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PALESTRANTE

Prof. Eng. Odilon P. Cavalheiro, MSc.

INTRODUÇÃO À ALVENARIA ESTRUTURAL COM BLOCOS CERÂMICOS

DATA
4 de abril de 2011

CARGA HORÁRIA
4h

Realização Organização Patrocínio Apoio Institucional


HISTÓRICO

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 1


O distante início
MESOPOTÂMIA (entre rios)

10.000 anos!! 6.000anos


6.000 anos
Abóbadas Zigurates
Zigurates

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 2


Grandes construções

Pirâmides em Gizé, Egito, 2600 a 2480 a.C.

Desconhecimento das cargas...


Desconhecimento das propriedades dos materiais...
Desconhecimento de procedimentos de cálculo...
Inexistência de normas técnicas...

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 3


Grandes construções
Grande Muralha, China, 221 a.C. Coliseu, Roma, 70 a 82
7.300 km
Altura dos muros 4,5 a 12 m

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 4


Grandes construções
Taj Mahal, Agra, Índia, 1630 a 1653
(Shahjahan/Muntaz Mahal)

7
Tijolos 3,75 x 2,75 x 7,5 cm; absorção 8%

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 5


Grandes construções
Chicago, EUA, 1889/91

16 pavimentos; 60 m
Paredes de 180 cm!!
Burnham & Root

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 6


Grandes construções

Parte sul Parte norte


Estrutura metálica Alvenaria estrutural

Transição no desenvolvimento de métodos estruturais


Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 7
Beleza arquitetônica

Beursgebouw Berlagen
Amsterdam

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 8


Impermeabilidade!!

Delft,
Holanda

Reino Unido Veneza, Itália

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 9


Período de declínio

Primeira metade do século xx

mais área
Avanços do aço e do concreto livre

Declínio das empíricas e pesadas construções de


alvenaria

Pós-guerra

Escassez do aço e do concreto na Europa

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 10


Ensaios tecnológicos

A partir de 1946 - Suíça

1902/1987

Paul Haller ensaiou mais de 1600


paredes de tijolos cerâmicos em
prensa de 500Tf
The Swiss Federal Laboratory for
Materials, Testing and Research

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 11


Ensaios tecnológicos

1951 - Basiléia

Dados dos ensaios de


Haller usados no
projeto e construção de
prédio de 13 andares
(41,4 m de altura)
Espessura das
paredes de 30 a 38 cm

Cálculo Racional possível pela primeira vez

ALVENARIA ESTRUTURAL

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 12


Alvenaria estrutural de tijolos maciços
Até meados do século XX a alvenaria
estrutural, no mundo, era
predominantemente de tijolos cerâmicos
maciços!!

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 13


Alvenaria estrutural de “blocos vazados”

No Brasil o Sistema de Alvenaria


Estrutural nasce “mais racional” com
o empregos de blocos “modulados”
de concreto vazados na vertical

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 14


Alvenaria estrutural de “blocos vazados”
Inicia com muito pouco conhecimento dos
materiais e com uso de normas estrangeiras

1966
- Primeiro emprego da AE
- Prédios de 4 pavimentos
- Paredes armadas de BVC
- Lapa, São Paulo

1972
- Prédios de 12 pavimentos
- Paredes armadas de BVC
- Lapa, São Paulo

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 15


Alvenaria estrutural de “blocos vazados”
Anos 80... Porto Alegre 1983
Início do uso de
blocos
estruturais
cerâmicos

Guarujá 1988

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 16


CONCEITUAÇÃO

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 17


O que é alvenaria estrutural?
Alvenaria Estrutural é toda a estrutura em
alvenaria, predominantemente Laminar,
dimensionada por Procedimentos Racionais de
Cálculo para suportar Cargas além do peso próprio

Elemento Básico

VEDAÇÃO
Parede RESISTÊNCIA

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 18


Classificação
Condicionada à função das armaduras
ALVENARIA ESTRUTURAL NÃO ARMADA
Quando não possui armaduras, ou estas são
colocadas com finalidade construtiva ou de
amarração, não sendo consideradas na
absorção dos esforços de cálculo.

