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Curso de Administração
Disciplina: Comunicação Empresarial
Comunicação
Empresarial
Aluno:
Curso de Administração
Comunicação Empresarial
UNIDADE 1
Entendendo a Comunicação
organizacional
Introdução
Dois personagens são lembrados quando se tenta delimitar o período em que o consumidor
passou a ser o centro das atenções. Afinal, é ou não ele quem compra aquilo que produzimos? O
término da época caracterizada pelo descaso e pela esperteza no trato com a clientela, foi
capitaneada por empresários como William Vanderbilt, o famoso autor da frase “o público que se
dane”, proferida ao ser inquirido por um repórter sobre o que dizer às pessoas envolvidas num grave
acidente com uma composição de sua estrada de ferro. Ou ainda Phineas Barnum, proprietário do
Circo Barnum, considerado o príncipe da mistificação e o símbolo de uma época ao afirmar: “A cada
minuto nasce um tolo e eu me aproveitarei dele.
Globalização, público mais exigente, preocupação com o meio-ambiente, sindicatos
trabalhistas, esses são alguns dos fatores que fizeram com que as empresas atentassem para
maiores investimentos em comunicação. Em tempos difíceis da economia, as empresas precisam de
saídas criativas para resolver seus problemas, e a comunicação toma uma importância muito
grande, aparecendo como alternativa para essa situação.
A empresa busca atingir a ideal performance da comunicação provendo as pessoas de
informações corretas, no lugar certo, no tempo exato e na forma apropriada em todos os níveis,
áreas o setores. Teoricamente, aquela que não desenvolve estas funções de forma adequada tende
a perder visibilidade, transparência, oportunidades, novos canais de comunicação, negócios e,
principalmente, clientes em potencial.
Gerar consentimento é a meta final da comunicação organizacional. Produzir aceitação, por
meio de comunicação expressiva-emocional, deve ser o objeto dos profissionais que lidam com a
comunicação nas empresas. Algumas condições se tornam necessárias para que a comunicação
preencha as funções integrativas, que desempenhe as principais formas ou canais de comunicação
entre as pessoas nas organizações, demonstrando sua utilidade, seus objetivos, que veremos a
seguir.
Lee mudou de atividade com o objetivo de recuperar a credibilidade perdida pelo poderoso
empresário John D. Rockfeller.
Rockfeller era, na época, o mais odiado de todos os empresários dos Estados Unidos. Motivo:
assim como os mais destacados donos de empresas daquele país, ele vinha sendo acusado de
combater impiedosamente as pequenas e médias organizações. Até então a opinião pública não
tinha a menor importância para eles.
O escritório criado por Lee passou a fornecer à imprensa "notícias empresariais para serem
divulgadas jornalisticamente e não como anúncios ou como matéria paga". Na opinião de Wey,
"eram informações corretas, de interesse e de importância para o público".
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Mas, como Lee conseguiu convencer a imprensa de que seu trabalho era sério, honesto e
profissional? O que ele fez para vencer a barreira e a desconfiança que tantas dores de cabeça e
decepções, tantos prejuízos, enfim, geraram para todos os profissionais sérios e honestos que há
décadas vêm tentando fazer Comunicação Empresarial no Brasil?
O trabalho de Ivy Lee para seu cliente fez tanto sucesso junto à imprensa e à opinião
pública, que Rockfeller passou de "patrão sanguinário" a "benfeitor da humanidade".
Lee morreu "por volta de 1935, quando dirigia o Departamento de Relações Públicas da
Chrysler". E deve ter morrido feliz, porque a atividade que ele inventara havia sido adotada em
inúmeras empresas e órgãos públicos. Passara a ser estudada, inclusive, em universidades do porte
e do prestígio de Yale, Harvard e Colúmbia, que criaram cadeiras específicas e começaram a formar
especialistas em Relações Públicas.
Dos Estados Unidos, as Relações Públicas foram sucessivamente para o Canadá (1940),
França (1946), Holanda, Inglaterra, Noruega, Itália, Bélgica, Suécia e Finlândia (1950) e Alemanha
(1958).
Segundo De Salvo, o primeiro RP do Brasil foi Rolim Valença, que em 1960 começou a
aprender a profissão na J. W. Thompson. Três anos depois ele criou a primeira agência de Relações
Públicas do país, a AAB.
