984. carneiro da cunha, Manuela. “Introdução” a Marianno Carneiro da
Cunha, Da senzala ao sobrado: Arquitetura brasileira na Nigéria e
ed. bras. sobrenome, Nome. Título da obra no original. Cidade: Editora, data na República Popular do Benim. São Paulo: Edusp/ Nobel, 1986.
[ed. bras.: Título da obra em português, trad. Nome do Tradutor. ________. “Lógica do mito e de ação”, in Cultura com aspas. São
Cidade: Editora, data]. Paulo: Cosac Naify, 2009.

mauss, Marcel. Sociologie et Anthropologie. Paris: puf, 1950 [ed. bras.:


Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac Naify, 2004]. como fazer
Padronizar a repetição do autor com 10 toques de underline + .

ilustração carroll, Lewis. Alice no país das maravilhas, trad. Nicolau Sevcenko,
ils. Luiz Zerbini. São Paulo: Cosac Naify, 2009].

56 57
elementos extratextuais índice

textos em periódicos e jornais mauss, Marcel


1924-25. “Division et proportions des divisions de la sociologie”.
sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título do Periódico, Cidade, Année Sociologique, n. s.
v. xx, n. 1947. Manuel d’ethnographie. Paris: Payot.
1950. Sociologie et anthropologie. Paris: puf [ed. bras.: Sociologia e
sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título do veículo, Caderno,
antropologia, São Paulo, Cosac Naify, 2003].
p. xx, dd/mm/aaaa.

sobrenome, Nome. “Título do artigo”. Título do veículo, Caderno,


p. xx, mês. ano.
10 Índice
viveiros de castro, Eduardo. “O mármore e a murta”. Mana, Rio de
Janeiro, n. 3, v. 1, 1998. 10.1 Preparação do índice
persichetti, Simonetta. “Fantasmas, são eles que dirigem meu olhar”. A confecção do índice remissivo só começa com o arquivo
O Estado de S. Paulo, Caderno 2, p. D5, 24/01/2008. preparado e fechado pelo editor, e já composto em 1ª. ou 2ª. prova.
“La scoperta della fotografia in un area periferica”. Revista di Storia e Portanto, a checagem de nomes próprios, tarefa do preparador, já
Critica della Fotografia, v. 6, p. 240, abr. 1984. deve ter sido consolidada no arquivo em que o indexador irá
trabalhar. O editor deve zelar para que nomes que eventualmente
entrem ou saiam, ou que sejam corrigidos durante a revisão
9.8.2 Bibliografia de citação americana de provas, sejam atualizados no índice. O preparador deve ficar
O padrão segue o da bibliografia tradicional, com inversão da atento para que os termos empregados no índice sejam os
posição da data. As referências são organizadas por ordem mesmos empregados no corpo do texto.
alfabética e em seguida por ordem de data de publicação original. Eventualmente, um modelo de índice já publicado pela Cosac
Naify poderá ser fornecido ao indexador, sempre seguindo os
sobrenome, Nome critérios de coleção e as orientações adicionais dadas pelo editor.
Data.“Título do artigo”. Título do Periódico, Cidade, v. xx, n.
Data. “Título do artigo”, in N. Sobrenome (org.). Título da 10.2 Índice onomástico e índice remissivo
coletânea. Cidade: Editora. No índice onomástico entram apenas nomes de pessoas; índices
[Data original] Data. Título da obra [data original], nº de remissivos são mais abrangentes e podem incluir obras, conceitos,
volumes, edição (apenas se relevante), trad. Nome do temas e subtemas etc. Conforme o tipo de livro e a coleção,
Tradutor. Cidade: Editora. podem ser pedidas entradas especiais, que de costume ficam de
fora do índice: galerias de arte, títulos de poemas, etnias, espécies
sobrenome, Nome & Nome sobrenome (orgs.) animais, nomes de cidade etc. Determinados livros, como as
Data. Título da coletânea. Cidade: Editora. Mitológicas, contêm diferentes tipos de índice.

58 59
elementos extratextuais índice

10.3 Prévia do índice


O preparador deverá fornecer uma lista de nomes citados no livro
(essa lista pode ser confeccionada automaticamente, desde que as
* Cuidado com a transliteração de nomes russos, chineses,
japoneses etc. diferente da adotada pela editora
(Mao Tsé-Tung e não Mao Zedong; Maksim Górki e não
entradas sejam realçadas com marca-texto), para que seja gerada Maxim Gorky; Liev Tolstói e não Leon Tolstoy etc.).
uma prévia do índice, isto é, uma lista com a relação de entradas, Em índices remissivos traduzidos, muitas vezes a
porém sem a paginação correta. Essa prévia serve para calcular o expressão usada no texto não coincide com a forma
número de páginas que o índice ocupará no livro e para avaliar se adotada no índice (pois o tradutor o traduz
as orientações foram seguidas corretamente. As correções pedidas separadamente), o preparador deve ficar atento.
pelo editor deverão ser incorporadas no índice final.
10.5 Nomes de pessoas
10.4 Índices pré-existentes O índice deve trazer o nome completo da pessoa citada, mesmo
Índices de livros estrangeiros, caso sejam aproveitados, devem ser que no corpo do texto ela seja citada apelas pelo sobrenome ou
adaptados aos critérios da editora e checados exaustivamente pelo de forma abreviada. Assim, se no corpo do texto houver menção a
indexador, para buscar nomes que ficaram de fora, critérios “Cézanne”, no índice remissivo a entrada será “Cézanne, Paul”.
discrepantes etc. A entrada, no entanto, não deve ser exaustiva e não deve
incluir sobrenomes não utilizados pela pessoa em sua vida pública,

* O tradutor deve entregar o índice traduzido na ordem do


original. Somente ao final do processo o editor
organizará as entradas por ordem alfabética.
ou então ausentes da forma como a pessoa se tornou conhecida.
Assim, se houver menção a “Bilac” no texto, a entrada será “Bilac,
Olavo”, e não “Bilac, Olavo Brás Martins dos Guimarães”.

* As entradas do índice devem ser separadas com marca


de parágrafo. A quebra de linha dentro de uma entrada
deve ser feita com quebra de linha manual. Isto permite
Em caso de dúvida, poderá ser consultado o dicionário de
nomes próprios Koogan Larousse, que realça em negrito o nome
pelo qual personagens históricos se tornaram conhecidos.
que o índice seja organizado em ordem alfabética. O Koogan Larousse também é uma boa fonte de consulta para
determinar como entram sobrenomes compostos: a entrada
para Antonio Candido deve ser “Melo e Souza, Antonio Candido”
e não “Souza, Antonio Candido Melo e”; o mesmo para Sales
Gomes, Mata Machado, Ribeiro Couto etc. Se persistir a dúvida,
o indexador deve consultar o editor caso a caso.
O indexador deve pesquisar, com ajuda do editor, nomes
pouco conhecidos e citados de forma incompleta, para completá-
los no índice. Assim, se Manuel Bandeira cita “Agache”, o
pesquisador deverá pesquisar em fontes recomendadas (evitando

60 61
elementos extratextuais índice

o Google), com ajuda do editor e/ou do organizador ou autor do 10.6 Nomes de obras (quadro, livro, peça, filme etc.),
livro e incluir a entrada “Agache, Alfred”. Artigos e conjunções devem ser colocados depois do nome,
A Cosac Naify mantém um banco de nomes próprios (brasileiros separado por vírgula:
e estrangeiros) que o indexador deverá utilizar para tirar dúvidas de
grafia, transliteração (sobretudo de nomes flores do Mal, As <entra na letra F>
russos) e padronização de sobrenomes compostos. Ver verbete Economist, The <entra na letra E>
“Nomes próprios”. vento levou, E o <entra na letra V>
Nomes mencionados de maneira episódica, claramente não
ligados à pessoa real, não devem ser indexados. Por exemplo, se o
autor de uma biografia disser que em determinada sala havia um 10.7 Padronização do índice
retrato de Machado de Assis, essa passagem não deve ser indexada. O índice remissivo deve ser checado, padronizado e finalizado
Da mesma forma, a menção ao Instituto Fernand Braudel não deve pelo indexador, que deve entregá-lo pronto para composição ao
gerar uma entrada para Fernand Braudel. editor. As entradas devem ser padronizadas da seguinte forma:
Nomes de tradutores, organizadores e outros incluídos em
referências bibliográficas não devem ser indexados. • Sem vírgula de separação entre o nome e as páginas:

* Cuidado para não indexar o sumário, páginas de créditos etc.

10.5.1 Apelidos, pseudônimos etc.


Arrigucci Jr., Davi 206

• Nas entradas relativas a um intervalo de páginas, a centena deve


O editor também deverá orientar o indexador quanto a apelidos, ser cortada, porém não a dezena, segundo este modelo:
pseudônimos, codinomes, nomes de guerra etc. Assim, se um livro
mencionar o músico Lobão, sem fazer referência ao seu nome no Machado de Assis, Joaquim Maria 112-19
registro civil, a entrada será “Lobão”, e não “Woerdenbag Filho, João
Luiz (Lobão)”. • Há coleções com um padrão especial para o índice, como
No entanto, se no corpo do texto houver menção ao nome a Ensaios, que traz os sobrenomes em versalete:
completo – por exemplo, “Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho”, o
índice deve trazer duas entradas: a principal, “Aleijadinho (Antônio baudelaire, Charles 83, 86, 255

Francisco Lisboa)”; e uma secundária: “Lisboa, Antônio Francisco, ver


Aleijadinho”. Os apelidos, de modo geral, não são invertidos como se
• Em determinadas coleções, como a Ensaios, a primeira entrada
fossem nome e sobrenome. Assim, a entrada para “Madame Satã”
de cada letra é marcada em negrito:
deve ser “Madame Satã” e não “Satã, Madame”.
adamov, Arthur 273

62 63
elementos extratextuais créditos

10.7.1 Remissão a notas e aparato editorial


As entradas relativas a notas podem ser marcadas com n, e as Veja como fazer um índice onomástico em “O uso do Word”
relativas a posfácios, prefácios ou outros paratextos podem ser
marcadas com p:
11 Créditos
Nabuco, Joaquim 76n
11.1 Publicação original, data e local
Se houver apenas o n remetendo a notas, não é preciso indicar Pode ser incluído em nota de rodapé logo ao final da primeira
essa padronização, que é usual; no entanto, se for utilizado o p frase do texto.
para posfácio etc., é indicado incluir, no início do índice, uma
menção à notação. 1. Publicado originalmente em Estudos Avançados, v. 8, n. 20, 1994,
este trabalho fora apresentado como a Conferência do Mês do
10.7.2 Remissão a imagens Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo
As entradas relativas a imagens são marcadas em negrito. (iea-usp) em 28 de setembro de 1993.

Pré-rafaelitas 19-20, 32, 51, 53, 170, 294 ou como uma assinatura, no final do texto.

A Província, 28 de setembro de 1930


10.7.3 Referências cruzadas
As referências cruzadas devem ser padronizadas com a palavra
“ver” em itálico, sem vírgula de separação após o nome: 11.2 Autoria e /ou tradução do texto
O crédito de autoria de prefácios, posfácios etc., ou de textos
Lisboa, Antonio Francisco ver Aleijadinho incluídos em obras coletivas, pode ir no início ou no final do texto,
após a datação.

10.11 Checagem do índice Santiago, janeiro de 2007


Após a entrega do índice remissivo pelo indexador, o editor fará Tradução de Laura Janina Hosiasson
uma nova checagem, por amostragem porém minuciosa, para
[Só para fumantes]
verificar se a remissão está correta e se os padrões e critérios
estabelecidos na encomenda foram seguidos. Caso o editor
encontre um número grande de erros, ele deve ser devolvido
ao indexador.

64 65
elementos extratextuais créditos

Créditos das imagens

11.3 Imagens bpk/Gemäldegalerie, smb/Jörg P. Anders capa Paul Maeyaert/The Bridgeman Art Library 18.14-15,
20.9-10
Os créditos das imagens normalmente vão no final do volume, The Bridgeman Art Library 1.2, 1.4, 1.19-20, 2.3, 2.6, 6.4,
6.7, 7.7, 7.10, 7.13, 17.14, 18.4, 18.13, 18.19b, 18.23, 18.24-26, Peter Willi/The Bridgeman Art Library 18.19a

em uma página separada ou na página de créditos. 19.3, 20.2, 20.4, 20.6-7, 20.11, 20.13, 20.16-17, 21.1, 21.5, 21.8b
City of Detroit Purchase/The Bridgeman Art Library

A página de créditos das imagens reúne as informações Giraudon/The Bridgeman Art Library 1.8, 1.10, 1.14, 2.10,
4.1-2, 5.4, 5.6, 7.2, 9.2, 12.7, 12.10, 12.15, 17.11, 18.2-3, 18.5,
18.33

fornecidas por bancos de imagens, museus e outras instituições. 18.9-10, 18.28, 18.31, 20.1, 20.15, 21.4, 21.8a, 21.12, 22.2-3 Staatliche Kunstsammlungen Dresden/The Bridge-
man Art Library 20.18

Essas informações devem ser adaptadas à padronização dos Réunion des Musées Nationaux/Art Resource, ny
1.17, 18.20 Album/akg-Images/Nimatallah/akg-Images/Latin-

livros da Cosac Naify. akg-Images 4.5, 4.10, 6.6, 6.8, 7.3


stock 21.6

O crédito deve estar sempre em português, inclusive menções Album/akg-images/kg-Images/Latinstock 6.9, 8.2,
Reproduções de Herfsttij der middeleeuwen – studie
over levens- en gedachtenvormen der veertiende en vijf-
12.9, 12.11, 19.2, 21.3, tiende eeuw in Frankrijk en de Nederlanden. Amsterdam:
como “todos os direitos reservados”, “publicado mediante Uitgeverij Contact, 1997 1.1, 1.3, 1.5-7, 1.9, 1.11-13, 1.15-16,
akg-images/British Library 6.14 1.18, 2.1-2, 2.4-5, 2.7-9, 2.11-17, 3.1-4, 4.3-4, 4.6-9, 4.11, 5.1-3,
autorização” etc., exceto nomes de instituições. 5.5, 6.1-3, 6.5, 6.10-13, 6.15-16, 7.1, 7.4-6, 7.8-9, 7.11-12, 7.14,
British Library Board. All Rights Reserved/The Brid- 8.5-6, 9.1, 9.3, 10.1-6, 11.1-7, 11.9, 11.11-19, 12.1-6, 12.12, 12.14,
Deve-se evitar o recurso jornalístico de deixá-lo na lateral da geman Art Library 8.1, 8.3-4, 13.2, 17.4, 12.17, 13.1, 13.3-9, 14.1-8, 14.10-12, 15.1-4, 15.8-11, 16.1-6, 17.1-
3, 17.5-10, 17.12-13, 17.15-16, 18.1, 18.6-8, 18.11-12, 18.16-18,
imagem. No entanto, em folhetos, anúncios e outros impressos The Metropolitan Museum of Art, Dist. rmn/Image 18.21-22, 18.27, 18.29-30, 18.32, 19.1, 19.4-6, 20.3, 20.5,
of the mma 11.8 20.8, 20.12, 20.14, 20.19, 20-20, 21.2, 21.7, 21.9, 21.10-11,
produzidos pela editora, o crédito deve ser incluído na lateral da 21.13-22, 22.1
rmn (Domaine de Chantilly)/René-Gabriel Ojéda 11.10
imagem, aplicado no alto, à direita, com leitura de baixo para cima.
Francis G. Mayer/corbis/Corbis (dc)/Latinstock 12.8, Todos os esforços foram feitos para reconhecer os
14.9 direitos morais, autorais e de imagem neste livro.
[O outono da Idade Média]
A Cosac Naify agradece qualquer informação relativa
Erich Lessing/Album/Album Art/Latinstock 12.13, 12.16 à autoria, titularidade e/ou outros dados que estejam
Crédito das imagens incompletos nesta edição, e se compromete a