Estas armaduras são importantes para


dar ductilidade à estrutura, uma vez que
a alvenaria é frágil, e evitar ou diminuir a
fissuração em pontos de concentração de
tensões, além de colaborar na segurança
contra cargas não previsíveis, podendo
impedir o colapso progressivo

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 19


Classificação

ALVENARIA ESTRUTURAL ARMADA


Aquela que possui armaduras colocadas
em alguns vazados dos blocos,
devidamente envolvidas por Graute, para
absorver os esforços calculados, além das
armaduras construtivas e de amarração
Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 20
Classificação

ALVENARIA ESTRUTURAL PROTENDIDA


Aquela na qual a armadura é pós-tensionada,
sendo portanto ativa
Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 21
COMPONENTES E
ELEMENTOS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 22


Definições
COMPONENTES
São os entes que constituem os Elementos da
alvenaria, basicamente:

UNIDADE DE ALVENARIA
JUNTA DE ARGAMASSA

Armaduras, grautes e alguns pré-moldados podem


ser vistos também como componentes inseridos na
alvenaria

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 23


Definições
Unidade de alvenaria (bloco)

Componente da alvenaria estrutural que possui furos


prismáticos perpendiculares às faces que os contêm
Os blocos cerâmicos estruturais são produzidos para
serem assentados com furos na vertical
ABNT NBR 15270-2:2005 – Componentes cerâmicos- Parte 2:
Blocos cerâmicos para alvenaria estrutural - Terminologia e requisitos

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 24


Definições
Junta de argamassa
Componente utilizado
na ligação dos blocos
Cordão de argamassa
endurecida,
intercalado e aderente
às unidades de
alvenaria, que garante
a monoliticidade da
alvenaria

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 25


Definições
ELEMENTOS
Partes da estrutura suficientemente elaboradas
constituídas da reunião de dois ou mais componentes
Parede estrutural
Parede não-estrutural
Cinta
Coxim
Enrijecedor
Viga
Verga
Contraverga
Pilar

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 26


EVOLUÇÃO DA ALVENARIA
ESTRUTURAL CERÂMICA
NO BRASIL

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 27


Evolução tecnológica

 Pesquisas em Institutos e Universidades

 Melhor definição do comportamento estrutural

 Evolução dos procedimentos de distribuição


das cargas
 Surgimento de Softwares (cálculo e desenho)

 Atualização e criação de normas técnicas da


ABNT para “Alvenaria Estrutural Cerâmica”

 Melhoria dos componentes (PSQ)

 Melhoria da mão-de-obra

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 28


Evolução tecnológica

O papel da tem sido importante na


evolução da AE
Estabelecimento de Requisitos e
Critérios a serem observados na
execução de obras em AE financiadas
pela CAIXA

No  Monitoramento da execução
Rio Grande do Sul
são exigidos  Controle tecnológico

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 29


Controle tecnológico

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 30


Controle tecnológico

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 31


Controle tecnológico

fb=20,0 MPa

fa=18,1 MPa

fg=22,3 MPa

A NBR 15812-2:2010
Exige no relatório de ensaio

fpi, fpm e fpk

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 32


Controle dos materiais e alvenaria em obra
Formas de controle (NBR 15812-22010)
Dependem da probabilidade relativa de ruína da alvenaria,
função da razão entre a resistência característica especificada
em projeto e a resistência obtida nos ensaios de caracterização

fpk,projeto / fpk,estimado
Tipos de edificação
Obras de menor exigência estrutural
fpk,projeto≤0,15fbk,carac. ou Ensaios de caracterização e de
fpk,projeto≤0,50fpk,carac.  recebimento dos blocos são
suficientes

Obras de maior exigência estrutural


fpk,projeto>0,15fbk,carac. ou Ensaios de caracterização e de
fpk,projeto>0,50fpk,carac.  prisma, argamassa e graute

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 33


Edificações em várias cidades
Guarujá São Paulo

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 34


Edificações em várias cidades

Jundiaí

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 35


Edificações em várias cidades
Santa Maria - RS

Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 36


Edificações em várias cidades
São Paulo

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 37


Edificações em várias cidades

Novo Hamburgo - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 38


Edificações em várias cidades
Sapiranga - RS

Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 39


Edificações em várias cidades
Belo Horizonte

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 40


Edificações em várias cidades

Site Argibem - RJ

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 41


Edificações em várias cidades

Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 42


Edificações em várias cidades

Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 43


Edificações em várias cidades

Palmas - TO

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 44


Edificações em várias cidades
Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 45


Edificações em várias cidades
Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 46


Edificações em várias cidades

Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 47


Edificações em várias cidades
Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 48


