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Precipitação
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3.1- IMPORTÂNCIA da precipitação:
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ATMOSFERA: camada gasosa que envolve a terra, constituída por uma
mistura complexa de gases que variam em função do tempo, da situação
geográfica, da altitude e das estações do ano;
⇒ Elementos Necessários:
- Umidade atmosférica: elemento básico
- Mecanismo de resfriamento do ar: resfriamento adiabático
- Presença de núcleos higroscópicos*
- Mecanismo de crescimento das gotas (coalescência e/ou
difusão de vapor)
A Revolução Industrial do século XVIII trouxe vários avanços tecnológicos e mais rapidez na forma de produzir, por outro lado originou uma
significativa alteração no meio ambiente. As fábricas com suas máquinas a vapor, queimavam toneladas de carvão mineral para gerar
energia. Neste contexto, começa a surgir a chuva ácida. Porem, o termo apareceu somente em 1872, na Inglaterra. O climatologista e
química Robert A. Smith foi o primeiro a pesquisar a chuva ácida na cidade industrial inglesa de Manchester.
Causas
Atualmente, a chuva ácida é um dos principais problemas ambientas nos países industrializados. Ela é formada a partir de uma grande
concentração de poluentes químicos, que são despejados na atmosfera diariamente. Estes poluentes, originados principalmente da queima
de combustíveis fósseis, formam nuvens, neblinas e até mesmo neve.
A chuva ácida é composta por diversos ácidos como, por exemplo, o óxido de nitrogênio e os dióxidos de enxofre, que são resultantes da
queima de combustíveis fósseis (carvão, óleo diesel, gasolina entre outros). Quando caem em forma de chuva ou neve, estes ácidos
provocam danos no solo, plantas, construções históricas, animais marinhos e terrestres etc. Este tipo de chuva pode até mesmo provocar o
descontrole de ecossistemas, ao exterminar determinados tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de água, a chuva pode
também prejudicar diretamente a saúde do ser humano, causando doenças pulmonares, por exemplo.
Consequências
Este problema tem se acentuado nos países industrializados, principalmente nos que estão em desenvolvimento como, por exemplo, Brasil,
Rússia, China, México e Índia. A setor industrial destes países tem crescido muito, porém de forma desregulada, agredindo o meio
ambiente. Nas décadas de 1970 e 1980, na cidade de Cubatão, litoral de São Paulo, a chuva ácida provocou muitos danos ao meio
ambiente e ao ser humano. Os ácidos poluentes jogados no ar pelas indústrias, estavam gerando muitos problemas de saúde na população
da cidade. Foram relatados casos de crianças que nasciam sem cérebro ou com outros defeitos físicos. A chuva ácida também provocou
desmatamentos significativos na Mata Atlântica da Serra do Mar.
Estudos feitos pela WWF ( Fundo Mundial para a Natureza ) mostraram que nos países ricos o problema também aparece. Na Europa, por
exemplo, estima-se que 40% dos ecossistemas estão sendo prejudicados pela chuva ácida e outras formas de poluição.
Protocolo de Kyoto
Representantes de centenas de países se reuniram em 1997 na cidade de Kyoto no Japão para discutirem o futuro do nosso planeta e
formas de diminuir a poluição mundial. O documento resultante deste encontro é denominado Protocolo de Kyoto. Neste documento ficou
estabelecido que algumas propostas de redução da poluição seriam tomadas e seria criada a Convenção de Mudança Climática das Nações
Unidas. A maioria dos países participantes votaram a favor do Protocolo de Kyoto. Porém, os EUA, alegando que o acordo prejudicaria o
crescimento industrial norte-americano, tomou uma posição contrária ao acordo.
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3.2. Formação das Precipitações: processo
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Resfriamento adiabático: consiste na descida de temperatura
devido à mudança de pressão de um sistema (geralmente no estado
gasoso) sem que haja uma troca de calor para o exterior desse
sistema, que explique a descida de temperatura.
É usado em meteorologia para explicar o fenômeno de resfriamento
de uma parcela de ar à medida que esta rapidamente se eleva na
atmosfera, expandindo-se devido à diminuição da pressão
atmosférica com a altitude e diminuindo a sua temperatura devido à
expansão sofrida.