|capa e pp 20-21 e 75| Bettmann/CORBIS |pp. 4-5, 6-7, 26-7, 36-7, 40-1, 42-3, 88, 90, 111a, 112a, 112b, 112c, 114, 116, A organização segue a 15.5-7
Leiden, Universiteitsbibliotheek ordem das imagens publicadas,
incluí-los nas futuras reimpressões. sempre
120, 129, 134-5, 136, 138-9, 141, 148, 149, 153, 154, 161, 164, 165, 167, 177, 195, 197c, 198, 200-1 e 236-7| Popperfoto/
com a indicação p. e o número da página. A cada prova, os
Getty Images. |pp. 12-3| Central Press/Hulton Archive/Getty Images. |pp. 18-9, 48, 50-1, 54, 55, 73, 82, 84-5, 89,
103, 104-5, 126-7, 131, 133, 151, 156, 169a, 169b, 169c, 170-1, 192-3 e 197a| Arquivo/Agência O Globo. |pp. 34-5| Bob revisores devem atualizar a paginação dos créditos de imagens.
Thomas/Popperfoto/Getty Images. |pp. 38-9| Keystone/Getty Images. |pp. 44-5, 46-7, 204-5, 221a, 227, 231 e 232-3|
Bob Thomas/Getty Images. |pp. 53, 57, 66 e 81| Arquivo do Estado/Acervo UH/Folha Imagem. |p. 56| Folha Imagem. Livros que não têm legendas ou cujas legendas são
|pp. 59, 94, 147a e 183| Acervo UH/Folha Imagem. |pp. 60, 62-3, 65, 67, 86 e 218| Arquivo pessoal. |pp. 64, 147b, 199,
sucintas podem ter informações adicionais na página de créditos
207 e 208| Arquivo/Agência Estado/AE. |pp. 68-9| Haynes Archive/Popperfoto/Getty Images. |pp. 70, 76, 96-7, 101b,
106, 119, 134 e 147c| Acervo UH/Folha Imagem/Folhapress. |p. 77| Silvio/Acervo UH/Folha Imagem. |p. 79| Sidney/ de imagens.
Acervo UH /Folha Imagem. |pp. 87, 91, 100, 130b, 172, 174-5, 184a, 184b, 184c e 196| Folha Imagem/Folhapress.
|pp. 92-3, 99, 108-9 e 111b| Arquivo Djalma Santos |p. 101a| Staff/AFP/Getty Images. |pp. 118, 122 e 182b| Arquivo
Na primeira ocorrência, a abreviação do nome da instituição
Editora Abril. |p. 123| Arquivo Diego Rousseaux. |pp. 124 e 132a| Arquivo do Estado/Acervo UH/Folha Imagem/
pode ser incluída entre parênteses:
Folhapress. |p. 130a, 234-5| Arquivo do Estado/Acervo Última Hora. |p. 132b| AP Photo. |p. 135a| Mike Hewit/Getty
Images. |p. 135b| Daniel Garcia/AFP/Getty Images. |pp. 143 e 179c| Acervo Roberto Porto. |pp. 158-9| John Pratt/
Keystone/Getty Images. |p. 179a| Hy Peskin/Time Life Pictures/Getty Images. |p. 179b| Ling / Evening News /Rex
Features/Imageplus. |pp. 180 e 216| Antonio Lúcio/Agência Estado/AE. |pp. 181 e 182a| Arquivo/Jornal dos Sports.
Instituto Moreira Salles [ims]
|pp. 168 e 182c| Arquivo Péris Ribeiro. |p. 185| M. Pires/Folha Imagem/Folhapress. |pp. 186-7| Arquivo Manchete
Esportiva. |pp. 188-9| Manoel Motta/Editora Abril. |p. 190| Ignácio Ferreira/Editora Abril. |p. 197b| Sebastião
Marinho / Agência O Globo. |p. 202| Luiz Novaes/Folha Imagem/Folhapress. |p. 211| Alfredo Rizzutti/Agência Para que nas demais ocorrências apenas a sigla seja utilizada,
Estado/AE. |p. 213| J.B. Scalco/Editora Abril. |p. 214| Sporting Pictures/Rex Features. |p. 217| Getty Images. |p. 219|
Allsport UK /Allsport. |p. 221b| AP Photo/Staff/Ut. |p. 223| Reproducão/Editora Abril. |p. 224| Sergio Berezovisk/
sem colchetes:
Editora Abril. |pp. 225 e 229| Masao GotoFilho/Folha Imagem/Folhapress.

A editora procurou reconhecer os direitos morais e autorais sobre as imagens publicadas neste livro.
A Cosac Naify agradece toda informação relativa à autoria e/ou a outros dados que estejam incompletos
nesta edição e se compromete a fazer a eventual identificação na edição seguinte ou reimpressão.

O autor agradece a Benê Corrêa, Mildes Mota de Vasconcellos, Celso Unzelte, Alexandre Massi e Djalma Santos
pela ajuda, imprescindível, na realização deste livro.

66 67

Crédito das citações


Os trechos de Nelson Rodrigues das pp. 58, 93 e 126 foram tirados de O berro impresso das manchetes. Rio de Janeiro: Agir, 2007
elementos extratextuais página de créditos e ficha catalográfica

12 Página de créditos e ficha


catalográfica

A página de créditos contém as principais informações editorias,


como direitos autorais, profissionais da editora envolvidos na
produção do livro, colaboradores externos, ficha catalográfica e
contato da editora.
Os créditos devem seguir a ordem de produção por área:
coordenador editorial ou editor, preparador, revisores (em
ordem de revisão), projeto gráfico, capa, composição, produção
gráfica.
[Crônicas inéditas 1] O editor e o revisor de 2a. prova devem checar a coerência
dos dados da página de crédito em relação ao miolo do livro.

Em alguns livros não é possível identificar todos os direitos • direitos autorais


autorais de imagens. Nesses casos é preciso incluir, na ficha de • créditos da edição
créditos, a seguinte frase: • crédito das imagens
• data de nascimento e morte do autor
Todos os esforços foram feitos para reconhecer os direitos • ficha catalográfica
morais, autorais e de imagem neste livro. A Cosac Naify • dados da editora
agradece qualquer informação relativa à autoria, titularidade • atendimento ao professor
e/ou outros dados que estejam incompletos nesta edição,
e se compromete a incluí-los nas futuras reimpressões.

Em inglês

Every reasonable attempt has been made to identify owners


of copyright. Errors or omissions will be corrected in
subsequent editions.

68 69
elementos extratextuais página de créditos e ficha catalográfica

12.1 Tradução 12.2 Coedição


Copyright da editora
Copyright das editoras e dos autores com
com o ano da publicação o ano da publicação
© Cosac Naify, 2010
© Cosac Naify, 2010
© Random House, Inc., 1937
© Boris Kossoy, 2010
© Renovado por Alice B. Toklas, 1964

Todos os direitos reservados sob Convenção Internacional e Pan-Americana de Copyright. Créditos editoriais
Obra publicada nos Estados Unidos por Random House, Inc., Nova York. Distribuída no Coordenação editorial florencia ferrari
Canada por Random House of Canada Limited, Toronto. Originalmente publicada por
Revisão danilo nikolaidis e raul drewnick
Random House, Inc., em 2 de dezembro de 1937.
Projeto gráfico maria carolina sampaio
Créditos de imagem fotos: p. 2: Gertrude Stein na c. b. c. , Nova York, 1934 © Yale Collection of American Produção gráfica lilia goes
Literature, Beinecke Rare Book and Manuscript Library; p. 332: Postal de Paris enviado Tratamento de imagens wagner fernandes
à Gertrude Stein por Pablo Picasso no dia 18 de agosto de 1919. © Yale Collection of
American Literature, Beinecke Rare Book and Manuscript Library; e pp. 350 e 351: Gertrude
Stein, Pablo Picasso, M. e Mme. Georges Maratier (foto de Olga Picasso, c. 1920-1934). Gerente de produtos editoriais e institucionais vera lucia wey
© Yale Collection of American Literature, Beinecke Rare Book and Manuscript Library.

Coordenação editorial Maria Helena Arrigucci


Créditos da edição Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)
Projeto gráfico da coleção Luciana Facchini
(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)
Capa e composição Gabriela Castro
Preparação Iuri Pereira cosac naify
Kossoy, Boris [1941-]
Revisão Raul Drewnick e Maria Fernanda Alvares Rua General Jardim, 770, 2o. andar
Tratamento de imagem Wagner Fernandes Coedição Boris Kossoy: fotógrafo/Apresentação de Jorge Coli
01223 - 010 São Paulo sp
São Paulo: Cosac Naify/Imprensa Oficial, 2010
Produção gráfica Aline Valli Brasil
216 pp., 134 ils.
Tel [55 11] 3218 1444
Ficha catalográfica isbn 978-85-7503-884-0 www.cosacnaify.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)
(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)
Atendimento ao professor [55 11] 3218 1473
autor e data 1. Fotografias 2. Fotógrafos – Brasil i. Título.
Stein, Gertrude [1874-1946]
Autobiografia de todo mundo: Gertrude Stein 09-13358 cdd-770.92
crédito do tradutor Título original: Everybody´s Autobiography
imprensa oficial do estado de são paulo
Tradução, posfácio e sugestões de leitura:
Índices para catálogo sistemático:
Júlio Castañon Guimarães Rua da Mooca, 1921 Mooca
1. Fotógrafos brasileiros: Apreciação crítica 77.92
São Paulo: Cosac Naify, 2010 03103 -902 São Paulo sp
360 pp., 4 ils.
Brasil
Observar a ordem isbn 978-85-7503-926-7 sac 0800 0123 401
dos itens, número de páginas, 1. Autores americanos - Século 20 - Biografia cosac naify Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização livros@ imprensaoficial.com.br
número de ilustrações e isbn. 2. Stein, Gertrude, 1874-1946 i. Título. Rua General Jardim, 770, 2º. andar prévia dos editores www.imprensaoficial.com.br
01223 - 010 São Paulo sp
10-06427 cdd-818.5209 [55 11] 3218 1444
Direitos reservados e protegidos
cosacnaify.com.br
Índices para catálogo sistemático: (lei no. 9 610, de 19.02.1998) pinacoteca do estado de são paulo
1. Autores americanos: Século 20: Biografia Atendimento ao professor [55 11] 3218 1473
Praça da Luz, 2 Luz
Foi feito o depósito legal na Biblioteca Nacional 01120 -010 São Paulo sp
(lei no. 10 994, de 14.12.2004) Brasil
Tel [55 11] 3324 1000
impresso no brasil, 2010 www.pinacoteca.org.br

Dados da editora

Coedição

Atendimento ao professor

* A pontuação, espaçamentos e alinhamentos da ficha


catalográfica devem ser corrigidos conforme este modelo.
Não reproduzir ipsis literis a ficha enviada pela a cbl.

70 71
elementos extratextuais página de créditos e ficha catalográfica

12.3 Reimpressões e novas edições 12.4 Livros ilustrados

© Cosac Naify, 2009


© Cosac Naify, 2010
© Mostra Internacional de Cinema, 2009 Copyright do ilustrador © Daniel Nesquens, 2007
© Éditions Robert Laffont, S.A., Paris, 1982 © Riki Blanco, 2007
© Thule Ediciones, Barcelona, Espanha
coordenação editorial augusto massi e andressa veronesi
preparacão denise pessoa
Coordenação editorial miguEl DEl CasTillo
Revisão maRia FERNaNDa alvaREs e ToDoTipo EDiToRial
revisão laura rivas e ceclia ramos Composição Elisa voN RaNDow
projeto gráfico luciana facchini produção gráfica lilia goEs
Número da reimpressão e data
1 .a reimpressão, 2010

Dados internacionais de Catalogação na publicação


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)
(cip)(Câmara Brasileira do livro, sp, Brasil)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Autor e data
Nesquens, Daniel [1967 -]
Buñuel, Luis [1900-1983] Como um peixe na água: Daniel Nesquens
Meu último suspiro: Luis Buñuel Título original: Como pez en el agua
Título original: Mon dernier soupir ilustrações: Riki Blanco
Tradução: André Telles Crédito do ilustrador Tradução: livia Deorsola
São Paulo: Cosac Naify, 2009 são paulo: Cosac Naify, 2010
44 pp., 20 ils.
376 pp., 35 ils.

isbn 978-85-7503-845-1 isBN 978-85-7503-916-8


© Cosac Naify, 2006 1. literatura infantojuvenil i. Blanco, Riki.
1. Buñuel, originalmente
Publicado Luis, 1900-1983nos Estados Unidos pela Princeton Architectural Press ii.©Título.
Cosac Naify, 2010
2. Diretores e produtores de cinema – Espanha – Biografia
© 2010
10-05041 Peanuts Worldwide LLC, Peanuts.com
CDD-028.5
i. Título.FACE NORTE
COLEÇÃO
Índices para catálogo sistemático:
09-08415 cdd-927.9143
1.Coordenação editorial
literatura infantil 028.5 vanessa gonçalves
Coordenação editorial cristina fino
2. literatura infantojuvenil 028.5
Projeto
Índicesgráfico luciana
para catálogo facchini e elaine ramos
sistemático: Tradução e letreiramento intercontinental press
Capa luciana
1. Diretores facchinide cinema: Biografia 927.9143
e produtores
Composição robson vera e paulo andré chagas
Revisão técnica jos tavares correia de lira e joana mello
Revisão carla mello moreira e maria cludia mattos Revisão todotipo editorial e pedro paulo da silva
CosaC NaiFy
Índice remissivo maria cludia mattos Produção
Rua gráfica770,
general Jardim, lilia
2o. goes
andar
Número da edição e data Tratamento
01223-010 de imagem
são paulo sp mário ferraz jr.
2 a. edição revista, 2008
Tel. [55 11] 3218 1444
www.cosacnaify.com.br/infanto

Dados Internacionais
atendimento de Catalogação
ao professor [55 11] 3218 na Publicação (cip)
1473
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip) (Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)
(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)
Autor-ilustrador e data
Uma nova agenda para a arquitetura: antologia teórica (1965-1995) Schulz, Charles M. [1922-2000]
Título original: Theorizing a new agenda for architecture: Snoopy – Primeiro de abril: Charles M. Schulz
an anthology of architectural theory, 1965-1995 Título original: Snoopy: Poisson d’avril
Organização: Kate Nesbitt
Ilustrações do autor
Tradução: Vera Pereira
São Paulo: Cosac Naify, 2a. ed. rev., 2008 Tradução: Intercontinental Press
664 pp., 16 ils. São Paulo: Cosac Naify, 2010
isbn 978-85-7503-599-3
56 pp., 44 ils.
1. Arquitetura – Teoria 2. Arquitetura moderna – Século 20 isbn 978-85-7503-929-8
3. Arquitetura pós-moderna i. Nesbitt, Kate.
1. Histórias em quadrinhos I. Título.
06-1770 cdd-720.1
10-08772 cdd-741.5
Índices para catálogo sistemático:
1. Arquitetura: Teoria 720.1
Índices para catálogo sistemático:
1. Histórias em quadrinhos 741.5

cosac naify
Rua General Jardim, 770, 2.o andar
01223-010 São Paulo sp
Tel [55 11] 3218 1444
Fax [55 11] 3257 8164
www.cosacnaify.com.br