Edificações em várias cidades
João Pessoa - Paraíba
Natal - RN

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 49


Edificações em várias cidades
Porto Alegre – RS
11 pavimentos
2005

Fonte: MDFS/GEPDAE

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 50


Edificações em várias cidades

Porto Alegre – RS
11 pavimentos
2005

Fonte: MDFS/GPDAE

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 51


Edificações em várias cidades
Santa Maria - RS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 52


ETAPAS CONSTRUTIVAS

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 53


Baldrame e radier

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 54


Elevações

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 55


Pré-moldados

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 56


Pré-moldados

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 57


Instalações

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 58


Laje de cobertura

Liberação da laje de cobertura


(isopor, borracha, PVC, fórmica)

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 59


Vantagens

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 60


Economia de fôrmas e de armaduras

Barras retas e poucas

Pouca ou nenhuma fôrma

Fôrmas no CA representam de
5 a 7% do custo da obra
Armaduras trabalhadas e em
grande quantidade

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 61


Economia de revestimentos

Não há recortes e a
alvenaria tem alta
precisão
dimensional
Ganho de até 50%
do cimento

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 62


Instalações sem “rasgos” de paredes
No CA “não
racionalizado” há muitos
cortes indiscriminados

Tubulações no
interior dos
vazados

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 63


Instalações sem “rasgos” de paredes

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 64


Menos barulho!!
Na AE o uso de ferramentas
barulhentas é de menor
frequência

É possível
simultaneidade de obras
novas com prédios já
entregues

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 65


Menos retrabalho, entulho e desperdício

Remoção de entulho
de uma obra
convencional de CA
equivale de 0,5 a
0,8% do custo total

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 66


Área real de projeto
Na alvenaria estrutural há uma fiel
reprodução do projeto na obra
Em obras de concreto
armado são
frequentes as
divergências de planta
(de venda) face às
dimensões dos
pilares, com geração
de “dentes” na
estrutura

Compradores
entrando na justiça
amparados pelo
CDC....

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 67


Maior segurança do operário
operário trabalha por dentro da obra

Scanmetal

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 68


Maior segurança do operário

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 69


Simultaneidade de etapas
MDO MDO
polivalente diversificada e
especializada

Pedreiro Carpitnteiro
Servente Armador
Instaladores Pedreiro
Servente
Intaladores

Etapas Etapas distintas


executadas e
simultaneamente interdependentes

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 70


Economia

Redução de custo da Alvenaria


Estrutural em relação a obras
“convencionais” de Concreto Armado

Estrutura
Ítens Alvenaria 35 a 65%
Revestimento

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 71


Economia

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 72


Economia

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 73


Pesquisa AE x CA no Google

Odilon Pancaro Cavalheiro INTRODUÇÃO 74


Introdução

QUALIDADE
DA
ALVENARIA

QUALIDADE QUALIDADE
QUALIDADE
DA DA
DOS
JUNTA DE MÃO-DE-OBRA
BLOCOS
ARGAMASSA

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 2


Introdução

Os componentes da alvenaria estrutural


devem apresentar desempenho e
conformidade com os requisitos de
normas e características que permitam
o cumprimento de determinadas
funções requeridas pela alvenaria

Especialmente os blocos
determinam grande parte das
características das paredes

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 3


BLOCOS

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 4


Produção
Produzido em indústrias cerâmicas pelo processo de
extrusão, secagem e queima, geralmente em fornos
tipo túnel

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 5


Tipos
Terminologia da norma de Componentes Cerâmicos para
Alvenaria Estrutural (NBR 15270-2:2005)
 Bloco cerâmico estrutural de paredes vazadas
 Bloco cerâmico estrutural com paredes maciças
(com paredes internas maciças ou vazadas)
 Bloco cerâmico estrutural perfurado

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 6


Tipos
Família de blocos

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 7


Características
O bloco precisa apresentar
Resistência à compressão
Resistência à tração
Aderência
Estabilidade dimensional
Precisão dimensional
Isolamento térmico
Isolamento acústico
Resistência ao fogo
Resistência à chuva
Estética
Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 8
Resistência à compressão
fb (resistência à compressão axial do bloco) é
fundamental para fpa (resistência à
compressão da parede), mas fpa / fb  1
face às perturbações introduzidas pela Junta
de Argamassa ( Ea  Eb )

Para Ea  Eb

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 9


Ensaios à compressão

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 10


Ensaios à compressão

fb=30,4MPa
fa28=17,0MPa

Resistência
dos blocos
estruturais


fbk≥3,0MPa

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 11


Resistência à compressão

Fonte: Projeto de Doutorado Marcus Daniel

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 12


Ensaios à tração
Modo de ruptura das paredes
de alvenaria estrutural de
acordo com critérios
internacionais comprovados
experimentalmente:

Fissuras verticais disseminadas


(Splitting failure)


Bloco estrutural rompe por tração
Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 13
Ensaios à tração
A capacidade 2.p
ft 
.h.t
de suporte das
Ensaio: ASTM
alvenarias C 1006 - 1996
estruturais está
condicionada à
resistência à
tração
horizontal dos
blocos

A resistência à tração dos blocos é importante


mas pouco usada na prática

Gomes (IPT/1982) fb=15,3MPa Sahlin sugere para blocos


blocos cerâmicos ft=0,25MPa ft=fb/30

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 14


Aderência
A alvenaria requer boa aderência entre bloco e argamassa

Aderência
Fenômeno Mecânico que se
processa pela ação do
encunhamento (micrométrico)
dos componentes dos
aglomerantes da argamassa
nos blocos por sucção destes

Aderência é característica exigível da interação


bloco / argamassa para garantir boa resistência
da alvenaria à tração, flexão e cisalhamento

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 15


Aderência
Influências do bloco:
Rugosidade e aspereza das faces de assentamento: aumento da
superfície de contato

Sucão, medida em geral pelo Índice de Absorção Inicial (IRA):


mede a velocidade de absorção de água pelo bloco em 1 minuto
(ABNT NBR 15270-3:2005 chama de AAI)

Pouca penetrabilidade da argamassa,


IRA baixo prejudicando a aderência
Succiona muito rapidamente os
componentes dos aglomerantes dissolvidos
IRA alto na água provocando: pouca aderência na
face superior da junta; ressecamento da
argamassa (enfraquecimento); fissura
posterior por retração na secagem

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 16


Aderência
Com a determinação do AAI
pode-se adequar os blocos
(cerâmicos) à argamassa,
através de apropriada
molhagem dos mesmos

ABNT NBR 15270-3:2005 Anexo D


Blocos com AAI>30 g/193,55cm2/min
devem ser umedecidos antes do
assentamento

193,55
AAI = (Ph - Ps) x
Área

ABNT (2005) e ASTM (1996)

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Estabilidade dimensional
Origem Efeito
Movimentações
Dilatação
TÉRMICA
dos Contração
Expansão
materiais HIGROSCÓPICA
Retração

Nos blocos as variações volumétricas destas


origens não devem ser negligenciadas pelo
calculista, pois quando restringidas podem
provocar perda de aderência na interface
unidade/junta e, por consequência,
“fissuras”, comprometendo a
Estanqueidade da alvenaria

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 18


Precisão dimensional
A uniformidade das juntas de
assentamento é importante na boa
execução de uma alvenaria; e está
intimamente ligada ao rigor das
dimensões das unidades

A precisão dimensional dos blocos


é condição fundamental para a
aplicação da Coordenação
modular na construção

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 19


Precisão dimensional
NBR 15270-2:2005: Componentes cerâmicos: Blocos cerâmicos
para alvenaria estrutural – Terminologia e Requisitos

Dimensões Dimensões de fabricação


LxHxC cm
Módulo Comprimento (C)
Largura Altura
dimensional Bloco Amarração
(L) (H) ½ Bloco Amarração T
M = 10 cm principal L
12,5X12,5X25 11,5 24 11,5 - 36,5
12,5X20X25 24 11,5 - 36,5
11,5
12,5X20X30 19 29 14 26,5 41,5
12,5X20X40 39 19 31,5 51,5
15X20X30 29 14 - 44
14 19
15X20X40 39 19 34 54
20X20X30 29 14 34 49
19 19
20X20X40 39 19 - 59
Bloco L – bloco para amarração para paredes em L
n.(M/4)
Bloco T – bloco para amarração para paredes em T

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Isolamento térmico

Parede Cerâmico Cerâmico Concreto Concreto Tijolo Tijolo c/ ar


Largura 14 cm 19 cm 14 cm 19 cm 22 cm 25 cm
R (m².K/W) 0,58 0,69 0,35 0,40 0,43 0,55*
U (W/m².K) 1,73 1,45 2,82 2,50 2,34 1,80*
Fonte: Relatórios técnicos do NORIE - Núcleo Orientado para Inovação da Edificação – UFRGS
* Estimado pela a NBR 15220-2:2005