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Processo adiabático: na atmosfera pode ser de dois tipos: seco e úmido.
• No processo adiabático seco, o ar resfria por diminuição de pressão na relação
de 10°C/km, conforme o movimento ascendente do ar. Quando a temperatura
chega a Temperatura de Ponto de Orvalho (TPO), ocorre a condensação mas
mesmo assim o ar, devido ao movimento ascendente, continua a subir. A partir
deste momento inicia o Processo adiabático úmido e o ar continua a perder
temperatura mas na razão de 6ºC/km.
Uma parcela de ar pode subir devido à uma causa orográfica (vendo subindo
uma encosta) ou convectiva (aquecimento de uma parcela de ar junto ao solo).
O processo inverso chama-se Aquecimento adiabático e ocorre quando uma
parcela de ar desce, portanto comprimindo-se e elevando a sua temperatura por
compressão, por exemplo ao descer uma encosta de montanha.
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⇒ Ascensão Adiabática ou processo adiabático: é um processo
termodinâmico no qual não existe troca de calor entre o sistema que
trabalha e o seu meio ambiente.
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⇒ Gotas de chuva: diâmetros de 0,5 a 2,0 mm (densidade
espacial de 0,1 a 1 gota por dm3), com valor máximo de 5,0 a
5,5 mm.
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3.3. Tipos de Precipitação
a) Chuvas Orográficas
- Formadas por influência do relevo: ascensão mecânica de correntes de ar
úmido horizontal sobre barreiras naturais (montanhas).
- Pequena intensidade e grande duração.
- Cobrem áreas pequenas (Ex: Serra do Mar).
- Quando os ventos conseguem ultrapassar a barreira montanhosa, do lado
oposto projeta-se a “sombra pluviométrica”, dando lugar a áreas secas ou semi-
áridas causadas pelo ar seco, já que a umidade foi descarregada na encosta
oposta.
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Chuvas Orográficas
Ocorrem em regiões onde barreiras
orográficas forçam a elevação do ar
úmido, provocando convecção forçada,
resultando em resfriamento adiabático e
em chuva na face a barlavento. Na face a
sotavento, ocorre a sombra de chuva, ou
seja, ausência de chuvas devido ao efeito
orográfico.
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Chuvas Convectivas
Originada do processo de convecção
livre, em que ocorre resfriamento
adiabático, formando-se nuvens de
grande desenvolvimento vertical.
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c) Chuvas Frontais
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Chuvas Frontais
Originada do encontro de massas de ar com diferentes características de
temperatura e umidade. Dependendo do tipo de massa que avança sobre a
outra, as frentes podem ser denominadas de frias e quentes. Nesse processo
ocorre a “convecção forçada”, com a massa de ar quente e úmida se
sobrepondo à massa fria e seca. Com a massa de ar quente e úmida se
elevando, ocorre o processo de resfriamento adiabático, com condensação e
posterior precipitação.
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VARIABILIDADE ESPACIAL DAS
CHUVAS
- Três dias consecutivos;
- O b s e r v e a s c h u v a s
causadas por um sistema
frontal avançando da
Argentina para o Brasil.
- Latitude
- Distância do mar ou outras fontes de umidade
- Altitude
- Orientação das encostas
- Vegetação
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VARIABILIDADE ESPACIAL DAS CHUVAS NO MUNDO
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3.7. Variação Espacial e Temporal das Precipitações
Variabilidade Temporal das Chuvas no Brasil
João Pessoa, PB Brasília, DF
400,0 400,0
350,0 350,0
300,0 300,0
Chuva (mm/mês)
Chuva (mm/mês)
250,0 250,0
200,0 200,0
150,0 150,0
100,0 100,0
50,0 50,0
0,0 0,0
J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D
Bagé,RS
400,0
Dependendo da região do país, as chuvas se
distribuem diferentemente ao longo do ano. 350,0
Novamente, isso é consequência da interação 300,0
dos diversos fatores determinantes do clima.
Chuva (mm/mês)
250,0
Em João Pessoa, PB, a estação chuvosa se
200,0
concentra no meio do ano, enquanto que em
Brasília essa estação se dá entre o final e o 150,0
início do ano. Por outro lado, em Bagé, RS, as 100,0
chuvas se distribuem regularmente ao longo
50,0
de todo o ano.