Atendimento ao professor [55 11] 3218 1473


72 73
elementos extratextuais página de créditos e ficha catalográfica

13 Lista de títulos da coleção coleo ensaios

No final dos livros de coleção deve haver uma página com uma 1. Eduardo Viveiros de Castro A inconstância da alma selvagem
lista numerada de todos os títulos da coleção, inclusive o que está 2. Davi Arrigucci Jr. Coração partido: uma análise da poesia reflexiva de Drummond
sendo publicado. 3. Maurice Merleau-Ponty A prosa do mundo
4. Marcel Mauss Sociologia e antropologia
5. Pierre Clastres A sociedade contra o Estado
6. Ismail Xavier O olhar e a cena
7. Pierre Clastres Arqueologia da violência
8. Maurice Merleau-Ponty O olho e o espírito
9. Franklin de Mattos A cadeia secreta: Diderot e o romance filosófico
10. Antonio Arnoni Prado Trincheira, palco e letras
11. Eunice Ribeiro Durham A dinâmica da cultura: ensaios de antropologia
Coleção Cinema, teatro e modernidade 12. Otília Beatriz Fiori Arantes Mário Pedrosa: itinerário crítico
Coordenação editorial Ismail Xavier 13. Eduardo Escorel Adivinhadores de água
1. O cinema e a invenção da vida moderna
14. Ronaldo Brito Experiência crítica
11. Teatro pós-dramático
Leo Charney e Vanessa R. Schwartz (orgs.) Hans-Thies Lehmann 15. Fernando A. Novais Aproximações: estudos de história e historiografia
2. Teoria do drama moderno [1880-1950] 12. O ornamento da massa 16. Jean-Paul Sartre Situações i: crítica literária
Peter Szondi Siegfried Kracauer 17. Alcides Villaça Passos de Drummond
3. Eisenstein e o construtivismo russo 13. Drama em cena
18. Gérard Lebrun A filosofia e sua história
François Albera Raymond Williams
19. Lúcia Nagib A utopia no cinema brasileiro: matrizes, nostalgia, distopias
4. Tragédia moderna 14. Cinefilia: invenção de um olhar,
Raymond Williams história de uma cultura 1944-1968 20. Alfonso Berardinelli Da poesia à prosa
5. Shakespeare nosso contemporâneo Antoine de Baecque 21. Ismail Xavier Sertão Mar: Glauber Rocha e a estética da fome
Jan Kott 22. Marthe Robert Romance das origens, origens do romance
6. O olho interminável [cinema e pintura] 23. Leopoldo Waizbort A passagem do três ao um: crítica literária, sociologia, filologia
Jacques Aumont
24. Michael Hamburger A verdade da poesia
7. Cinema, vídeo, Godard
Philippe Dubois 25. Bento Prado Jr. A retórica de Rousseau e outros ensaios
8. Teoria do drama burguês 26. Claude Lévi-Strauss Antropologia estrutural
Peter Szondi 27. Manuela Carneiro da Cunha Cultura com aspas e outros ensaios
9. Discurso sobre a poesia dramática 28. Jorge de Almeida e Wolfgang Bader (orgs.) Pensamento alemão no século xx - i
Denis Diderot
29. Roy Wagner A invenção da cultura
10. Crítica da imagem eurocêntrica
Ella Shohat e Robert Stam 30. Jorge Coli O corpo da liberdade

74 75
elementos extratextuais

14 Colofon
colofon simples em português

Fonte vista sans e vitesse


Papel alta alvura 120 g /m2
Impressão geográfica Texto principal
Tiragem 5 000

colofon simples em inglês
1 Citações
Typeface linotype univers 2 Numerais
Paper matt artpaper 157 g /m2 3 Nomes próprios
Printrun 10 000
4 Diálogos e falas
printed in china
5 Obras de arte

colofon descritivo em português 6 Filmes

Este livro foi impresso em abril de 2010 na gráfica Ipsis, em papéis


Garda e Pólen. Desta edição, de 3 000 exemplares, 1 500 foram
produzidos com encadernação especial, em pasta revestida com
tecido Saphir.

colofon descritivo em inglês

This book was printed in April 2010 at Ipsis, in São Paulo, Brazil,
with Garda and Pollen papers. For this edition of 3 000 copies,
1 500 were produced with special binder, and a briefcase coated
with Saphir tissue.

76 77
texto principal citações

O corpo de texto do livro, isto é, o texto principal e seus aparatos 1 Citações


editoriais, deverão ser formatados antes da leitura em Times New Todas as citações do livro devem ser checadas pelo preparador
Roman corpo 12, com alinhamento à esquerda, entrelinha de 1,5. de texto, que deverá verificar se as obras estrangeiras citadas
Essa formatação será um parâmetro para formatar os demais têm edição brasileira e, se for o caso e a tradução for
elementos do livro, proporcionalmente à importância hierárquica recomendada, substituí-las.
de cada elemento em relação ao corpo de texto. De modo geral, não se alteram citações. Caso seja preciso
Num texto composto, parágrafo inicial, bem como o primeiro corrigir algum erro de digitação, português ou informação numa
parágrafo logo após uma interrupção (intertítulo, respiro ou recuo citação, o preparador e os revisores deverão fazer a correção,
de citação) não deverá ter defesa de parágrafo. Os demais mas alertar o editor em comentário. Apenas em último caso
parágrafos do livro começarão sempre com defesa – que jamais deve-se manter o erro e recorrer ao [sic]. Eventuais emendas para
deve ser feita com a tabulação, e sim com a régua superior do deixar a citação segundo a padronização editorial do livro (quando
Word, em geral em 1,5 cm. A única situação em que um parágrafo o uso de itálicos, maiúsculas, aspas etc. for diferente dos da
inicial deve ter defesa de parágrafo é quando há um diálogo Cosac Naify) também devem ser registradas em comentário.
logo no início. As citações podem ser padronizadas no corpo de texto, entre
Ver “Diálogos e falas”. O revisor deve estar atento a esse detalhe. aspas, ou em recuo de citação, sem aspas, em corpo 10, redondo ou
itálico (quando a citação ultrapassa quatro linhas), conforme a
coleção. O recuo de citação é um recurso contemporâneo e nem
como fazer sempre se aplica a autores clássicos; o preparador deverá
Busca: Para eliminar todas as tabulações do arquivo, dê uma combinar com o editor o critério para definir quais citações devem
busca por ^t (tabulação), não preencha a caixa [Substituir por] ser feitas em recuo ou não. Ver “Aspas”
e clique em [Substituir tudo]. Essa busca está entre as
programadas na macro de limpeza. Formatação: A citação deve ser formatada em Times New
Roman corpo 10, com recuo esquerdo de 1,6 cm, alinhamento
justificado, entrelinha de 1,5, espaçamento antes 6pt e
depois 6pt.

* Nunca pule duas linhas antes ou depois da citação.

1.1 Supressão de trecho


Quando houver supressão de trecho no interior de uma citação,
utilizar reticências entre colchetes: […].

78 79
texto principal CITAÇões

* Atenção para as reticências espaçadas, sem colchetes,


muito comuns em tradução de língua inglesa: elas não
são reticências de fato, apenas indicam supressão de
A citação deve ser traduzida, mas, na referência, o título da
obra citada deve ser mantido na língua original.

texto. Devem ser substituídas por […]. Essas reticências


espaçadas não são utilizadas em português.

original em inglês
Marlow, in Heart of Darkness, recalls a man dying at his feet, with a spear in
his stomach, and how ‘my feet felt so very warm and wet that I had to look
down … my shoes were full; a pool of blood lay very still, gleaming dark-red
under the wheel.
[A invenção da cultura]

*
correspondência em português
Se um autor italiano cita um escritor francês, o título do
Marlow, em O coração das trevas, relembra um homem agonizando a livro entra em francês ou em português no corpo do texto,
seus pés, com uma lança no estômago, e como “a sensação de calor e não em italiano. Em notas ou na bibliografia, no entanto,
e umidade nos meus pés era tamanha que precisei olhar para baixo. a referência deverá seguir a edição utilizada pelo autor
[…] meus sapatos estavam encharcados; havia uma poça de sangue italiano, mesmo que não seja a edição francesa original.
muito parada, cintilando num tom escuro de vermelho bem debaixo
do timão”. Títulos de obras conhecidas e com tradução para o português
só devem ser mantidos no original se a informação for relevante
[Como funciona a ficção]
para o estilo ou o conteúdo do texto do autor.

1.2 Citações de edições estrangeiras Citações em prosa de modo geral entram diretamente em
Títulos de livros que nunca tiveram edição brasileira devem ser português no corpo do texto (mas com o título do livro no idioma
citados na língua original, se necessário com a tradução entre original). Caso a citação em prosa seja feita em língua estrangeira,
colchetes, em redondo. Cuidado ao traduzir sistematicamente todos ela deverá ser padronizada em itálico e entre aspas e sua
os títulos em língua estrangeira: pode soar hipercorreto e burocrático, tradução deve constar em nota.
sobretudo em títulos de fácil compreensão mesmo para o leitor
brasileiro. Esse tipo de tradução tende a ser mais útil em títulos
capciosos, de difícil compreensão ou que possam levar o leitor
a engano.

80 81
texto principal citações

1.3 Citações de livros estrangeiros publicados no Brasil O preparador deve zelar para que as citações bíblicas sejam
Quando houver tradução, a referência deverá seguir a edição extraídas de edições recomendadas e não traduzidas pelo
brasileira, a menos que sua qualidade seja notoriamente tradutor do original inglês, francês etc. que está sendo editado.
contestada. O preparador deve pesquisar a eventual existência Citações do Alcorão, da Torá e de outros livros sagrados devem
dessa edição, localizar o trecho citado e substituí-lo na tradução, ser feitas conforme orientação do editor.
mantendo, no entanto, a referência à edição citada pelo autor.
A edição brasileira deve ser mencionada em nota de rodapé, entre 1.5 Versos
colchetes, precedida de “ed. bras.:”. Citações de poesia podem ser padronizadas de duas formas: no
corpo do texto, com barras de separação dos versos; ou em recuo
de citação, quebrando a linha em cada verso. Citações de poesia
entram no idioma original, com a tradução em nota de rodapé. Se
os versos não tiverem boa tradução no Brasil, a nota deve indicar
que a tradução é literal. Ver também “Citações de edições
estrangeiras”.

[O outono da Idade Média]


1.5.1 Barras
1.4 Bíblia e outros livros sagrados Utiliza-se barra simples para separar versos e barra dupla para
A Bíblia, o Alcorão, a Torá tradicionalmente são grafados em redondo. separar estrofes. Nos dois casos, sempre com um espaço depois
Em citações de livros da Bíblia, o nome do livro entra em cAb, da barra, mas não antes.
redondo; em nota de rodapé, o título pode ser abreviado.
Padronize capítulos em números romanos, em versalete, e os “O caldo, flor de podridão, é puro/ somente enquanto o instinto
versículos, em arábicos. se contenta; / grita como menino e se arrebenta/ se dele lhe
tiramos o monturo.// Aquilo que para ele é grande sorte,/ para
Mateus, ii, 4. mim, num lampejo, é sofrimento:/ não saber o porquê de o
Em nota de rodapé: Mt, ii, 4. querer forte/ e cheio de fartura, corpulento,/ a serva que
escorraça o pobrezinho;/ ou que ele, como toda criatura,/
ignore o que será ao ser perfeito.”

82 83
texto principal numerais

1.5.2 Quebra de linha a cada verso 2 Numerais


Neste caso, aplica-se o padrão normalmente empregado para
citações, com recuo, conforme o padrão de cada coleção. 2.1 Em textos literários
De modo geral os numerais (idade, distância etc.) serão grafados
por extenso:

Aquela viagem durava vinte e quatro dias.

Exceto nos seguintes casos:


• Datas, décadas, séculos:

“no dia 15, saí…”.


“século xix” (sempre em romanos e versalete)
10 de fevereiro (mês em cb)

Uma menina de dezesseis anos, uma noiva chinesa dos anos


1.5.3 Verso maior do que a coluna 30 poderia consolar sem ser indecorosa esse tipo de dor
adúltera cujo ônus recaía sobre ela?

[O amante]

• Quando for importante que os algarismos apareçam visualmente:


“o relógio marcava 17h59”; “eu estava esperando o ônibus 15
passar”; “embarque na plataforma 24”; “ele era o camisa 13”;
• Quando a forma por extenso soar burocrática ou excessiva, em
especial em valores muito quebrados.

*
[O outono da Idade Média]
Em falas, os numerais devem ser grafados sempre
por extenso.

84 85
texto principal numerais

2.2 Em textos de não ficção 2.3 Horários, datas e intervalos de tempo


A padronização de numerais obedece aos seguintes critérios: 2.3.1 Horas
Use um h, e não dois pontos, para separar horas e minutos:
por extenso: 17h30, 4h59.
• Números que podem ser escritos com apenas uma palavra:
dezessete, dois, quinhentos, mil etc. 2.3.2 Datas
• Numerais contidos em falas. Sobretudo em livros de ficção, procure anotar os horários
• Quando o numeral estiver abrindo a frase: “Cinquenta e sete dias mencionados para eventual checagem de erros de continuidade.
depois…”.
Depois vem o noivado com Oliverio. Conheceram-se em 1928
em algarismos: e se casaram catorze anos depois, em 1944, num noivado que,
• Números que exigem mais de uma palavra para serem escritos; ao menos por sua duração, mostra bem sua época.

Em 5 de fevereiro de 1955, os membros da Comissão de Localização [Comentário do preparador]


da Nova Capital Federal fizeram a primeira visita ao sítio escolhido. 1928 + 14 = 1942. A conta não fecha.
Dirigiram-se ao ponto mais alto – uma elevação a 1 172 m do nível do
[Modernidade periférica]
mar, de onde se descortinava em 360 graus a paisagem primitiva da
região junto ao vale do Paranoá – e ali ergueram uma tosca cruz de
madeira paramarcar sua presença. Conforme o Novo Acordo Ortográfico, intervalos de tempo devem
ser padronizados com hífen: 1930-40, 1889-90.
[Arquivo Brasília]
Não acrescente de maneira sistemática o “19” em construções
em grafia mista: como “década de 1970”, “anos 1920”: esse recurso é valioso para
• Milhares, milhões, bilhões etc. redondos: dar precisão, mas soa burocrático ou hipercorreto em frases
como “os Beatles se conheceram nos anos 1950”.
Em 1957 já se contava um total de 13 mil trabalhadores, e em 1959,
com a maior afluência de migrantes nordestinos, atingiu-se a marca Meses do ano são sempre em cb:
de 60 mil.
4 de janeiro

No entanto, quando se trata de uma data comemorativa, como o


11 de Setembro (atentado às torres) ou Maio de 68, o mês deve
ficar em cAb.

86 87
texto principal numerais

2.3.3 Circa (aproximadamente)


Grafar c. em redondo, com espaço entre o ponto e a data:

c. 1450

[Anna Kariênina]

2.4 Milhares
Use um espaço, e não um ponto, para separar a casa dos
milhares, milhões etc. (ver exemplo, na página anterior) * Em livros de arte, design e arquitetura em que há muitas
referências a medidas, as unidades devem ser abreviadas.

2.5 Unidades de medidas, números e operações Em legendas, títulos, notas e textos “isolados”, abrevie as
matemáticas unidades de medidas, mas em texto corrido prefira a grafia por
O preparador deve bater com o original todos os números que extenso. No entanto, se na mesma passagem ou no mesmo
constem do livro, para checar se não houve erro de digitação e/ parágrafo há repetidas vezes “quilômetro quadrado”, use “km2”:
ou tradução – por distração, é comum “fifty” virar “quinze”.
As unidades de medidas deverão ser convertidas para o 3. O território francês tem uma superfície de 543 965 km2,
sistema métrico (na bibliografia básica indica-se um conversor de comparável à do estado de Minas Gerais (587 172 km2). [n. t.]
medidas na internet). Tradutores já costumam fazer esse tipo de
[Antropologia estrutural ]
conversão, que no entanto deve ser checada pelo preparador.
Ao fazer isso, procure arredondar os números quando eles forem
genéricos: se o narrador diz que a casa ficava a uma milha de
distância, não deixe “a 1,6 km”, e sim “a um quilômetro e meio”.
* Em livros de arte as dimensões de obras são dadas de
preferência em centímetros.

O preparador também deverá checar as eventuais contas 2.6 Formatação


matemáticas que houver no livro (idades, intervalos de tempo, 2.6.1 Números romanos
quilometragens etc.). Vão em versalete.
A conversão será feita sobretudo em livros de não ficção e em
livros de ficção contemporâneos. É importante preservar unidades i, ii, v, xx, cv, mxmiii.
de medidas específicas, que sejam um dado cultural relevante, Francisco i; século xvii
como léguas, medidas medievais, as verstas russas etc.
Nesse caso a conversão deverá ser feita em nota.
2.6.2 Números arábicos
Vão em fonte expert.

88 89
texto principal nomes próprios

3 Nomes Próprios 3.1.4 Iniciais


Nomes tradicionalmente conhecidos por iniciais, como T. S. Eliot
3.1 Nomes de pessoas e personagens ou D. H. Lawrence, levam espaço – convertido pelo designer em
Os nomes próprios devem ser padronizados sempre em cAb. espaço fino – depois do ponto.
Todos os nomes próprios do livro devem ser checados pelo
preparador de texto e/ou pelo indexador, utilizando livros de
referência, o banco de nomes da Cosac Naify e outras fontes
indicadas pelo editor. O preparador também deve realçar os
* As iniciais não devem ser formatadas em versalete.

Textos assinados apenas por iniciais, como uma “Nota sobre esta
nomes de pessoas com marca-texto amarelo. Em traduções, a edição”, feita por um organizador, segue o mesmo padrão, adequado
edição original pode ser usada na checagem, mas recomenda-se ao padrão para assinaturas de textos.
utilizar uma segunda fonte.

