Morfologia
Disciplina: Biologia Celular – Aulas Teóricas
Autofagia
Piroptose
Necrose
Apoptose
Autofagia: processo de digestão da célula pela própria célula
Piroptose: associada a resposta antimicrobianas na inflamação
Necrose: patológica
As causas mais comuns de lesões celulares são:
‐ausência de oxigênio (hipóxia);
‐ agentes físicos (traumas, temperatura, radiação, choque);
‐ agentes químicos e drogas;
‐ agentes infecciosos;
‐ reações ‐ imunológicas;
‐ distúrbios genéticos e desequilíbrios nutricionais
Morte celular
Autofagia
Através da dupla membrana a partícula/molécula é englobada
originando um autofagossomo.
Essa membrana pode se fundir a um lisossomo degradando‐a;
Ocorre:
Privação crônica de nutrientes;
Degradação e eliminação de organelas velhas;
Morte celular
Tipos de Autofagia
Morte celular
PIROPTOSE: Combate a infeccções por micro-organismos
Libera citocinas pró‐inflamatórias e sinais de perigo para o sistema imune
TLR4 ou IFN‐γ
Caspase 11 ativada
A bactéria pode ser detectada de uma maneira ainda não conhecida pela Caspase 11,
a qual promove a eliminação bacteriana por meio de piroptose
Morte celular
PIROPTOSE: infecção por vírus HIV
Partículas de HIV
(em azul) tentando
penetrar num
linfócito T
humano.
O vírus dispara um gatilho molecular que provoca um processo inflamatório e morte
celular programada e gera um círculo vicioso de autodestruição do sistema
imunológico
Doitsh et al., Nature, 2014
Morte celular
Apoptose
Embriogênse e processos de metamorfoses
Sindactilia, membranas
interdigitais não sofreram
apoptose completa
Apoptose na regressão da calda
do girino devido ao aumento do
hormônio tiroxina
Mais células nervosas são produzidas do que podem ser mantidas pela quantidade
limite de fatores de sobrevivência liberados pelas células‐alvo
Garantia de que todas as células‐alvo sejam conectadas por células nervosas e que
as células nervosas extras sejam automaticamente liberadas
ALBERTS et al., 2010
Morte celular
Necrose
As células necrosadas sofrem lise, liberam seus conteúdos
citoplasmáticos e nuclear ‐ reação inflamatória
Imagens de parênquima renal em necrose
Morfologia da Necrose
Necrose de coagulação: morte celular por hipóxia em todos os tecidos (exceção
do cérebro). Ex:
‐ Infartos : necroses por falta de irrigação de um tecido, ou seja, por isquemia ‐
‐ Lesões intensas por agentes físicos (ex, queimaduras graves),
ou químicos (ácidos e bases fortes).
Permanência das células necróticas no tecido . São removidas lentamente por fagocitose
Morte celular
Necrose
Necrose caseosa: É um tipo especial de necrose coagulativa que se instala no meio
da reação inflamatória provocada por certas doenças, principalmente
a tuberculose.
Necrose de liquefação: morte por hipóxia do sistema nervoso. Ex: infarto cerebral
As células necróticas são removidas rapidamente por fagocitose
A riqueza de lípideos do tecido nervoso favorece o caráter liqüefativo, isto é, o rápido
amolecimento do material necrótico.
Morte celular
Necrose
Esteatonecrose : necrose do tecido adiposo.
Ex: pancreatite aguda, que ocorre pela liberação de lipases pancreáticas ativadas na
cavidade abdominal
Adipócitos contendo fendas com arranjos
radiais e reação inflamatória
Morte celular
Necrose
Morte celular
Necrose x Apoptose: alterações morfológicas
Apoptose: alterações da permeabilidade de membranas, condensação da cromatina,
encolhimento celular, formação de corpos apoptóticos sem desintegração de
organelas
Morte celular
Apoptose Necrose
Junqueira
Morte celular
Necrose x Apoptose
A e B: Apoptose, células condensadas, mas intactas. C: Necrose: aparência de
A: Grandes vacúolos no citoplasma são características célula que explodiu
da Apoptose
*Células em (A) e em (C) morreram em uma placa de cultura, (B) morreu em um tecido
Alberts et al., 2010
Morte celular
Apoptose x Necrose
APOPTOSE
CARACTERÍSTICAS
MORFOLÓGICAS
NECROSE
Há perda da Não há
Desintegração Lise total da
Integridade da formação de
das Organelas Celula
Membrana Vesículas
Morte celular
Apoptose x Necrose
APOPTOSE
CARACTERÍSTICAS
BIOQUÍMICAS
NECROSE
Perda da Digestão
Sem gasto de
homeostase Aleatória de
Energia
iônica DNA
Morte celular
Apoptose x Necrose
Induzida por
Envolve vias Afeta células
estímulos
de sinalização individuais
Fisiológicos
APOPTOSE
CARACTERÍSTICAS
FISIOLÓGICAS
NECROSE
Iniciada por Geralmente
Resposta
injúrias no afeta grupos
inflamatória
tecido de células
Morte celular
Apoptose: alterações morfológicas
A- Condensação do citoplasma →
clivagem da lâmina e filamentos
de actina
B- Condensação nuclear →
quebra da cromatina e proteínas
estruturais nucleares
http://www.sgul.ac.uk/depts/immunology/~dash/apoptosis/intro.html
Morte celular
Apoptose
Receptores de morte recrutam caspases‐8 e 10 por meio de proteínas adaptadoras
para formar o complexo DISC (death‐inducing signaling complex )
ALBERTS et al., 2010
Morte celular
Apoptose: Via intrínseca depende da mitocôndria
Proteínas de sinalização extracelular
Proteínas Bcl2 intracelulares
Proteínas IAP (inibidores de apoptose)
Proteínas Bcl‐2: regulam a via intrínseca controlando a liberação de proteínas
intermembranas mitocondriais. Tem sido conservadas evolutivamente de
vermes a humanos.