0,0
J F M A M J J A S O N D
3.5. Aquisição de Dados de Precipitações
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3.6. Medidas Pluviométricas
a) Altura Pluviométrica (h)
- Medida linear do volume precipitado.
- Medida realizada em pluviômetros e expressa em “mm”.
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PLUVIÓGRAFO
DE BÓIA E SIFÃO
Os pluviógrafos são dotados de um sistema de
PLUVIÓGRAFOS registro diário, no qual um diagrama (pluviograma) é
instalado. Ele registra a chuva acumulada em 24h, o
horário da chuva e a sua intensidade. São
equipamentos usados nas estações meteorológicas
convencionais
Básculas dispostas
em um sistema de
gangorra
Nível 38
Pluviógrafos de
báscula
⇒ Instalação dos aparelhos:
- Existem várias normas de instalação de pluviômetros e
pluviógrafos, apesar das tentativas de homogeneização
internacional realizadas pela OMM.
- A interceptação da chuva deve ser feita a uma altura média acima
da superfície do solo entre 1 e 1,5 m.
- O aparelho deve ficar longe de qualquer obstáculo (prédios,
árvores, relevo, etc.) que possa prejudicar a medição.
D > 2h
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d) Frequência → Período de Retorno (T)
- Na análise de alturas pluviométricas (ou intensidades) máximas, o
período de retorno é interpretado como o número médio de anos
durante o qual espera-se que a precipitação analisada seja igualada
ou superada.
- Exemplo: Ip = 90 mm/h associada a T = 50 anos
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3.8. ANÁLISE PRELIMINAR DOS DADOS RELATIVOS A UMA
PRECIPITAÇÃO
B) Preenchimento de falhas
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A) Preparo Preliminar dos Dados
- Danificação do aparelho; e
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B) Preenchimento de falhas
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B) Preenchimento de falhas
B.1) MÉTODO DA PONDERAÇÃO REGIONAL
1 ⎛⎜ N Y NY NY ⎞
PY = ⎜ P x1 + Px2 + P x 3 ⎟⎟
3 Nx Nx2 Nx3
⎝ 1 ⎠
proximidade C
altitudes similares
devem circundar Y
não ter falhas no mesmo período
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NORMAIS CLIMATOLÓGICAS – 1961 a 1990
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EX.) MÉTODO DA PONDERAÇÃO REGIONAL
- Uma estação pluviométrica Y ficou inoperante durante um mês no
qual uma tempestade ocorreu. As medições da tempestade em três
estações vizinhas A, B e C foram respectivamente, 87 mm, 63 mm
e 71 mm. As precipitações médias normais atuais nas estações Y,
A, B e C são, respectivamente, 794 mm, 1062 mm, 852 mm e 940
mm. Qual a precipitação na estação Y?
1 ⎛⎜ N Y NY NY ⎞
PY = ⎜ P x1 + Px2 + P x 3 ⎟⎟
3 Nx Nx2 Nx3
⎝ 1 ⎠
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B.2) MÉTODO DA REGRESSÃO LINEAR
- Regressão linear simples: as precipitações do posto com falhas (Y)
e de um posto vizinho (X) são correlacionadas.
- Regressão linear múltipla: as informações pluviométricas do posto
com falhas (Y) são correlacionadas com as correspondentes
observações de vários postos vizinhos (X1, X2, X3, .....Xn).