3.1.1 Atualização ortográfica F. M. [para Franco Moretti]

Apesar da tradição que recomenda a atualização póstuma da


[Facundo]
grafia de nomes de pessoas, muitos deles – sobretudo de
escritores – permanecem sendo escritos sem atualização
ortográfica em seus livros, e assim devem ser mantidos, como 3.1.5 Plural de sobrenomes
Vinicius de Moraes, Alphonsus de Guimaraens, Lucio Costa etc. No Brasil, é mais usual, como no inglês, não flexionar os nomes
O preparador deverá consultar o editor sobre a conveniência de famílias no plural, ao contrário do costume em Portugal
de atualizar ou não as grafias de nomes próprios. A atualização (“os Maias”).
será feita principalmente nos casos em que não houver fonte
segura, como “Manoel da Nóbrega” vs. “Manuel da Nóbrega”. Os Matisse viviam no cais saindo do Boulevard Saint-Michel.

[A autobiografia de Alice B. Toklas]


3.1.2 Personagens históricos
Muitos personagens históricos, sobretudo mais antigos,
tradicionalmente têm o nome aportuguesado, que assim deve ser 3.1.6 Nomes compostos
mantido: Luís xvi, Ana Bolena, Cristóvão Colombo etc. preposições
Devem ficar em cb, quando o nome da pessoa vier por completo.
3.1.3 Transliteração
Nomes que exigem transliteração, como os russos, japoneses, John dos Passos, Miguel de la Madrid, Piero della Francesca,
indígenas etc. devem ser listados e checados por um especialista. Charles de Gaulle, Vincent van Gogh, Ahmed ben Bella.

90 91
texto principal nomes próprios

Mas, quando se escreve apenas o sobrenome, a primeira letra da 3.1.7 Derivação de antropônimos em língua estrangeira
partícula vai em cAb: Manter as características do nome estrangeiro, com acréscimo de
iano, ismo, ino ou ista.
De la Madrid, Della Francesca, De Gaulle, Van Gogh.
bachianas, behaviorista, brechtiano, byroniano, comtiano, darwinista,
na bibliografia goethiano, hobbesiano, littreano (Littré), mallarmeano, sardo (natural
Não separar os sobrenomes ligados por hífen e os que da Sardenha), shakespeariano, steinberguiano, taylorismo, voltairiano,
contenham elemento adjetivado. weberiano.

castelo branco, camilo; sá-carneiro, Mário de


souto maior, Pedro

• No espanhol, o sobrenome paterno (o 1º. ) é a referência:


* A derivação estabelecida para Foucault é foucauldiano,
com d, e não com t.

3.1.8 Nomes de personagens de ficção


garcía marques, Gabriel. Em geral, os nomes de personagens de ficção não são traduzidos,
devendo ser mantidos na língua original ou transliterados
• No italiano, francês e inglês, as partículas vêm antes do adequadamente: Melanctha, Anna Kariênina, Jean Valjean.
sobrenome (inclusive Mac, Mc, M’). Em traduções antigas, de tradutores como Paulo Rónai,
Manuel Bandeira ou Carlos Drummond de Andrade, nomes de
de quincey, Thomas; della volpe, Galvano; du bos, Charles. personagens eventualmente traduzidos devem ser mantidos tal
la fontaine, Jean de; o’neil, Eugene; mccallum, Cecilia. como o tradutor publicou.
Em livros infantojuvenis, no entanto, pode ser interessante
• Em português, alemão e holandês, as partículas dos, de, von, vom, encontrar algum bom equivalente brasileiro (como o Jorge e o
van são colocadas depois do prenome. Haroldo da série As Aventuras do Capitão Cueca), sobretudo se o
nome original contiver algum jogo de palavras, como Marcelino
andrade, Mario de Pedregulho (Marcelin Caillou), de Sempé.
humboldt, Alexander von

• No chinês, não há inversão, o sobrenome já antecede o nome: * Atenção aos nomes muito próximos de nomes existentes
em português, que por distração tendem a ser
aportuguesados, como os italianos Antonio (e não
mao, Tsé-tung Antônio), Italo (e não Ítalo), Emilio (e não Emílio) etc.

92 93
texto principal nomes próprios

3.1.9 Nomes e fórmulas de tratamento, títulos etc. frei Vicente do Salvador, presidente Lula, visconde de Cairú,
As fórmulas de tratamento e títulos seguem uma padronização dom Pedro ii, prof. Celso, d. João vi, papa João Paulo ii.
específica que deve ser observada pelo preparador. Exceto quando faz parte de um nome: avenida Papa João Paulo ii

em cb, por extenso abreviado, cb.


• quando não estiver acompanhado do nome: • quando estiver ao lado do nome:

O mutilado espanhol senhor que me fiava cigarros foi um santo Durante meio século, as burguesas de Pont-l’ Évêque invejaram
senhor e uma figura celestial que não encontrarei mais na vida. à sra. Aubain sua criada Félicité.

[Só para fumantes] [Três contos]

• em falas, mesmo que acompanhado do nome: em língua estrangeira


Usa-se por extenso quando não for acompanhado pelo nome, e
Nessa altura, Barabás não soube mais dominar-se: abreviado cAb, quando acompanhado do nome completo ou
— Então o senhor tome também a bandeira ao Csele. sobrenome.
— Há bandeira também? Entregue-a! — disse o professor dirigindo-se
a Csele. Este retirou do bolso uma bandeirinha presa num arame, feita Mr. Mrs. Ms. Dr. (inglês americano)
pela irmã, como a bandeira do grund. Era ela em geral quem Mr Mrs Ms Dr (inglês britânico)
executava os trabalhos de agulha para eles. Mas a bandeirinha era M. MM. Mme Mlle (francês)
vermelha, branca e verde, e continha os dizeres: sociedade do betume, Atenção para o uso do ponto
budapeste, 1889. jura mos não ser mais cerv os.61
— Hum! — disse o Sr. Professor —, qual é o sábio que escreve servos Muitas vezes o título ou a fórmula de tratamento, sobretudo em
com c? Quem foi que escreveu isto? textos literários e históricos, incorpora-se ao nome do
Ninguém respondeu. O professor repetiu a pergunta em voz trovejante: personagem (real ou ficcional), além de carregar informação
— Quem escreveu isto? cultural relevante. Assim, devem ser mantidas no idioma original
Então Csele teve uma ideia. De que servia comprometer um palavras como “Madame”, “Don”, “Dottore” etc., em cAb, redondo,
camarada? Fora Barabás quem escrevera servos com c, mas para que como se fizessem parte do nome:
metê-lo em apuros? Disse, pois, baixinho:
— Foi a minha irmã, Senhor Professor. Madame Bovary
M. Dupont
[Meninos da rua Paulo]
Mrs. Dalloway
Dr. Jekyll & Mr. Hyde

94 95
texto principal nomes próprios

3.2 Nomes de lugares 3.2.2 Logradouros estrangeiros


3.2.1 Cidades, estados, regiões e países estrangeiros Sempre no idioma original
Preferencialmente em português De modo geral, não convém traduzir nomes de ruas, avenidas,
É necessário verificar nos dicionários de nomes próprios (Koogan bairros, praças estrangeiras etc., mesmo que em casos pontuais
Larousse) ou no atlas indicado pela editora a tradução correta do pareça adequado, como em “Quinta Avenida”. Adotar o critério de
nome da cidade ou do país citado. Não deve ser usado o nome padronizar em português o nome ou parte do nome resultaria em
em língua estrangeira. construções bizarras como “rua Wall” ou “rua do Muro” em vez de
Wall Street; “praça Times” em vez de “Times Square” etc. Traduzir
Antuérpia, Berlim, Copenhague, Florença, Madri, Nova York, Tóquio. apenas alguns pode ser arbitrário e inconsistente.

No entanto, evitar formas dicionarizadas que soem muito lusas Wall Street, 5th Avenue, Times Square, 42th Street, Boulevard
ou antiquadas, como Bordéus (Bordeaux), Moscovo (Moscou), du Montparnasse, Rue Delambre, Place de l’Hôtel de Ville,
Amsterdão (Amsterdã), São Francisco (San Francisco) ou Nova Calle Relator, Avenida de Mayo, Piazza San Marco, Via Veneto.
Iorque:

Nasci em San Francisco, Califórnia.

[A autobiografia de Alice B. Toklas]


* Tanto o nome como a palavra designativa (“rua”, “avenida”
etc.) devem ser padronizados como nomes próprios, isto é,
em redondo, cAb. Para nomes de ruas em cidades onde a
língua falada exige transliteração, sobretudo em textos de
Em textos de grandes autores brasileiros, é mais indicado ficção, pode ser considerada a possibilidade de traduzir.
preservar a forma escolhida pelo autor, que pode ser um dado  
relevante: se Manuel Bandeira escreveu “Ruão”, a forma não deve logradouros em cidades onde se fala português
ser alterada para “Rouen”, como seria indicado numa tradução Nas cidades onde se fala português, o qualificador
contemporânea. (rua, avenida, praça, largo etc.) deve ser padronizado em cb, como
É melhor evitar as formas “eua” e “América” para designar os substantivo comum.
Estados Unidos: a primeira soa muito jornalística, e a segunda,
muito americana. Da mesma forma, deve-se preferir a forma largo do Machado, avenida Paulista, rua Augusta,
União Soviética a urss. Ver também “Siglas”. largo do Rocio, praça da Estação, praça do Patriarca.

96 97
texto principal nomes próprrios

* Evitar as formas abreviadas “av.”, “r.”, “pça.”, exceto em


legendas e textos muitos curtos. Em texto corrido, o
padrão é sempre por extenso: rua General Jardim,
3.2.4 Transliteração e grafias
Notícias sobre “novas grafias” e “novos nomes” de cidades e
países, comuns na imprensa, por exemplo, devem ser checadas
avenida São Luís etc. com critério e adotadas apenas com muita certeza, com apoio em
bibliografia de referência. Muitas vezes, essas mudanças em
Ruas, praças etc. conhecidas por um número que abrevia uma formas consagradas há séculos têm origem em disputas políticas
data (como “praça xiv”, “praça xi” etc.) devem ter os números e ideológicas muito recentes.
grafados preferencialmente em romanos, e não por extenso Um exemplo: o governo chinês determinou que a transliteração
(“praça Onze”) ou em arábicos (“praça 11”). No entanto, quando o inglesa da capital do país passe a ser Beijing e não Peking; no
nome da rua contiver também o nome do mês, devem ser entanto, isso não altera em nada a forma consagrada em
utilizados os algarismos arábicos, com o mês em cAb: português há quinhentos anos, Pequim, registrada em todos os
nossos dicionários e anterior até mesmo à forma Peking. Outro
avenida 23 de Maio exemplo: num protesto contra a forma fixada por seus antigos
rua 25 de Março colonizadores, os indianos mudaram a transliteração inglesa de
Bombay para Mumbai; no entanto, isso não altera a forma
consagrada em português, Bombaim.
3.2.3 Localização Para serem adotadas pela Cosac Naify, mudanças desse
Em textos de não ficção convém localizar as cidades pequenas e/ gênero precisam ter respaldo nos dicionários recomendados pela
ou não muito conhecidas, incluindo o estado, país ou região a que editora. Antes de adotar um novo nome ou grafia em substituição
pertencem. a formas consagradas e dicionarizadas, consulte o editor.

Alumínio (sp) 3.3 Termos geográficos


Odessa, Rússia 3.3.1 Pontos cardeais e subcardeais
Vassouras, no vale do Paraíba. Vão em cAb quando designar o nome de uma região específica,
conhecida com esse nome (o Nordeste, o Sudeste, o Leste
No entanto, é dispensável localizar capitais de estados e de países Europeu, o Meio-Oeste), ou para apontar uma direção. Quando
bastante conhecidos: construções como “Salvador (ba)”; “Paris, não se tratar de uma região geográfica específica, mas apenas a
França”; “Nova York, Estados Unidos” etc. soam como área de um território ou a localização de um território em relação
hipercorreção e não acrescentam informações ao leitor. a outro, os pontos cardeais e subcardeais vão em cb.

Pela pele citrina, deduzi que vinham de lugares quentes e


pobres, da Andaluzia, do sul de Portugal, da África do Norte.

[Só para fumantes]

98 99
texto principal nomes próprrios

3.3.2 Acidentes geográficos Os Nambikwara são fumantes inveterados e se não têm um


Em cb exceto quando o acidente fizer parte do nome próprio: cigarro na boca, trazem-no apagado dentro de um bracelete
de algodão ou enfiado no lóbulo furado da orelha.
ilhas de São Tomé e Príncipe, “subir a serra”, mar Vermelho,
[Do mel às cinzas]
Ilhas Salomão, Linha do Equador, Cabo Verde, Cabo Horn,
Serra da Canastra Para se referir ao idioma, use cb:

Em tukano, tocar flauta se diz “chorar” ou “queixar-se” por


3.4 Termos astronômicos meio deste instrumento (Silva 1962: 255).
Os nomes de corpos celestes, como Marte, Júpiter, Orion, Sol,
[Do mel às cinzas]
Lua, Terra, são grafados em cAb. Quando não se referem ao
corpo celeste diretamente, sol, lua e terra são grafados em cb: “a Como adjetivo, as etnias permanecem no singular, mas em cb:
luz do sol”, “o sol brilhava lá fora”, “sob a lua”, “sol da sua vida”, “lua
da existência”, “a terra em que pisa” etc. Tendo encontrado, numa crença dos Arawak da Guiana, um
motivo suplementar para incorporar o mito machiguenga ao
O dia estava esplêndido, um dia de maio, sol magnífico, ar brando, conjunto dos que estamos examinando, é certamente
sem contar as calças novas que minha mãe me deu, por sinal que oportuno lembrar que os próprios Machiguenga pertencem a
eram amarelas. um vasto grupo de tribos peruanas de língua arawak.

[Conto de escola] [Do mel às cinzas]

Para checar a grafia dos nomes das etnias, consulte a Enciclopédia


Sei que o mundo é vasto/ e as estrelas/ da floresta, de Manuela Carneiro da Cunha (Companhia das Letras)
moram muito longe; / que a Lua/ ou os volumes das Mitológicas (Cosac Naify).

é um lampião que flutua / e o Sol, 3.6 Termos religiosos


que forma de biscoito tem, / brilha também. Há grande variedade de usos e padrões para as letras maiúsculas
em palavras ligadas à religião; por isso, a despeito de outros
[Eu sei um montão de coisas!]
manuais ou dicionários, devem ser adotados os padrões a seguir
3.5 Etnias, tribos nos livros da Cosac Naify, exceto se houver orientação em
Para designar etnias e povos indígenas, use sempre em cAb, contrário por parte do editor.
no singular:

100 101
texto principal nomes próprrios

3.6.1 Santos; cargos e títulos religiosos Gerais”, “o estado de Nova York”; no entanto, se a palavra integrar
“São”, “Santo”, “Santa”, “Madre” não são “cargos” ou títulos, um nome próprio, naturalmente será grafada em cAb: Pinacoteca
mas parte do nome de personagens históricos; por isso devem do Estado de São Paulo.
ser padronizados em cAb, sobretudo aqueles que são autores Os órgãos e instituições do governo devem ter o mesmo
de obras: Santo Agostinho, Santo Isidoro de Sevilha, Santo tratamento dado aos nomes próprios, ou seja, cAb: Ministério da
Tomás de Aquino. Justiça, Casa Civil, Secretaria de Negócios Jurídicos etc.
Cargos e títulos eclesiásticos deverão seguir o padrão usual: Os cargos públicos, no entanto devem ir sempre em cb: “o
padre, papa, cardeal, frei, irmã, rabino, mulá, etc., exceto se o ministro da Justiça”, “a ministra-chefe da Casa Civil”, “o ministro
designativo já se incorporou historicamente ao nome, como o do Planejamento”, “o procurador-geral da República”.
Padre Cícero ou o Padre Amaro (essa decisão deve ter respaldo Os nomes de palácios e edifícios que por metonímia
em referências bibliográficas). Ver “Nomes e fórmulas de representem a instituição que abrigam devem igualmente ir em
tratamento”. cAb: “Palácio da Alvorada”, “Palácio do Itamaraty”, “Palácio do
Planalto”, “Embaixada do Brasil”.
3.6.2 Festas sagradas
Festas e datas sagradas costumam ser padronizadas em cAb: 3.8 Termos militares
Natal, Páscoa, Ramadã, Yom Kippur, Quaresma. Festas profanas Apenas as Forças Armadas e outras corporações militares
devem ser padronizadas em cb: carnaval, ano-novo. brasileiras devem ser grafadas em cAb: Exército, Marinha,
Aeronáutica, Polícia Militar, Guarda Civil. As corporações
3.6.3 Igrejas estrangeiras vão sempre em cb: o exército americano, a marinha
Para designar qualquer uma das comunidades cristãs inglesa, a aeronáutica russa, a gendarmeria francesa.
organizadas, será adotada a cAb tanto na palavra Igreja como na
denominação: Igreja Católica, Igreja Batista, Igreja Universal do
Reino de Deus. “Igreja” na acepção de “edifício” permanece em
cb: igreja de São Francisco de Assis.
* Exceção: quando o exército em questão é conhecido
historicamente por um nome próprio, como Luftwaffe,
Exército Vermelho, Exército dos Andes, Exército de
Cavalaria etc.
3.7 Termos governamentais
Algumas palavras ligadas à teoria do Estado, como a própria palavra 3.9 Disciplinas e campos do conhecimento
Estado, República, os Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo Não se adota a cAb para nomes de disciplinas e cursos
(bem como o antigo Moderador), e as principais leis do país – universitários quando coincidem com campos do conhecimento
Constituição, Código Civil, Código Penal – são grafados em cAb. mais amplos: medicina, engenharia, história, letras, ciências sociais,
A palavra “estado” como divisão territorial de um país irá jornalismo etc., exceto se fazem parte de um nome próprio (de um
sempre em cb: “o estado de São Paulo”, “o estado de Minas departamento ou faculdade).

