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1.

A escolha de Felix – Ouvir o Evangelho


2. Agindo como os pássaros – Liderança
3. Amar é cuidar do rebanho – Discipulado
4. Ananias – Obediência
5. Até onde oramos – Oração
6. Barnabé – Evangelismo
7. Belém – Curiosidade
8. Caminhando para Emaús – Conhecer Jesus
9. Como se inicia um relacionamento – Conhecer a Jesus
10.Crê no Senhor – Nossas atitudes
11.Davi. Do desprezo ao reinado – Escolhido por Deus
12.Evangelho – O que temos feito?
13.Fruto do Espírito – Relacionamento
14.Idolatria – Dar ouvido aos outros
15.Ministério de ter filhos – Ensinar os filhos
16.Moisés – Liderança
17.O amor de muitos esfriará – Deus não tem importância
18.Onde está Deus – Amor ao próximo
19.Os 6 pecados de Pedro – Atitudes de derrota
20.Palavra de Deus não volta vazia – Evangelismo
21.Por qual motivo sofremos – Perseverança
22.Promoção celestial – Morte
23.Razões do fracasso do povo de Israel – Erros que cometemos
24.Síndrome do Filho mais velho – Amor ao próximo
1. A escolha de Felix

Paulo ao voltar para Jerusalém, foi preso e em meio a idas e vindas,


tumultos e falsas acusações, acabou sendo enviado à Cesaréia para que fosse julgado
por Felix, governador da província romana da Judéia. Atos 21 a 24 narram estes
acontecimentos, porém pretendo focar apenas em Felix.
Atos 24:22 informa que Felix tinha "bom conhecimento do Caminho", isto
é, nos seis anos em que Felix estava como governador, já havia ouvido muito sobre os
cristãos e sobre o Cristo a quem pregavam.
Muitos passam os anos ouvindo do evangelho, mas param por aí. Ouvem e
acham que já é o suficiente. Mas não tomam uma decisão nem procuram se envolver
no Evangelho.
Felix manteve Paulo preso e em Atos 24:24 diz que alguns dias depois Felix
veio ver Paulo e trouxe sua mulher Drusila para ouvi-lo. Que legal. O governador que já
conhecia sobre os cristãos agora trouxe sua mulher para também ouvir. Isso é bom...
mas não era bem assim.
Atos 24:25 narra que tudo ia bem até Paulo falar sobre Justiça, Domínio
Próprio e Juízo Vindouro. Ao ouvir sobre isso, Felix desistiu de continuar ouvindo com
Drusila e mandou que tirassem Paulo dali. Mas o que houve?
A conversa de Paulo com o Félix chegou a ser tão pessoal que Felix ficou
incomodado. Félix, como Herodes Antipas (Marcos 6:17-18), tomou a mulher de outro
homem. As palavras de Paulo foram interessantes até iniciar o tema "da justiça, do
domínio próprio e do julgamento vindouro". Muitas pessoas se sentirão muito felizes
ao ouvir sobre o evangelho. Mas quando o assunto começa a confrontar atitudes em
sua vida pessoal, alguns resistirão ou fugirão. Mas assim é o evangelho. Quando
alguém resiste ou foge de seu testemunho, sem dúvida você teve êxito em chegar à
pessoa com o evangelho.
Paulo teve a oportunidade de falar com Felix e sua mulher sobre a
necessidade que eles tinham de arrependimento, do perdão e da graça do Evangelho.
A perspectiva de um julgamento vindouro é suficiente para fazer
estremecer a qualquer um. Felix estremeceu, mas isso foi tudo. Muitos dos que se
surpreendem com a Palavra de Deus não são mudados por ela. Muitos temem as
consequências do pecado, mas continuam amando-o e praticando-o. As demoras são
perigosas nos assuntos de nossas almas. Felix adiou este assunto para um momento
mais "conveniente", mas não temos relatos que este momento algum dia chegou.
Considere que agora é o momento ideal. Escute hoje a voz do Senhor. Por
acaso esperamos que nossos corações sejam amolecidos conforme avançamos na vida,
ou que diminua a influência do pecado? Hoje é o dia da salvação. Amanhã pode ser
tarde.
Deus te ama. Ouça a Sua voz. Entregue-se a Ele.
2. Agindo como os Pássaros

Certa vez olhei para o céu e um bando de pássaros voando me chamou a


atenção. Todos eles iam para uma mesma direção, mantendo um padrão e seguindo
um pássaro que liderava o grupo.
Vocês já observaram a formação que os pássaros assumem no voo e o
porquê desta formação? Geralmente assumem um formato parecido com um V e o
pássaro da ponta é o que lidera e dá a direção. Este formato faz também com que o
pássaro da frente "corte" o vento, recebendo toda a pressão do ar e minimizando
a dificuldade dos demais pássaros.
Porém, quando a jornada é longa, é comum o pássaro da frente cansar e
com isso um pássaro mais atrás assumir sua posição de líder. Este então toma a
dianteira assumindo a carga de vento e o antigo líder passa para atrás, ajudando
apenas a manter a ordem da formação.
Vendo estes pássaros veio-me a mente dois versículos. O primeiro
encontra-se em Gênesis 1:26 que diz que Deus criou o homem para dominar sobre as
aves dos céus. O outro encontra-se em Mateus 6:26 onde Jesus nos manda olhar as
aves dos céus.
Deus nos fala para olharmos como agem estas aves e termos o domínio
delas, ou o domínio que elas possuem. Elas lideram e são lideradas sempre que há
necessidade. Nunca veremos uma ave brigando com outra para assumir a liderança,
pois elas sabem que se fizerem isso, todo o grupo após elas perderia a direção.
Nós temos muito que aprender observando as aves. Infelizmente é comum
no trabalho, na escola e na igreja, pessoas brigarem pela liderança ou por um lugar de
destaque. Brigamos com alguém do nosso grupo para assumirmos a liderança, mas
esquecemos que quem está lá na frente recebe todo o impacto. E é o dever dele
amenizar para os que vêm depois. Brigamos por uma liderança ou uma chefia,
esquecendo que nossos atos trarão consequências aos demais do grupo. Em
comparação com as aves, uma briga fará com que muitos atrás de nós caiam...
Vamos aprender com as aves. E ao ser necessário assumir a frente para que
outro descanse, não pense no vento que receberá, pense no grupo que dependerá da
força do seu voo...
Deus abençoe a todos...

3. Amar é cuidar do rebanho de Cristo

...e então, Cristo perguntou três vezes à Pedro se ele O amava. Nas duas
primeiras vezes, Pedro disse que sim, mas na última, Pedro respondeu que Jesus sabia
de todas as coisas. (João 21:15-17)
Esta passagem nós já conhecemos. Uns a utilizam para falar de Perdão.
Outros pra pregar sobre amor. Mas eu gostaria de me deter a algo que me chamou a
atenção nestes versículos. DISCIPULADO.
Vamos por partes. Quando Jesus pergunta a Pedro se ele O amava, nas
duas primeiras vezes, o verbo "amar" empregado por Jesus, no grego, significava
"AGAPE". Já na resposta de Pedro, o verbo empregado por ele para afirmar seu amor
por Jesus era o "FILEO". Por fim, na terceira pergunta de Jesus a Pedro, Ele já usa o
verbo "FILEO" e Pedro com semblante triste responde que não há como esconder nada
do Mestre.
O amor Agape é um amor Auto sacrificial. O amor Fileo é um amor baseado
no afeto, na amizade. Jesus desejava que Pedro O amasse dessa forma, sem barreiras,
sem condições, amor ÁGAPE. Mas Pedro ainda tinha limitações e Jesus entendeu.
Porém após todas as respostas, Jesus dava a mesma advertência. Ele pedia a Pedro que
cuidasse e pastoreasse, tanto cordeiros quanto ovelhas.
Não importa muito o tipo de amor que você sente, isto é algo que o Espírito
Santo vai trabalhando em cada um de nós. Jesus entende nossas limitações no que se
refere ao amor, mas independente da limitação, Ele nos chama a amar. Um segundo
ponto é que mesmo entendendo que nem todos nós conseguimos amar da forma
como Jesus gostaria, uma coisa Ele não abre mão, e que deixou claro para Pedro.
Trabalhe pelos que são de Jesus.
Jesus primeiro diz para cuidar dos cordeirinhos. Cordeiro é um animal
jovem filho de ovelha. Ele nos manda cuidar dos novos na fé, aqueles que ainda são
filhos espirituais e que um dia se tornarão ovelhas. Jesus com isso demonstrou
preocupação com quem inicia a caminhada cristã.
Em seguida Jesus pede que Pedro pastoreasse as ovelhas. Ovelha, animal
adulto, ou seja, mesmo sendo um adulto na fé, há a preocupação em como será
conduzida a ovelha. Devemos sempre observar e zelar, mesmo àqueles que tem anos
de evangelho.
E por fim, Jesus agora pede que Pedro cuidasse das ovelhas. Estas mesmas
ovelhas que deveriam ser pastoreadas (guiadas, orientadas...), agora Jesus também
pedia que fossem cuidadas.
Jesus deixou clara sua preocupação com Seu povo. Ele nos pede para cuidar
dos novos na fé, guiar e orientar os que já são adultos espirituais e continuar cuidando
deles sempre.
Isso é amar. Isso é serviço. Isso é discipulado.