∑ X∑ Y
∑ XY − n
rYX = 1/2
⎡⎛ ⎞⎤
∑ X ⎞⎟⎛⎜ Y2 −
2 2
⎢⎜ ( ) ( Y )
∑ ⎟⎥
⎢⎜⎜ ∑ X − ∑
2
n ⎟⎟⎜⎜ n ⎟⎟⎥
⎢⎣⎝ ⎠⎝ ⎠⎥⎦
Y=a +b X ou Y = β 0 + β1 X
2
∑ ∑ Y − ∑ X∑ XY
X n ∑ XY − ∑ X∑ Y
a= 2
b= 2
n ∑ X − (∑ X )
2
n ∑ X − (∑ X )
2
Y=a +b X
∑ Y ∑ X
a= −b
n n
a =Y−b X
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B.3) MÉTODO DA PONDERAÇÃO REGIONAL COM BASE EM
REGRESSÕES LINEARES
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EX) MÉTODO DA PONDERAÇÃO REGIONAL COM BASE EM
REGRESSÕES LINEARES
Precipitações de julho (mm)
Salto Osório Balsa do Santana Ponte do Vitorino Águas do Verê
(02553000) (02552002) (02652009) (02552056)
1990 329.4 304.5 326.5 355.7
1991 152.6 190.9 196.9 243.2
1992 57.3 45.3 43.3 39.7
1993 31.6 80 84.1 78
1994 23.9 59.7 26.7 31.4
1995 75.8 81 104.3 70.6
1996 51.8 37.9 32.4 29.5
1997 114.6 116.5 106.4 135.1
1998 84.6 232 289.6 216.6
1999 92 139 122.7 107.5
2000 85.8 96.6 100.2 87.8
2001 89.8 80 92.7 *
2002 129.2 124.5 108.7 68.8
2003 88.6 149.8 174.6 150
2004 153.2 137.3 163.4 120.4
2005 184.2 157.5 137.5 174.4
2006 98.2 86.4 95.8 79.7
2007 81.8 87.6 77.9 80.9
2008 59 50.1 83.7 54.9
ryx1 Px1 + ryx2 Px2 + ryx3 Px3 + ...... + ryxn Pxn 0,84 × 89,8 + 0, 96 × 80 + 0, 93× 92, 7
PY = PY =
ryx1 + ryx2 + ryx3 + .... + ryxn 0,84 + 0, 96 + 0, 93
C) Verificação da Homogeneidade dos Dados
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CURVA DUPLO-ACUMULATIVA
2000
Precipitação anual acumulada (cm) – Estação Y
1750
Declividade = Mo
1500
1250
1000
Declividade = Ma
750
550
250
0
250 500 750 1000 1 250 1 550 1 750 2000
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⇒ As observações devem ser corrigidas para as condições atuais
pela equação abaixo, após inspeção local.
Ma
Pa = Po
Mo
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Exemplo: Análise de homogeneidade
ANO Estação Y Média 25 est.
2000 190 260
1999 180 230
1998 310 390
1997 300 300
1996 210 280
1995 280 350
1994 180 240
1993 310 370
1992 230 230
1991 210 290
1990 230 280
1989 200 250
1988 280 260
1987 300 340
1986 210 230
1985 260 230
1984 250 230
1983 280 320
1982 220 360
1981 180 230
1980 280 330
1979 220 240
1978 240 250
1977 290 280
1976 480 370
1975 320 280
1974 270 270
1973 330 270
1972 430 310
1971 390 350
1970 310 230
1970 320 310
1969 330 280
1968 300 310
1967 300 280
1966 420 350
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Exemplo: Análise de homogeneidade
ANO Estação Y Média 25 est. Estação Y Média 25 est.