A regulamentação da profissão de Relações Públicas foi decretada em 1968. Foi tão ampla
que acabou gerando conflito com a de jornalista, assinada em 1969.
3. Conceitos básicos
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Qual foi a principal atividade desenvolvida pelo jornalista Ivy Lee, assim que ele
estabeleceu o primeiro escritório de Relações Públicas em Nova Iorque, em 1906?
Conclusão: há mais de 90 anos os RPs faziam exatamente aquilo que é mais comum entre os
assessores de imprensa: elaboração e distribuição de notícias.
Mas como Lee precisava de fatos para ter notícias, ele começou a interferir no dia-a-dia do
seu cliente. E a primeira providência que tomou foi derrubar barreiras entre Rockfeller e o público.
Imediatamente, o empresário dispensou sua segurança e passou a circular sem os guarda-costas que
o acompanhavam 24 horas por dia. Depois, Lee fez com que Rockfeller cooperasse com o Congresso
nas investigações a respeito das denúncias de que ele havia mandado atirar nos seus funcionários
em greve. Pelo seu ineditismo, essa atitude foi destacada positivamente pela imprensa. Por fim,
Lee fez com que Rockfeller criasse numerosas fundações de interesse público. Entre elas a Fundação
Rockfeller para Pesquisa Médica. Foi a partir daí que o maior empresário da época acabou
reconhecido como "benfeitor da humanidade".
Foi assim que surgiram os eventos em que a Volkswagen, a Ford, a General Motors, a Fiat e
outras montadoras de veículos automotores – instaladas ou não no Brasil – apresentam suas
novidades para jornalistas dos mais diferentes jornais e revistas do País. No Brasil e até mesmo no
exterior. Tudo sob o comando de relações públicas e jornalistas. De profissionais de Comunicação
Empresarial, enfim.
Foi assim também que surgiram as entrevistas coletivas e os tradicionais almoços de fim de
ano, quando as empresas reúnem repórter, editores e diretores de redação para anunciar os
resultados do ano que termina, os planos para o ano novo e, de quebra, dar um bom brinde para
cada um. Como este relógio que eu estou usando e que me foi dado pela Nestlé num final de ano
que já vai longe.
Isso, entretanto, não é tudo. Tem mais. Muito mais. Especialmente no livro O que é
Comunicação Empresarial, escrito por Paulo Nassar e Rubens Figueiredo para a Coleção Primeiros
Passos da Editora Brasiliense. Lá estão relatados e detalhados inúmeros eventos promovidos por
empresas que praticam políticas de bom relacionamento com suas comunidades e os usuários de
seus produtos e serviços.
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Diante de tudo isso vemos que no Brasil os profissionais de Comunicação Empresarial atuam
nas diferentes frentes da Comunicação Social ou de Massa:
Geram fatos;
Elaboram notícias;
Fazem com que essas notícias sejam veiculadas por jornais, revistas, agências noticiosas,
emissoras de rádio e televisão, nos fac-símiles como Jornalistas & Cia., na Internet e até em
painéis eletrônicos (como o que temos na Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, na esquina das
Ruas da Mooca e José Antônio de Oliveira, na Mooca, em São Paulo);
Idealizam e produzem clippings impressos e eletrônicos; alguns com mais de uma edição por dia e
não raro ao longo dos sete dias da semana, incluindo feriados e dias santos, Natal e ano-novo
(como o que a Imprensa Oficial está fazendo para o Governador de São Paulo);
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UNIDADE 2
O Processo de Comunicação nas
Organizações
O processo de comunicação em uma organização pode ser analisado tanto no que diz
respeito ao fluxo de informação - isto é, a direção da comunicação numa estrutura hierárquica -
quanto no que diz respeito à rede de comunicação.
Uma rede é constituída por canais e meios de comunicação estruturados e organizados de
modo a tornar os que estão agrupados no interior de um determinado meio acessíveis uns aos
outros. De acordo com o grau de organização de uma rede, seus membros terão consciência mais ou
menos explícita dos caminhos que devem seguir para se comunicar com o outro.
