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UNIVALI-UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ – BALNEÁRIO CAMBORIÚ- SC

FICHA DESTAQUES/ REFERENTE DE OBRA CIENTÍFICA

1 NOME COMPLETO DO AUTOR DO FICHAMENTO.


.....
2 TÍTULO:

SÓFOCLES. ANTÍGONA. Coleção L&PM Pocket, vol.173. Porto Alegre: L&PM, 2001.

3 ESPECIFICAÇÃO DO REFERENTE UTILIZADO:

Transcrever conforme referente utilizado as formulações mais importante facilitando a


compreensão da obra em fichamento.

4 DESTAQUE CONFORME O REFERENTE UTILIZADO:

4.1 “Antígona

Comum no sangue, querida irmã, caríssima Ismênia, sabes de algum mal, dos que
nos vêm de Édipo, que Zeus não queira consumar em nossas vidas? Nada – angústia,
infortúnio, humilhação, desonra, - não há mal que eu não veja cair sobre ti, sobre mim.
E agora... Que novo decreto – propalam - é este que o general acaba de proclamar
sobre toda a cidade? O sabes? Ouvistes algo? Ou ignoras que atacam a entes
queridos nossos – malefícios vindos de inimigos?’’ (p.7).

4.2 “Ismênia

Eu? Nenhuma notícia, Antígona, sobre queridos tenho nem doce nem dolorosa, desde
quando ambas perdemos nossos irmãos, num só dia um aos golpes do outro. Com a
retirada do exercito argivo a boca da última noite, informação alguma me veio que
pudesse agravar ou aliviar a dor’’. (p.7-8).

4.3 “Antígona

(...) Não conheces o decreto de Creonte sobre nossos irmãos? A um glorifica, a outro
cobre de infâmia. A etéocles – dizem – determinou dar, baseado no direito e na lei,
sepulturadigna de quem desce ao mundo dos mortos.
(...) O assunto lhe é tão sério que, se alguém transgredir o decreto, receberá sentença
de apedrejamento dentro da cidade’’ (p.8-9).

4.4 “Ismênia

Queres sepultá-lo contra as determinações da cidade?’’ (p.10).

4.5 “Antígona

Sepultarei meu irmão, ainda que não queiras, e o teu. Não poderão acusar-me de
traidora.’’ (p.10).

4.6 “Ismênia

(...) Agora, restamos só nos duas; vê que morte miserável teremos, se a força da lei e
a decisão soberanos do tirano nos opusermos. Põe na cabeça isso, mulheres somos,
não podemos lutar com homens. Há mais, somos dirigidas por mais fortes, temos que
obedecer a estas leis e a leis ainda mais duras.’’ (p.11).

4.7 “Antígona

Agarra-te a teus pretextos. Quanto a mim, sepultura vou dar a meu queridíssimo
irmão. ’’ (p.12).

4.8 “Ismênia

Se assim te parece, vai. Sabe, no entanto, isso, és uma louca, mais


irrepreensivelmente amável aos que amas.’’(p.14).

4.9 “Creonte

(...) E agora, irmanados a este principio, tenho determinações a proclamar sobre os


filhos de Édipo. Éteocles, que, em luta por esta cidade, pareceu, brilhando em todos
os combates, determino que seja sepultado, digno de todos os ritos que acompanham
os melhores ao mundo dos mortos, mas, quanto ao irmão dele, refiro-me a Polinice,
que atacou a pátria e seus deuses, retornando do exílio quis com tochas reduzi-las a
cinzas e levar cativos os cidadãos, que esse, já determinei a cidade,não receba
sepulcro nem lagrimas, que o corpo permaneça insepulto, pasto para aves e para
cães, horrendo espetáculo para os olhos. Esta é minha decisão, jamais de mim
obterão os maus a honra devida aos justos. Mas o que tiver sentimentos favoráveis a
está cidade, vivo ou morto, será no mesmo grau, honrado por mim’’ (...). (p.19-20).

4.10 “Corifeu
(...) Compete a ti administrar a lei a todos, tanto aos vivos quanto aos mortos. ’’ (p.20).

4.11 “Guarda

Está bem, vou falar; o morto, alguém acaba de sepultá-lo. Foi-se depois de cobrir o
cadáver com pó sedento e cumprir com outras cerimônias prescritas. ’’(p.23).

4.12 “Corifeu

Estranho... Tenho visões... Estou perplexo! Posso negar o que vejo que se trata da
jovem Antígona? Pobre infeliz, filha de um pai infeliz, Édipo. O quê? Trazem-te por
desobediência as leis do soberano, foste apanhada cometendo uma loucura?’’ (p.31).

4.13 “Guarda

Está é a cuja que fez o serviço. Foi presa enterrando (...)’’ (p.31).