acumulada acumulada
2000 190 260 190 260
1999 180 230 370 490
1998 310 390 680 880
1997 300 300 980 1180
1996 210 280 1190 1460
1995 280 350 1470 1810
1994 180 240 1650 2050
1993 310 370 1960 2420
1992 230 230 2190 2650
1991 210 290 2400 2940
1990 230 280 2630 3220
1989 200 250 2830 3470
1988 280 260 3110 3730
1987 300 340 3410 4070
1986 210 230 3620 4300
1985 260 230 3880 4530
1984 250 230 4130 4760
1983 280 320 4410 5080
1982 220 360 4630 5440
1981 180 230 4810 5670
1980 280 330 5090 6000
1979 220 240 5310 6240
1978 240 250 5550 6490
1977 290 280 5840 6770
1976 480 370 6320 7140
1975 320 280 6640 7420
1974 270 270 6910 7690
1973 330 270 7240 7960
1972 430 310 7670 8270
1971 390 350 8060 8620
1970 310 230 8370 8850
1970 320 310 8690 9160
1969 330 280 9020 9440
1968 300 310 9320 9750
1967 300 280 9620 10030
1966 420 350 10040 10380 58
12000
Precipitação anual acumulada - Estação Y (mm)
10000
8000
6000
4000
2000
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Precipitação anual acumulada – Média das 25 estações de apoio (mm)
59
12000
Y = - 1984,6 + 1,162 X
Precipitação anual acumulada - Estação Y (mm)
10000
8000
6000
Y = - 90,352 + 0,8664 X
4000
2000
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Precipitação anual acumulada – Média das 25 estações de apoio (mm)
60
Ajustando equações (Regressão Linear):
61
Estimativa da equação:
0,88
Pa = Po = 0, 727 Po
1, 21
62
ANO Estação Y Média 25 Estação Y Média 25 est. Estação Y Estação Y corrigida
est. acumulada acumulada corrigida acumulada
2000 190 260 190 260 190 190
1999 180 230 370 490 180 370
1998 310 390 680 880 310 680
1997 300 300 980 1180 300 980
1996 210 280 1190 1460 210 1190
1995 280 350 1470 1810 280 1470
1994 180 240 1650 2050 180 1650
1993 310 370 1960 2420 310 1960
1992 230 230 2190 2650 230 2190
1991 210 290 2400 2940 210 2400
1990 230 280 2630 3220 230 2630
1989 200 250 2830 3470 200 2830
1988 280 260 3110 3730 280 3110
1987 300 340 3410 4070 300 3410
1986 210 230 3620 4300 210 3620
1985 260 230 3880 4530 260 3880
1984 250 230 4130 4760 250 4130
1983 280 320 4410 5080 280 4410
1982 220 360 4630 5440 220 4630
1981 180 230 4810 5670 180 4810
1980 280 330 5090 6000 280 5090
1979 220 240 5310 6240 220 5310
1978 240 250 5550 6490 240 5550
1977 290 280 5840 6770 216 5766
1976 480 370 6320 7140 358 6124
1975 320 280 6640 7420 238 6362
1974 270 270 6910 7690 201 6563
1973 330 270 7240 7960 246 6809
1972 430 310 7670 8270 320 7129
1971 390 350 8060 8620 291 7420
1970 310 230 8370 8850 231 7651
1970 320 310 8690 9160 238 7889
1969 330 280 9020 9440 246 8135
1968 300 310 9320 9750 224 8359
1967 300 280 9620 10030 224 8583
1966 420 350 10040 10380 313 8896
63
12000
Precipitação anual acumulada - Estação Y (mm)
10000
8000
6000
4000
2000
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Precipitação anual acumulada – Média das 25 estações de apoio (mm)
64
3.9. Análise Estatística dos Dados
65
b) Tipos de Séries
• SÉRIE PARCIAL:
Constituída pelos “n” maiores valores observados no período
total de observação, sendo “n” o número total de anos
considerados (interessam os valores superiores a um certo
nível).
→ mais utilizada quando o número de anos de dados é pequeno
(< 12 anos) e os períodos de retorno inferiores a 5 anos
• SÉRIE ANUAL:
Constituída pelo maior valor observado em cada ano (os
eventos extremos são o maior interesse).
67
c) Métodos para Estimativa da Frequência de Totais Precipitados
68
DETERMINAÇÃO DA FREQUÊNCIA
- Estabelecer a série de dados (anual, parcial ou completa)
- Ordenar os dados em ordem decrescente para eventos
máximos e ordem crescente para eventos mínimos
- Atribuir um número de ordem para cada evento
⇒ MÉTODO CALIFÓRNIA
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
197_ 73,6 163,9
198_ 83,6 91,2 112,6 78,4 82,3 100,9 184,8 110,8 56,7 67,3
199_ 67,7 74,8 77,3 62,4 109,3 73,0 54,6 92,2 133,4 73,3
200_ 87,4 108,6 62,4 71,6 133,4 80,3 90,5 92,7
71
ORDEM PPT F T
1 184,8 0,0323 31,0
2 163,9 0,0645 15,5
3 133,4 0,0968 10,3
4 133,4 0,1290 7,8
5 112,6 0,1613 6,2
6 110,8 0,1935 5,2
7 109,3 0,2258 4,4
8 108,6 0,2581 3,9
9 100,9 0,2903 3,4
10 92,7 0,3226 3,1 - Determine o período de retorno
11 92,2 0,3548 2,8
12 91,2 0,3871 2,6 associado aos eventos de 163,9 mm,
13 90,5 0,4194 2,4
14 87,4 0,4516 2,2 110,8 mm e 125 mm.
