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Entenda o Branding:

Para começar é preciso falar de branding porque a avaliação de um site começa com o seu objetivo de
mercado, aquilo que ele busca alcançar através da internet. Essa história de investir em site apenas para estar
na web só funcionava até 1995.

Aponte os benefícios percebidos:


É preciso entender os atributos intangíveis da sua marca, aquilo que ela realmente vende. Como assim?

É preciso lembrar que nenhuma marca vende um produto. Ela vende um benefício.

Você não precisa de um carro, precisa de um meio de locomoção. Não precisa de um laptop, precisa de
mobilidade. Não precisa de um celular, precisa de comunicação móvel. Se sinal de fumaça funcionasse bem,
você compraria isso ao invés de um Nokia. Viu só? Atributos intangíveis.

Quem entendeu muito bem esse conceito foi Steve Jobs, que disse: “se eu perguntasse através de pesquisa de
mercado o que meu cliente buscava, ele diria um CD com capacidade para 5.000 músicas, jamais explicaria o
conceito de um iPod.” Antes de Jobs, Henri Ford também usou o benefício para mudar o mercado, criando o
automóvel produzido em larga escala.

Esse tipo de questionamento é muito importante para toda a estratégia, inclusive a de produto e comunicação
da sua marca. A Nike vende atitude. A Disney vende magia! A Porsche vende charme. Você achava que a
Kopenhagen vendia chocolates? Não! Ela vende presentes.

Mapeie a concorrência:
Percebeu como o que foi falado agora muda até mesmo sua ideia sobre concorrência?

O Mc Donald’s considera como principais concorrentes de seu produto no Brasil os cinemas. Como ele vende
diversão e entretenimento para jovens, que geralmente não possuem grana para os dois programas, ele pode
perder receita para um filme de ação. Aqui vai outra dica importante: competição pela renda. Quem compete
pelo dinheiro do seu cliente com a sua marca? Os principais concorrentes de um curso de MBA podem ser as
construtoras, que vendem apartamentos para os recém casados em processo de alavancagem na carreira.

Traduza o foco:
Entender sobre foco empresarial é muito importante para evitar a Miopia de Marketing, típico de quem acha
que a Nike vende tênis. Isso pode significar a falência de uma empresa, como aconteceu com alguma ferrovias
americanas, que acreditaram que seu negócio não era transporte e sim, malha ferroviária. Foram engolidos
pelos aviões e carros.

Avaliação na prática:
A partir de agora, estruture uma planilha com os principais atributos intangíveis da sua marca. Para cada um
deles, dê notas avaliando a comunicação desses atributos no website da sua empresa. Ela vende requinte e
sofisticação e o site é todo vermelho? Vende conhecimento e o site foi atualizado ano passado? Hm.. isso
merece nota baixa!
Experimentem começar esse exercício de Marketing. Poucos profissionais fazem isso, e ele será um divisor de
águas do pensamento estratégico da empresa

Acessibilidade
Sistemas que provêm acessibilidade são plataformas que permitem que todos usufruam dos recursos
oferecidos. Pode ser um leitor para deficientes visuais ou um site mobile para quem tem tablet ou celular
poder ter uma experiência bacana ao navegar.

Na Internet, o termo acessibilidade tem tudo a ver com a W3C (world wide web consortium), um consórcio
com mais de 300 organizações que visam regulamentar as boas práticas e padrões, inclusive de código
(HTML, XHTML, CSS, DOM, etc), para o desevolvimento web.

Pensar em acessibilidade é mais do que pensar em “acesso aos cegos”, afinal, os motores de busca também são
“cegos” e para otimizar sua presença digital para SEO você precisa pensar nisso!

Para validar o site para estes padrões acesse: http://validator.w3.org e avalie os erros encontrados.

Qualidade do Código
A validação do site pelas recomendações da W3C é muito importante para garantir a qualidade do
desenvolvimento de um site.

A linguagem de marcação (HTML, XHTML, XML) e a linguagem de estilo (CSS) tem como objetivo
organizar e diagramar o conteúdo das páginas da Internet, exibindo o site para o usuário. Cada uma dessas
linguagens possui suas “palavras” e “significados” – tags que possibilitam o entendimento das páginas pelos
motores de busca e navegadores – e que compõe o código semântico.

Infelizmente, muitas agências e produtoras web não empregam a forma semântica de usar tags e atributos e
acabam desenvolvendo sites repletos de “gambiarras”, formas mais rápidas e baratas de entregar
desenvolvimento web. Exemplos mais comuns:

• Sites desenvolvidos inteiramente como tabelas (que na forma semântica devem ser usadas apenas
para dados tabulares),
• Páginas inteiras que são apenas tags <iframe> apontando conteúdo de outra página sem qualquer
desenvolvimento (que na forma semântica são usados para fazer “embed” de vídeos do Youtube, por
exemplo),
• Sites desenvolvidos inteiramente em flash – impossíveis de serem lidos pelos motores de busca e
que impedem o compartilhamento de conteúdo.
Usabilidade
Usabilidade é toda uma ciência que estuda a facilidade de usar um determinado objeto ou ferramenta. Quando
falamos de um site: é necessário avaliar o fluxo de navegação (onde você clica para ir a uma determinada
seção), os menus, nomenclaturas, ícones e lembrar da máxima de um dos papas da usabilidade, Steve Krug:
“Não me faça pensar!“.