4. O que você faria?


Vocês conhecem Saulo? Saulo perseguidor... Assassino... Inimigo dos
cristãos. Atos 26:11 conta que Saulo tentava fazer os cristãos blasfemarem.
Lembraram? Agora, imaginem se Saulo estivesse debilitado, caído em uma
cama. E você tivesse a oportunidade de chegar bem perto dele. O que você faria?
Em Atos, capítulo 9, nos é narrado que um homem chamado Ananias teve
esta oportunidade. Ananias chegou perto de um Saulo fraco, debilitado e cego. Com
uma oportunidade dessas, Ananias não perdeu tempo. Ele chegou bem perto de Saulo,
levantou sua mão e ... orou por ele...!!! Isso mesmo. Ananias orou por Saulo.
A história de Saulo a partir daí conhecemos. Voltou a enxergar, obedeceu
ao chamado de Jesus e adotou o nome Paulo em seu ministério. Então vamos
continuar a falar um pouco sobre Ananias, este obediente desconhecido.
Quem foi Ananias?
** Ananias foi aquele que ajudou Saulo a obedecer a Cristo. Transmitiu a
mensagem de Jesus a Saulo. Devemos obedecer e transmitir a mensagem de Jesus a
qualquer pessoa que Ele nos enviar.
** Em Atos 22:12 ele é citado como sendo “Piedoso e respeitado”.
Virtudes necessárias ao cristão para fazer a obra de Jesus.
** Ananias foi corajoso. Ele foi enviado para falar simplesmente ao pior
inimigo do cristianismo. Enviar Ananias para ensinar a Saulo seria como enviar um
judeu para ensinar a Hitler.
** Ananias em obediência saudou Saulo fraternalmente (Atos 9:17). Nem
sempre é fácil demonstrar amor aos outros, principalmente se o tememos ou não
confiamos.
** Ananias foi ousado (Atos 22:16). Foi até Saulo, falou o que Jesus queria
e desafiou a Saulo a se levantar e fazer a vontade do Senhor.
Após este episódio, Ananias sai de cena. Não volta a ser mencionado.
Porém, seu papel não foi insignificante. Ele, ao obedecer à Voz de Jesus, orou e pregou
para aquele que seria o primeiro e maior missionário da Igreja Primitiva.
Que possamos agir igual a Ananias. Obedecendo a qualquer chamado de
Jesus e em amor, de forma corajosa e ousada, ensinar e desafiar os “novos Saulos” a
seguirem a Jesus, sem distinção.

5. Até aonde estamos dispostos a orar?

Em diversas situações, temos como costume nos reunirmos para orar


"Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou
pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós." Efésios 3:2. Fazemos
campanha de oração. Vigília. Reuniões. Geralmente estipulamos um tempo inicial para
começarmos a orar e também estipulamos um limite para terminarmos nossas
orações. Temos objetivos e decisões, mas a resposta final é Dele.
I Tessalonicenses 5:17 diz, "Orai sem cessar”. Ou em algumas versões
“Orem continuamente”. E nos colocamos aos pés de Cristo para que a decisão Dele nos
seja revelada.
Vamos orar. Mas até quando? Até o final deste dia? Ou até a semana que
vem? Mas e se a resposta de Deus não vier até o prazo final que estipulamos para
nossas orações?
Paulo recomenda aos Tessalonicenses que não parassem de orar. Que suas
orações fossem constantes, contínuas. Mas nós oramos com prazo de validade. E
repetindo a pergunta acima, se a resposta de Deus não vier no prazo que estipulamos,
o que fazer? Simples, façamos como Paulo disse, oremos continuamente. Vamos orar
até que a resposta venha. Se não vier nesta semana, continuaremos orando até
“entendermos” a resposta. Destaquei esta palavra pois em diversas situações Deus nos
responde, mas nós não entendemos. Sendo assim, é prudente que oremos para que
Deus nos responda, mas também que nos capacite a entendermos Sua resposta
também. Devemos estar com o coração aberto para entendermos e aceitarmos as
respostas de Deus.
Êxodo 2:23-24: "No decorrer de muitos dias, morreu o rei do Egito; e os
filhos de Israel gemiam debaixo da servidão; pelo que clamaram, e subiu a Deus o seu
clamor por causa dessa servidão. Então Deus, ouvindo-lhes os gemidos, lembrou-se do
seu pacto com Abraão, com Isaque e com Jacó.
O clamor do povo chegou até Deus. Deus conhecia as dificuldades daquele
povo e tinha a solução também. Mas Ele aguardou o momento certo. Ele esperou para
ver até aonde o povo estava disposto a ir. O povo buscou. O povo clamou. O povo se
humilhou. E Deus ouviu.
O povo estava cansado de sofrer. Oraram pedindo ajuda. As escrituras não
dizem por quanto tempo o povo orou. Também não diz se todos oraram ou se alguns
desistiram depois de algum tempo por não ouvirem resposta. Mas claramente chama
de “filhos de Israel” àqueles que clamaram. E destaca também que, por causa de um
objetivo, o clamor deles chegou até Deus. Aqueles que verdadeiramente eram “filhos
de Israel”, clamaram incessantemente, por um tempo não determinado, até que a
resposta de Deus viesse. Lembrando que eram escravos. Trabalhavam sobre condições
desumanas. Apanhavam e eram humilhados. Passavam fome. Mas continuavam
clamando até que a resposta de Deus veio.
Até aonde estamos dispostos a ir? Até aonde estamos dispostos a clamar?
Só hoje? Só esta semana? Ou até Deus ouvir? Que possamos refletir e orar
constantemente.

6. Barnabé
É praticamente impossível lembrar de Paulo e não lembrar de Barnabé.
Afinal o início do ministério de Paulo foi junto com Barnabé. Porém Barnabé
desempenhou um papel importantíssimo que muitas das vezes é pouco valorizado.
Seu nome era José. Barnabé era uma espécie de apelido que significava
Filho da Consolação. Só isso já diz muito sobre a personalidade dele. Ele estava sempre
disposto a estimular às pessoas que o cercavam. Natural de Chipre e descendente de
Levi, foi ele o único a confiar em Paulo quando este voltou de Jerusalém após sua
conversão.
Quando os cristãos procuravam se afastar de Paulo, com medo, Barnabé
confiou nele e o incentivou a não desanimar. Mais tarde procurou Paulo e o levou
naquela que seria sua primeira viagem missionária.
Barnabé também incentivou seu sobrinho João Marcos a se juntar a eles na
viagem. E após Marcos, por algum motivo, desistir de continuar na viagem, Barnabé
não desistiu dele, dando-lhe nova chance, tanto que seu conceito com Paulo aumentou
a ponto dele dizer o quanto Marcos lhe era útil (Col. 4:10 e II Tim. 4:11).
Em Atos 13:4 diz que a primeira parada deles, como missionários, foi em
Chipre, justamente o lar de Barnabé. Não havia o que temer. Se Barnabé era um
verdadeiro servo de Deus, sua conduta em seu território não era vergonhosa, portanto
ele teria liberdade em pregar o evangelho. Quer ser um evangelista, um missionário,
seja primeiro um exemplo onde você vive.
*Barnabé confiou, instruiu e incentivou quando muitos outros não
acreditaram em Paulo.
*Barnabé consolava e estimulava sempre que necessário.
*Como missionário, o primeiro lugar em que ele parou, foi sua terra.
*Quando Marcos desistiu, alguns lhe viraram as costas, inclusive Paulo,
mesmo sem saber o real motivo. Barnabé foi o único a oferecer uma nova
chance e apoio.
Precisamos de mais Barnabés em nossos dias.
Precisamos ser mais Barnabé em nossa terra.
Precisamos ser e ter mais Barnabés em nossas Igrejas.

A Paz de Cristo esteja com todos.

7. Existem coincidências na Bíblia?


Miquéias: 5. 2. Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre
os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas
saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.
O Miquéias profetizou que de Belém nasceria "aquele que há de reinar em
Israel", isto é Jesus, mais de 700 anos antes de seu nascimento. Ele foi específico em
afirmar que Jesus nasceria em Belém que no Hebraico significa "Casa do Pão".
O "curioso" é que Jesus, após iniciar seu ministério, diz em João: 6. 35 - "Eu
sou o Pão da vida; aquele que vem a mim, de modo algum terá fome."
Jesus usa como referência de si próprio, o produto representado no local de
seu nascimento e profetizado séculos antes por Miquéias.
Não haveria local melhor para o nascimento de Jesus do que "a casa do
Pão". Pão vivo que desceu do céu.
Meditar na Palavra, é alimenta-se de Cristo.