102 103
texto principal

No entanto, caso se trate de um curso, disciplina ou cátedra 3.12 Tabela de padronização de nomes próprios
com nomes específicos, deve-se padronizar em cAb: Letras redondo cAb em todas
Nome de redondo itálico + aspas as palavras exemplo
Modernas, Comunicação e Artes do Corpo, Introdução aos
artigo de jornal
Estudos Literários I etc
ou revista • “J’accuse”
casa noturna, • • Fasano
3.10 Instituições ligadas a lugares bar, restaurante
Devem entrar em cb, a menos que façam parte do nome da coleção de livros • • Coleção Espaços
instituição. Universidades, museus e outras instituições coluna de jornal • • Painel do Leitor
estrangeiras ligadas a lugares devem preferencialmente ser curso • • Comunicação e Artes
do Corpo
traduzidas para o português, e mantidas no original em
referências bibliográficas, legendas e créditos.
disciplina • letras, antropologia
drinks tradicionais • dry martini, brandy

“[…] foi professor no departamento de antropologia das universidades


escola • • Faculdade Santa Marcelina

de Chicago e Nova York.”


evento • • São Paulo Fashion Week

“foi aluno da Universidade de São Paulo”


exposição de arte/show • Mostra do Redescobrimento
exposição regular • • Salão de 1931,
xxv Bienal de São Paulo
filme • A vida de Brian
3.11 Fatos e eventos históricos hotel • • hotel Maksoud Plaza
Vão em cAb fatos que adquiriram valor histórico. jornal • • O Globo
livro • Passeios na ilha
Guerra Civil Espanhola, Cruzadas, Revolução Russa, loja • • Lojas Americanas
Primeira Guerra Mundial marcas • • Huis Clos, Coca-Cola
museu/ instituição • • Museu do Louvre,
Universidade de São Paulo
música clássica • • Allegro da Nona Sinfonia
obra de arte • A dança
peça de teatro • Huis clos
poema, canção, • “A máquina do mundo”
conto, capítulo
prêmio • • Prêmio Nobel
programa de tv • • Jornal Nacional
projeto social • • Criança Esperança
rua • rua da Alfândega
escolas e grupos • • Fluxus, Cobra, Socialisme
culturais ou Barbarie
104 105
texto principal nomes próprios

4 Diálogos e falas discurso indireto livre


Há uma padronização própria para textos “falados” que façam parte
de um livro. Parte-se do princípio que uma pessoa jamais fala “sra.”, Por fim, voltou para casa, esgotada, os tamancos aos pedaços,
mas “senhora”, ou seja, a pronúncia de todas as sílabas deve estar a morte na alma; e, sentada no meio do banco, ao lado da senhora,
marcada na fala, ainda que, na narração, possa ser abreviada. contou todas as suas andanças, quando um leve peso caiu sobre seu
É preciso também atenção ao sistema de diálogos adotado ombro: Lulu! Que diabo andara fazendo? Talvez tivesse passeado
pelo autor, que deve ser preservado na tradução, com ligeiras pelas redondezas!
adaptações para a nossa tradição tipográfica.
[Três contos]

4.1 Aspas ou travessão? sem sinalização tipográfica


Diálogos e falas podem ser padronizados de diferentes maneiras:
em discurso direto, com aspas ou travessão, ou em discurso O quarto continuou em silêncio por mais algum tempo.
indireto livre. Helena estava quase desistindo, quando ouviu a voz da mãe.
Você está acordado?
discurso direto – travessão Estou, o pai respondeu.
A caçula se encolheu, excitada. Ia começar.
– O senhor teve sorte – diziam-me. – Soube escolher um lugar O que você achou?
para a sua casa. Do rapaz?, o pai perguntou.
– Faz três anos que vivo aqui – respondia eu. – Perdi um filho Claro, do que mais poderia ser?
no mar. Tenho outro, que não trabalha. Preciso de mulher para Parece bonzinho.
me esquentar de noite.
[Famílias terrivelmente felizes]

[Só para fumantes]

discurso direto – aspas Cabe ao preparador zelar para que o padrão escolhido pelo
autor seja seguido, mas ele pode ser discutido com o editor.
“Quem estará aqui embaixo?”, perguntou Francis. Deverá ser preservada a escolha que o autor fez em sua língua
“Deve ser alguém católico”, disse Rudy. original. Em textos brasileiros inéditos, é comum que o autor, por
“Claro que deve ser católico, sua besta, o cemitério é católico.” desatenção, utilize ora travessão, ora aspas num mesmo livro, isso
“Mas às vezes também enterram protestantes”, disse Rudy. deve ser padronizado pelo preparador, conforme a orientação do
editor. Num livro de contos, por exemplo, o mesmo sistema de
[Ironweed  ]
diálogos deve ser adotado em todos os textos; num romance, o
mesmo sistema em todos os capítulos.

106 107
texto principal diálogos e falas

4.1.1 Travessão
O uso de travessões nos diálogos e falas é o mais tradicional na “Attaway, Billy,” said his backer, Morrie Berman, clapping twice.
literatura brasileira e foi herdado dos escritores franceses. Em Lotta mix, lotta mix.”
geral, abre-se parágrafo a cada fala destacada com travessão: “Ball is working all right,” Billy said.

Depois, ao largar a traquitana, pela grande estrada, que ali subia, toda
em encostas, José Ernesto perguntou: Mas a mulher da Agência de Empregos havia dito: “É melhor
– Como é o nome todo do senhor Dom Gaspar? tomar o navio da tarde e, se conseguir uma cabine ‘só para mulheres’
– Dom Gaspar Maria Alcoforado de Menezes e Telles. no trem, vai se sentir muito mais segura do que se fosse dormir em
um hotel estrangeiro. […]”.
[Um dia de chuva]

[contos K. Mansfield]

Em autores mais antigos, é comum o uso de travessões no


interior de um parágrafo, sem quebra. Nesse caso, por questões pensamento
de ritmo e estilo, as falas no interior dos parágrafos podem ser As aspas podem ser usadas para dar destaque a pensamentos de
destacadas com aspas, mesmo que os diálogos estejam personagens, mesmo num livro com os diálogos padronizados
padronizados com travessão. com travessão.
Pensamentos de personagens não devem obrigatoriamente ficar
notação entre aspas; a padronização (ou ausência de sinalização) a ser
Para indicar um travessão em provas, marque dois hifens. seguida é a do original. O preparador não deve introduzir aspas
para marcar os pensamentos e separá-los da narração.

o traço ene 4.2 Verbo dicendi


O travessão mais usado na Cosac Naify é o médio ou traço ene. O verbo dicendi é, segundo o Houaiss, o “verbo dizer, e sinônimos
Eles devem ser substituídos automaticamente, na preparação. ou afins, cujo objeto direto é uma oração substantiva que exprime
o conteúdo de um ato de fala (p.ex., João disse que vai viajar;
4.1.2 Aspas Maria declarou estar doente)”. É preciso atentar para a colocação
Diálogos padronizados com aspas são uma tendência do verbo dicendi em relação à pontuação.
contemporânea, de matriz anglo-saxã. O preparador deverá
tomar cuidado com a localização da pontuação, que em inglês Em tradução é comum a repetição do mesmo verbo dicendi
tende a ficar sempre dentro das aspas: em todas as falas, em geral “dizer”.

108 109
texto principal diálogos e falas

“Boa, Billy”, disse o seu financiador, Morrie Berman, batendo


palmas duas vezes. “Espalhou bem, espalhou bem.” − Oi − disse ela. − Tudo bem?
“A bola está trabalhando direito”, disse Billy.
Em francês o verbo dicendi é separado apenas por uma vírgula:
[O grande jogo de Billy Phelan]

– L’embêtant, avec toi, c’est que tu ne connais que ce que tu


O preparador e /ou o revisor não devem trocá-los veux connaître.
sistematicamente por sinônimos como “exclamou”, “respondeu”, – Mais moi, ce Noget, je n’ai pas fait en sorte de ne pas le
“perguntou”, “retorquiu” etc. connaître, dis-je. Ce n’est pas ma faute, tout de même, si je ne
sais quel hasard a voulu que mes yeux ne tombent jamais sur
verbo dizer son nom. Est-ce qu’il est passé à la télévision?

* Em línguas como o francês e o espanhol, a forma


reflexiva do verbo “dizer” significa “pensar, imaginar”. Por
isso, formas como “disse a mim mesmo” devem ser
– Bien sûr, dit mon ex-mari avec une pointe d’agacement.

Em português o verbo dicendi é separado da fala por travessões:


substituídas por “pensei”.
– O seu problema é que você só conhece o que quer conhecer.
– Mas eu não fiz nada para não conhecer esse Noget – digo.
“Pero me dije que por el momento sería mejor descansar […]” – Não é minha culpa, afinal, se o acaso quis que meus olhos
“Mas pensei que por ora seria melhor descansar […]” nunca topassem com seu nome. Ele já apareceu na televisão?
– Claro – diz o meu ex-marido, com uma ponta de irritação.
[Doutor Pasavento]

travessão, pontuação e verbo dicendi Em outro padrão tipográfico francês, todo o diálogo vai entre
Manter o sistema de padronização dos diálogos escolhido pelo aspas, mas as falas são marcadas por travessões:
autor não significa seguir à risca a padronização editorial do
original. Cada tradição tipográfica padroniza os diálogos de « Qu’est-ce que tu fais là ? demanda l’homme, la main tapotant
maneira diferente, que não deve ser seguida à risca. sur le mur mais ne trouvant pas l’interrupteur.
A padronização com travessão tem um funcionamento específico – Mais j’étais en train de ranger le seau, c’est tout », répondis-je
em língua portuguesa, sobretudo no que se refere à pontuação e avec une assurance hargneuse qui m’étonna moi-même.
os verbos dicendi (“dizer” e sinônimos). Nos livros da Cosac Naify,
a oração que contém o verbo dicendi deve sempre estar entre
travessões:

110 111
texto principal diálogos e falas

Le surveillant, toujours dans la pénombre, renifla l’air, mas sa Se entre o primeiro e o segundo elemento da fala houver vírgula,
supposition lui parut tellement fantaisiste qu’il se retira en ela será obrigatoriamente colocada após o terceiro travessão, e a
bougonnant : oração que contém o verbo dicendi fica sem pontuação:
« Bon, range donc tout ça et vite au lit. » Coincé derrière la
porte, Village levait son pouce : « Bien joué ! » – Eu já te disse – insistiu ele –, não vamos encontrar nunca.

Neste caso, emprega-se a mesma padronização, com travessões Uma opção para a frase acima é interrompê-la com um ponto
ou aspas: final – que nesse caso, no entanto, deverá ser colocado no final
da oração do verbo dicendi. Essa opção enfatiza a pausa na frase,
“O que é que você está fazendo aí?”, perguntou o homem, marcada pela intervenção do narrador, e pode ajudar a dar mais
tateando a parede com a mão sem encontrar o interruptor. força e/ou oralidade a determinados diálogos:
“Eu estava guardando o balde, só isso”, respondi com uma
confiança impertinente que até a mim espantou. – Eu já te disse – insistiu ele. – Não vamos encontrar nunca.
O inspetor, sempre na penumbra, farejou, mas sua suposição lhe
pareceu tão fantástica que se afastou resmungando. “Bom, então
guarde tudo e vá logo para a cama.” Escondido atrás da porta, 5 Obras de arte
Caipira levantou o polegar: “Positivo!”. As informações relativas a obras de arte podem ter maior ou
menor detalhamento, conforme o tipo de livro. Livros sobre arte
[A terra e o céu de Jacques Dorme]
costumam ser mais detalhados.
O crédito fornecido por museus e bancos de imagens deve
A frase deve ser pontuada normalmente, como se não tivesse ser adaptado segundo os modelos e situações abaixo. Procure
sido interrompida pela intervenção do narrador, marcada pelos traduzir o nome da obra, técnica, cidade e todas as informações,
travessões. O erro mais comum é a colocação dos travessões no exceto o nome de instituições.
ponto errado da frase. Eles devem estar sempre antes da
pontuação que em geral separa (ou, quando não há, que poderia 5.1 Título da obra
separar) o primeiro e o segundo elementos da fala. Somente alguns títulos consagrados na língua original devem ser
mantidos sem tradução, como Les Demoiselles d’ Avignon, Pietà.
fala afirmativa Não convém descaracterizar o título de certas obras
Quando o primeiro elemento da fala é afirmativo, o ponto final vai contemporâneas que, traduzido, perderia a força, como A Bigger
sempre na oração que contém o verbo dicendi: Splash, de Hockney, em vez de “Um espirro maior”.

− Oi − disse ela. − Tudo bem?

112 113
texto principal diálogos e falas

* Ao citar uma obra, inserir nome do autor e data entre


colchetes caso o autor não tenha sido mencionado.
5.3.1 Dimensões
As dimensões devem ser dadas em milímetros, centímetros ou
metros, de preferência de maneira uniforme em todo o livro.
A prece [Man Ray, 1930] A ordem das medidas é sempre altura x largura x profundidade.
Quando a obra for composta por múltiplas peças, o crédito pode
ficar assim:
5.2 Crédito simples
Redija da seguinte forma o crédito de obras de arte publicadas Nome e Sobrenome do Autor, Título da obra, data. Técnica.
em livros que não sejam dedicados à arte ou teoria da arte: Tríptico, dimensões (cada painel). Coleção, cidade.

Nome da imagem [ano], técnica de Nome e Sobrenome do Artista.


Reprodução de Nome do Fotógrafo. Crédito. Políptico de Perúgia (ou de Sant’ Antonio), c. 1460-70, óleo e têmpera
sobre madeira, 338 × 230 cm, Galleria Nazionale dell’Umbria, Perúgia.
A prece [1930], fotografia de Man Ray. © Man Ray Trust /
[Piero della Francesca]
Adagp, Paris, 2003

Napoleão após a abdicação [1845], óleo sobre tela de Paul 5.4 Estilos, escolas e movimentos
Delaroche. Paris, Musée de l’Armée / Bridgeman Photo Library Vão em cb e redondo os nomes de estilos e movimentos:

arte conceitual, bossa nova, cinema marginal, cinema novo, cubismo,


5.3 Crédito detalhado surrealismo, tropicalismo.
Redija o crédito conforme o modelo:
Vão em cAb os nomes de escolas e grupos:
Nome e Sobrenome do autor, Título da obra no original [tradução
em português], data, técnica, dimensões, doação etc., data da Bauhaus, Casa 7, Cobra, Fluxus, Gruppo 7, Neo-Concretismo, Rex,
doação, coleção, cidade. Support-Sufaces.