As principais características das redes de comunicação são: a dimensão do laço, a natureza
do circuito, seu caráter aberto ou fechado, a configuração da rede e o ajustamento entre o circuito
e função sistêmica. A dimensão do laço é a quantidade de subsistemas alcançados por certo tipo de
informação. Os circuitos podem abranger um sistema inteiro ou cobrir apenas um subsistema
principal, ou ainda apenas uma unidade deste. A natureza do circuito diz respeito ao modo como
uma informação é transmitida. Pode ser de forma repetitiva ou através de modificações em cadeia.
O primeiro modo pode se dá através do escoamento linha abaixo de uma informação, onde esta é
passada de cada nível para o que está abaixo, sem que haja qualquer modificação. No segundo
modo, o comando passa mensagens com translação apropriada para cada subsistema. A primeira
forma tem a vantagem de ser uniforme, mas serve apenas para problemas simples. O segundo
padrão é mais eficiente para fatos complexos, onde pode ser necessária tradução para as diferentes
unidades.
Todos os atos comunicativos possuem caráter circular, pois há sempre uma reação à
transmissão que pode fornecer feedback ao transmissor. Entretanto, alguns circuitos são mais
fechados ou abertos do que outros. Em alguns a resposta pode ser imediata e de aceitação da
mensagem original, e em outros pode vir em forma de relatórios e indicar tentativas de modificação
do que foi transmitido. Um laço fechado seria o que não permitiria a modificação do conteúdo da
transmissão. Quanto mais aberto for um laço, maior será a possibilidade de desenvolvimento devido
às alterações no sistema que ele vai permitir. A configuração da rede pode ser medida através do
número de ligações de comunicação em uma determinada rede. Uma mensagem pode ser
transmitida dentro de várias alternativas de canais de comunicação, que vão apresentar
características diferentes de rapidez, acuracidade e eficiência.
A conclusão é de que em uma organização não existe uma maneira universal de se
comunicar, pois deve-se levar em consideração o propósito dos dados que são enviados. A análise
das redes de comunicação apenas pode ser feita buscando-se identificar maneiras mais adequadas
para receber e enviar mensagens dentro de cada situação. A direção do fluxo de comunicação pode
movimentar-se de forma ascendente e descendente, seguindo um padrão de hierarquia, ou pode
mover-se em um mesmo nível, ocorrendo entre pessoas que ocupam uma mesma posição na
organização.A comunicação ascendente ocorre quando a informação parte do subordinado para o
superior. A comunicação descendente é o fluxo de comunicação que segue de superior para
subordinado.
A comunicação horizontal é a comunicação entre pessoas do mesmo nível hierárquico. Pode
ser nociva se assumir normas irrelevantes ou houver problemas de coordenação entre os indivíduos.
Caso contrário, pode suprir apoio emocional e social do indivíduo através da compreensão mútua
dos pares. Este fluxo de informação também possibilita a organização das pessoas em esforços
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2. Comunicação na organização
Dentre os autores que discutem o assunto, Roger Cahen (1990) tem uma das mais claras definições.
“Comunicação Empresarial é uma atividade sistêmica, de caráter estratégico, ligada aos mais altos
escalões da empresa e que tem por objetivos: criar – onde ainda não existir ou for neutra – manter
- onde já existir - ou ainda, mudar para favorável - onde for negativa a imagem da empresa junto a
seus públicos prioritários”(1990 : 32)
O ponto comum entre os diversos autores é o fato de empregar o termo Comunicação Empresarial
como sendo o conjunto das práticas da construção da imagem de uma empresa frente ao seu público
interno e externo.
“Um dos fenômenos mais característicos das modernas sociedades industriais é o crescente
uso das funções de comunicação para sobrevivência, desenvolvimento e prosperidade das
organizações. Repartidas e esboçadas de acordo com os diversos modelos organizacionais e
assumindo importância cada vez maior, as funções comunicativas engajam-se definitivamente nos
desenhos de estruturas de pequenas, médias e grandes empresas”
O tema tomou proporções animadoras e empresários brasileiros já encaram a Comunicação
Empresarial como uma eficiente ferramenta estratégica, aceitando esta atividade como
investimento ao invés de despesa. Anteriormente a comunicação era percebida de forma errônea
como um custo que não produz um retorno mensurável. Outra razão pela qual ela tem sido
negligenciada como prioridade administrativa ao longo dos anos é que o seu impacto não tem estado
visível nos resultados finais.