15 83,6 0,4839 2,1
16
17
82,3
80,3
0,5161
0,5484
1,9
1,8
- Determine a altura máxima
18 78,4 0,5806 1,7 precipitada em 24 horas associada
19 77,3 0,6129 1,6
20 74,8 0,6452 1,6 aos períodos de retorno de 5, 15 e 25
21
22
73,6
73,3
0,6774
0,7097
1,5
1,4
anos.
23 73 0,7419 1,3
24 71,6 0,7742 1,3
25 67,7 0,8065 1,2
26 67,3 0,8387 1,2
27 62,4 0,8710 1,1
28 62,4 0,9032 1,1
29 56,7 0,9355 1,1
30 54,6 0,9677 1,0
72
e) Grau de Risco
73
EXEMPLO:
Calcule o grau de risco de ocorrência de uma precipitação
superior à de projeto para as seguintes condições:
DISTRIBUIÇÃO NORMAL
- As precipitações totais anuais podem ser consideradas variáveis
aleatórias ou casualizadas, ou seja, seguem a distribuição normal.
- Os valores de precipitação total anual devem ser estudados
considerando sua sucessão cronológica, sem ordená-los em séries
como se faz para as precipitações máximas anuais.
- Curva teórica de distribuição de valores é perfeitamente simétrica.
F (x) X ≡ M ≡ M0
σ σ
X
X −σ X X +σ
75
1 −Z 2 /2
f (x)= e
σ 2π
1 −Z 2 /2 X−X
P=
σ 2π
∫e dz Z=
σX
∑ Xi (
∑ iX − X) 2
X= σX =
n n −1
76
77
Estação Pluviométrica 02042024
EXEMPLO: Viçosa-MG
Pede-se:
- Qual a probabilidade de que a precipitação total para um dado
ano seja maior do que 1602 mm?
- Qual a precipitação que ocorre com uma probabilidade menor
ou igual a 75%?
- Qual a precipitação que ocorre com uma probabilidade maior
ou igual a 75%?
78
EXEMPLO:
Média = 1602
Desvio padrão = 283,78
1602 −1276,167
Z= = 1,15
283, 787
Tabela = 0,3729
F (x)
0,3729
1,15
X
X
Resultado = 0,50 – 0,3729 = 0,1251 ou 12,51%
79
EXEMPLO:
F (x)
0,50 0,25
0,25 0,50
-0,67 0,67
X
X
X −1276,167
0, 67 = ⇒ X = 1466, 30
283, 787
X −1276,167
−0, 67 = ⇒ X = 1086, 03
283, 787
80
DISTRIBUIÇÃO LOG NORMAL COM 2 PARÂMETROS
2
⎡ ln x −µ n ⎤
1 −0 , 5 ⎢ ⎥
f (x) = e ⎣ σn ⎦
com x ≥ 0
xσ n 2π
81
DISTRIBUIÇÃO LOG NORMAL COM 3 PARÂMETROS
2
⎡ ln( x −β )−µ n ⎤
1 −0 , 5 ⎢ ⎥
f (x) = e ⎣ σn ⎦ com x ≥ β
( x − β)σ n 2π
82
DISTRIBUIÇÃO GUMBELL
Curva teórica de
distribuição de
valores assimétrica
MoM X
83
P = probabilidade de ocorrer um valor igual ou
−e− y
P = 1− e superior ao analisado, no período de retorno
considerado (decimal)
σX ⎡ ⎛ 1⎞ ⎤ ∑ ( Xi − X)
2
X= X+ (y − y n ) y = − ln ⎢− ln⎜ 1 − ⎟ ⎥ σX =
σn ⎣ ⎝ T⎠ ⎦ n −1
84
Valores de y n e σ n em função do valor de n
yn σn yn σn yn σn
EXEMPLO:
86
EXEMPLO:
X 91,70 n 30
σX 30,36 σn 1,1124 yn 0,5362
T(10) y 2,25 X 138,48
T(50) y 3,90 X 183,55
T(100) y 4,60 X 202,60
87
3.10. Precipitação Média em uma Bacia
• Aplicável quando:
(hmáx − hmín )
< 0,50
hmédia 88
SUBBACIA 57
- Verificação:
90
B) MÉTODO DO POLÍGONO DE THIESSEN
n
∑ ( P i A i) Ai = área de influência de cada pluviômetro; e
h = i =1 A = área total.