8. Caminhando para Emaús

Lucas 24:13-33 narra a história de dois discípulos de Jesus que, após a


morte do Mestre, caminhavam em direção a cidade de Emaús, distante 11km de
Jerusalém. Durante a caminhada, Jesus apareceu a eles mas não O conheceram. Ao
chegarem ao destino, convidaram Jesus a ficar e sentar-se com eles à mesa. E após
Jesus repartir o pão, eles O reconheceram.
Este breve resumo foi apenas para refrescar a memória (sugiro ler todo o
texto), pois gostaria de destacar algumas situações importantes.
Vs.14-16: Os dois caminhavam e discutiam sobre os últimos
acontecimentos. Jesus chegou e não foi reconhecido. - Há momentos em que nossos
afazeres, preocupações ou discussões nos impedem de ver Jesus. Estamos
preocupados em comentar e discutir e não reconhecemos a Cristo quando Ele se
aproxima de nós.
Vs. 17-21: Quando Jesus perguntou sobre o que falavam eles souberam
descrever bem sobre o Cristo. Conheciam Sua história, mas não suas intenções. - Há
pessoas que decoram versículos, conhecem a bíblia como poucos, sabem tudo sobre a
história, mas nunca conheceram o real poder de Jesus. Conhecer a obra não é
conhecer o Autor da obra.
Vs. 29, 30: Em determinado momento, eles convidaram aquele
"desconhecido" a ficar com eles apenas aquela noite. Jesus então sentou-se à mesa
com eles e repartiu o pão. - Há aqueles ainda que convidam Jesus a entrar, mas por um
breve período apenas. Afinal, é apenas um ilustre "desconhecido". Convidam a ficar,
mas com a condição de ir assim que for determinado pela pessoa.
Vs. 31: Seus olhos foram então abertos. - Enquanto apenas andavam e
discutiam, enquanto se limitavam a conhecer superficialmente a história do Mestre,
seus olhos estavam fechados. Mas foi quando eles se sentaram para receber o que
Jesus oferecia, sem se preocuparem com outras coisas, é que seus olhos se abriram e
puderam enxergar de uma forma diferente. Ao se sentarem, Ele tomou o pão, Ele
abençoou, Ele partiu e Ele os entregou. Os dois se limitaram a ficar sentados. - Jesus fez
tudo. Ele faz tudo, e nosso trabalho é receber. Temos procurado ser auto suficientes.
Não buscamos orientação, não oramos. Queremos fazer tudo e em certo casos,
acabamos por "limitar" Jesus. É Ele quem reparte e entrega. Nós recebemos e
utilizamos o que nos foi dado.
A partir deste momento, Jesus se foi. Os discípulos não necessitavam mas
de ensinamentos. Isso eles já tinham. Bastava apenas abrirem os olhos. E após isto,
foram e testemunharam.
Precisamos caminhar para Emaús. Convidar a Cristo, deixando-O fazer todo
trabalho. Deixando-O abrir nossos olhos para podermos testemunhar. Precisamos de
menos comentaristas de histórias bíblicas e de mais discípulos dispostos a
testemunhar.
Que Deus nos guie e abra nossos olhos.

9. Como se inicia um relacionamento?

Vamos tomar o seguinte exemplo. Um rapaz conhece uma determinada


garota. Ele inicialmente se encanta por ela. Busca saber algo sobre ela, principalmente
para saber se este "encanto" vai se transformar em paixão. O rapaz então começa a
buscar saber mais. Inicia então um contato maior. Um início de relacionamento, onde o
rapaz passa a conhecer a moça. E quanto mais ele a conhece, mais ele se encanta. Suas
qualidades, sua voz, o tempo que passam juntos... e aquela paixão, aquele encanto,
com este relacionamento, se transforma em amor. O rapaz passou a conhecer a garota
e com isso soube que a amava. Passou não apenas a se encantar com sua voz, mas a
amar as conversas entre eles. O tempo que passavam juntos era pouco e ele queria
estar com ela todo tempo. Quando estavam longe, ele ligava, e ficavam horas
conversando. Conforme ele a conhecia mais... mais o amor aumentava. E conforme o
amor aumentava, mais ele queria conhecê-la e estar junto dela... isto é amar.
Com este exemplo aprendemos que em um relacionamento, precisamos
ter o primeiro contato, nos encantarmos e buscarmos conhecer. Depois é preciso criar
laços, ter diálogo e demonstrar amor. Com o amor, o desejo de estar junto sempre,
conversando. O amor surge quando passamos a conhecer. E quanto mais se conhece,
mais o amor cresce.
Nosso relacionamento com Jesus é dado da mesma maneira. Primeiro
temos o contato inicial. Ouvimos falar. Desperta em nós a vontade de saber quem é
este Jesus. Depois nos encantamos com tudo que Jesus representa e nasce o desejo de
estar mais próximo. Quanto mais O conhecemos, mais O amamos. Quanto mais O
amamos, mais queremos conhecê-lO.
Não consigo entender quando vejo pessoas afirmando amar a Cristo, mas
que não buscam ter um relacionamento com Ele, nem O buscam conhecer.
Paulo ensina que sem amor é impossível conhecer a Deus e ser conhecido
por ele (I Cor. 8:3). É impossível amar alguém sem conhecê-lo. A meditação na Palavra
de Deus resulta no aumento desse conhecimento, que por sua vez aumenta nosso
amor por Ele. É certo que não podemos amar a Deus se não tivermos um
relacionamento pessoal com Ele.
"Aquele que diz: Eu O conheço, e não guarda os Seus mandamentos, é
mentiroso, e nele não está a verdade." (I Jo. 3:14)
Vamos buscar conhecer de verdade este Jesus que anunciamos. Só assim
poderemos falar do nosso amor por Ele.

10. Crê no Senhor

"Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. E lhe pregaram a palavra
de Deus e a todos de sua casa." Atos 16:31, 32 "
Em Atos 16, Paulo e Silas haviam chegado a Filipos e haviam curado uma
mulher que tinha um espirito adivinhador. Quando o espírito saiu dela, os homens que
lucravam com suas adivinhações levaram eles até as autoridades dizendo que estavam
perturbando a cidade.
Após serem açoitados, os dois foram presos. Por volta da meia noite eles
oravam e cantavam (16:25) e os presos escutavam.
Os dois estavam presos. A princípio não tinham motivos para cantar.
Haviam apanhado e na prisão, estavam com os pés amarrados a um tronco. Mas a
atitude deles foi bem diferente da realidade em que estavam. Em momento de
dificuldade, se lamentar e se abater é pior. Eles pediam auxílio a Deus e cantavam
como forma de esperança.
Eles começaram a cantar. Mas antes disso, oraram a Deus entregando a
situação a Ele. A bíblia diz ainda que os presos escutavam. Talvez estivessem pensando
em como aqueles dois homens poderiam cantar na situação em que estavam. Ouviam
a oração, ouviam os cânticos e aquilo foi despertando algo naqueles outros presos. A
atitude deles estava fazendo a diferença. Eles levavam conforto também aos demais
presos.
De repente veio um terremoto e as portas se abriram. O carcereiro vendo
as portas abertas, ia se matar. Os carcereiros eram diretamente responsáveis pelos
prisioneiros. A fuga de algum era de responsabilidade dele. Quando isso acontecia a
punição era estendida a toda sua família. O carcereiro ao ver as portas das celas
abertas, na certa imaginou que todos haviam fugido e com medo que sua família
morresse por causa disso, decidiu então tirar a própria vida. Para todos os efeitos, ele
teria sido morto por algum fugitivo, e isento de culpa. Mas quando ia se matar, Paulo o
impede, gritando que todos estavam ali.
O carcereiro naturalmente também havia ouvido as canções e as orações e
quis conhecer mais sobre aquele de quem eles cantavam (V. 31). O carcereiro quis
saber. Ele estava curioso em saber como eles estavam em Paz (Filipenses 4:7).
Se antes a atitude do carcereiro para salvar sua casa seria tirar a própria
vida, agora a atitude de entregar sua própria vida a Jesus, salvaria sua casa.

Tu e a tua casa (V. 31). A salvação de cada membro da família dependeria


de cada um. A salvação é individual, mas caberia ao chefe da família lhes apresentar
Cristo. Com a atitude do carcereiro em não se matar e de levar Paulo e Silas a sua casa,
ele pode testemunhar para sua família o que tinha acontecido. Testemunhar como um
Jesus, até então desconhecido por ele, mas apresentado por dois prisioneiros, pôde
mudar sua vida. Ao perceberem a mudança e entenderem, toda a sua família creu e
também foram transformados.
Finalizando (V. 33), foram batizados após crerem. A atitude de Paulo e Silas
fez a diferença. A família creu porque o carcereiro testemunhou algo e contou para
eles.
Nossas atitudes influenciam. Nossas palavras, nossas músicas, nosso
comportamento, tudo é evangelismo.