U A parede tem maior


isolamento térmico quanto
menor a transmitância
1,73 térmica (U)
Slide base preparado por Dóris Zechmeister
2007

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 21


Isolamento acústico
Alguns
resultados de
ensaios de
isolamento
acústico de
paredes com
blocos
estruturais
(LMCC/UFSM)
Fonte: GOMEZ, 1988
Qualificação do som Perda de transmissão Condições de audição
Pobre < 30 dB Compreende-se conversação normal facilmente pela parede
Ouve-se conversação em voz alta, mas não se entende bem
Regular 30 a 35 dB
a conversação normal
Ouve-se conversação em voz alta, mas não é facilmente
Bom 35 a 40 dB
inteligível
Palavra normal inaudível e em voz alta é muito atenuada,
Muito Bom 40 a 45 dB
sem compreensão
Excelente > 45 dB Ouve-se muito fracamente os sons muito altos

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 22


Resistência ao fogo
Características  Resistência mecânica (capacidade de se manter
de uma parede íntegra, sem grandes deformações)
durante um
incêndio  Estanqueidade (não apresentar trincas que permitam a
passagem de chamas)
Corta-fogo
Pára-chamas  Isolamento (impedir temperaturas médias superiores a
Estável ao fogo 140°C na face oposta ao fogo)

Deve-se salientar que o tipo de revestimento pode melhorar


sensivelmente o desempenho das alvenarias frente ao fogo

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 23


Resistência à chuva
Permeabilidade da água da chuva

Pelos blocos sadios


Pouco
Pela rede capilar da provável
argamassa
Pelas fissuras (>0,1mm) na
interface argamassa/bloco Primordialmente
por falta de aderência

 Incompatibilidade dos 2 componentes e secundariamente


 Projeto arquitetônico (detalhes de fachada)
 Execução (má qualidade da mão-de-obra)

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 24


Estética

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 25


Argamassas

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 26


Funções da junta de argamassa
Separar as unidades
 Compensar suas irregularidades geométricas

 Absorver deformações de movimentações:


 térmicas
 higroscópicas
 recalques
distribuindo estas variações volumétricas e
diferenciais numa rede de microfissuras

Unir as unidades
 Monoliticidade ao conjunto

 Distribuir adequadamente os esforços


 Estanqueidade e durabilidade

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 27


Tipos de argamassa
Cimento, cal e areia em obra
Quando bem dosadas maximizam as
vantagens e minimizam as
desvantagens dos dois tipos de
aglomerantes: cal e cimento.

Recomendação internacional para boa


trabalhabilidade:

Aglomerantes / Agregado  1/3

Argamassa mista de cimento, cal e areia é recomendada


internacionalmente para alvenaria estrutural

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 28


Proporções normas internacionais
ASTM - C 270 - “MORTAR FOR UNIT MASONRY”

BS - “USE OF MASONRY-PART 3
MATERIALS AND COMPONENTS, fa≈12
DESIGN AND WORKMANSHIP” fa≈6
fa≈3
fa≈1

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 29


Tipos de argamassa
Cimento, areia e aditivo em obra
Razões do uso

 indisponibilidade da cal (ou má qualidade)

 


desconhecimento das funções e propriedades da junta
praticidade
custo

Os aditivos conferem boa trabalhabilidade e retenção de


água (inicial) e normalmente são composições que:

 absorvem água (derivadas da celulose) ou


 impedem a percolação da água (incorporadoras de ar)

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 30


Tipos de argamassa
...Cimento, areia e aditivo em obra
Em geral as argamassas com estes plastificantes químicos
desenvolvem Fraca Aderência
o contato com as unidades é mais fácil (fluidez)
mas a maior quantidade de ar
Diminue a Área de Contato

junta

bloco

Como todo o medicamento o aditivo tem que ser


administrado com cautela e ser bem controlado

 A norma americana ASTM-C91, que especifica os diferentes tipos de


argamassa, não recomenda o emprego de aditivos

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 31


Equipamentos de mistura

Turbo betoneira com


pás rotativas

Misturador de argamassa
intermitente; eixo horizontal;
200 kg de argamassa em 2
Misturador de eixo vertical min; descarga por baixo

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 32


Tipos de argamassa
Industrializada

Pronta para o uso só adicionar água

Composição  Cimento Portland


 Areia
 Pozolana
 Aditivo químico ou cal

Apresentação  Sacos de até 50 quilos


 À granel (armazenada em silos

www.abai.org.br

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 33


Tipos de argamassa
...Industrializada
Silos pressurizados (ou não), 20m³,
para transporte do material seco até o
local de aplicação