• As ações devem ser intuitivas. É terrível quando alguém “tem uma sacada brilhante” e muda uma
convenção (Ex: o carrinho de compras de um e-commerce) só para ser diferente.
• Na web, o óbvio é o que deve ser feito.
• Usabilidade é pensar em arquitetura da informação – nosso próximo tópico – e organizar o conteúdo
de forma amigável.
• Evite o esforço desnecessário do usuário em cliques (menos é mais) e use cross contents (conteúdo
cruzado) relevante.

Sei que é clichê, mas beleza não põe mesa! Site não tem que ser só bonito, tem que gerar conversão e trazer
dinheiro pro seu bolso. Não comprometa o resultado por algo que pareça bonitinho, como fontes lindas que na
verdade são imagens e impedem o “copiar” e “colar” na hora de compartilhar. Para saber mais, recomendo o
site do “Jedi” da usabilidade, Jakob Nielsen, e o Usabilidoido – um blog divertido e útil sobre o tema.

Arquitetura da Informação e Web Design


A arquitetura da Informação é a diagramação de uma presença digital dentro dos preceitos da Usabilidade.
Infelizmente, pouca gente dá bola pra ela, por achar que “é só ir montando o site”.

Na hora de avaliar uma agência ou produtora, seja criterioso nesse item e reforce que é um pré-requisito para o
desenvolvimento.

Existem avaliações super técnicas baseadas nos objetivos do usuário e micro processos que orientam o
desenvolvimento de uma arquitetura eficiente, como a análise heurística e os testes A/B e também os focus
groups, que usam fragmentos de público alvo para definir o que vai onde e porquê.

Falando exclusivamente deste tópico, o site da Dermablend é um exemplo de site com muito conteúdo e
múltiplas seções no qual é possível se encontrar e ter uma boa experiência.

O web design dará vida ao projeto, propiciando o que é conhecido como experiência do usuário. É
interessante notar como a cultura de cada país costuma influenciar esse quesito: americanos adoram sites com
visual mais poluído, repleto de conteúdo. Os brasileiros já são mais sensíveis ao layout e gostam de sites que
sejam esteticamente agradáveis.

Interatividade
O conceito de ponto interativo é muito importante na hora de avaliar um site. Interatividade é permitir a troca
de informações e diálogo entre usuário e empresa. Pesquisas apontam que há proporção direta entre o número
de pontos interativos e a taxa de conversão de um site. É a cara da web 2.0! Exemplos de pontos interativos:

• Seção contato
• Chat online
• Comentários em notícias
• Blog corporativo
• Funcionalidades para compartilhar em mídias sociais (o botão “Curtir” é um deles)
• Central de Atendimento
• Links de acesso rápido para adquirir/conhecer produtos
• Funcionalidades para fazer “Trial” ou agendar visitas “sem compromisso”
• Tudo aquilo que permite que o seu cliente converse com a sua empresa

Social Media
Antes do conceito de CG social, haviam empresas que nem inseriam links para as mídias sociais oficias dentro
do site. Era um tempo em que não se pensava em usar isso como tática para SEO e poucas marcas possuíam
uma estratégia clara sobre social media marketing.

Não basta estar no Twitter e colocar um passarinho no cross content da Home. É ter engajamento,
saudabilidade, política de resposta e canais de comunicação. Sem dúvida, é um plus para a presença digital,
especialmente para aquelas que apostam no Inbound Marketing como diferencial competitivo.

Exemplos: um canal no slideshare dentro da área de suporte, uma wiki para auxiliar no pós venda e uma
FanPage para dinamizar a Comunicação. Nem só de site vive a sua marca! Um case bacana é o da Coca Cola,
que realizou um de seus processos seletivos para trainess somente via Linkedin e usava as demais mídias para
orientar os candidatos. Um processo que costuma ser estressante – o preenchimento de dezenas de campos de
formulário – acabou se tornando interativo.

Conteúdo
Tá aí a grande estrela do Marketing Digital! É por causa dele que visitamos blogs, que voltamos à um site, que
seguimos pessoas no Twitter. É só por causa do conteúdo que o Google existe! Para organizar informação na
hora de buscar por conteúdo. Por isso, crie conteúdo específico e relevante para cada canal, seja ele o site ou a
FanPage.

Lembre-se que o usuário padrão não lê na web, apenas passa os olhos, “escaneando” o conteúdo. Outro
conceito importante é o de leitura em F e seu papel no aumento da conversão. (Obs: conversão é tudo aquilo
que a sua marca tem como objetivo através do site, desde uma compra ou contato para adquirir um produto até
um compartilhar em mídias sociais).

Compartilho com vocês uma excelente palestra sobre conteúdo orientado à SEO que vai ajuda-los muito!

Estratégia de Conteúdo para SEO – TchêSEO 2011


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Chegamos ao fim da avaliação de uma presença digital eficiente. Os atributos técnicos não são somente esses e
a profundidade com que podem ser estudados extrapola a síntese dos posts.

Importante: sites que cumprem com essas diretrizes estão otimizados para motores de busca e ganham pontos
valiosos em SEO. Mais uma razão para a sua marca contar com qualidade técnica na web.

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