11. Davi. Do desprezo ao reinado.

Li um texto recentemente onde o autor dizia que Davi era filho ilegítimo de
Jessé, isto é, era filho de Jessé com uma serva, possivelmente uma moabita ou
caananita.
Alguns pesquisadores compartilham da mesma opinião e apresentam
algumas evidências, como o fato de Davi ser ruivo e de semblante tranquilo (1 Samuel
16:12 e 1 Samuel 17:42). É fato que os rapazes judeus são de aspectos rústicos e não
são ruivos.
Quando Samuel chegou à casa de Jessé, ele pediu que reunissem "todos"
os filhos e disse que não se sentariam para comer enquanto o menor, que estava no
campo, não chegasse (1 Samuel 16:11). Um filho ilegítimo não tinha permissão de
sentar-se à mesa com o restante da família. Davi morava separado, provavelmente com
a mãe, no campo.
Diversos outros relatos parecem confirmar este fato. Seus Salmos muitas
das vezes serviam de desabafos. Seus irmãos pareciam não gostar dele. Enfim, ao que
parece, o texto que li a respeito disso parece ser comprovado. Davi era filho ilegítimo e
motivo de vergonha para seu pais e irmãos.
Mas Deus não tinha criado Davi para ser um "bastardo". Deus não o criou
para ser vergonha, nem para ser desprezado. Deus não se importava com o que
pensavam de Davi, pois o Senhor já havia traçado planos para a vida dele.
Deus mandou que Samuel ungisse Davi, que seria o novo rei, no lugar de
Saul. O restante da história, seus erros e acertos, todos já conhecemos. Foi chamado
inclusive de "homem segundo o coração de Deus".
Não importa sua situação. Não importa o que as pessoas acham ou pensam
de você. Não importa se você é esquecido por todos. Deus te escolheu. Se esta história
de Davi ser bastardo é verdade ou não, sinceramente não é muito importante. O
importante mesmo é o fato de Davi ser ignorado e desprezado por toda a família.
Ninguém dava importância a ele. Mas Deus o havia escolhido para algo mais do que
servir de vergonha.
Deus é o único que pode te levantar. O único que vê seu interior e sabe que
nesta aparência "diferente" dos demais, existe alguém que pode ser usado para
grandes feitos, basta para isso deixar Deus revelar seus planos e fazer a mudança.
Davi não questionou Samuel quando foi ungido. Não questione também
você quando Deus o ungir. Quando Deus te chamar, te capacitar, não questione.
Receba. Deixe Deus trabalhar, transformando alguém esquecido e sem valor para a
sociedade em um homem segundo o coração de Deus. Você tem valor, pois Deus te
escolheu para realizar coisas tremendas.

12. Evangelho

O que é evangelho?
Conjunto dos ensinamentos de Jesus Cristo, relatados nos livros de Mateus,
Marcos, Lucas e João. No Grego (euangelion - εὐαγγέλιον), significa "Boa Notícia",
"Boa Nova", "Boa Mensagem".
O termo “evangelho”, em seu sentido clássico e original, se refere à
recompensa dada pela entrega de boas notícias.
A palavra “evangelho” é usada somente no Novo Testamento. Na
Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento), a palavra “evangelho” ocorre apenas
uma única vez (2Sm 4:10). Na ocasião, o termo “evangelho” foi aplicado para se referir
às notícias sobre a morte de Saul.
Nos tempos antigos, quando os exércitos de Israel enfrentavam seus
inimigos, os mensageiros ficavam prontos para levar as notícias de derrota ou vitória.
Quando traziam notícias da vitória de Israel, traziam Evangelho (boas Notícias).
Proclamar o Evangelho significa literalmente anunciar para alguém que
algo (realmente) bom aconteceu.
O Evangelho surgiu com a intenção de revolucionar a vida de pessoas que
estão insatisfeitas com sua vida comum.
De acordo com Marcos 1:1-4, o evangelho começa com a proclamação de
João Batista.
Mas, que tipo de Evangelho tem sido anunciado hoje? Nos relatos dos Atos
dos Apóstolos, no capítulo 2, temos a informação de que, após Pedro ter anunciado o
Evangelho de Cristo, as pessoas iam se a chegando e o número aumentava. A igreja era
bem vista na comunidade e todos eram unidos. A Boa Notícia trazida por Pedro a
respeito de Jesus fez mudanças na vida daquelas pessoas. Pedro não inventou
histórias. Pedro não fez encenação. Simplesmente chegou com algo novo que trouxe
esperança e alegria. E Deus se encarregava de mandar pessoas.
Hoje encontramos as mais variadas denominações. Se você gosta de pular,
há uma denominação em que você se enquadra. Se você gosta de algo mais tranquilo,
também tem. Denominações com línguas, com fogo, danças ou profecias. Revelações,
curas e promessas. Abro aqui um parêntesis para dizer que não escrevo isso como
crítica, muito pelo contrário, respeito cada uma. Porém, tenho que expressar que nem
todas, infelizmente, divulgam as Boas Notícias. Nem todas transmitem o Evangelho.
Vou citar um exemplo e sejam sinceros. Será que nunca viram algo assim acontecer?
Imaginem uma localidade com umas dez mil pessoas. Seja um bairro ou
uma pequena cidade. Nesta localidade instalam-se três grandes igrejas de
denominações diferentes com seus costumes e suas doutrinas. O objetivo de uma
igreja é auxiliar as pessoas da localidade no conhecimento de Cristo e de Sua Palavra.
Porém, uma quer ser melhor que a outra. Oferecem "espetáculos", shows gospels e
outros artifícios para atrair pessoas. Competem entre si e esquecem que as Boas Novas
não estão sendo divulgadas. Isso não é igreja.
Igreja que não espalha a Boa Notícia de Jesus, não é igreja. Cristão que
não compartilha a Boa Notícia que recebeu, não é cristão.
Sua igreja evangeliza de verdade e com eficiência? Faz com que as Boas
Novas do evangelho sejam transmitidas? Se a resposta for não, infelizmente tenho que
te dizer que você não é membro de uma igreja e sim de um "Salão de Festas Gospel"
onde há muito barulho, muita euforia, mas pouco ensino. Você é alguém que recebeu
a Boa Notícia da vinda de Jesus e esta Boa Notícia revolucionou sua vida ao ponto de
você não se conter e ter que transmitir aos outros? Não??? Cuidado meu amigo. Há um
grande risco de você não fazer parte do Corpo de Cristo.
Igreja que não proclama o Evangelho, não é igreja.
Cristão que não espalha o Evangelho, não é cristão.
Quando um soldado voltava da batalha com notícias, as pessoas
observavam sua atitude na chegada. Se ele viesse alegre e com entusiasmo, significava
que haviam obtido Vitória. Então, na certa ele trazia um euangelion. Mas se ao chegar,
ele apresentasse um semblante abatido e triste, isso significava notícias de derrota.
Não há Evangelho sem Vitória. Se há tristeza e vazio, não há Evangelho. Há derrota.
Suas atitudes demonstram que tipo de mensagem você tem a entregar. Se você vem de
uma derrota ou de uma vitória. E derrota, nunca é Boa Notícia.
Que tipo de Evangelho temos apresentado. Um Evangelho verdadeiro ou
falso. Temos apresentado o verdadeiro Evangelho, aquele que João Batista anunciou
por primeiro, a respeito de Jesus ou temos apresentado algo mascarado, tristeza com
sorriso de Boas Notícias? O Evangelho é único, assim como o Deus que inspira o
Evangelho.
Pratique este Evangelho. Aprenda sobre ele e nele. Seja recompensado com
a Maravilhosa Notícia do amor de Cristo e divulgue. Passe adiante. Leve esta
mensagem para o restante dos povos que necessitam saber. Jesus ama a cada um e
esta Vitória precisa ser anunciada.

13. Fruto do Espírito

Mas o fruto do Espírito é: amor (agape), alegria, paz, longanimidade


(paciência), benignidade (ternura), bondade, fidelidade, mansidão (humildade),
domínio próprio (temperança)." Gálatas 5:22, 23a
Em Gálatas, Paulo lista características fundamentais na vida de um cristão
verdadeiro. Ele chama de Fruto do Espírito.
Podemos dividir estas características em 3 grupos de 3, retratando assim
nosso relacionamento com Deus, depois com o próximo e por fim conosco.
O primeiro grupo, que reflete nosso relacionamento com Deus inclui o
Amor, colocado pelo Espírito Santo em nosso coração; a Alegria dEle em nossa alma e
a Paz de Deus em nossa mente.
O segundo grupo, reflete nosso relacionamento com o próximo.
Longanimidade (ou paciéncia), que suporta a insensibilidade dos outros e nos impede
de nos vingarmos. A Benignidade (ou ternura) é o não desejo de fazer o mal. É a
gentileza que vai além da intolerância. E a Bondade, virtude que transforma desejo em
atos. Iniciativa em servir aos outros de maneira construtiva.
Por último, este grupo indica nosso relacionamento conosco. A Fidelidade
que convida a outras pessoas a confiar em nós. É a dignidade de alguém que cumpre
suas promessas. É ser confiável. A Mansidão (humildade), qualidade de pessoas fortes
e dinâmicas. E Domínio Próprio, autocontrole, senhorio sobre a língua, os
pensamentos e as paixões.
Ninguém até hoje apresentou estas qualidades com tanto equilíbrio quanto
Jesus. Este tem que ser o objetivo de todo cristão.
Ao destacarmos que o Fruto do Espírito pode ser dividido em nosso
relacionamento com Deus, com o próximo e conosco, podemos traçar um paralelo
com o Mateus 22:37-39 que diz que devemos amar a Deus (primeiro grupo) acima de
todas as coisas, e ao próximo (segundo grupo) como a si mesmo (terceiro grupo).
Fruto do Espírito é a consequência do cumprimento dos dois principais
mandamentos que Cristo nos ensinou.
Precisamos "cultivar" este fruto CONSTANTEMENTE em nossa vida
espiritual. Amém.

14. Idolatria

A PARTIR DE AGORA NÃO SEREI MAIS IDÓLATRA!!!


