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FRAGMENTOS DOS SOFISTAS

1. Protágoras (491/81? a.C.)


Fr.1: O homem é a medida (métron estín ánthropos) de todas as coisas, daquelas que são enquanto são, e
daquelas que não são enquanto não são.
Fr.4: Acerca dos deuses, não posso saber nem quem são nem quem não são, nem qual forma têm; de fato,
muitas coisas se opõem ao nosso conhecimento: o fato de que não podem ser objeto de conhecimento sensível,
e a vida humana, que é breve (brakhýs).
Fr.10: Não vale nada a arte (téchne) sem a prática (meléte), bem como a prática sem a arte.
Test.1: Sobre cada fato há dois discursos contrapostos entre si.
Test.21: É preciso tornar melhor o discurso (lógos) pior.

2. Górgias (490-380 a.C)


Fr.3: Nada é (oudèn éstin); mesmo se alguma coisa fosse, não seria compreensível para o homem; mesmo se
fosse compreensível, não seria comunicável e explicável aos outros. (Tratado do não-ser)
Fr.11: O discurso é um grande dominador (λόγος δυνάστης μέγας ἐστίν), que com um corpo pequeníssimo e
invisibilíssimo diviníssimas coisas sabe realizar: com efeito, pode acalmar o medo e eliminar a dor e suscitar
a alegria e aumentar a piedade.

3. Pródico (470/60 ca? a.C.)


Fr.2: Sobre a Virtude – escolha de Héracles.

4. Antifonte (480-411 a.C.)


Fr.44A: A justiça consiste em não violar as leis da pólis constituída de cidadãos (Δικα[ιο]σύνη πάντα <τὰ>
τῆς πό[λεω]ς νόμιμα ἐν ᾗ ἂν πολι[τεύ]ηταί τις μὴ [παρ]αβαίνειν). Um homem poderia empregar a justiça,
sobretudo, para sua própria conveniência, se, diante de testemunhas, aplicasse as leis em profusão, mas, na
ausência de testemunhas, seguisse as prescrições da natureza. Pois as prescrições das leis são instituídas,
enquanto as da natureza são necessárias (τὰ μὲν γὰρ τῶν νόμων [ἐπίθ]ετα, τὰ δὲ τῆς φύσεως ἀ[ναγ]καῖα); o
acordo das leis não é natural, ao passo que as prescrições da natureza são naturais, não acordadas. Assim,
quando alguém transgredir as leis, a vergonha e a punição não o acometerão, se ele escapar aos olhos dos
partícipes daquele acordo; mas não se não estiver oculto. Mas se, contrário ao possível, alguém violasse alguma
das coisas que são próprias por natureza, o mal não será menor se ninguém percebê-lo e nem maior se todos o
observassem, pois não é prejudicado pela aparência, mas pela verdade.
Fr.44B: Por natureza somos todos absolutamente iguais (epeì phýsei pánta pántes homoíos pephýkamen), tanto
bárbaros quanto gregos. Isso se pode ver a partir das necessidades naturais de todos os homens...
Fr.53a: Há homens que não vivem a vida presente, mas preparam-se com grande cuidado para viver outra vida
e não a presente; e, no entanto, o tempo (khrónos) perdido foge deles para sempre.
Fr.60: A coisa principal para o homem é a educação (paideía).

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