Maria Martins, Simple History [História simples], 1951, bronze,


142 × 65 × 45 cm, col. Geneviève e Jean Boghici, Rio de Janeiro. 5.5 Tradução de termos artísticos
Siga o uso consagrado no Brasil, empregando itálico para
palavras estrangeiras (art nouveau e não “arte nova”, arte povera e
não “arte pobre”; mas Nova Objetividade e não Neue Sachlichkeit,

114 115
texto principal obras de arte

O Cavaleiro Azul e não Der Blaue Reiter). Termos híbridos, como catálogo sem título
arte pop e arte op, permanecem em redondo.
“Eduardo Sued”, in xvi Bienal Internacional de Arte de São Paulo
5.6 Título de exposição (catálogo). São Paulo: Fundação Bienal, 1981.
Quando se trata de uma mostra regular de uma instituição, em
cAb e redondo; quando se trata de um evento único, usa-se cAb
e itálico: 6 Filmes

Salão de 1931, xxv Bienal 6.1 Indicação de títulos de filmes no texto


O Olhar Estrangeiro, Como Vai Você, Geração 80? Nomes de filmes são padronizados como livros, em cAb e itálico
(ver “Referências bibliográficas”). Em textos de não ficção,
especialmente em livros de cinema, procura-se dar ao leitor
5.7 Nomes de museus e instituições informações adicionais, como diretor e data (desconsiderar essa
Procure não traduzir nomes de museus e instituições: Tate regra para textos de ficção).
Gallery, National Gallery, Stedelijk Museum, Grand Palais. Alguns
autores, no entanto, tradicionalmente utilizam formas consagradas 6.1.1 Filmes nacionais
como Museu do Louvre ou Museu Hermitage. Alguns nomes
podem ser híbridos, como Kunsthalle de Munique. Título em itálico, cAb, seguido do nome do(s) diretor(es), em cAb,

* Não traduzir nomes de instituições em legendas


e créditos.
e data da produção entre colchetes.

“Filmes como Central do Brasil, de Walter Salles [1998], e


5.8 Citação de catálogo de exposição Cidade de Deus, de Fernando Meirelles e Kátia Lund [2002],
Siga um dos dois modelos: que transformaram esses diretores em […].”

catálogo com título A referência completa acima deve ser indicada quando o filme
aparece pela primeira vez no capítulo do livro. Nos demais,
“Título do artigo”, in Nome do catálogo (catálogo). Cidade: Galeria/ entra apenas o título, ou parte dele.
Fundação/ Centro Cultural, data. No caso de ensaios ou de títulos com capítulos muito
extensos, a referência completa aparece a cada novo ensaio ou
“O gratuito sistemático”, in Barrio: registro de trabalho (catálogo). capítulo. Por ex., os livros de Glauber Rocha ou de Paulo Emílio.
Rio de Janeiro: mec/ Funarte, 1982. É importante observar que às vezes no texto são
encontrados os nomes do filme e do diretor, ou apenas do filme.

116 117
texto principal filmes

Assim sendo, deve-se completar a referência na primeira 6.2 Termos, expressões e movimentos
ocorrência. cinematográficos
• em itálico e cb (termos estrangeiros): fade in, fade out, script,
“[…] Glauber Rocha […] em seu filme Deus e o diabo na terra do mise-en-scène, camera-stylo, nouvelle vague, cinema noir, film
sol [1964]”. noir, noir etc.
“Filmes como Corisco e Dadá [Rosemberg Cariry, 1996], • em redondo e cb (termos estrangeiros de uso frequente em
Baile perfumado [Paulo Caldas e Lírio Ferreira, 1997]”. livros de cinema): casting, close, close-up, flashback, flashback,
“Walter Salles, cineasta […] no filme inteiramente programático off, set, slow motion, storyboard, take, travelling, zoom, zoom-in,
que é Terra estrangeira [co-direção de Daniela Thomas, 1995]”. zoom-out.
• em redondo e cb (em português): cinema novo, cinema moderno,
cinema realista, neorealismo.
6.1.2 Filmes estrangeiros • em redondo e cb (plano-sequência, ruído, plano integral, luz,
O título de filmes estrangeiros deve vir primeiro na versão em imagem, som, cenas, fotografia, cenografia, sonoplastia, casting,
português seguido do título original, além do nome do(s) efeitos visuais, decupagem, montagem, câmera, roteiro,
diretor(es), em cAb, e data da produção entre colchetes. narrativas monologadas, diálogo, drama fílmico, direção de arte,
edição de som, som, som direto, produção executiva, direção,
“[…] James Dean como Jett Rink – um personagem de absoluta maquiagem, figurino, cor, pb (versalete).
fragilidade no roteiro de Assim caminha a humanidade [Giant,
de George Stevens, 1956] – é um exemplo correlato”. Prefira termos de uso corrente em português:
“Alemanha, ano zero [Germania anno zero, 1947], de Roberto script – “roteiro”
Rossellini […] escreve Bernardi, ‘constitui uma jornada ao plot – “roteiro”
mundo da morte e das ruínas’”. freeze – “congelar”

* Cheque se o filme saiu em português.

Títulos de filmes que não foram lançados em português, devem vir


primeiro na versão original, seguidos de sua tradução literal em
redondo e data, entre colchetes:

“[…] e o açucarado e lírico Der Kuss des Lebens [Beijo da vida, 1985]

118 119
texto principal filmes

ficha técnica de filmes analisados no livro Conforme o tipo de livro, outros dados podem ser incluídos na
ficha técnica

assistente(s) de direção, direção de produção, produção executiva,


gerente de produção, co-produtores, produtores associados, letreiros,
assistente de câmera, música original (autoria, instrumentalização etc.:
nome em cAb), canções (autoria e intérprete, em cAb), assistente de
montagem, cenografia, casting, figurino, maquiagem, sonografia, som,
gravação e edição de som, operador de avid, efeitos visuais, companhias
produtoras, distribuição, cor, formato (16 ou 35 mm) e duração (130 min)
As abreviações não são seguidas por ponto.
elenco Nome do ator (cAb), seguido entre parênteses pelo nome do
personagem (cAb). Ex.: Alexandre Rodrigues (Buscapé), Leandro Firmino da
Hora (Zé Pequeno) etc.

ver padrão da coleção 6.3 Índice de filmes citados


Por ordem alfabética:
Título do filme em português: cAb (Deus e o diabo na terra do sol )
Título na língua original ca/ cb [título em português] Título em itálico [título em português ou original ]
Pierrot le Fou [O demônio das onze horas]
(País de origem) Brasil ou França etc., seguido pela data da produção Abril despedaçado 19, 27, 56-57
cão andaluz, Um [Un Chien andalou] 122
Allemagne 90 neuf zéro 16, 62-64
dragão da maldade contra o santo guerreiro, O 50, 66

120 121
texto principal filmes

Ferramentas
de trabalho

122 123
texto principal

1 O uso do Word

1.1 Configurações
1.1.1 Nome de usuário
Configure um só “Nome de Usuário” [guia Ferramentas/ Opções/
Usuário] para que a ferramenta de marcas de revisão reconheça
o preparador como autor das emendas feitas em diferentes
computadores.

Na guia Ferramentas/AutoCorreção/AutoFormatação ao digitar,


DESABILITAR todas as opções de “Aplicar ao digitar” e todas as
opções de “Automaticamente ao digitar”;
1.1.2 Opções de autocorreção

Na guia Ferramentas/AutoCorreção/AutoCorreção,
desabilitar “Substituir texto ao digitar”

HABILITAR todas as opções de “Substituir ao digitar”.

124 125
ferramentas de trabalho o uso do word

1.2 Barra de ferramentas 1.4 Macro de limpeza

Personalize sua barra Para gravar nova macro de limpeza, siga as instruções:
de ferramentas com os
comandos mais usados.

Ferramentas/ Macro/ Gravar nova macro

[Exibir/
Barras de ferramentas/
Personalizar/
(Guia) Comandos] Uma vez ativada a macro, inicie as substituições de limpeza de
caracteres.
Para usar uma macro já gravada, selecione Ferramentas/ Macro/
Macros, e então selecione a macro gravada.

Selecione e arraste para a barra de ferramentas os botões que


pretende usar com frequência.

1.3 Contagem de laudas * Não habilitar o controle de alterações neste procedimento.

1.5 Nome de arquivos


1 lauda = 2100 caracteres com espaço
• arquivo original ou tradução: sobrenomedoautor_título_bruto
• arquivo preparado: sobrenomedoautor_título_prep
• arquivo para composição: sobrenomedoautor_título_prod

126 127
ferramentas de trabalho o uso do word

1.6 Opções avançadas 4. Substitua por [nada]


Faça a substituição um a um, observando a alteração.
Usando cores como diacríticos na busca
automática
O Word não tem a opção de manter na substituição apenas parte
do texto a ser localizado. Por exemplo, não se pode buscar #^f
(espaço antes de nota de rodapé) e na substituição manter
apenas a nota de rodapé. Uma maneira de automatizar um
procedimento desse tipo é usar as cores. Assim, para extrair o
espaço antes das notas de rodapé, substitui-se o texto #^f, por
esse mesmo texto em uma cor particular. Os espaços ligados a
notas de rodapé ficarão diferenciados. Depois é possível excluir
apenas aqueles espaços daquela cor.
Exemplo 2
como fazer Objetivo: alterar ponto depois da chamada por ponto antes da
Este é apenas um exemplo para um procedimento que pode ser chamada de nota.
usado para estabelecer qualquer diacrítico.
1. Localize ^f. (chamada de nota de rodapé + ponto)
Exemplo 1
Objetivo: extrair um espaço antes de nota de rodapé: 2. Substitua por “texto a ser localizado” [Especial] + cor diferente
[formatar>cor]
Faça a substituição um a um, observando a alteração.
1. Localize #^f (espaço +
chamada de nota de 3. Localize . (ponto) + cor diferente e Substitua por [nada]
rodapé) (o ponto depois da nota será suprimido)
Faça a substituição um a um, observando a alteração.
2. Substitua por “texto a ser
localizado” [Especial] + cor 4. Localize ^f + cor diferente e substitua por . (ponto) + “texto a
diferente [formatar>cor] ser localizado” (inclusão de ponto antes da nota)
Faça a substituição um a Faça a substituição um a um, observando a alteração.
um, observando a alteração.
3. Localize # + cor diferente

128 129
ferramentas de trabalho o uso do word

5. Quando finalizar, localize ^? (qualquer caractere) + cor 2. Solicite um pdf do livro de página simples (não spread),
diferente e substitua por “texto a ser localizado” + preto, com uma marcação no cabeçalho: ex. tititi
ou cor para chamada de nota.

Obs. O mesmo procedimento pode ser repetido para qualquer


caractere de pontuação.

1.7 Como fazer um índice onomástico no Word

1. A lista de nomes deve estar preparada no Word.


As entradas devem estar separadas por marca de
parágrafo (¶). Selecionar e inserir tabela nessa lista de 3. Extraia o texto do pdf para Word e substitua a palavra
nomes. Incluir uma coluna à esquerda dessa coluna de “tititi” por quebra de página. O número de páginas desse
entradas. A forma da coluna da esquerda corresponde à arquivo deve ser igual ao do pdf.
forma que o nome consta no corpo do texto do livro; a da
coluna da direita corresponde às entradas do índice.

Como aparece no texto Como aparece no índice


* Dica: diminua o corpo da letra no Word para um corpo
bem pequeno, de modo que todo o texto de uma
página do Indesign caiba dentro de sua
Barthes barthes, Roland correspondente no Word.
Bateson bateson, Gregory
Beethoven beethoven, Ludwig van 4. Posicione o cursor no final do texto do Word e
Benedict benedict, Ruth selecionar [ Inserir/ Referência/Índices/ Índice Remissivo/
Boas boas, Franz Automarcação].
Bruegel bruegel, Pieter
Zorba zorba, o Grego

* A indexação é sensível a diferenças de cAb e de


formatação, portanto, verifique se na coluna da
esquerda os nomes estão perfeitamente padronizados
conforme aparecem no texto. Salvar esse arquivo
“tabela índice Livro x”

130 131
ferramentas de trabalho o uso do word

bateson, Gregory 18, 141, 154, 183-86, 207, 234


* Quando o procedimento de indexação não
encontra exatamente a palavra que consta na
célula da esquerda, a entrada como um todo é
excluída do índice. Portanto, além de verificar a
grafia e padronização da coluna da direita, cheque
elecione o arquivo “tabela índice Livro x”. (o Word fará
5. S o índice final com a tabela que lhe deu origem.
a marcação automática de todas as palavras da coluna da
esquerda desse arquivo) 11. Em traduções de livros estrangeiros, cheque a
quantidade de ocorrências de cada entrada com o
epasse o arquivo conferindo as marcações feitas de
6. R original.
modo automático para evitar erros. Caso identifique uma
marcação errada, selecione-a e, com um clique, apague-a.
Uma nova marcação pode ser feita manualmente. 1.8 Comandos
1.8.1 Inserir número de página
elecione “ocultar ¶”. Novamente, com o cursor no final
7. S Inserir/Números de páginas/[Selecionar] fim da página/ok
do arquivo, selecione
[Inserir/ Referência/ Índices/ Índice Remissivo/ok].

8. Mágica! O índice com a numeração aparece no final do


arquivo Word. 1.8.2 Inserir quebra de página e seção
Inserir/ Quebra/ Quebra de página, coluna ou seção
9. Se você identificar palavras que não foram
reconhecidas, é possível arrumá-las na tabela e repetir o 1.8.3 Divisor de janelas
procedimento, substituindo o índice anterior. Usa-se a ferramenta do divisor de janelas [Janela/ Dividir]
para acessar visualmente duas partes do mesmo arquivo.
10. Recorte e cole o índice em outro arquivo. Repasse a
numeração de modo a agrupar páginas sequenciais,
lembrando sempre de subtrair a centena (e não
a dezena)

132 133
ferramentas de trabalho atalhos

1.9 Atalhos
Documento Navegação e seleção
Nome do comando Modificadores Tecla Menu Nome do comando Modificadores Tecla Menu

Abrir Ctrl+ O Diminuir seleção Shift+ F8


Colar Ctrl+ V Estender caractere direita Shift+ Direita
Contar palavras listar Ctrl+Shift+ G Ferramentas Estender caractere esquerda Shift+ Esquerda
Contar palavras recontar Ctrl+Shift+ R Ferramentas Estender início documento Ctrl+Shift+ Home
Copiar Ctrl+ C Estender início janela Alt+Ctrl+Shift+ Page Up
Copiar Texto Shift+ F2 Estender início linha Shift+ Home
Desfazer Ctrl+ Z Estender linha abaixo Shift+ Abaixo
Dicionário de sinônimos RR Shift+ F7 Sinônimo Estender linha acima Shift+ Acima
Excluir palavra Ctrl+ Del Estender página abaixo Shift+ Page Down
Excluir palavra anterior Ctrl+ Backspace Estender página acima Shift+ Page Up
Excluir todos comentários mostrados Rejeitar Estender palavra direita Ctrl+Shift+ Direita
Excluir todos comentários no documento Rejeitar Estender palavra esquerda Ctrl+Shift+ Esquerda
Fechar doc Ctrl+ W Estender parágrafo abaixo Ctrl+Shift+ Abaixo
Imprimir Ctrl+ P Estender parágrafo acima Ctrl+Shift+ Acima
Localizar Ctrl+ L Fim coluna Alt+ Page Down
Marcar entrada índice remissivo Alt+Shift+ X Fim documento Ctrl+ End
Maximizar doc Ctrl+ F10 Fim estender documento Ctrl+Shift+ End
Nota fim agora Alt+Ctrl+ D Inserir Fim estender janela Alt+Ctrl+Shift+ Page Down
Nota rodapé agora Alt+Ctrl+ F Inserir Fim estender linha Shift+ End
Próximo erro ortográfico Alt+ F7 Fim janela Alt+Ctrl+ Page Down
Quebra coluna Ctrl+Shift+ Return Inserir Fim linha End
Quebra página Ctrl+ Return Inserir Fim linha tabela Alt+ End
Recortar Ctrl+ X Início coluna Alt+ Page Up
Refazer ou repetir Ctrl+ R Editar Início documento Ctrl+ Home
Repetir localizar Alt+Ctrl+ Y Início janela Alt+Ctrl+ Page Up
Salvar Ctrl+ B Início linha Home
Salvar como F12 Arquivo Início linha tabela Alt+ Home
Substituir Ctrl+ U Editar Ir para Ctrl+ Y Editar
Visualizar impressão Ctrl+ F2 Ir para trás Shift+ F5
Visualizar impressão Alt+Ctrl+ I Outro painel F6
Palavra direita Ctrl+ Direita