É isso mesmo o que vocês leram. Eu era idólatra, mesmo com anos de
conversão a Cristo e tendo entregue meu coração a Ele.
Muitos devem estar se perguntando: “Como assim?” “Como ele pode dizer
que era idólatra?” “Mas idolatria não é pecado?”. Pois é, eu estava na prática da
idolatria... e estava em pecado.
Êxodo 20:3 – “Não terás outros deuses diante de mim”.
O mandamento de Deus é claro. Não é uma opção, uma escolha. É uma
ordem. Não tenham outros deuses. Ter outros deuses, é IDOLATRIA.
Volto a assumir, eu tinha outro “deus” em mim. E isso fez de mim um
idólatra. Vou explicar melhor.
Em Êxodo 20:3, a palavra “deuses” no original tem como significado
também, Juízes ou Governantes. Então, podemos interpretar como “Não terás outros
juízes ou governantes diante de mim”. Com isso entendemos que Idolatria, é o ato de
ter outro Juiz ou outro Governador que não seja Deus. Quando colocamos outro com
estas condições em nossa vida, estamos sendo idólatras e cometendo pecado.
Mas, como posso eu ser idólatra, como vinha sendo? Foi Deus quem me
criou, e me moldou. Ele tem um conceito a meu respeito. E só Ele pode dizer quem sou
eu. No momento em que deixei pessoas ditarem quem eu era, ou no momento em que
eu me deixei abater pelo conceito que essas pessoas faziam sobre mim, eu assumi que
o conceito dessas pessoas era mais importante do que o conceito que Deus tinha de
mim. Eu estava colocando estas pessoas acima de Deus. Se entendo que o conceito de
“deuses” em Gênesis 20:3 é o mesmo que “juízes”, e permito que o julgamento das
pessoas seja mais importante que o julgamento de Deus, então estou sim colocando
Deus em segundo plano. Sou então, IDÓLATRA.
Então, volto a dizer. Eu era idólatra. Eu dava importância para o que as
pessoas diziam sobre mim. Mas esquecia de perguntar a Deus o que Ele achava de
mim. Durante anos eu coloquei a opinião de pessoas acima da opinião de Deus. Deixei
a influência destes “deuses” assumir o lugar de destaque em minha vida. Mas agora
isso terminou. Em Nome de Jesus.
Deus é quem dita minha vida. Deus é o único que pode falar de mim. A
opinião de Deus para minha vida é a única que me importa agora. Os demais
comentários... são apenas deuses que eu lancei fora. Não me servem mais.
Hoje eu não sou mais idólatra, assumo isso com alegria. Deus é o único que
pode falar ao meu respeito, mais ninguém. Idolatria é pecado... E não quero isso para a
minha vida.
Se você também tem permitido que estes “deuses” te dominem, jogue-os
fora hoje ainda. E pergunte a Deus o que Ele acha de você. A opinião Dele é
importante, a dos outros não.

15. Ministério de ter Filhos

Isaias 53:13. Este capítulo de Isaias é uma profecia sobre a restauração de


Israel. Isaias usa como ilustração o exemplo de uma mulher, sofrida e sem filhos, mas
que se alegrará e terá filhos, representando assim o novo começo de Israel.
Mas esta profecia também é um ensinamento aos pais. Uma preparação
para um ministério muito importante. O ministério de ter filhos.

O versículo 13 proclama: “E todos os teus filhos serão ensinados do


Senhor; e a paz de teus filhos será abundante”.
1- Os filhos sendo ensinados. A bíblia cita que devemos ensinar o caminho
que a criança deve andar (Provérbios 22:6). Não sãos os professores, nem os amigos.
São os pais.
2- Ensinados do Senhor. Não é ensinar qualquer coisa. É ensinar sobre
Deus e diretamente apresentá-los ao ensino direto pelo Senhor.
3- E a paz será abundante. Aquilo que eles aprenderem determinará o tipo
de vida que eles terão. Aprender de Deus resulta em paz. Mas não em qualquer paz.
Mas paz abundante, que foge ao nosso entendimento (Filipenses 4:7).
Vemos neste versículo um efeito de causa e consequência: Os filhos sendo
ensinados do Senhor resultará na paz abundante que eles terão; por outro lado, a paz
abundante dos filhos vem por terem sido ensinados do Senhor.
Jesus citou este versículo durante Seu ministério: “Está escrito nos profetas:
E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que do Pai ouviu e aprendeu
vem a mim”. João 6:45
O maior ministério que Deus nos deu foi o de levar nossos filhos até Ele.
Quer Paz para seus filhos, apresente para eles a Verdadeira Paz...

Moisés (Êxodo 18)

Na história do povo de Deus, em sua saída do Egito, podemos destacar


duas pessoas. Moisés e Arão. Um, foi colocado como líder e profeta. O outro como
sacerdote.
Apesar da figura sacerdotal representada por Arão, a liderança cabia a
Moisés, pois Deus o colocou ali para isso. Moisés tirou o povo do Egito. Moisés abriu o
Mar Vermelho. Moisés guiou o povo pelo deserto. Ele tomava decisões. Ele coordenava
os trabalhos. Ele conduzia o povo. Tudo, é claro, sobre as ordens e orientação de Deus.
Deus encarregou Moisés deste ofício (ou ministério), mas não o tomou pela
mão para indicar a forma de fazer. Isso ficaria por conta de Moisés.
A bíblia narra que diariamente Moisés julgava o povo. Sua tarefa iniciava
pela manhã e se estendia até a noite. Moisés não dava conta dos problemas e
certamente isso o incomodava.
Certa vez seu sogro, Jetro, sabendo a localização de Moisés e os israelitas,
foi até ele levando sua esposa e filhos. Lá se deparou com algo estranho. Por mais
capacidade, preparo e condições espirituais demonstradas por Moisés, isso não era
suficiente para coordenar o povo.
Jetro então instruiu Moisés a dividir tarefas. Disse para escolher pessoas
capacitadas para o auxiliar. E ele ficaria encarregado de cuidar das questões realmente
difíceis e importantes.
Vemos neste contexto algumas considerações. Moisés tinha intimidade
com Deus. Falava diretamente com Ele e era prontamente atendido. Moisés era "O"
Líder. Quem Jetro achava que era para tentar ensinar algo a Moisés?
Jetro era um homem temente a Deus. Era alguém sábio que tinha algo a
ensinar, mesmo não sendo líder.
Aprendemos que por mais capacitados que possamos ser, precisamos e
devemos sempre ouvir os conselhos de outros, quando os conselhos forem
direcionados por Deus. Moisés poderia ter ignorado a ajuda de Jetro. Ele poderia ter
tentado uma solução sozinho, mas preferiu ouvi-lo.
Outro ponto. Moisés delegou funções a outros líderes. Isso poderia soar
como fraqueza, afinal Moisés estava declarando não ser capaz de fazer sozinho. Mas
pelo contrário. Esta atitude demostrava a maturidade de Moisés em sua liderança em
assumir que o bem estar do povo era mais importante que qualquer posto.
Por fim, Moisés confiou nas pessoas escolhidas. Ele sabia que poderia
deixar a cargo deles tais tarefas e que eles saberiam resolver. Mais uma vez Moisés
mostrou-se um líder hábil e seguro.
Ao grupo escolhido cabia exercer com prontidão o serviço, sem se colocar
acima de Moisés, mas também, sem ser negligente.

16. O amor de muitos esfriará

"O amor de muitos esfriará."(Mateus 24:12). Esta frase foi uma de muitas
que Jesus deixou. Porém é uma de poucas que parece ter sido dita pensando em nosso
tempo. Qual a importância que temos dado às coisas espirituais? Alguém pode dizer
"Mas eu oro, eu leio a bíblia, eu vou a igreja." Será que isso é o bastante?
Um pastor prega uma mensagem de Deus para mudar sua vida. Uma
pessoa lhe dirige uma palavra com o objetivo de ofender. Qual destas surtirá mais
efeito? Qual palavra tem mexido com você?
A Palavra de Deus já não tem mais surtido efeito em nossas vidas. Vou
explicar o porquê.
Imagine o seguinte: uma pessoa totalmente desconhecida ou alguém sem
importância chega até você e "descarrega" um monte de palavras. Independente se
são ofensivas ou não, aquelas palavras logo serão esquecidas, pois a fonte, isto é, de
quem veio, não é importante.
Agora imaginemos o oposto. Alguém que você conhece bastante, que tem
intimidade, chega e fala algo da mesma forma, dura ou não. Aquelas palavras
marcarão. Você vai ficar pensando naquilo por muito, muito tempo. Dependendo das
palavras, você poderá se abalar ou se animar. Isso porque quem disse é alguém
próximo.
Mas então, porque não damos importância à Palavra de Deus? Pelo mesmo
motivo. Nos habituamos a não dar importância a alguém desconhecido. Deus passou a
ser uma pessoa desconhecida, que não temos intimidade. Então o que Ele diz, não
mexe conosco.
O amor de muitos esfriará... acha que isso tá longe? Tá nada, tá perto. Está
acontecendo agora. Comigo. Com você. Com muitos. Ouvimos a mensagem e não
temos nossas vidas transformadas. Damos mais importância a pessoas e colocamos
Deus cada vez mais distante.
Duro isso? Então responda de 0 a 10, qual tem sido seu nível de intimidade
com Deus? O quanto você dá ouvido à Ele e à Sua Palavra?
Deus é importante? Reconheça isso então e demonstre.