4.14 “Creonte

(...) E tu, declara sem rodeios, sinteticamente. Sabias que eu tinha proibido essa
cerimônia?”“. (p.35).

4.15 “Antígona

Sabia. Como poderia ignorá-lo? Falaste abertamente. ”(p.35).

4.16 “Creonte

Mesmo assim ousaste transgredir minhas leis?”(p.35).

4.17“ Antígona

(...) Nem eu supunha que tuas ordens tivessem o poder de superar as leis não
escritas, perenes, dos deuses, visto que és imortal. Por isso, não pretendo, por temor
as decisões dealgum homem, expor-me a sentença divina. Sei que vou morrer. (...)
Defrontar-me com a morte não me é tormento. Tormento seria, se deixasse insepulto o
morto que procede do ventre de minha mãe(...)” (p.36).

4.18 “Creonte
Muito bem, se precisas amar os mortos, incorpora-te a eles, ama-os. Mas, em minha
vida, não permitirei que uma mulher governe. ’’ (p.41)

4.19 “Coreuta

Já se encontra a porta Ismênia, derrama lagrimas de afeto pela irmã (...)”. (p.41).

4.20 “Creonte

Tu víbora, penetras em meu palácio para sugar sorrateiramente meu sangue; sem
saber, eu alimentava duas calamidades, ruína de meu trono. Vamos dize-me, desta
cerimônia és cúmplice ou juras que nada sabias?’’. (p.41-42).

4.21 “Ismênia

Cúmplice, se ela aceita minha cumplicidade solidaria no ato de


responsabilidade”.(p.42).

4.22 “Antígona

Tu escolhestes viver,eu, morrer.’’(p.44).

4.21 “Ismênia

A razão que trazemos de nascimento não resiste ao presente infortúnio, ela se vai.
’’(p.44).

4.22 “Creonte

Não digas “Ela”não existe mais.’’(p.45).

4.23 “Ismênia

Matarás a noiva de teu próprio filho?’’ (p.45).

4.24 “Creonte

(...) Determino que essas mulheres fiquem presas e não soltas por aí.’’(p.46).

4.25 “Hemon
(...) Nenhum casamento me estará acima do teu sábio governo. ’’(p.50).

4.26 “Creonte

Eu a enviarei a um lugar onde nunca ninguém pisou. Vou prendê-la viva numa prisão
lavrada em rocha (...). Lá ela poderá invocar aMorte, único deus a quem rende culto
para não desaparecer. Do contrário, ela saberá, enfim, que é esforço inútil cultuar a
morte. ’’ (p.60).

4.27 “Corifeu

Gloriosamente e acompanhada de louvor te encaminhas ao recinto dos mortos, sem


feridos de enfermidades molestas, sem golpes de espada voraz, senhora de tua
própria lei, viva, só tu entre os mortais baixarás ao Hades.’’ (p.63).

4.28 “Antígona

(...)Não me choram amigos. Vede que leis me golpeiam. Vou a uma prisão-tumba,
tumba de rochas. Desdita, não me procureis entre vivos nem entre mortos. Nem viva,
nem morta’’. (p.64-65).

4.29 “Corifeu

Honrar os deuses é, sem dúvida, ato piedoso. Mas quem detém o poder não admite
insubordinação. Teu lance te aniquilou. ’’(p.66).

4.30 “Creonte

(...) Deixai-a só. Morrer ou continuar viva naquela morada, fica a seu critério. Quanto a
ela, estamos limpos, só impedimos que conviva com vivos’’. (p.67).

4.31 “Antígona

(...)Que norma divina transgredi? Que me vale, infeliz, elevar aos deuses? Que aliado
me virá? Sendo piedosa, sou tida como ímpia.Ora, se isto é agradável aos deuses, o
sofrimento me ensinará que errei. Mas se o erro é dele, não poderá padecer mal maior
que este que me impõe.’’(p.68-69).

4.32 “Tirésias

(...) Nossos altares e nossos lares todos estão impregnados do cheiro de carniça que
oferecestes a cachorros e abutres, o filho do infeliz filho de Édipo, tombado em
batalha. Por isso, já não receberam os deuses súplicasque sobem aos altares, nem
atentam para a chama dos sacrifícios. ’’ (p.76).

4.33 “Creonte

(...)Nem se as águias de Zeus quiserem carregar carniça roubada ao trono do deus


supremo, nem assim permitirei, assustado de sacrilégio, que esse seja enterrado.’’
(p.76-77).

4.34 “Tirésias

O que fizeste não é permitido nem a ti nem aos deuses lá do alto, aos quais tu
impuseste um cadáver à força.Quem comete tais crimes será procurado pelas Fúrias
dos deuses da Morte, infatigáveis, para ser punido com os mesmo males.’’ (p.79-80).