Misturador contínuo
de argamassa
ensacada; eixo
horizontal; descarga
pelo canhão de
mistura; 120 ou 200
kg de argamassa

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 34


Tipos de argamassa
...Industrializada

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 35


Tipos de argamassa
Traços convencionais com resistência aproximada fa

Resistências de argamassas industrializadas em geral utilizadas

4, 6, 8, 10, 15 MPa

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 36


Movimentações das estruturas

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 37


Movimentações das estruturas

É função das juntas de argamassa a


dissipação de esforços, daí oriundos,
através da microfissuração.
Para poder cumprir com esta e outras
funções, já vistas anteriormente, a
argamassa precisa apresentar
características nos estados plástico e
endurecido

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 38


Características das argamassas

No estado plástico
Trabalhabilidade
Retenção de água
Velocidade de endurecimento

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 39


Características das argamassas
Trabalhabilidade
Uma argamassa é dita “trabalhável” quando:
 mantém-se íntegra sobre a colher de pedreiro
durante o manuseio horizontal (Coeão)

 desliza facilmente sem grudar na colher por


ocasião da colocação sobre a unidade (Fluidez)

 espalha-se sobre a superfície de assentamento da


unidade, garantindo extensão e preenchimento das
juntas
 permanece plástica pelo tempo necessário para
ajustes de alinhamento, prumo e nível das unidades

 ao ser expulsa da junta não deve cair (nem


manchar a unidade), apenas se projetar
horizontalmente, ficando com as laterais abauladas

Odilon Pancaro Cavalheiro MATERIAIS 40


Características das argamassas
...Trabalhabilidade
Propriedade de complexa definição e de
difícil mensuração

D Materiais
E Composição
P Preparo
E Mão-de-obra
N Temperatura
D U.R.A
E Vento

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Características das argamassas
...Trabalhabilidade
É a mais importante propriedade da argamassa no
estado plástico e essencial para garantir as
características desejáveis no estado endurecido

Medição Em geral através da Mesa de


Consistência (NBR 7215)
Índice de consistência
 Bom subsídio, em laboratório, ao estudo das composições
 Norma de Execução e Controle de Obras em AE (NBR 8798)
exige: IC=230±10mm
Penetração de esfera (dropping ball test – BS 4551):
10mm, queda 25cm

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Características das argamassas
Retenção de água
Argamassa pouco retentiva

Bloco ALTA SUCÇÃO INICIAL


AAI (IRA)  30


 Perda de água enrijece a argamassa
prematuramente, dificultando assentamento
BAIXA das unidades (pouca trabalhabilidade)
SUCÇÃO
INICIAL  Caso extremo: insuficiência de água para
hidratação do cimento
AAI  5 Exposição das faces laterais da junta de
argamassa à evaporação pode agravar a

 situação, resultando:
 argamassa enfraquecida
 prejuízos para a estanqueidade
POUCA
ADERÊNCIA  pouca durabilidade (pode trincar ainda
no estado fresco)

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Características das argamassas
...Retenção de água
Sucção demasiada com argamassa pouco retentiva pode
provocar Expansões Indesejáveis nos blocos aumentando o
Potencial de Retração na Secagem

As argamassas devem apresentar


ALTO ÍNDICE DE
RETENÇÃO DE ÁGUA (M.E. NBR-9287)

excelente retentor de água


cede água aos poucos (reservatório) ADITIVO
CAL
 mantém plasticidade inicial
uso
Restrito!
confere resiliência no estado endurecido

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Características das argamassas
Velocidade de endurecimento
O enrijecimento precoce da argamassa, normalmente ocorre por
perda muito rápida da água de amassamento.
Mas pode ocorrer, também por:
Aceleramento das reações químicas

 Retardamento das reações químicas


Por outro lado pode ocorrer na mistura:

Em ambos os casos o pedreiro sente dificuldades em seu trabalho,


não conseguindo assentar bem as unidades:

Argamassa muito dura ou muito


mole (fluindo nas fiadas já executadas)
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Características das argamassas

No estado endurecido
Aderência
Resiliência
Resistência à compressão
Geometria da junta
Retração na secagem (pouca)