17. Onde está Deus?

Certa vez, em uma rede social, vi uma postagem que me chamou a


atenção. A postagem era uma imagem de uma criança caída, desnutrida, com um olhar
de dor e a seguinte mensagem: - “Onde está Deus?”. Fiquei olhando àquela imagem
durante alguns minutos, ora tentando entender o motivo da pessoa ter postado aquilo,
ora tentando entender o porquê de Deus permitir algo assim.
É evidente que o sofrimento está presente em todos os lugares, não só pela
falta da comida, mas também por diversas outras faltas padecidas por nós seres
humanos. Vemos sofrimento pela perda de alguém assassinado. Vemos sofrimento nos
olhos de pessoas com graves enfermidades. A expressão de dor e medo nos olhos de
crianças vítimas de abusos físicos e psicológicos. Faltaria tempo para enumerar diversas
situações de dor e sofrimento existentes. Com isso, vez ou outra surge a mesma
pergunta: “Onde está Deus?”
Um erro comum nosso é sempre buscar atribuir culpa a algo ou alguém.
“Cheguei atrasado por causa do engarrafamento”. “Não consigo confiar porque já fui
traído”. “Sou uma pessoa infeliz por causa dos meus pais”. Dificilmente assumimos
uma culpa. Se eu cheguei atrasado, não foi culpa do engarrafamento. A culpa foi minha
de não ter saído mais cedo, principalmente se eu sei que no percurso é comum,
naquele horário, haver engarrafamentos.
Da mesma forma buscamos, em casos como o da imagem que citei, culpar
à Deus. Mas vamos ver alguns fatos antes de prosseguirmos.

 Em 2013, mais de 7 milhões de pessoas passaram fome no Brasil, sendo


que na mesma época, nosso país contava com aproximadamente 200
milhões de pessoas ao todo;

 No mesmo ano, 71 mil pessoas no Brasil possuíam renda mensal


superior a 160 salários mínimos. Isso significa que para cada 1 destes ricos
brasileiros, outros 98 brasileiros passavam fome. Se ampliarmos o índice
para pessoas que ganharam mensalmente entre 80 e 160 salários
mínimos, este número sobe para 137 mil. Refazendo então nossa
proporção com total de pessoas que ganharam acima de 80 salários
mínimos, tivemos 1 brasileiro em situação bastante confortável para 33
pessoas morrendo de fome em 2013. Isso não contando os Milionários
existentes no país no mesmo ano;

 Ainda em 2013, o número de analfabetos maiores de 15 anos chegou a


13 milhões. Porém segundo IBGE, 30% das escolas no país estavam
desativadas em 2013.
Após buscarmos alguns fatos estatísticos do nosso país, de acordo com o
Censo do IBGE de 2013, vamos agora ver alguns fatos bem importantes registrados em
um livro que tem um pouco mais de tempo que este Censo: A Bíblia.
Em Êxodo 20 e Deuteronômio 5 encontramos a listagem com os 10
Mandamentos que Deus entregou à Moisés para que ele cuidasse do povo. Dentre
estes temos:

6º “Não matarás.” 7º “Não adulterarás.” 8º “Não furtarás.” 9º “Não dirás


falso testemunho contra o teu próximo.”

Algumas leis básicas foram dadas para que fossem cumpridas em prol de
toda uma comunidade. Isso permitiria que todos vivessem em uma certa harmonia.

Atos 2 versículos 42 a 47 nos relata o seguinte: “E perseveravam na


doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda
a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos
os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas
propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E,
perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam
juntos com alegria e singeleza de coração, Louvando a Deus, e caindo na graça de
todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de
salvar.”

Em Atos 4 versículos 32, 34 e 35 diz: “E era um o coração e a alma da


multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua
própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Não havia, pois, entre eles
necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as,
traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E
repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.

Antes de finalizar, quero ainda destacar partes de alguns versículos em


Romanos 12.

02: E não sede conformados com este mundo;

10: Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal;

12: Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na


oração;
13: Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a
hospitalidade;

17: procurai as coisas honestas;

20: Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede,
dá-lhe de beber.

Termino voltando a pergunta inicial: - “Onde está Deus?”. Deus está


esperando que VOCÊ faça apenas aquilo que Ele escreveu para VOCÊ fazer. Deus deu a
VOCÊ a responsabilidade de cuidar uns dos outros. Amar o próximo, alimentar os
necessitados, ser honesto... Mas preferimos culpar Deus pelos sofrimentos.

A pergunta certa diante de algo assim não é “Onde está Deus?”, mas sim
“Onde estão os homens que dizem amar a Deus?”

Faça a sua parte. Sempre...

18. Os 6 pecados de Pedro

Quem nunca leu sobre Pedro e o episódio em que ele nega a Jesus três
vezes? Porém muitos esquecem que este pecado cometido por Pedro foi resultado de
uma sequência de falhas desastrosas que ele adotou. Em sua maior batalha espiritual,
Pedro foi derrotado justamente por práticas pecaminosas que ele havia adotado.
O primeiro pecado de Pedro foi seu orgulho (Lucas 22:33). Ele se achava
superior e inatingível. Pedro confiava em sua força. Homem bruto e rústico,
acostumado a puxar redes do mar, achava que numa luta ele teria a vantagem física. E
caso não fosse possível, ele encararia a morte junto com o Mestre. O orgulho faz com
que pessoas capacitadas e escolhidas por Deus percam o foco e a direção no
ministério;
O segundo pecado de Pedro foi a incredulidade (Lucas 22:34). Ele não
acreditou que algo assim pudesse acontecer com ele. Quem gosta de ser confrontado
em suas falhas? A soberba de Pedro não permitiu que ele acreditasse no que Jesus
havia dito. Muitos de nós achamos que certas falhas são apenas suscetíveis aos outros.
Andamos com Jesus, ouvimos a Jesus, confiamos em Jesus, mas quando Jesus nos
mostra em que estamos errando, nós não acreditamos;
Seu terceiro pecado foi a falta de oração (Lucas 22:45). No momento em
que era preciso sustentar em oração, Pedro dormiu. Orar pra quê? Pedro era auto
suficiente. E além do mais, ele estava com o Mestre. Se eu já faço parte do grupo de
Jesus, pra que eu preciso orar? O fato de você ser cristão não exclui a necessidade de
orar. Hoje temos o hábito da “Oração Escova de dente”. Ao acordar, após as refeições e
antes de dormir, igual a higiene bucal. Jesus em diversos momentos orou. Ele nos deu o
exemplo. Se Ele orava em todo o tempo, nos ensinando como proceder, porque não
fazemos igual? Num momento que antecederia uma grande tristeza, Pedro preferiu
dormir do que horar. Estamos dormindo enquanto o mundo padece a nossa volta;
O quarto pecado foi acreditar que tudo poderia ser resolvido com força
física (Lucas 22:50). Como descrevi acima, Pedro confiava em sua força. Tanto que na
hora que os guardas chegaram, ele logo partiu para agressão. Pedro ainda não havia
entendido ainda que questões espirituais são resolvidas com armas espirituais. Você é
inteligente? É forte? Você possui bens financeiros? Tem muitos amigos que podem te
ajudar? Nada disso importará na hora que o Diabo quiser te jogar no chão e pisar em
você. “Alguns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós confiamos no nome do
Senhor nosso Deus.” Salmos 20:7;
Seu quinto pecado foi se manter a uma certa distância de Jesus (Lucas
22:54). Pedro procurou se manter a uma distância "confortável e segura". Sair da zona
de conforto se faz necessário. Ele fazia parte do grupo de Jesus, mas não queria estar
perto dEle nem que soubessem que ele fazia parte deste grupo. Mas que contradição,
pouco antes ele havia dito que iria com Cristo até a prisão se fosse preciso. Mas
esqueceu de dizer que iria, mas iria de longe. Cadê aquele Pedro orgulhoso? Muitos se
escondem atrás de uma capa de religiosidade, mas na hora do confronto fogem sem
admitir que estão com medo ou com vergonha. Quem segue a Jesus de uma certa
distância, corre o grande risco de se distanciar no meio da multidão;
O sexto pecado que Pedro cometeu foi se relacionar com o que é errado
(Lucas 22:55). Pedro procurou estar justamente com as pessoas que zombaram de
Jesus. Vamos analisar. Você defende um amigo. Diz que em qualquer situação você
estará presente. Porém, algo acontece e várias pessoas começam a zombar deste
amigo. E você, além de não defender este seu amigo, ainda se senta junto com as
pessoas que estão xingando e zombando deste amigo! Isso é papel de COVARDE.
Pedro preferiu sentar perto das pessoas que pediam a prisão de Jesus. Ali ele se calou,
ali ele não se manifestou, ali ele apenas aproveitou a segurança e o conforto do
momento. Não defender sua fé, sua crença ou seu modo de pensar por medo do que
irão dizer ou falar, é papel de covarde. Não tem outro termo ou meio termo. Ficar
confortável em meio ao pecado é o mesmo que assumir que tem vergonha de Jesus.
Estas seis atitudes resultaram na negação de Pedro a Jesus. Seis pecados
que causaram a derrota de Pedro. Precisamos observar nossas atitudes, se elas estão
confirmando nossa fé ou nos fazendo negá-la.