No ambiente atual, a organização que não se comunica com um amplo número de
interessados acaba prejudicando suas perspectivas financeiras. A estratégia de comunicação
consiste no plano da empresa para transmitir as notícias para seus públicos. A estratégia define
quem são esses públicos, por que é importante comunicar-se com eles, quando e onde a
comunicação deve acontecer, quem é responsável pelas comunicações, o que deve ser dito e qual é
o vínculo com as metas comerciais. Porém, a parte mais importante da estratégia de comunicação é
o ambiente de comunicações que a administração superior cria. Para ser eficiente, a administração
superior precisa liderar o planejamento das comunicações.
As organizações
preocupadas com missão, visão e
valores precisam desenvolver sua
estratégia baseada em plataformas
específicas derivadas dessas
missões, visões e valores. Essas
mensagens precisam ser
especificadas para cada público-
alvo e transmitidas continuamente.
O esforço de manter os
funcionários sintonizados com a
empresa apresenta suas
características ideais, ainda que
por meio do contato direto, pessoal
e face-a-face. Estratégias
mercadológicas, investimento em
treinamento e programa de motivação para atingirem as reais metas, dependem, dentre outras
coisas, da sintonia dos colaboradores com as metas da empresa. Funcionários necessitam obter da
empresa a primeira fonte de informação, antes que esta seja divulgada no ambiente externo. As
informações transparentes são fundamentais para determinar o comprometimento dos
colaboradores com os resultados. Empresas devem verificar a demanda do público a ser atingido,
para que as metas sejam realizadas. Comunicação interna e externa devem ser monitoradas e
vinculadas à outras políticas da empresa. A utilização de várias ferramentas, na comunicação
interna, apresenta como objetivo único, formar uma equipe voltada para estratégias comuns de
performance. Comunicação corporativa eficiente pode garantir o sucesso, uma vez que esclarece
como a empresa é e o que pretende ser.
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UNIDADE 3
A Comunicação Externa,
agregando valor à imagem
da empresa
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Hoje cresce a tendência por ouvir também o empregado. Um bom exemplo disso é o Guia
Exame "As 100 melhores empresas para você trabalhar", uma iniciativa que abre portas para as
empresas, dá-lhes visibilidade, além de fortalecer vínculos com seus funcionários e clientes.
Na publicação foi feito um levantamento minucioso das empresas que são benchmarking em
práticas e políticas de recursos humanos.
Cerca de 900 empresas foram convidadas a participar e, após de desistências e eliminações,
281 chegaram ao fim do processo de seleção. A média de satisfação das melhores ficou em 78, o
que significa 78% dos funcionários das 100 melhores empresas se dizem satisfeitos.
José Tolovi Jr., diretor no Brasil do Great Place to Work Institute, consultoria Americana
que trabalha em parceria com a EXAME neste projeto, lembra que a comparação de resultados com
pesquisas realizadas em outros países favorece o Brasil: a média americana deste ano é de 82
pontos, seguidas da média brasileira, 78 pontos e das médias suíça e portuguesa que são de 74
pontos. Apesar da pequena diferença de quatro pontos e dada as devidas proporções, o Brasil possui
hoje, segundo a pesquisa, 100 empresas exemplares.
Um fenômeno corporativo cada vez mais freqüente é a “apropriação” das organizações por
funcionários, fornecedores, clientes, entidades de classe e pela comunidade, os quais assumem
muitas vezes uma postura de quase sócios do negócio, contribuindo para o crescimento das
corporações e até compartilhando seus resultados.
Vários fatores influem nesse comportamento, mas basicamente ele decorre da
conscientização e a mobilização crescentes da sociedade pela defesa de seus direitos de cidadania,
aumentando a cobrança – muitas vezes direta - sobre bens, produtos, serviços e sobre a própria
atitude mercantil das empresas.
Isso impõe cuidados especiais às organizações, que precisam lançar mão de processos e
estratégicas claras para se relacionar com seus “co” associados. Boa parte desse esforço se
manifesta na comunicação empresarial, que deve ser revestida de cuidados por ser uma interface
vital no relacionamento da organização com seus distintos públicos de interesse.
A comunicação externa – aquela que fala com a sociedade de forma geral, e com seus
grupamentos e organizações de forma mais detalhada - é uma ferramenta a ser utilizada para
oferecer ao público subsídios e informações que contribuam para construir uma imagem positiva da
organização, que obviamente precisa estar alicerçada na realidade, representada por bons produtos
e serviços, preço justo, atendimento digno, e assim por diante.