4.35 “Corifeu

E o mais rápido possível, Senhor. Os velozes danos dos deuses alcançam os


infratores indecisos. ’’ (p.81).

4.36 “Creonte

(...) Eu mesmo – está é minha decisão -, eu a aprendi, eu a libertarei. Suspeito que


observar as leis estabelecidas é o melhor a fazer no percurso desta vida. ’’. (p.82).

4.37 “Corifeu

Que novo infortúnio dos nossos soberanos nos trazes?’’(p.86).

4.38 “Mensageiro

Hemon está morto, sangue de seu sangue o matou’’. (p.86).

4.39 “Corifeu

Vejo Eurídice, a infeliz, a esposa de Creonte. Vem do palácio. Ouviu falar do filho?
Trouxe-a o acaso?’’ (p.87).

4.40 “Eurídice

Senhores conselheiros, captei palavras ao sair para fazer preces a Palas e Atenas. Eu
desprendia os ferrolhos da porta cerrada, quando noticias de minha gente me feriram
os ouvidos. Qualquer que seja a noticia quero ouvi-la. Falai! Em desgraças sou
experiente.
4.41 “ Mensageiro

(...) Comoguia, acompanhei teu esposo até o extremo da planície, onde jazia o corpo
desdito Polinice, dilacerado pelos cães. (...) Em seguida fomos ao côncavo tálamo da
noiva de Averno. Alguém houve, de repente uma voz. Eram gemidos agudos vindos
de longe, dos arredores dessa insólita câmara nupcial. Busca Creonte. Comunica ao
Senhor o que ouviu . Quando este aproxima-se , fere-lhe os ouvidos confuso rumor de
lamentos.(...) A voz do meu filho acaricia-me os ouvidos. “Vamos, pessoal, depressa,
aproximai-vos da tumba, removei as pedras e escutai se é de Hemon a voz que ouço,
ou se estou sendo ludibriado pelos deuses”. Obediente às determinações do Senhor
desvairado, apuramos isso: no fundo da tumba vimos Antígona suspensa pelo
pescoço, enforcada com um lenço de finíssimo linho e Hemon, abraçando-a pela
cintura, deplorando a esposa, perdida na morte, os atos do pai e as bodas arruinadas.
(...) O jovem encara o pai comolhos verozes, cospe-lhe no rosto e, sem dizer nada
puxa da espada de dupla guarda. O pai esquivando- se do golpe, foge. Sem conselho,
rebelado contra si mesmo, transtornado, como estava, ajusta a espada ao flanco e a
introduz até a metade.Ainda na posse de si, estende os braços lânguidos a noiva,
estreita-a e numa golfada lança-lhe uma impetuosa corrente de rubro líquido no lívido
rosto. Tomba morto junto a morta.” (p.87-88-89).

4.42 “Creonte

Erros de razão irracional, duros, mortíferos! Vedes assassino e vitima, ambos de


mesma estirpe. Esteé o produto das minhas decisões . O filho, imaturo por imatura
morte.’’(p.91).

4.43 “ Segundo mensageiro

Tua esposa, a mãe deste morto, mais mãe que esposa, está morta. Já deplorável,
golpeou-a novo golpe.’’(p.93).

4.44 “Creonte

A morte de minha mulher somada a está? Morte é minha sorte?’’ (p.93).

4.45 “Segundo mensageiro

Culpado desta morte e da anterior, ela declarou-te ao morrer. (p.94).

4.46 “Creonte

O único culpado sou eu, e nenhum outro. Eu, só eu foi quem matou, miserável. Eu falo
a verdade. Já guardas, levai-me daqui, tirai-me sem demora. Eu não sou nada, sou
menos que ninguém. ’’ (p.95).

4.47 “Corifeu

A prudência é, em muito, a primeira das venturas . Contra os deuses não convém agir.
Palavras altivas trazem aos altivos castigo atroz. Velhice ensina prudência.’’ (p.96-97).

5- REGISTROS PESSOAIS:

Entendo que o presente fichamento foi de grande valia para a elucidação e


compreensão da obra em fichamento. A narrativa de Sófocles, conta a história de
Antígona, irmã de Etéocles, Polinices e Ismênia, filhos do incesto de Édipo com sua
mãe Jocasta. O enfoque principal da obra é o desejo de Antígona de conceder um
enterro digno a seu irmão Polinices contra a vontade de Creonte, seu tio e rei de
Tebas. Nota-se então um conflito entre as leis dos deuses e costumes ao qual
Antígona segue, cometendo um crime ao enterrar seu irmão e ir contras as leis
positivas estabelecidas pelo governante Creonte.

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