19. A Palavra de Deus não volta vazia – Isaías 55

10 Assim como a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para ele sem regarem
a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente para o semeador e
pão para o que come,
11 assim também ocorre com a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para
mim vazia, mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei.
12 Vocês sairão em júbilo e serão conduzidos em paz; os montes e colinas irromperão
em canto diante de vocês, e todas as árvores do campo baterão palmas.
13 No lugar do espinheiro crescerá o pinheiro, e em vez de roseiras bravas crescerá a
murta. Isso resultará em renome para o Senhor, para sinal eterno, que não será
destruído. "

Este texto de Isaías já serviu muitas vezes de consolo para muitos cristãos.
Consolo para pessoas que falam de Jesus e os outros parecem nunca dar valor. Consolo
para cada um de nós que falamos de Jesus Cristo às pessoas e elas parecem nunca
prestar atenção. Nessas horas costumamos nos lembrar que a palavra de Deus não
volta vazia.

Mas como acreditar nisso quando pois enxergamos muitas pessoas falando
da Palavra de Deus, e um número bem maior de pessoas mostrando desprezo por essa
palavra. E a pergunta que pode estar em nossos corações é: “O que a palavra de Deus
fez no coração dessas pessoas?”

Impossível dizer o que exatamente ela fez no coração das pessoas que não
creem. Nós não podemos ver o coração de ninguém. Deus também não nos revela o
que faz em cada coração. Ele simplesmente diz que a sua palavra fará o que ele quer.

E falando de coisas que podemos ver, Deus compara a sua palavra à chuva
e à neve que descem do céu. E bem sabemos que nenhuma das duas volta para o céu
sem cumprirem o seu papel, sem molharem a terra. Mesmo que ao molharem, não
deem fruto ou não causem efeito. O papel foi cumprido: Molhar. O resultado: Dar
fruto, não cabe à água fazer...

Assim é a palavra de Deus, quando ela entra no ouvido de alguém ela faz
aquilo que Deus quer. No entanto, nós estamos acostumados a palavras que voltam
vazias. Pessoas que prometem e não cumprem.

Não nos enganemos, Deus faz a vontade dele! E sua vontade é que a sua
palavra não volte vazia. Portanto, ela não voltará vazia. Se falamos e as pessoas não se
importam com a palavra de Deus, o importante é que a palavra de Deus foi ouvida.
Essa é a tarefa que Deus nos deu, falar a sua palavra. O restante é a própria palavra de
Deus que realiza.

20. Por qual motivo sofremos tanto?

Quem me conhece sabe dos sofrimentos que tenho na vida. Convivo com
meu sofrimento e com o das pessoas que me cercam. E não poucas vezes me deparei
com alguém perguntando "porque sofremos tanto?". E um desses "alguéns", em
diversos momentos, era eu.
Porque Deus permite que soframos tanto? Essa pergunta permeia meus
pensamentos e o de várias pessoas. E a resposta que posso dar é: não sei!
Não sei a resposta. Mesmo procurando por ela. Mesmo orando a Deus
pedindo que me respondesse. Porém a resposta, caso haja uma, não seria tão simples.
Indo para a fonte das respostas, a Bíblia, algumas coisas chamaram minha atenção.
Em primeiro lugar, Jesus disse "No mundo tereis aflições, mas tenham
bom ânimo, Eu venci o mundo." João 16:33. E quero guardar por enquanto este
versículo.
Prosseguindo em minha busca por respostas bíblicas, passei a procurar
personagens bíblicos que passaram por sofrimento. E encontrei alguns.
* A mulher do fluxo de sangue (Marcos 5:25,26). Sofreu por 12 anos até
ser curada. Depositou sua confiança em pessoas, gastou dinheiro. Provavelmente já
não saia de casa nem tinha muitos amigos. Mesmo crendo em Deus, já que era de
cultura judaica, sua cura demorou.
* O aleijado do tanque de Betesda (João 5: 1-9). Sofreu por 38 anos, na
beira do tanque, sem ajuda. Já que ele ficava ali esperando a oportunidade de ser
curado, não devia então sair. Chuva, calor, fome, sede, dores, e outras coisas, o afligiam
ao longo dos anos, além de sua condição física. Tinha fé no milagre, mas sofria a anos.
*Bartimeu, o cego (Marcos 10:46-52). Alguns afirmam que Bartimeu não
era cego de nascença. Tanto que em algumas versões, a resposta dele pra Jesus é:
"Quero voltar a ver". Então, há a possibilidade de algo tê-lo deixado cego. Caso isso
seja verdade, teríamos aqui alguém ativo, possivelmente jovem, mas que agora
encontrava-se cego. Este homem após alguns anos, agora sem família e sem sustento,
tendo que mendigar, deveria se lembrar do seu tempo ativo, com boa visão e pronto
pro trabalho. Seus sonhos deram lugar ao sofrimento.
O próprio Paulo diz que seu sofrimento era semelhante a espinhos
penetrando na carne (2 Coríntios 12:7). E quando se fala em espinhos, tenho que
lembrar do tamanho dos espinhos que compunham a coroa que Cristo usou. Alguns
dizem que eram do tamanho de um dedo. Ter um espinho desse rasgando a carne deve
ser doloroso. Dá pra imaginar então, baseado nesta comparação, o tamanho do
sofrimento de Paulo.
E por falar em espinho, não podemos esquecer o sofrimento do próprio
Jesus. Certa vez li uma análise médica da situação em que Cristo se encontrava no
momento de sua crucificação. As dores, a agonia, o sofrimento. Há relatos médicos de
pessoas que, com determinada agonia, transpiraram suor misturado com sangue.
Cristo usou sangue. Agora imagine seu sofrimento. E seu sofrimento antes de ser
preso, quando se aproximava sua hora. Literalmente, sofreu de véspera.
Agora vamos voltar ao primeiro versículo que eu citei (João 16:33). Jesus
diz que Ele venceu o mundo. Ele sofreu? Sim. Sentiu dores? Muitas. Mas em que
momento então Jesus venceu o mundo? No momento em que Ele deixou seu corpo
físico e passou a viver novamente junto do Pai.
Com o pecado inicial, todo o tipo de dor e sofrimento entrou no mundo. E
todos, sem exceção, passaremos por isso. Uns mais, outros menos. Uns por toda a
vida, outros por um breve período. Mas todos passaremos por angústias, sofrimentos
e dores.
Mas assim como Jesus venceu Seu período de sofrimento e foi para junto
do Pai, onde não há dor nem sofrimento (Apocalipse 21:4), assim Deus promete a cada
um de nós. Com Ele, teremos um corpo incorruptível (I Coríntios 15:52-57), sem dor,
sem sofrimento. Deus pode nos livrar do nosso sofrimento hoje? Sim. Ele fez isso com
diversas pessoas na Bíblia. Mas permitiu também que outras milhares sofressem.
Deus está preocupado com nossa vida com Ele no céu. Aqui, temos "Prazo
de Validade" e um dia toda dor acabará. Para isso precisamos tão somente aceitar
Cristo em nossas vidas. Jesus venceu o mundo é nós só poderemos vencer também se
estivermos com Ele. Ele nos levará a um lugar onde não mais haverá sofrimento.
Porém, sem Ele, já estamos condenados ao sofrimento eterno. Pior do que tudo que o
mundo já experimentou.
Porque Deus permite que soframos? Não sei. Mas sei que para aqueles que
perseverarem até o fim, Deus os honrará com a Coroa da Vida (Mateus 24:13 / II
Timóteo 4:8 / Apocalipse 2:10).

21. Promoção Celestial

E então, pessoas a quem amamos, que congregam e compartilham da


mesma fé, tementes a Deus, partem para junto do Pai e ficamos cheios de
interrogações. E o que mais ouvimos e lemos é.... "porque???"
Por que Deus levou? Por que a vida veio dEle e é dEle. Deus nos criou para
adorá-lO. Para servir a Ele no paraíso. O objetivo de Deus sempre foi ter o homem
perto dEle, para sempre ao Seu lado, num lugar celestial. Com a queda do homem, este
contato se partiu, mas sabemos que aos que nEle creem e se entregam de verdade, um
dia este convívio será restaurado.
Então, Deus nos criou para um dia voltarmos a ter este convívio em um
lugar celeste, como no princípio. Mas nós, infelizmente não conseguimos enxergar
desta forma. Há a dor da perda, do convívio. Mas temos então, ao enxergar isso, a
alegria de saber que a Palavra e a Vontade de Deus se cumpriram.
É como se compararmos a uma promoção. Como se uma pessoa levasse
sua vida varrendo o chão empoeirado de uma empresa. E um certo dia, o dono da
empresa chama esta pessoa e a promove. Ela agora integrará o corpo de diretores da
empresa e se sentará à mesa com a alta diretoria. Alguns poderão falar... "Mas porque
isso? Não teremos mais nosso amigo aqui, diariamente, limpando o pó conosco... mas
aquele amigo irá para um lugar de destaque, junto do dono. E isso é bom para ele.
Na vida é assim. Vivemos nossa vida "varrendo o pó" diariamente. Dia após
dia, nos acostumamos e fazemos amizades. Apesar de ser tarefa dura, aprendemos a
"gostar" do que temos. Até porque, nos esquecemos que existe um lugar melhor...
E quando alguém é chamado perante Deus, o Dono de todas as coisas, para
estar com Ele à mesa, não conseguimos ainda enxergar desta forma. Entendendo que o
que houve foi apenas a promoção de um funcionário zeloso, ou neste caso, de um
servo fiel. A promoção virá para muitos, porém alguns a recebem primeiro, outros
depois.
Sei o quanto é difícil perder a quem amamos. Não escrevo este comentário
como uma crítica ou minimizando uma dor. Escrevo na esperança de que um dia, todos
possamos entender que Deus nos quer com Ele, junto dEle. Refazer aquele laço lá do
Edem onde ele passeava pelos canteiros e conversava frente a frente com o homem.
Mas este convívio só se dará com a "promoção".
Que possamos nos unir mais como irmãos, como família. Como
"funcionários" desta empresa celeste instalada aqui no mundo. Que Deus conforte a
todos e nos dê sabedoria...