O trabalho de comunicação externa está entre as ferramentas mais indicadas para estreitar
as relações empresa-público. Ela contribui para a eficácia organizacional e corporativa quando
ajuda a conciliar os objetivos da empresa com as expectativas de seus públicos estratégicos, como
diz Miguel Jorge, jornalista que se tornou referência na área ao dirigir a comunicação corporativa
de diversas empresas, como Volkswagen e, atualmente, o Banco Santander.
Tem se mostrado um erro estratégico enviar uma mesma publicação para os públicos interno
e externo. Apesar da aparente otimização de recursos, esta prática representa, na verdade, um
gasto com uma publicação que não estará surtindo o efeito desejado, pelo menos para uma de suas
categorias de leitores.
Ao se avaliar as diferenças de conteúdo, enfoque, periodicidade, linguagem e diagramação
exigidas por cada um destes públicos, fica clara a necessidade de periódicos distintos para cada um
deles.
Um funcionário, por exemplo, acharia monótono ler matérias de assuntos que já são de seu
conhecimento elementar, mas que para o cliente seriam de muita utilidade. Por outro lado, o
cliente também ficaria desinteressado em ler matérias que deveriam ser de repercussão exclusiva
junto aos funcionários, como nomeações, promoções, mudanças e segurança.
As diferenças entre um veículo e outro são várias. Além das diferenças de temas a serem
abordados, a linguagem do jornal de comunicação interna precisa ser mais descontraída e simples,
com uma programação visual criativa. Um jornal voltado para o cliente utiliza a linguagem
jornalística para abordar os diversos temas e normalmente possui uma qualidade gráfica mais
sofisticada.
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. Revise os textos cuidadosamente - erros de digitação ou gramaticais são inaceitáveis. Corte tudo
que não for estritamente necessário, para não dar a sensação de que se está tentado preencher um
espaço para o qual faltou assunto.
. Verifique se as fotos selecionadas estão bem focadas e nítidas. No caso de foto de pessoa, cheque
se não está "posada" ou descontraída demais. Observe a disposição das matérias, colocando as mais
importantes em locais de destaque, como a capa, por exemplo. Cuidado com as cores. Além da
sintonia entre elas, é importante escolher tons sóbrios, que não agridam ou dificultem a leitura.
A internet transfere o poder para as mãos do usuário ou consumidor, que tem uma
infinidade de opções para obter, selecionar e editar, ele mesmo, as informações de seu interesse.
Isso exige maior objetividade e ainda mais transparência nas informações ao consumidor, em
particular, e à sociedade, em geral, e aumenta a vigilância da sociedade sobre as empresas. Além
de mais transparência, a Internet também exige mais agilidade das empresas na comunicação com
seus diversos públicos.
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6. Outros produtos
Além dos jornais, revistas e internet, que têm uma característica mais constante e
periódica, são inúmeras as possibilidades de produtos esporádicos que cumprem o papel de
comunicação externa de informar, sensibilizar e influenciar pessoas, que devem ser escolhidos de
acordo com o objetivo da empresa. E nem sempre o melhor caminho é o material impresso
convencional. A escolha de meios alternativos para disseminar uma determinada mensagem pode
significar uma boa relação custo e benefício, além de atrair pela originalidade.
Muitos destes produtos, porém, não são desenvolvidos especificamente pela área de
Comunicação da cooperativa. A área de Marketing muitas vezes fica responsável por alguns
trabalhos, que podem também ser terceirizados.
Alguns destes produtos são de caráter pessoal e presencial, usados para falar a indivíduos ou
grupos, como apresentações de transparências para reuniões ou seminários, cartas e e-mails,
camisetas, broches ou bottons, jogos, peças de teatro e outras manifestações culturais.
Outros produtos são impessoais, massificados, mais adequados a informar amplos segmentos
do público. Há os que enfatizam o texto (folhetos, brochuras, cartilhas, jornais, jornais murais,
faixas, adesivos, boletins, encartes, relatórios anuais, revistas e livros), o som (programas ou spots
de rádio, transmitidos diretamente ou distribuídos em fita cassete, CDs ou alto-falantes em locais
públicos) ou a imagem (cartazes, mapas, gráficos, outdoors, banners, vídeos, fotos, slides, filmes,
cartões-postais). Existem ainda produtos interativos, multimídia (CD-Rom), e conjuntos de produtos
que utilizam todas essas linguagens (campanhas publicitárias).