Proteínas Bcl‐2 proapoptótica: promovem a apoptose pelo aumento da
liberação de proteínas. Constituem‐se em duas subfamílias: BH123
(principalmente Bax e Bak) e BH3‐apenas
Proteínas Bcl‐2 antiapoptótica: inibem a apoptose bloqueando esta liberação.
Receptores ativados ativam vias sinalização
Que mantém o programa de morte
Reprimido, em geral pela regulação dos
membros da família Bcl2 de proteínas.
Alguns fatores de sobrevivência,
aumentam produção de BCL2
(uma proteína que sumprime apoptose)
Morte celular
Apoptose
Na presença de estímulo apoptótico,
Na ausência de estímulo apoptótico, proteínas proteínas BH3‐apenas são ativadas e se ligam
Bcl2 antiapoptótica se ligam e inibem proteínas à proteínas Bcl2 antiapoptóticas, inibindo a
BH123 na memb. Externa da mitocondria ação destas.
Proteínas BH123 se tornam ativas, agregam‐
se liberando as proteínas mitocondriais
intermembranas no citosol.
ALBERTS et al., 2010
Morte celular
Apoptose: IAPs e anti-IPAs no controle da apoptose
Na ausência de estímulo apoptótico, as IAPs (que estão no citosol) se ligam e inibem caspases
ativadas espontaneamente, evitando apoptose acidental
ALBERTS et al., 2010
Morte celular
Apoptose: IAPs e anti-IPAs no controle da apoptose
Na presente de estímulo apoptótico, entre as proteínas liberadas do espaço intermembranaas
anti‐IAPs , se ligam às IAPs e bloqueiam a atividade inibidora de apoptose.
Ao mesmo tempo a liberação de citocromo c dispara o agrupamento de apoptossomo, que
ativam a cascata de caspases, levando a apoptose
ALBERTS et al., 2010
Morte celular
Apoptose por via independente de Caspases
Mecanismo de segurança para proteger o organismo quando as vias mediadas por caspases
falham
Podem ser desencadeadas em resposta a agentes citotóxicos ou outros estímulos de morte.
Morte celular
Apoptose por via independente de Caspases
VISÃO GERAL DE ALGUNS SISTEMAS DE MORTE CELULAR INDEPENDENTE DE
CASPASES E SEUS AGENTES CITOTÓXICOS
Agente Sistema biológico Morte Celular mediada por
Citotóxico sistema independente de
caspase
Camptotecina Hepatóitos Catepsina D
Cladribina Células leucêmicas AIF
Doxorubicina Cardiomiócitos Calpainas
Paclitaxel Células NSCLC Catepsina B
Staurosporina Fibroblasto Catepsina D
Vitamina D Carcinoma mamário Calpainas
1‐ AIDS 1‐ Câncer
ALBERTS et al., 2010
Morte celular
Apoptose insuficiente
Aproximadamente 50% dos cânceres humanos apresentam mutação de
p53 (fator de transcrição):
‐parada do ciclo celular
‐reparo do DNA
‐apoptose
Mutação de p53
Resistência à quimio e radioterapia: células não entram em Apoptose
p53 é uma proteína de bloqueio do ciclo celular caso haja dano no DNA.
Caso o dano seja severo leva à APOPTOSE;
Morte celular
Apoptose exessiva
Acidente vascular cerebral
Morte celular
Apoptose
Células animais
Durante a diferenciação de elementos traqueais há inchaço do vacúolo e ruptura,
fragmentação do DNA coordenado com o espessamento e reestruturação da parede celular
Morte celular
PIROPTOSE: alerta para o sistema imunológico
Caspase 11 ativada
Mensageiros Danos em
Chaperonas
Intracelulares Células Isoladas Microautofagia
Vias Intrínseca e Corpos Formação do Macroautofagia
Extrínseca Apoptóticos Fagófaro Hidrolases ácidas
lisossomais
Dependentes Independente de Organelas ou Porções
de Caspases Caspase Citoplasmáticas
APOPTOSE AUTOFAGIA
MORTE
CELULAR
NECROSE PIROPTOSE
Processo Caspase‐1
Inflamatório Inflamação
Produção de Secundárias
Lise Celular Citocinas Resposta
Sem gasto de
Respostas Imunológica
Energia Microbianas durante
Danos Externos Inflamação
Levando a formação do apoptossomo, ativação das caspases
Por exemplo a via de sinalização pelo DR4 e DR5 onde sinais
Na via Intrínseca o gatilho para início da apoptose ocorre por dano no
A ativação destes receptores ativa caspases
A liberação do citocromo
Estes fatores ativam a proteína P53 em seguida a NOXA e a PUMA,
O Apoptossomo
A partir da liberação do citocromo
A Apoptose, ou morte celular programada é iniciada por dois
desencadeia uma cascata de caspases
ativa a proteína Apaf‐1 que dá origem ao
C a cascata de sinalização é a
primárias que por sua vez
que são as
extracelulares ativam o domínio citosólico
A via de Extrínseca é ativada por vários sinais extracelulares.
secundárias e formação dos corpos apoptóticos.
do receptor de membrana
mecanismos de sinalização, uma via Intrínseca e uma via Extrínseca.
ativando a proteína Bax
ativam proteínas Bid
responsáveis pela formação dos corpos apoptóticos.
DNA ou por estresse celular.
mesma da via intrínseca,
que levam a liberação do citocromo
que libera o Citocromo
Apoptossomo. C da mitocôndria.
C.
formando um complexo DISC.