22. Razões do Fracasso do Povo de Israel

Moisés conduziu o povo de Israel através do deserto até chegarem a Canaã.


Mas a bíblia relata que aqueles que saíram do Egito não entraram nela, mas sim seus
filhos.
Campbell MacAlpine, numa explanação sobre I Coríntios 10:6-10, destaca
cinco razões para o fracasso do povo de Israel. São elas:
Cobiça (v. 6);
Idolatria (v. 7);
Imoralidade (v. 8);
Pôr o Senhor a prova (v. 9);
Murmuração (v. 10).
O Povo já havia saído do Egito. Deixaram de serem escravos. Mas
“cobiçavam” algo que não eram deles, os alimentos egípcios. Deus havia prometido
que os supriria, mas eles desejavam aquilo que tinham quando eram escravos. Este
desejo transformou-se em cobiça a partir do momento em que já não podiam pensar
em outra coisa (Números 11:34).
Num momento de dúvida e medo, o povo se esqueceu da promessa feita
por Deus e virou-se contra Ele, idolatrando a um “bezerro de ouro” (Êxodo 32).
O incidente em 10.8 é a menção de Números 25:1-9 quando os israelitas
adoraram ao Baal-pior e se envolveram em imoralidade sexual com mulheres
moabitas.
Os Israelitas puseram o Senhor à prova quando se queixaram do “Alimento
Miserável” (Números 21:5-6). Tentavam com isso fazer com que Deus “cedesse” à
vontade deles, pondo-O à prova para verem se receberiam outro tipo de alimento que
os satisfizessem.
Os israelitas murmuravam (Números 14:2-4, Números 14:27) contra Deus
e pereciam pelo “destruidor”.
Cerca de 600.000 homens (não contando mulheres e crianças) saíram do
Egito em direção à Terra Prometida. Destes, apenas dois entraram em Canaã.
Cinco situações impediram aquelas pessoas de alcançarem a Promessa de
Deus.
Você diz que “sua benção” ainda não chegou? Já parou para pensar em
suas atitudes perante Deus? Já se questionou se sua conduta não o está impedindo de
alcançar a sua “Terra Prometida”. O povo queria chegar à Terra que manava leite e mel,
reclamavam que estava demorando, sentiam falta de coisas que haviam ficado para
traz. Não viam em Deus o único alvo de adoração. Entregavam-se a prazeres
mundanos. Testavam Deus e murmuravam... Algo bem parecido com nossas atitudes,
não acham?
Em certas situações nós não conseguimos avançar no deserto em que nos
encontramos justamente porque agimos como os israelitas. Cometendo os mesmos
CINCO erros que fazem nossa vida espiritual fracassar, atrasando a promessa de Deus
em nossa vida, e em casos, nos “impedindo de alcançar a Terra que Deus preparou
para seus filhos”, a Morada Celestial...

23. Síndrome do Filho mais Velho

Vocês conhecem a história do Filho Pródigo?


Em Lucas 15: 11-32, narra a Parábola de um rapaz que “exige” do pai a sua
parte na herança e após isto, viaja para curtir a vida. Após algum tempo de farra, o
dinheiro acaba e com isso as amizades também somem. O rapaz então, já passando
fome, decide voltar para a casa do seu pai, que com amor o recebe de volta com muita
alegria e fazendo uma festa para comemorar.
Mas a Parábola não para por aí. Do versículo 25 em diante a história nos
apresenta o outro filho. E é sobre ele que eu quero falar.

O versículo 28 diz que após o filho mais velho saber que seu irresponsável
irmão mais novo tinha voltado e recebido com festa, “Ele se indignou, e não queria
entrar; e saindo seu pai, procurava conciliá-lo.”

O Mais Velho questiona o pai. Se revolta com a atenção e alegria que o filho
rebelde estava sendo recebido. Enquanto ele, nem era notado.

Vamos então verificar Quatro pontos que merecem destaque.

1 – O filho mais velho nunca havia pedido nada para se alegrar (“nunca
me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos.” – vs 29): - vemos pessoas que
estão mais preocupadas com o que acontece com os outros do que com a próprio bem
estar. Pessoas que se dizem fiéis à Deus, cumpridoras de suas atribuições morais e
espirituais, mas que ao invés de agradecerem por estarem cercadas de bênçãos,
simplesmente reclamam quando outro recebe algo.

2 – O filho mais velho indignou-se pela volta do irmão (“Então, o irmão


ficou com raiva” – Vs 28): - olha quanto amor envolvido... O mais velho ficou irritado
porque seu irmão, que havia feito besteira, que havia ido para longe do Pai, havia se
arrependido. Quem somos nós para julgar? Pessoas se afastam do Verdadeiro
Caminho, procuram suas próprias direções e quando se arrependem, NÓS, verdadeiros
“Santos” reclamamos que o miserável voltou. Há muitos que se comportam como este
filho mais velho, apontando os erros e falhas, ao invés de se alegrar com o retorno.

3 – O filho mais velho vivia com o Pai, mas não tinha comunhão com Ele
(“Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua; e nunca
me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos.” Vs 29 / “Filho, você está
sempre comigo, e tudo o que é meu é seu.” Vs 30): - O filho mais velho afirmou que
não desobedecia nem havia deixado de servir o Pai, mas que nunca havia tido um
momento de comunhão com Ele, apenas com os amigos. O Pai queria ter comunhão
com o filho mais velho, do mesmo modo que estava tendo com o filho mais novo,
porém o mais velho estava ocupado demais com seus afazeres e com os amigos.
Muitas vezes reclamamos que não temos nada de Deus porque temos gasto maior
parte do nosso tempo com os “amigos”. Temos a falsa ideia de que cumprir todos os
mandamentos de Deus é ter comunhão com Deus. Deus quer se alegrar com todos os
filhos. Nós reclamamos que um irmão tem comunhão com Deus, mas não buscamos
esta mesma comunhão com nosso Pai.

4 – Aonde estava o Irmão mais velho na vida do mais jovem? (“Poucos


dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu, e partiu para um lugar distante” Vs
13: - Irmãos mais velhos sempre tiveram um papel importante na família,
principalmente nos contextos Bíblicos, o que incluía o direito de presidir a família e
cuidar do restante da família. O mais velho seria o sucessor do pai. O mais velho,
representaria o nome da família e teria a tarefa de zelar pelos irmãos mais novos.
Então, volto a perguntar: Aonde estava o Irmão mais velho na vida deste jovem? Ele
não havia cumprido seu papel. Quando o filho mais novo começou a planejar ir para
longe, o mais velho não estava presente para aconselhá-lo. Talvez, como ele mesmo
disse no versículo 29, estivesse ocupado demais servindo e obedecendo, ou saindo
com os amigos. Se nós somos os “Mais Velhos” na Fé e um irmão mais novo decide ir
em busca de aventuras infundadas, a culpa é nossa. É minha culpa se alguém
abandona o Pai. É sua culpa se um irmão mais novo vai para longe e comete erros. Isso
porque como “Irmãos Mais Velhos” temos a obrigação de zelar pelos mais novos na fé.
Não falo somente dos novos convertidos, mas sim de todos aqueles que têm menos
maturidade espiritual. É nosso dever aconselhar, corrigir ou chamar a atenção. Temos
que ser mais participativos na nossa família cristã.

O Filho mais velho não se alegrou com a benção de outro

O filho mais velho não concordou com um arrependimento sincero

O filho mais velho não possuía comunhão verdadeira com o Pai

O filho mais velho não se importou com a queda do outro.

Meu amigo, Quem é Seu PAI? Não é o mesmo que é PAI do seu irmão?
Então, seja um bom irmão mais velho. Veja quem dos seus irmãos mais novos corre
risco de se tornar o personagem desta parábola. Alegre-se, estenda a mão, tenha
comunhão e interaja com a vida espiritual do seu irmão. Todos saem ganhando. Todos
participarão do banquete farto que o Pai irá preparar...

Que Deus abençoe a cada um de vocês.

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