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Características das argamassas
Aderência
Característica inerente da união unidade/argamassa
Rugosidade e aspereza
Influência do bloco Índice de absorção inicial AAI
(sucção)
Influência da argamassa
Capacidade de retenção de água
 melhora condições de hidratação do cimento

Trabalhabilidade
 maior extensão no espalhamento
 melhor penetração na unidade

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Características das argamassas
...Aderência
A aderência, após a Resistência à Compressão
das Unidades, é a mais importante propriedade
a ser levantada nas paredes estruturais

Má aderência

deficiência nas resistências


mecânicas da alvenaria

Cisalhamento Penetração de chuva


Tração Durabilidade
Flexão

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Ensaios de aderência
Cisalhamento direto (confinado ou não)

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Ensaios de aderência
...Cisalhamento direto (confinado ou não)
0,57N/mm2

0,5
Average shear strength (N/mm²)

0,45
1

Average shear strength (N/mm²)


0,4
0,9
0,35 0,8
0,3 0,7
0,25 0,6
0,2 0,5
0,4
0,15
0,3
0,1 Mortar 1:0.42:3.71 Mortar 1:0.42:3.71
0,2
0,05 Mortar 1:0.84:4.99 0,1 Mortar 1:0.84:4.99
0 0
14 days 28 days 90 days 14 days 28 days 90 days
Age Age

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Ensaios de aderência
Outros...

Compressão diagonal Tração


direta

Tração
na flexão
simples

Tração na flexão
(arrancamento)

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Características das argamassas
Resiliência
cargas
Junta de argamassa
 Variações térmicas
 Variações higroscópicas
 Pequenos recalques

rede de microfissuras não
prejudiciais à estanqueidade

R  R

Resiliência da junta E
S
I
E
S
I

“Capacidade da argamassa endurecida de S


T
L
I

deformar-se sem romper macroscópicamente”


Ê Ê
N N
C C
I I
A
A

Relacionada com o módulo de deformação Deve-se compor
longitudinal da argamassa (Ea) Adequadamente
a argamassa

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Características das argamassas
Resistência à compressão
Critério de ruptura de Hilsdorf (tijolo maciço)

Modos de interação
junta / tijolo em
elementos de
alvenaria

comprimidos

MACROFISSURAÇÃO na junta e num


processo sequencial indução de tração nas
unidades, com dissipação brusca de tensões,
chegando à ruptura por tração nos tijolos
(Splitting Failure)
EM GERAL  Etij ou Eb >> Ea
Ea > Etij ou Eb só para argamassa inadequada ou bloco fraco

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Características das argamassas
...Resistência à compressão
Alvenaria de blocos vazados cerâmicos

Mesmo com menor confinamento, por causa dos


vazios dos blocos, o critério de Hilsdorf ainda é
verificado; e dependendo do tipo de junta de
argamassa a ruptura pode ocorrer também nas
faces transversais

Resistências recomendadas (MPa)

Gomes Diversos NBR 15812-1:2010


0,70 fb ≤ fa ≤ fb 0,10 fb ≤ fa 1,5 ≤ fa ≤ 0,7 fbk(liq)

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Características das argamassas
Resistência à compressão e geometria das juntas
fp fa= 5,1 MPa

fp fa= 11,1 MPa

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Características das argamassas
...Resistência à compressão e geometria das juntas
Extratos da norma NBR 15812-2:2010

A menos que especificado o contrário no projeto de


produção das alvenarias as juntas horizontais
devem ser feitas com a colocação de argamassa
sobre as faces laterais e sobre os septos
transversais dos blocos.
As juntas verticais devem ser preenchidas
mediante a aplicação de dois filetes de
argamassa na parede lateral dos blocos,
garantindo-se que cada um dos filetes tenha
espessura não inferior a 20% da largura dos
blocos.

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Características das argamassas
...Resistência à compressão
Em geral a repercussão do
aumento da resistência da
argamassa é maior na
resistência dos prismas do
que nas pequenas
paredes!!

Exemplo ao lado:
fbk=8,2MPa
fa (25Mpa)>0,7fbk,liq (=14MPa)

Limite norma

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Características das argamassas
Ensaio de Resistência à compressão
Argamassa para assentamento e revestimento de
paredes e tetos:
NBR 13281:2005 – Requisitos
NBR 13279:2005 - Determinação da resistência à tração
na flexão e à compressão (cp prismático 4cmx4cmx16cm)

Alternativamente a moldagem dos


corpos de prova pode ser feita
empregando-se moldes metálicos
de 4 cm X 4 cm X 4 cm, com
adensamento manual, em duas
camadas, com 30 golpes de
soquete (NBR 15812-1:2010)

CV ≤ 20%. A comprovação desta regularidade


deverá ser feita por meio do relatório de ensaio.