Há ainda ferramentas de comunicação como painéis eletrônicos, ambulâncias, exposições,
balões de ar quente, entre outros. Uma ambulância postada numa competição esportiva ou num
evento da cidade sinaliza um “plantão” no qual se passa a impressão de que a própria marca está
ali, “em pessoa”, atenta à saúde dos participantes ou do público.
Também existem publicações empresariais de objetivo cultural. Raras, elas costumam ter o
formato de revista e distinguir-se pela qualidade gráfica e editorial. Além de discutir com seriedade
aspectos culturais da vida brasileira, este tipo de veículo também tem por finalidade vincular o
nome da empresa a um produto de excelência. Segundo Lorenzon e Mawakdiey, no livro Manual de
Assessoria de Imprensa, esta “é uma operação de marketing indireto que proporciona alto retorno
em termos de imagem corporativa”.
Merece destaque o papel da propaganda, que desempenha excelente papel no pré-
lançamento; na venda de planos; na divulgação da marca; no suporte e outras ações de
comunicação. Além disso, o simples fato de a Unimed estar sempre se comunicando já é positivo:
sinaliza profissionalismo, atualização e integração à sociedade e ao mercado; proporciona
visibilidade e, assim, favorece parcerias etc.
O telemarketing é tanto uma preciosa arma de vendas (o ativo, principalmente), quanto um
mecanismo de avaliação de satisfação do cliente (o reativo). O telemarketing reativo, conduzido por
um script interativo e inteligente, também pode e deve render benefícios à imagem. À assessoria de
imprensa cabe construir e manter nos veículos de comunicação a imagem posicionada da empresa,
visando os públicos do seu interesse.
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UNIDADE 4
A Comunicação Interna
2. Endomarketing
“Endo” provém do grego e quer dizer ação interior ou movimento para dentro.
Endomarketing é, portanto, marketing para dentro. A prática do endomarketing, como conceituado
por Analisa Brum, nasceu da necessidade de se motivar pessoas para programas de mudança que
começaram a ser implementados a partir da década de 50, no mundo inteiro.
E como já afirmado por Nassar e agora reiterado por Analisa Brum (1998), o "homem" deve
ser visto como o elemento principal de todo e qualquer processo de mudança e de modernização
empresarial, pois as mudanças, quando implementadas, esbarram em formas tradicionais e
conservadoras, capazes de desencadear um estresse organizacional que dificulta e impede o
desenvolvimento pleno de qualquer atividade. Na visão de Brum (1998), o que aconteceu na maior
parte das empresas, foi o desabamento na pirâmide organizacional em relação ao grau de
comprometimento das pessoas com os programas. Sabe-se que ainda hoje o envolvimento maior se
dá na parte de cima da pirâmide (alta direção e gerências). A base da pirâmide (supervisores e
funcionários comuns) continua tendo envolvimento menor, a não ser que a empresa coloque à sua
disposição as informações de que necessita. E um programa de endomarketing bem feito é capaz de
tornar o funcionário um ser comprometido com a nova postura da empresa e com a modernidade,
cada um em sua área de atuação e através do seu trabalho.
Os famosos "círculos de controle de qualidade"criados pelos japoneses fizeram-nos emergir
já na década seguinte da crise do pós-guerra, quando sua indústria civil ia mal.
“A expressão ’Total Quality Control’ vem da tradução inglesa da palavra japonesa Kanri que,
para eles, não significa apenas , ’controle’. Significa, também, ’remover obstáculos’. Mas remover
obstáculos para quê? Para que todos olhem para a mesma direção. Esta definição, além de curiosa,
coincide com o principal objetivo do endomarketing: fazer com que todos os funcionários tenham
uma visão compartilhada sobre o negócio da empresa, incluindo itens como gestão, metas,
resultados, produtos, serviços e mercados em que atua”
Aliado a todo o trabalho de motivação dirigido aos funcionários está a informação coerente,
clara, verdadeira, lógica, centrada e bem trabalhada. Visto desta forma, a informação transforma-
se na maior estratégia de aproximação empresa / funcionário. Vale lembrar que a informação
oficial, dentro da empresa, é de domínio da direção. Cabe à direção o envio, ou não, de
determinada decisão que, mais tarde, transformada em informação para a base da pirâmide. A
demora no envio desta informação pode ocasionar o que a autora denomina “entropia da
informação”, um dos fatores que em muito desmotiva o funcionário.