134 135
ferramentas de trabalho guia de marcas de revisão

Nome do comando Modificadores Tecla Menu


2 Guia de marcas de revisão
Palavra esquerda Ctrl+ Esquerda revisão de provas dicas úteis | 170
Parágrafo abaixo Ctrl+ Abaixo
Parágrafo acima Ctrl+ Acima mudança editorial marca no texto marca marginal mudança editorial marca no texto marca marginal

Parágrafo direita Ctrl+ G


suprimir caractere Cosac & Naify unir parágrafos unir
Parágrafo esquerda Ctrl+ Q parágrafos

suprimir palavra
Próxima célula Tabulação livro de de arte abrir parágrafo abrir parágrafo
ou frase
Próxima janela Alt+ F6
manter literatura inserir espaço inserirespaço
Próximo campo Alt+ F1
inserir texto ou
Selecionar tudo Ctrl+ T Editar Cosac Naif reduzir espaço reduzir espaço
caractere

inserir pontuação teatro cinema inverter palavras inverter


Formatação
inserir traço eme inserir recuo
Nome do comando Modificadores Tecla Menu Rio-Santos inserir recuo
ou ene ou defesa
Copiar formato Ctrl+Shift+ C suprimir recuo
inserir aspas ele disse não suprimir recuo
ou defesa
Colar formato Ctrl+Shift+ V
Diminuir fonte um ponto Ctrl+ [ caixa-alta paris mover p/ próx. linha mover p/ próx. linha

Aumentar fonte um ponto Ctrl+ ]


caixa-baixa TIPOS sobrescrito 1a edição
Espaçamento parág 1 Ctrl+ 1
Espaçamento parág 1,5 Ctrl+ 5 caixa alta e baixa minas gerais subscrito H2O

Espaçamento parág 2 Ctrl+ 2


versalete Masp por extenso 200
Fonte Ctrl+ D
de que
Itálico Ctrl+ I negrito revisão paralelismo
porque
Justificar parágrafo Ctrl+ J
claro apêndice dúvida do revisor 192x
Maiúsculas e minúsculas Shift+ F3
Negrito Ctrl+ N itálico Pensar com tipos problema de tradução água salada

Recuo Ctrl+ M
redondo design
Sobrescrito Ctrl+Shift+ =
Marcas de revisão derivadas do The Chicago
Sublinhado Ctrl+ S verificar fonte fonte errada
Manual of Style e David Jury, About Face:
Reviving the Rules of Typography (East Sussex:
Subscrito Ctrl+ = Rotovision, 2001). As convenções variam
abrir abrir
um pouco de fonte para fonte.
Todas maiúsculas Ctrl+Shift+ A
[Aqui as marcas foram adaptadas para
fechar fechar
Versalete Ctrl+Shift+ K o uso mais recorrente nas editoras brasileiras.]

[Ellen Lupton, Pensar com tipos. São Paulo: Cosac Naify, 2006, p.170 ]

136 137
ferramentas de trabalho guia de marcas de revisão

editando revisão deno


originais provas
papel dicas úteis | dicas
1 6 8 úteis | 1 7 0 dicas úteis |dicas
1 6 9 úteis | 1 7 1 editando originais no computador
revisão de provas

mudança editorial marca no texto marca marginal mudança editorial marca no texto marca marginal

suprimir caractere Cosac & Naify unir parágrafos unir


parágrafos

suprimir palavra a revisão ocorre depois que um original preparado foi composto.
livro de de arte abrir parágrafo abrir parágrafo
suprimir ou frase Escritores, editores e designers usam marcas para sinalizar mudanças tais Novos
Editar um errros podem
arquivo aparecer
eletrônico a qualquer
e permitir que omomento
autor vejadurante o
as correções é
suprimir manuseio de um documento e antigos erros-não percebidos – podem
como supressões, substituição, ou correções frases e de palavras. Se você chamado de preparação de texto. A faxinaObásica inclui a remoção
manter literatura inserir espaço inserirespaço saltar aos olhos no texto diagramado. revisor corrige erros de espaços
invreter mudar ideia de a respeito de uma alteração, sublinhe-a com pontos. Para ortográficos,
duplos gramaticais
e a transformação de eplicas
factuais flagrantes,
(''aspas burras'')mas
emevita
aspasalterar estilo
e apóstrofos
inserir texto ou
inverter Cosac Naif reduzir espaço reduzir espaço e conteúdo. Nessa etapa as mudanças não são apenas custosas: elas
caractere suprimir um carractere, risque-o com uma barra vertical e repita a barra na (“aspas inteligentes”). O editor não precisa mostrar essas mudanças ao autor.
podem afetar o design da página e criar novos problemas.
manter Revisar é diferente preparar, mas pode ser que o editor tenha
inserir pontuação lateral, ao lado de um x. Para substituirinverter
teatro cinema ou inserir um caractere use a mesma
palavras inverter As mudanças na estrutura e na escrita do texto precisam ser
ignorar alguma coisa para fazer durante a revisão, juntamente com o autor ou
correção técnica, acrescentando o cafactere correto ao lado da barra na lateral. Se duas comunicadas ao autor. Uma convenção
inserir traço eme
Rio-Santos
inserir recuo
inserir recuo com o cliente. Embora o designer ou visual é necessária
o compositor para mostrar o que
1 não devam atuar
ou ene ou defesae uma marca de espaço.
palavras ficaremjuntas, insira a barra vertical como revisores, eles precisam ainda assim removidas
inspecionarnormalmente
seu trabalho são
inserirespaço foi apagado e adicionado. As palavras a serem
suprimir recuo com cuidado em busca de erros, antes de devolvê-lo ao editor, autor ou cliente.
inseririnserir
espaço
aspas ele disse não suprimir recuo riscadas, e as adicionadas ou substituídas podem ser sublinhadas, destacadas
Para unir dois parágrafos, conecte-os com uma linha e anote o sinal
ou defesa Marque todas as correções na margem da prova, indicando a posição das mudanças
caixaalta correspondente na margem. ou coloridas.
dentro [Perguntas ao autor
do texto. Não escreva devem
entre serMuitos
as linhas. feitassinais
cominterlineares
a ferramenta para
são usados
caixa-alta paris mover p/ próx. linha mover p/ próx. linha
adicionar hífen tanto na revisão quanto na preparação, mas os revisores usam um conjunto adicional
inserir comentários do margens.
de marcadores nas programa utilizado.]
Para substituir um hífen por um traço sobrescrito
TIPOS
eme - ou traço ene, dependendo do
1a edição
re-mover caixa-baixa Não obscureça
Sublinhar, ouoriscar,
que for riscado e apagadopode
a pontuação para que compositor possa
serovisualmente lê-lo.
confuso;
remover hífen gosto do designer - ao lado da barra na lateral anote dois ou três traços. Se Marque todas as mudanças em uma prova-mestra. Se várias cópias da prova
caixa alta e baixa minas gerais subscrito H2O desse modo, o editor ou preparador normalmente risca uma palavra inteira
circularem para aprovação, alguém (normalmente o editor) precisa responsabilizar-se
1914-1918 um original indicar travessões com hifens duplos -- assim --, espera-se que o
, ou pela–transferência
frase, ou frase –das correções para
e adiciona a prova-mestra.
o trecho correto. Para hifenizar palavras
traço ene (–) designer ou compositor converta-os sem
versalete Masp porser avisado. Use200
extenso um traço ene e não Não forneça ao designer uma prova com comentários conflituosos ou indecisos.
como guardachuva guarda-chuva, risque-as e adicione a forma hifenizada.
texto um hífen para indicar trajetos, por exemplo: Belém–Brasília. tipos de provas Dependendo de como um projeto for organizado e
de que Ao converter hifens em traços ene (1914–18) — ou trocar hifens duplos
itálico negrito revisão paralelismo
produzido, algumas ou todas as provas a seguir serão necessárias.
porque
Além de fazer correções gramaticais, ortográficas e de melhorar a clareza por traços eme
Provas de —
galéonormalmente
editor simplesmente
são fornecidas os
em substitui.
projetos comEstilos
extensãotipográficos
de livro. Elas
texto claro apêndice dúvida do revisor 192x
da prosa, os editores indicam estilos tipográficos tais como itálico (com um consistem de texto composto mas não paginado e não chegam a incluir ilustrações.
negrito tais como itálico, negrito e versalete também podem ser modificados
Provas de página são divididas por página e incluem ilustrações, fólios, títulos
sublinhado) e negrito (com um círculo).problema
Pensar com tipos circulede as letras água
parasalada
transformá-las diretamente.
TEXTO itálico tradução correntes e outros detalhes.

caixa-baixa em caixa-alta ou caixa-baixa, Anotando Na margem o código correspondente. Provas de revisãoa incluem
Embora as mudanças
preparação recomendadas
de texto eletrônicapelo revisor
seja e contribuições feitasfluida
maravilhosamente
redondo design pelo designer ou pelo compositor.
texto Para indicar versalete, sublinhe a palavra com dois traços. e direta, ela pode ser perigosa. O editor precisa remover escrupulosamente
Provas de impressão são geradas pelo impressor. Nesta fase, as mudanças tornam-se
caixa-alta Marcas de revisão derivadas do The Chicago
verificar fonte fonte errada
Use entrelinhas duplas e margens generosas
Manual ofnos
Styleoriginais para
e David Jury, Aboutabrir
Face: espaço todas as vez cada mais
marcas do caras, complexas
processo e imprudentes.
de edição antes deEmliberar
teoria, elas servem para
o arquivo eliminar
para a
os erros do impressor – não os do design ou do estilo verbal. As provas de impressão
Reviving the Rules of Typography (East Sussex:
TEXTO para comentários e correções. Alinhe oRotovision,
texto à esquerda, desalinhe composição.
podemAlguns desastres (como
ser monocromáticas em potencial incluem
as heliográficas) palavrassemseparação,
ou coloridas (como as plotters).
abrir abrir 2001). As convenções variamà direita e
versalete um pouco de fonte para fonte.
desligue a hifenização automática. uma_________
, faltante ou um comentário esquecido [Você ficou louco?].
[Aqui as marcas foram adaptadas para 1. O designer e o compositor podem ser a mesma pessoa. Nos estúdios de design, ao
fechar fechar o uso mais recorrente nas editoras brasileiras.] contrário do que ocorre nas editoras, os designers geralmente responsabilizam-se
Não marque originais pela composição.
ou provas com Post-It.
Use post-it
Elas podem cair, bloquear
o com
texto e moderação
dificultar a feitura
de fotocópias.

[E. Lupton, op.cit, pp.168 e 171]

138 139
ferramentas de trabalho guia de marcas de revisão

1
2

140 141
ferramentas de trabalho bibliografia básica

3 Bibliografia e sites de referência Gramáticas (Napoleão, Celso Cunha, Bechara) Recorra às


gramáticas para resolver dúvidas e para conhecer melhor
Atlas as figuras de linguagem (metonímia, silepses etc.), comumente
National Geographic da editora Abril percebidas em textos literários como “erros”.

Conversor de medidas e moedas Volp Além da grafia de palavras em português, o Volp também


<convertworld.com> contém uma lista de palavras estrangeiras comuns em português
(essa lista ainda não está na versão eletrônica do site da abl,
Dicionários de português (pelo menos 3): apenas ao final da edição impressa). Quando necessário, recorra
Houaiss, Aurélio, Caldas Aulete e Michaelis. também ao plantão de dúvidas “abl Responde”, no site
<academia.org.br.>
Dicionários de regência verbal e nominal (Luft e Fernandes):
Fernandes tende a ser mais conservador: não aceita muitas Dicionários de línguas estrangeiras: Privilegie dicionários de
regências com origem na fala, já consagradas na escrita. Luft renome. Evite edições escolares ou antigas demais. Procure
deve ser fonte preferencial. dominar todos os recursos oferecidos pelos dicionários, sobretudo
os que têm versão eletrônica, como pesquisas reversas (procurar
Dicionário analógico da língua portuguesa uma palavra no interior dos verbetes). Algumas sugestões:
(ideias afins): Registra diversas palavras pertencentes a um
mesmo campo semântico. Útil para encontrar sinônimos difíceis • Inglês: Oxford, American Heritage
ou palavras por aproximação de significado. (contém hifenização, inclusive de nomes próprios)
• Francês: Le Robert, Le Robert – Expressions,
Dicionários de nomes próprios Na falta de um mais atual e Larousse, Littré
confiável, o Koogan Larousse (ed. de 1979) é uma boa fonte para • Espanhol: rae
grafias de nomes, lugares etc. Atualiza a ortografia de nomes • Italiano: Zingarelli
próprios de pessoas mortas. Contém uma lista de expressões
latinas útil para checagem. Consulte também o banco de nomes Dicionários português/ línguas estrangeiras Recorra a esses
próprios da Cosac Naify. dicionários quando o dicionário monolíngue não resolver a sua
dúvida. Não use tradutores automáticos da internet. 
Dicionário de questões vernáculas (Napoleão Mendes de
Almeida): Referência conservadora, porém essencial. Manuais de estilo de jornais e revistas Folha de S. Paulo e
O Estado de S. Paulo. Recorra a essas fontes para tirar dúvidas
rápidas de gramática e ortografia, que nesses manuais são

142 143
ferramentas de trabalho bibliografia básica

explicadas de maneira clara e sintética, em tabelas de plural de Os dicionários de português podem ser encontrados na
substantivos compostos, por exemplo. No entanto, não os utilize Brasiliana usp:
para efeito de padronização. Os critérios dos jornais para uso de <www.brasiliana.usp.br/dicionario>. Dicionários de francês
cA e cb, itálico, numerais, siglas etc. difere muito da tradição antigo, como o célebre Godefroy (mais de dez vols.), podem ser
editorial de livros brasileiros. O texto de jornal também é mais encontrados em <www.lexilogos.com>.
permeável a modismos, neologismos e transliterações
estrangeiras (por exemplo no caso de nomes árabes). Obras de grandes autores Machado de Assis, Nelson
Rodrigues, Camilo Castelo Branco, Manuel Bandeira, Vinicius
Manuais de bibliologia e edição Elementos de bibliologia, de Moraes, Rubem Braga etc. Tenha à mão os grandes clássicos
Antonio Houaiss; A construção do livro, Emanuel Araújo. Clássicos da língua portuguesa para observar usos literários muitas vezes
brasileiros da era pré-eletrônica, são úteis para tirar dúvidas sobre ausentes dos livros de referência (ou até mesmo condenados
estrutura do livro, padronização e outros critérios editoriais por eles).
tradicionais. Elementos do estilo tipográfico, Robert Bringhurst,
bastante detalhista, é uma das principais referências modernas. Cinema Dicionário de filmes brasileiros, Antonio Leão da Silva
Pensar com tipos, Ellen Lupton. Mais atual que o livro de Neto; Dicionário de cineastas, Rubens Ewald Filho; Dicionário
Bringhurst, reúne princípios básicos de tipografia e edição teórico e crítico de cinema, Jacques Aumont;
de livros. Chicago Manual of Style, Chicago University Press, Sites: imdb <www.imdb.com>; Movies.com <www.movies.com>;
a grande e exaustiva referência mundial. Embora siga uma Bibliothèque du film: <www.bifi.fr/public/ index.php>.
padronização diferente da nossa, é útil pois descreve em minúcias Nacionais: Cinemateca brasileira: <www.guiademidia.com.br/
situações comuns durante a edição de originais de todo tipo. acessar-site.htm>; <www.cinemateca.com.br>.

Escrita e oralidade Preconceito linguístico – o que é, como se


faz, Marcos Bagno. Útil para pensar a aplicação de regras
gramaticas estritas, sobretudo em texto literários, e para pensar a
relação entre língua falada e escrita. Gramática de usos do
português, Maria Helena de Moura Neves. Ao partir de exemplos
extraídos de falas, essa gramática descritiva é útil para a edição
de textos literários e outros que lancem mão da oralidade.