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Características das argamassas
Retração
Argamassa com ligante cimento
 A/C (massa) necessário para reações químicas de hidratação dos
compostos anidros e de carbonatação dos hidróxidos de cálcio e
magnésio.....................................................................0,22 a 0,32

A/C (massa) necessário para a trabalhabilidade........ 0,80 a 1,50


(valores maiores para cimento Pozolânico: LMCC.. 1,30 a 4,90)

Retração  Redução de volume da argamassa


ao longo do tempo devido:

Evaporação da água livre não Retração hidráulica


combinada quimicamente (até 1 ano) inevitável, mas minimizável

Reações químicas (até 90 dias) Retração química


Carbonatação (até 10 ou 20 anos) compensável (gesso, alumínio)

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Ferramentas de aplicação

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Ferramentas de aplicação

Palheta

Bisnaga

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Ferramentas de aplicação

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Ferramentas de aplicação

Gage System

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Graute e aço

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Composição
Graute: micro-concreto líquido, grout
Material composto: funções
cimento  solidarização das armaduras
agregado miúdo  aumentar a resistência da
e/ou graúdo alvenaria
cal e/ou aditivo
Extratos da norma NBR 15812-2:2010

O graute deve ser deve produzido, obrigatoriamente, com


misturador mecânico.
O graute deve ser utilizado dentro de 1h30min hora contada a
partir da adição de água.

Caso seja utilizada cal, o teor não deve ser


superior a 10% em volume

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Características

 FLUIDEZ suficiente para verter facilmente (blocos e


canaletas)
 COESÃO adequada para evitar segregação dos
constituintes
 ADERÊNCIA para não descolar das paredes internas
dos blocos por evaporação e absorção d’água pelos
blocos
 RESISTÊNCIA à compressão compatível com a do
bloco e a da argamassa.
(o graute parece responder melhor quando a
argamassa é mais fraca!)

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Grauteamento
Extratos da norma (NBR15812-2:2010)

Os vazados não podem ter rebarbas de argamassa e as dimensões mínimas


recomendadas são de 50 mm x 70 mm
A altura máxima de lançamento do graute deverá ser de 1,6 m. Recomenda-se a
concretagem em duas etapas para os pés direito convencionais de 2,80 m, sendo a
altura da primeira etapa definida pela altura das contra-vergas das janelas. Se o
graute for devidamente aditivado, garantida a coesão sem segregação, a altura
de lançamento máximo permitido é de 2,80m
O adensamento deve ser feito concomitantemente com o lançamento do graute e a
armadura das paredes não deve ser utilizada como ferramenta de
compactação
Os vazados devem ser grauteados no mínimo 24 horas após a execução da
alvenaria, a não ser que sejam preenchidos com a própria argamassa de
assentamento
Os pontos de visita dos vazios a grautear devem ter dimensão mínima de 7,0 cm de
largura por 10cm de altura e devem ser cuidadosamente limpos

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Grauteamento

www.equipaobra.com.br

NBR 15812-2:2010:
O graute pode ser substituído
pela argamassa de
assentamento utilizada na
obra, nos elementos de
alvenaria não-armados,
desde que os ensaios do
prisma apresentem os
resultados especificados pelo
projetista.

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Armaduras
O aço deve atender à norma
NBR 7480:1996: Barras e fios de aço destinados a
armaduras para concreto armado - Especificação
Categorias e Classes
De acordo com o valor característico da resistência de escoamento,
as barras e os fios são classificados nas categorias CA-25, CA-50,
CA-60. De acordo com o processo de fabricação, classificam-se as
barras e os fios em classes A (laminação a quente sem posterior
deformação a frio) que apresentam patamar de escoamento e B
(com deformação a frio) que não apresentam esse patamar.

Trefilados: 3,4 / 4,2 / 5,0 / 6,0 / 7,0 / 8,0 / 9,5mm


Também em rolos Fotos: Gerdau

Barras: 6,3 / 8,0 / 10,0 / 12,5 / 16,0 / 20,0 / 25,0mm

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Paredes
E com os
componentes,
seguindo as
normas, integração
da equipe
multidisciplinar e
fiscalização, serão
feitas as paredes
com:
Desempenho
Racionalização e
Compatibilização

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