A
92
São Rafael
Arace Marechal
Floriano
Matilde
Jaciguá
Legenda
Bacia
Pluviômetro
93
São Rafael
Arace Marechal
Floriano
Matilde
Legenda
São Rafael
Jaciguá
Jaciguá Arace
Matilde
94
Precipitação
Estações Código Área (km²) total anual
(mm)
Matilde 02040011 180.5 1685.0
M. Floriano 02040012 5.2 1632.9
São Rafael 02040023 24.0 1159.8
Jacigua 02041010 0.8 1568.5
Arace 02041020 0.0 1357.3
Pm = 1623,39 mm
95
C) MÉTODO DAS ISOIETAS
97
n
∑ ⎜ h i h i+1⎟ A i
⎛ + ⎞
⎝ 2 ⎠
h = i=1
A
(hi + hi +1 ) Ai
*
Isoieta Área (km²) 2 A
1700 - -
Precipitação
1650 21,59 171,8 Método
Total (mm)
1600 49,24 380,1
Aritmético 1685
1550 58,83 440,2
1500 38,25 277,1 Polígono de
1623
Thiessen
1450 21,18 148,4
1400 17,26 116,8 Isoietas 1562
1350 4,15 27,1
Total 210,5 1561,6
98
D) INTERPOLAÇÃO EM SIG
⇒ CETESB (1979):
10
4- As séries históricas de intensidade de precipitação máxima
média correspondente às diversas durações avaliadas são
submetidas à análise estatística para identificação do modelo
probabilístico com melhor ajuste aos dados. Os modelos de
distribuição de eventos extremos máximos ajustados são os
seguintes: Gumbel, Log-Normal a dois e três parâmetros,
Pearson e Log-Pearson III.
k Ta
i= c
(t + b )
i = intensidade de máxima média de precipitação(mm/h);
T = tempo de recorrência (anos);
t = duração da chuva (min.); e
k, a, b, c = parâmetros a serem determinados para cada
região (método dos mínimos quadrados).
10
Equações de I-D-F obtidas através do método de regressão não-linear Gauss-
Newton, para as estações pluviográficas do Estado do Rio de Janeiro
Nome da Estação Equação R2 aj. Período de observação
0, 222
3281,158T
Álcalis i= 0,994 1974-1989
(t + 44,204)1,000
4378,133T 0,227 1974-1980
Alto da Boa Vista i= 0,999 0,990 1982
(t + 49,157 )
1985-1989
721,802T 0,211 1974-1984
Angra dos Reis i= 0,992 1986-1989
(t + 10,566)0,720
1133,836T 0,183 1974-1975
Campos i= 0,807 0,992 1977-1989
(t + 20,667)
612,197T 0,185 1974-1977
Cordeiro i= 0,695 0,997 1979-1983
(t + 5,000)
1986-1989
3812,020T 0,218
Ecol.Agrícola i= 0,990 1974-1989
(t + 34,565)0,999
1045,123T 0,244
Ilha Guaíba i= 0,976 1974-1989
(t + 49,945)0,679
4999,882T 0,196
Itaperuna i= 0,989 1974-1989
(t + 34,462)0,986
444,258T 0,263 1974-1986
Macaé i= 0,991 1988-1989
(t + 6,266)0,655
2629,477T 0,236 1974-1978
N.Friburgo i= 0,975 0,992 1980-1989
(t + 24,664)
1652,972T 0,182
Resende i= 0,994 1974-1989
(t + 21,410)0,767
2474,2810T 0, 2113 1974-1985
Sta.Cruz i= 0,9491 0,994 1987-1988
(t + 37,4228)
3086,290T 0,200 1974-1980
Vassouras i= 0,996 1982-1989
(t + 22,081)1,000
10
http://www.ufv.br/dea/gprh/softwares.htm 10