Dicionários antigos A edição de textos de história, por exemplo,


pode exigir o uso de dicionários antigos de português ou outras
línguas, atualmente disponíveis na internet.

144 145
ferramentas de trabalho etiqueta tipográfica

4 Etiqueta TIPOGRÁFICA uma página são chamadas de órfãs. Elas não têm passado, mas
fonte: Elementos do estilo tipográfico, Robert Bringhurst têm um futuro, e não precisam preocupar o tipógrafo. Já as réstias
dos parágrafos que terminam na primeira linha de uma página são
Princípio geral chamadas de viúvas. Elas têm passado mas não têm futuro.
É tarefa do revisor de provas zelar por uma boa composição. Parecem escorçadas e desoladas. Na
Que mistura maioria blasfema!
mais assombrosamente das culturas
A frase é real-
mente suja, em parte porque se encaixa na conhecida acepção de
Uma composição bem feita tem como princípio básico uma tipográficas do “sujeira”
mundo,− éalgo
costume dar a elas a companhia de
que não cabe ali, o que por sua vez é a própria defi-
mancha de texto com textura o mais uniforme possível, para que uma linha adicional. Essa
nição da regra
mistura é aplicada
de registro elevadoem íntima
e registro conjunção
vulgar. Mas por que
Roth entra nesses movimentos e rodeios tão barrocos? Por que
o olhar do leitor possa fluir de uma linha à outra sem distrações, com o texto.
escrever tão complicado? Se pegarmos só o tema direto da frase e
concentrando-se exclusivamente no conteúdo. No meio editorial deixarmos brasileiro,
tudo no devido o termo − isto é,também
lugar viúva se tirarmoséa mistura
usado de
Para tanto as linhas não podem ficar nem abertas nem para indicar a palavra que sobra sozinha na última linha desairia
registros −, entenderemos a razão. Uma versão simples um as-
sim: “Ultimamente, quando Sabbath chupava os seios de Drenka,
espremidas. Num texto justificado (alinhado à direita e à parágrafo e os termos era possuído linha peloenforcada
ardente desejo oudeforca são mãe”.
sua falecida usados para
Ainda é en-
esquerda) a hifenização é o instrumento para se obter uma indicar linhas isoladas graçado, por que causa enfeiam uma página.
da transferência da amante (Elementos
para a mãe, masdonão
é exuberante. Assim, a primeira coisa que a complexidade conse-
boa textura. estilo tipográfico, p. 52)
gue é representar a exuberância, o gozo impaciente e o desejo caó-
O revisor deve prestar atenção em ocorrências que se A última linha tico,dodoparágrafo
sexo. Em segundo não lugar,devea ter
longamenos
sentençaque entre1/5 da
travessões,
com seu pedantismo cômico, sobre a origem latina de úbere e a
particularizem visualmente desviando a atenção do leitor, como largura da mancha de texto preenchida.
pintura de Juno de Tintoretto, funciona, como num teatro de va-
espaços brancos ou paralelismos. Em um livro apenas de texto, riedades, para adiar e preparar a chegada do clímax com “ele estava
Que mistura mais assombrosamente blasfema! A frase é real-
a cada página a composição deve aparecer como um tecido possuído
mente suja, em parte porque pelo
se encaixa mais acepção
na conhecida ardentede desejo de sua falecida mãe”. (Também
“sujeira” − algo que não cabe ali, o que por sua vez é a própria defi-
prepara e torna mais chocante e inesperada a entrada de “boceta”.)
(textus em latim) bem urdido pelo tecelão. nição da mistura de registro elevado e registro vulgar. Mas por que
Em terceiro
Roth entra nesses movimentos lugar,
e rodeios tão barrocos?como
Por queo cômico da frase inclui essa passagem
escrever tão complicado? Se pegarmos só o tema direto da frase e
deixarmos tudo no devidode lugar
um− istoregistro para
é, se tirarmos outro
a mistura de − do peito da amante para o peito da

−, encaixa bem que o estilo imite essa mudança escandalosa, en-


registros −, entenderemos a razão. Uma versão simples sairia as-
Recuos sim: “Ultimamente, quando Sabbath chupava os seios de Drenka,
tregando-se
era possuído pelo ardente a suas
desejo de sua falecida oscilações
mãe”. Ainda é en- estilísticas, subindo e descendo
O recuo na primeira linha de um parágrafo tem a função de graçado, por causa da transferência da amante para a mãe, mas não
é exuberante. Assim, acomo umqueeletrocardiograma
primeira coisa a complexidade conse- alucinado: assim temos “sugava”
marcar o início de um parágrafo. Eles devem ser dispensados nos (registro elevado), “peitos” (médio), uberare (elevado), quadro
gue é representar a exuberância, o gozo impaciente e o desejo caó-
tico, do sexo. Em segundo lugar, a longa sentença entre travessões,
de Tintoretto
com seu pedantismo cômico, sobre a origem(elevado),
latina de úbere e“da
a teta dela” (vulgar), “frenesi insanciá-
primeiros parágrafos de cada texto e após títulos, subtítulos e pintura de Juno de Tintoretto, funciona, como num teatro de va-
vel” (registro elevado, bastante formal), “como Juno pode outrora
riedades, para adiar e preparar a chegada do clímax com “ele estava

citações, exceto no caso de a primeira linha iniciar com um gemido”


possuído pelo mais ardente (ainda
desejo de sua bem
falecida mãe”. elevado), “boceta” (muito vulgar), “pene-
(Também
prepara e torna mais chocante e inesperada a entrada de “boceta”.)
trado pela maisincluiaguda das saudades” (de novo registro elevado
travessão, nesse caso o recuo deve ser mantido. Em terceiro lugar, como o cômico da frase essa passagem
de um registro para outro − do peito da amante para o peito da
e formal). Insistindo em igualar todos esses níveis de registro, o
−, encaixa bem que o estilo imite essa mudança escandalosa, en-
Em alguns projetos o início de um novo parágrafo pode ser estiloestilísticas,
tregando-se a suas oscilações da frasesubindo funciona como deveria, encarnando o significado.
e descendo
como um eletrocardiograma alucinado: assim temos “sugava”
(registro elevado), “peitos”Mas asuberare
analogias e metáforas, pelo menos as visuais, moldam o
indicado de outras maneiras, nesses casos o revisor deve zelar (médio), (elevado), quadro
de Tintoretto (elevado), “da teta dela” (vulgar), “frenesi insanciá-
vel” (registro elevado, bastante formal), “como Juno pode outrora
pela consistência do critério adotado. gemido” (ainda bem elevado), “boceta” (muito vulgar), “pene-
trado pela mais aguda das saudades” (de novo registro elevado
e formal). Insistindo em igualar todos esses níveis de registro, o
estilo da frase funciona como deveria, encarnando o significado.

Órfas e viúvas Mas as analogias e metáforas, pelo menos as visuais, moldam o

Nunca iniciar uma página com a última linha de um parágrafo.


Linhas isoladas de um parágrafo que principia na última linha de Forca

146 147
ferramentas de trabalho etiqueta tipográfica

Hifenização
Nos textos justificados os hifens são indispensáveis para garantir
um bom espaçamento entre as palavras, evitando linhas abertas
ou fechadas demais. Quanto mais estreita for a coluna de texto
mais frequentes se tornam os hifens. Em alguns casos mesmo Que mistura mais assombrosamente blasfema! A frase é real-
textos não justificados podem ser hifenizados. mente suja, em parte porque se encaixa na conhecida acepção de
Os manuais de estilo às vezes insistem que ambas as partes “sujeira” − algo que não cabe ali, o que por sua vez é a própria defi-
nição da mistura de registro elevado e registro vulgar. Mas por que
de uma palavra hifenizada precisam estar na mesma página (em
Roth entra nesses movimentos e rodeios tão barrocos? Por que
outras palavras, que a última linha de uma página nunca deve
escrever tão complicado? Se pegarmos só o tema direto da frase e
terminar com um hífen). Virar a página, no entanto, não é um ato de deixarmos tudo no devido lugar − isto é, se tirarmos a mistura de
interrupção do texto em si mesmo. No entanto, é importante evitar Paralelismos
registros −, entenderemos a razão. Uma versão simples sairia as-
quebras de palavra em locais onde o leitor tende a ser facilmente Asim:
partir da segunda prova
“Ultimamente, quando o revisor o designer
Sabbathechupava os seiosdevem atentar
de Drenka,
distraído por outras informações, por exemplo, sempre que um a era possuído pelo
ocorrências ardente desejo
de paralelismos de sua falecida
indesejáveis, istomãe”. Aindauma
é quando é en-
mapa, um gráfico, uma fotografia, um olho de texto, uma barra lateral graçado,
mesma por causa
palavra da transferência
ou sequência da amante
de palavras se para
repete a mãe,
em maslinhasnão
é exuberante. Assim, a primeira coisa que a complexidade conse-
ou outra interrupção qualquer se intrometer. (Elementos do estilo consecutivas formando desenhos que saltam da mancha.
gue é representar a exuberância, o gozo impaciente e o desejo caó-
tipográfico p. 53) Sequências de mais de três letras repetidas no início de linhas
tico, do sexo. Em segundo lugar, a longa sentença entre travessões,
consecutivas também devem ser evitadas para que o leitor não
com seu pedantismo cômico, sobre a origem latina de úbere e a
parâmetros de hifenizacão pule ou repita
pintura de Juno uma delinha.
Tintoretto, funciona, como num teatro de va-
O designer deve configurar as preferências de hifenização do riedades, para adiar e preparar a chegada do clímax com “ele estava
documento antes de compor o texto. O revisor deve zelar por possuído
Que pelo mais
mistura mais ardente desejo de suablasfema!
assombrosamente falecida mãe”. (Também
A frase é real-
esse padrão. prepara e torna mais chocante e inesperada a entrada
mente suja, em parte porque se encaixa na conhecida acepção de de “boceta”.)
Em terceiro
“sujeira” lugar,
− algo que como
não cabeo cômico da por
ali, o que frasesuainclui
vez éessa passagem
a própria defi-
• Apenas palavras com cinco ou mais letras podem ser nição da mistura de registro elevado e registro vulgar. Maspeito
de um registro para outro − do peito da amante para o da
por que
−, encaixa bem que o estilo imite essa mudança
Roth entra nesses movimentos e rodeios tão barrocos? Por que escandalosa, en-
hifenizadas, deixando ao menos duas letras no início e três no
tregando-se a suas oscilações
escrever tão complicado? estilísticas,
Se pegarmos subindo
só o tema e descendo
direto da frase e
final. como um tudo eletrocardiograma alucinado:
deixarmos no devido lugar − isto é, seassim
tirarmos temos “sugava”
a mistura de
• Não se deve hifenizar mais do que 3 linhas consecutivas. (registro
registros elevado), “peitos”a (médio),
−, entenderemos razão. Uma uberare
versão(elevado),
simples sairia quadro
as-
• Normalmente não se hifenizam nomes próprios. de Tintoretto (elevado), “da teta dela” (vulgar),
sim: “Ultimamente, quando Sabbath chupava os seios de Drenka, “frenesi insanciá-
• Em palavras estrangeiras a hifenização deve respeitar as vel” (registro pelo
era possuído elevado, bastante
ardente desejoformal),
de sua “como
falecidaJunomãe”. pode
Ainda outrora
é en-
convenções da respectiva língua. gemido” (ainda bem elevado), “boceta” (muito
graçado, por causa da transferência da amante para a mãe, mas vulgar), “pene-
não
trado pela mais
é exuberante. agudaa primeira
Assim, das saudades” (de anovo
coisa que registro elevado
complexidade conse-
• O hífen nunca pode separar duas vogais , mesmo que
e formal).
gue Insistindo
é representar em igualarotodos
a exuberância, gozo esses níveisede
impaciente registro,
o desejo o
caó-
estejam em sílabas diferentes. Ou seja, por convenção, não se
estilodo
tico, dasexo.
fraseEm funciona
segundo como
lugar,deveria,
a longaencarnando
sentença entre o significado.
travessões,
separam hiatos. Mas
com seuaspedantismo
analogias e metáforas,
cômico, sobre pelo amenos
origem as latina
visuais,demoldam
úbere e oa
pintura de Juno de Tintoretto, funciona, como num teatro de va-
riedades, para adiar e preparar a chegada do clímax com “ele estava
148 possuído pelo mais ardente desejo de sua falecida mãe”. (Também 149
prepara e torna mais chocante e inesperada a entrada de “boceta”.)
ferramentas de trabalho

* Os paralelismos algumas vezes podem indicar repetições


de palavras ou aliterações indesejáveis no texto.

Outras recomendações ao designer e ao revisor


• É indesejável que travessões iniciem uma linha, exceto em
diálogos. O mesmo vale para sinais matemáticos.
• Sempre que possível os números não devem se separar de suas
respectivas unidades de medida pela quebra de linha.
• Evita-se terminar uma linha com um início de frase de uma
única letra.

* Em expressões matemáticas ou em dimensões de obras


deve-se utilizar o símbolo de versus “×” e não a letra “x”

*

Não se usa parêntesis e colchetes em itálico.
Usa-se espaço fino após milhar, e seus múltiplos, exceto
datas: 5 000 pessoas, na década de 1950

* [n. t .] [n. e.] devem ser compostos em versalete e com um


espaço fino após o ponto.

150 151
ferramentas de trabalho abreviaturas

5 Abreviaturas

1º. , 2º. , 3º.  primeiro, segundo, terceiro nº. número


2ª. , 3ª. , 29ª.  segunda, terça/terceira, vigésima nona n. b. nota bene (note bem)
aC, dC ou AC, BC antes de Cristo, depois de Cristo n. s. nova série
Bol. Boletim n. e. nota da edição
c. circa (aproximadamente) n. o. nota do organizador
cA, cb, cAb caixa alta, caixa baixa, caixa alta e baixa n. t. nota da tradução
Cf. Conferir obs. observação
col. coleção º C Celsius
coord./coords. coordenação/ coordenadores op. cit. obra citada
dir., esq. direita, esquerda org./ orgs. organização/organizadores
dpi dots per inch (pontos por polegada) p. / pp. página/s
dvd digital versatil disc p. ex. (em notas de rodapé) por exemplo
ed. editora pb preto e branco
ed. bras. edição brasileira PhD Philosophiae Doctor (título de doutor)
et al. et alii s./ ss. seguinte/seguintes
etc. et coetera (e as demais coisas) Sr./Sra./Dr./Dra. Senhor/Senhora/Doutor/Doutora
fasc. fascículo t. tomo
g grama univ. universidade
ibid. ibidem (a mesma obra) V. Ver
id. idem (o mesmo autor) v./ vol. volume
il./ ils. ilustração/ ilustrações
kg quilograma Expressões latinas
km/h quilometros por hora
loc. cit. loco citado (local citado)
apud citado por
Ltda. Limitada
infra abaixo
M./ Mme/ Mlle Monsieur/ Madame/ Mademoiselle
supra acima
mimeo mimeografado (manuscrito)
et alii e outros
mm, dm, cm, m, km milímetro, decímetro, centímetro, metro, quilometro
Mr./ Ms./ Mrs. Mister/ Miss/ Misses
n. número / nota

152 153
concepção Florencia Ferrari e Paulo Werneck
coordenação editorial Florencia Ferrari
projeto gráfico Elisa von Randow e Gabriela Castro

colaboraram Andressa Veronesi, Augusto Massi, Cassiano Elek


Machado, Célia Euvaldo, Elaine Ramos, Emilio Fraia, Flavia Lago,
Gabriela Castro, Gustavo Marchetti, Isabel Coelho, Luciana Araujo,
Luiza Barbara, Maria Helena Arrigucci, Mariana Lanari, Miguel Del
Castillo, Milton Ohata, Vanessa Gonçalves.

Este manual foi desenvolvido pela equipe de editores e designers da


Cosac Naify, entre 2003 e 2010, com aportes de preparadores e
revisores da casa. Ele não se pretende um manual exaustivo, mas uma
orientação para a solução dos problemas mais frequentes na edição de
nossos livros. Esta versão 1.0 poderá ser ampliada e detalhada.
Contamos com as sugestões de todos.

* Os exemplos deste manual foram feitos no Word 2003,


que apresenta diferenças de caminho em relação a versões
posteriores. Procure a ajuda do programa para localizar as
ferramentas citadas.

154

Você também pode gostar