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Exames pré-natal

Prof. Dra. Tanira Matutino Bastos


Diagnóstico pré-natal
• 1966 → Steele e Breg mostraram que a constituição
cromossômica de um feto poderia ser determinada por
análises de células cultivadas do líquido amniótico;

• Serviço médico.
• Por quais motivos os casais procuram o diagnóstico
pré-natal?

Histórico familiar?

Indicativo em exames pré-natais?


Mulheres com idade avançada?

• Objetivo → informar aos casais sobre o risco de um


defeito congênito ou de um distúrbio genético em
sua gestação, e proporcionar informações sobre as
alternativas de como administrar esse riscos.
Exames pré-natal
• A) Exames Laboratoriais de Rotina (triagem no soro
materno);
– Tipagem sanguínea (doença hemolítica no recém-nascido)
• B) Exames de Ultra-sonografia;
– Translucência nucal
• C) Exames de Genética;
– Análise de cariótipo fetal
• D) Novidades (Biologia Molecular).
– PCR em Tempo Real (Genotipagem do fator Rh fetal em plasma
materno)
– Sexagem Fetal (8ª semana de gestação)
Exames Laboratoriais de Rotina
• Sorologia
– Toxoplasmose
– Rubéola
– CMV
– Sífilis
– HIV
– Hepatite
Triagem do primeiro trimestre
• 11 – 13 semanas de gestação
– Quantificação dos níveis de proteína A plasmática
associada à gestação (PAPP-A) e o hormônio
gonadotrofina coriônica (Hcg)

Aumentado em trissomia do 21 Níveis reduzidos em todas as trissomias


mas diminuída nas demais

– Translucência nucal (ultrassonografia)


Aumentado em trissomias do 21, do 13, do 18 e em fetos 45,X
Sensibilidade de 84% SD
Translucência nucal

+ TN ↑ sensibilidade
Ausência do osso nasal ¾ dos fetos – 11 a 14 semanas (SD)
11 semanas
Triagem do segundo trimestre - Teste
triplo ou quádruplo
• Entre a 15ª e a 20ª semana de gestação
– Teste de rastreamento para síndrome de Down e
defeitos de abertura do tubo neural, como
espinha bífida.
– Alfa-fetoproteína (AFP), estriol não-conjugado,
gonadotrofina coriônica humana (hGC), e,
algumas vezes, inibina A - um marcador que
transforma o teste triplo em quádruplo.
Reduzidos em todas as trissomias, exceto hCG
que está elevada na trissomia do 21; e inibina
A está elevada na trissomia do 21 mas não
está associada com as demais trissomias.
Concentração de AFP no soro
materno
Prevenção dos Defeitos do Tubo Neural
• Ácido fólico → 1 mês antes da concepção e
continuada durante o primeiro trimestre de
gestação.
Redução de 75% da incidência de NTDs
Exames de Ultra-sonografia
• Técnica não invasiva, ou seja, sem risco conhecido
para mãe e feto.

Polidactilia Anencefalia – Defeito no tubo neural


Avaliação geral da idade fetal, gestações múltiplas, viabilidade do feto, bem como para
detecção de anomalias morfológicas e sexagem fetal
Exames genéticos
• Punção de vilosidades coriônicas
Exames genéticos
• Amniocentese
Exames genéticos
• Cordocentese
Punção de vilosidades coriônicas
• Permite o diagnóstico durante o primeiro
trimestre (11 a 12 semanas);
• Tecido de origem fetal - trofoblasto
Punção de vilosidades coriônicas
• Vantagem – detecção precoce;
• Desvantagens – Risco de aproximado de 1% de
causar aborto além do risco basal de 2% a 5% em
qualquer gravidez que tenha entre 7 e 12 semanas
de gestação; AFP não pode ser dosada nesse estágio
(15 – 16 semanas).

Método invasivo Método não invasivo


Amniocentese
• Envolve a aspiração de 10-20 mL de líquido
amniótico através da parede abdominal sob
orientação ultra-sonográfica;
• 16 semana de gestação (meio trimestre);
(α-fetoproteína – DTN)

14 dias

PCR – sem cultura


Amniocentese
• Risco de 1 em 1600 de induzir o aborto além do risco
basal de aproximadamente 1% a 2% para qualquer
gravidez nesse mesmo estágio gestacional.
• Amniocentese precoce (10-14 semanas) → 3 x mais
risco de aborto espontâneo; e perda de líquido.

• Perda de líquido amniótico;


• Infecção;
• Lesão do feto pela agulha de punção.
Punção de vilosidade coriônica X
Aminiocentese
• O sucesso da análise cromossômica é próxima
de 99%;

• Cerca de 2% dos testes realizados a partir da


punção levam a resultados ambíguos devido
ao mosaicismo cromossômico;

• Recomendação → Amniocentese
Cordocentese
• A melhoria da ultra-sonografia possibilitou a
visualização dos vasos do cordão umbilical

amostragem percutânea de sangue fetal


transabdominal
Esclarece os casos em que o resultado citogenético da amniocentese não foi
suficiente e, ainda, para a obtenção, em 72 horas, do diagnóstico
citogenético fetal das gestações que apresentam alguma anomalia congênita
detectada à ultra-sonografia.
• Análises cromossômicas, hibridização in situ com
fluorescência (FISH) ou análise bioquímica e de DNA.
Detecção de mutação
• GENE: Fenilalanina hidroxilase (PAH)
• LOCALIZAÇÃO CROMOSSÔMICA: 12q
• METODOLOGIA: Sequenciamento exons 7, 8, 11 e 12 do gene PAH
Técnicas utilizadas para diagnóstico
pré-natal
– Diagnóstico ultra-sonográfico;
– Estudos através do sangue materno;
– Rastreamento bioquímico e biofísico;
– Punção de vilosidades coriônicas;
– Punção amniótica;
– Cordocentese;
– Fetoscopia;
– Diagnóstico pré-implantação.
Indicações para o diagnóstico pré-natal
– Idade materna avançada;
– Criança anterior com anomalia cromossômica;
– História familiar de anomalia cromossômica;
– História familiar de distúrbio monogênico;
– História familiar de defeito no tubo neural;
– História familiar de outras anomalias estruturais
congênitas;
– Anomalias identificadas na gestação;
– Outros fatores de alto risco.
Anomalias Congênitas
Espinha Bífida (DTN)

Fechamento incompleto da coluna vertebral


Teratógenos
• Agente que pode causar um defeito de
nascimento interferindo no desenvolvimento
embrionário ou fetal normal.
– Agentes químicos (drogas e substâncias)
– Agentes biológicos (vírus, bactéria e parasito)
– Agentes físicos (radiação ionizante e hipertemia
prolongada)
– Doenças maternas (PKU)
Microcefalia
Defeitos cardíacos congênitos
Retardo mental na prole sendo próxima a 100%
Agente teratogênico X agente mutagênico
Agentes teratogênicos
• Talidomida
• Álcool (síndrome do álcool fetal)
• Rubéola
• Mercúrio
• Radiação ionizante

ZIKA?

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