Marketing pode ser definido como “um processo social e gerencial pelo qual indivíduos e
grupos obtêm o que necessitam e desejam através da criação, oferta e troca de produtos de valor
com outros”. Ainda em Administração de Marketing, Kotler, faz breves referências a diferenciação
entre o Marketing Interno e o Marketing Externo. Segundo ele, o Marketing Interno deve proceder o
Externo. Na verdade, não faz sentido promover serviço excelente antes de preparar os funcionários
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da empresa para fornecê-lo. Define Marketing Interno como “ a tarefa de contratações acertadas,
treinamento e motivação de funcionários hábeis que desejam atender bem os clientes” .
Bekin lança as bases de uma tendência de marketing voltado para o seio da organização,
formulando a seguinte definição de Endomarketing: “ realizar ações de Marketing voltadas para o
público interno da empresa, com o fim de promover entre os seus funcionários e departamentos
aqueles valores destinados a servir o cliente” .
O Endomarketing possui uma importância estratégica e, neste sentido, não pode ser
separado do Marketing. Do ponto de vista estratégico, o Endomarketing é um processo para adequar
a empresa a um mercado orientado para o cliente. Deste modo, a relação da empresa com o
mercado, passa a ser um serviço feito por clientes internos para clientes externos. É assim que o
Endomarketing estimula toda a organização a manter-se voltada para o atendimento do mercado.
O Endomarketing é o Marketing dentro da empresa, um processo cujo o foco é sintonizar e
sincronizar, para implementar e operacionalizar a estrutura de Marketing da empresa ou
organização que visa ação para o mercado. Objetiva facilitar e realizar trocas construindo
relacionamentos com o publico interno, compartilhando os objetivos da empresa ou organização,
harmonizando e fortalecendo estas relações. Sua função é integrar a noção de “ cliente” nos
processos internos da estrutura organizacional propiciando melhoria da qualidade de produtos e
serviços com produtividade pessoal e de processos.
Ainda fundamentado em Bekin, para se criar um processo de Endomarketing, este deve
partir de três premissas básicas:
A) Estamos num mercado orientado para o cliente. Clientes só podem ser conquistados e retidos
com um serviço excelente.
B) Funcionários têm expectativas e constituem o primeiro mercado para a organização. Assim,
funcionários devem ser tratados como clientes e valorizados como pessoas.
C) Excelência de serviços para os clientes e gerenciamento de recursos humanos significam
envolver e comprometer os funcionários com os objetivos e decisões da empresa.
Na Pratica...
Programa que agrega todas as ações direcionadas à melhoria constante da qualidade de vida de
nossos colaboradores.
Educação
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A sul América estampa seus cartões de Natal com desenhos de filhos de funcionários
inspirados em projetos social.
Sul América inovou na hora de criar seus cartões de Natal. A Companhia pediu a colaboração
dos filhos de funcionários para elaborar a sua mensagem de Natal, ao promover um concurso de
desenhos com o tema de um mundo melhor, inspirado no projeto Sul América de Saúde Ocular.
Crianças de todo o Brasil participaram imaginando colocar um óculos mágico e ver um mundo mel
Os vencedores do concurso de desenho da Sul América foram convidados a participar do almoço de
diretoria que acontece anualmente no Jockey Club, no Rio de Janeiro. No dia 5 de Dezembro eles
receberam das mãos de D. Beatriz Larragoiti os presentes pelo primeiro lugar conquistado.
Além de ganhar os presentes que escolheram, concurso receberam um diploma de
reconhecimento assinado pela Vice-Presidente de Recursos Humanos, um Kit de pintura, e ingressos
para parques de diversão. Todos os participantes do concurso ganharam camisas com seu próprio
desenho estampados.
Os desenhos vencedores do concurso, estampam nos três cartões as idéias das crian sobre o
tema de um mundo melhor.
3. Exomarketing
Agregar valor ao negócio também é isso, pessoas felizes produzindo, pessoas felizes
lucrando e pessoas felizes consumindo. “Exomarketing é, portanto, uma estratégia de comunicação
externa que se utiliza das ações e instrumentos de endomarketing como conteúdo” Este novo
conceito nasceu dos excelentes resultados obtidos com a comunicação interna. Se antes ver
funcionários trabalhando felizes e ter a produção garantida era motivo de alívio aos executivos, por
que não aproveitar do sucesso e mostrar ao público externo quão boa é a sua empresa? Em outras
palavras, mais este recurso vem para reforçar as estratégias de marketing externo, tão perfeitas e
eficazes foram as ações de endomarketing.
A autora cita a Azaléia, uma empresa gaúcha de calçados, que publicou na Veja – revista de
maior circulação do país - um anúncio de página inteira para falar da creche que mantém para os
filhos de seus funcionários.
“Essa empresa pratica há muitos anos o exomarketing. Além de desenvolver um trabalho
vitorioso junto ao público interno, faz com que toda a sociedade empresarial e a comunidade na
qual está inserida acompanhem o seu esforço e sintam orgulho de suas ações”
Ações em endomarketing podem ser simples, como apresentar painéis frente às próprias
empresas com resultados obtidos pelos funcionários, resultados de jogos internos, vídeos
institucionais exibidos nas recepções, locais por onde passam fornecedores, clientes e outros
visitantes.
Esse modelo pode ser encontrado também em um grande número de anúncios gráficos,
publicados em jornais e revistas com chamadas de abordagem interna, mas que vem causando muita
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simpatia do público externo. Como exemplo podem ser citados o do BankBoston “Para conquistar
clientes, primeiro conquistamos nossos funcionários”, o da Nestlè “Poucas empresas são sinônimos
daquilo que fazem” ou ainda o da Brasmotor “Uma organização formada por pessoas jurídicas,
pessoas físicas e, sobretudo, pessoas felizes”. Cada qual com seu apelo gráfico, estes anúncios
geralmente se apresentam com a figura de um funcionário devidamente fardado, sorridente e cheio
de disposição.
A receita do exomarketing é simples e foi concebida no próprio dia-a-dia das empresas que
quiseram expor o que possuem de melhor em sua estrutura interna. “O exomarketing serve
exatamente para que os empresários possam mostrar a evolução das suas relações com o público
interno”
4. Desafios da comunicação
• A Comunicação Empresarial não pode ser considerada apenas uma definição de dicionário. Ou
seja, simplesmente como "um conjunto de métodos e técnicas de comunicação, dentro da
empresa, dirigida ao público interno (funcionários) e ao público externo (clientes, fornecedores,
consumidores etc.)". Até porque definições como essas precisam ser sempre revistas em função
das mudanças da sociedade e do ambiente empresarial.
• A imagem institucional de uma empresa é um ser vivo, dinâmico. Hoje, pode estar saudável, bem
vista, aceita, festejada. Amanhã? Vai depender da história de hoje. Uma boa Comunicação
Empresarial é condição primária para uma boa imagem institucional da empresa.
• Se o trabalhador não conhece a empresa na qual trabalha e não sabe qual é a filosofia que a
anima, torna-se difícil estabelecer metas e passar para os consumidores e a sociedade a imagem
que se deseja.
• As empresas estão aprendendo que, tão importante quanto aparecer bem, é saber escutar e
interpretar o que os consumidores estão tentando lhes falar. Ainda que eles estejam à beira de
um ataque de nervos.
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Profª Cristiane de Sousa Florêncio
email: crissousaf@hotmail.com
Curso de Administração
Comunicação Empresarial
• A imagem de uma empresa é formulada a partir das informações que a comunidade recebe a
esse respeito. Sem uma comunicação eficiente, a imagem será difusa ou ruim, pois será formada
com base em informações incompletas ou incorretas, em presunções e boatos.
• Comunicação não se limita ao release, peça jornalística que ganhou força com o autoritarismo e
começou a morrer com ele. O release está cada vez mais desacreditado e deve, sempre que
possível, ser substituído por entrevistas.
• O primeiro e principal público de uma empresa é o seu efetivo, sem o qual todo esforço de
comunicação redundará nulo.
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Curso de Administração
Comunicação Empresarial
Bibliografia
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