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A Comunicação Organizacional I
Sónia Rodrigues
A Comunicação Organizacional (2)
A COMUNICAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 2
A COMUNICAÇÃO
Para poder comunicar eficazmente quer seja através de uma carta, memorando, relatório, é
necessário conhecer alguns princípios da comunicação escrita.
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MÓDULO 2 – A comunicação organizacional – o processo de criação de mensagens
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MÓDULO 2 – A comunicação organizacional – o processo de criação de mensagens
A COMPOSIÇÃO DE MENSAGENS
ETAPAS
1. O Planeamento
2. A Composição
Antes de criar uma mensagem, quer seja escrita ou oral, é necessário refletir e planear a
mensagem antes de a transmitir.
Uma carta ou telefonema podem representar para todos os que se relacionam com a empresa
uma imagem favorável ou desfavorável em relação a toda a organização e não apenas a quem
deu origem à comunicação. Por isso é necessário o planeamento cuidado das mensagens.
Certas circunstâncias obrigam a que uma comunicação feita oralmente seja reduzida a escrito.
É assim que a mensagem toma corpo e se torna num registo permanente que o destinatário
pode ler e reler em qualquer altura.
Outras vezes, o que leva a reduzir uma mensagem à forma escrita, é o facto da mesma ser
complexa, técnica e longa. Escrever é sem dúvida uma das melhores formas de transmitir
mensagens que reúnam uma ou mais do que uma destas características. Uma comunicação bem
organizada é a ponte que liga o emissor ao recetor.
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Antes da transmissão de qualquer mensagem devem respeitar-se os seis passos essenciais para
a criação adequada de mensagens:
Determine qual o seu objetivo específico ao escrever a mensagem, mas não se esqueça que
toda a mensagem tem um objetivo geral – manter ou construir boas relações com base na
cortesia e boa vontade.
Numa carta de recusa por exemplo, não deve esquecer que não basta recusar o pedido, importa
igualmente manter as boas relações com os seus interlocutores.
Em comunicações ascendentes por exemplo, suporte as suas mensagens com algum detalhe,
para informar adequadamente ou para poder obter a informação que precisa.
Se tiver de dar instruções, forneça todas as informações que achar necessárias à clarificação da
situação. Aponte factos que venham a ser positivos enquanto produto de decisões (quando
estas não são fáceis de aceitar).
Organize as suas ideias e estruture-as deixando tudo muito claro. Não deixe que seja o leitor a
decidir ou inferir qual o intuito da sua mensagem. Pense nos pontos que quer abordar e
rascunhe uma lista. Em mensagens complexas, sublinhe e anote os pontos aos quais pretende
uma resposta direta. Em cartas ou relatórios complexos elabore um outline com os itens que
pretende focar. A partir daí desenvolva.
Em comunicações para comerciantes de sucesso, assuma que eles conhecem bem o negócio e
não lhes tente ensinar a fazer o negócio, proponha em vez de impor, e aborde o assunto de
forma mais profissional usando todo o vocabulário técnico necessário.
Se estiver a escrever para desconhecidos, informe as pessoas de como irá usar a informação
que lhes está a solicitar ou explique porque lhes pede que orientem a sua ação num
determinado sentido.
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Se os seus destinatários são pessoas mais velhas, tenha em consideração que as pessoas idosas
estão mais interessadas em temas como a segurança, já os mais jovens interessam-se mais com
o futuro.
Algumas pessoas são mais sensíveis ao tom e às palavras do que outras, pelo que a abordagem
deve ser sempre cortês para evitar ferir suscetibilidades. Para aqueles que não estão
familiarizados com o mundo dos negócios utilize uma linguagem simples e explique os termos
técnicos sempre que surgirem.
A escolha do plano ou abordagem organizacional vai ter impacto na forma como o destinatário
vai reagir à mensagem.
Para mensagens de rotina ou comunicações curtas é simples formular uma mensagem, quer
esta seja oral ou escrita, pois não necessita de uma revisão complexa. Redija a mensagem e
reveja-a de seguida.
Para mensagens mais complexas ou longas, como relatórios, cartas, ou comunicações sujeitas a
publicação, escreva e releia a mensagem, reveja a pontuação, a ortografia e a gramática. Leia a
mensagem colocando-se no lugar do recetor. Verifique se a mensagem vai de encontro aos
princípios de uma boa comunicação: é completa, concisa, concreta, clara, cortês e correta.
Leia parágrafo a parágrafo e reveja a continuidade de ideias. Só depois deste trabalho deve
enviar a sua mensagem.
Nas cartas o primeiro parágrafo é que determina se a mensagem será ou não lida até ao fim.
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O fecho (ou conclusão) é o que na maior parte das vezes motiva o destinatário a agir, se ficar
com uma boa impressão.
Se possível utilize um processador de texto. Será mais fácil detetar e corrigir os erros.
Finja que está a ler o trabalho de outra pessoa. O distanciamento permite-lhe uma
crítica mais racional ao seu trabalho.
Verifique o estilo.
Verifique o formato.
Verá que se seguir estes procedimentos minimizará a percentagem de erro nas suas
comunicações.
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Ao criar uma mensagem é necessário escolher entre um dos dois planos possíveis de
estruturação de mensagens. A abordagem ou plano direta(o) ou a abordagem indireta.
A abordagem direta
Consiste em fazer um pedido ou dar uma informação no primeiro parágrafo e descrever nos
parágrafos seguintes as razões, explicações, e detalhes necessários à resposta do destinatário.
No final expresse a sua consideração e se apropriado, inclua uma frase que expresse a boa
vontade (disponibilidade para ajudar) ou algo que tenha a ver com possíveis benefícios para o
destinatário.
A abordagem indireta
A Organização de mensagens
Tipo de
mensagem/natureza da Abertura Corpo Encerramento
mensagem
Especifique a ação
Pedido ou ideia
Pedidos diretos Detalhes desejada. Utilize um
principal
fecho cordial
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Pense na relação que pretende estabelecer e evite um tom familiar e frases que impliquem
intimidade. Por exemplo: «Cá entre nós…»
A mensagem deve ser criada tendo em conta o ponto de visita do recetor estudado
anteriormente. Dirija-se ao seu destinatário e tente aliciá-lo através do que perceciona dos seus
desejos, interesses e preferências.
Use a 1ª pessoa do plural ‘nós’ em vez da 1ª do singular ‘eu’. Lembre-se que está a comunicar
Realce o lado positivo da mensagem, ou refira algo que o recetor possa vir ganhar com o que lhe
está a dizer, a mostrar, ou ao orientar as suas ações para o que lhe é solicitado.
Evite palavras que possam magoar, ofender ou sensibilizar o(s) seu(s) destinatário(s).
Seja credível
Seja educado
Mostre consideração pelas necessidades e sentimentos dos outros, seja cortês e educado ao
exprimir-se.
Nunca se esqueça que não está a comunicar apenas em seu nome, mas também em nome de
quem está a representar. A imagem que os outros têm de si e da organização passa
inevitavelmente pelo nível comunicacional.
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A CORRESPONDÊNCIA
O meio de comunicação escrita mais usado pelas empresas para comunicar com o exterior é a
correspondência comercial. Uma carta é avaliada pelo seu conteúdo, apresentação e aspeto
estético e formal. O planeamento do conteúdo e da forma é da inteira responsabilidade do
profissional de secretariado. Escrever a mensagem de forma que esta se apresente limpa,
precisa, e atraente é uma das funções do secretariado. Quando alguém assina uma carta, está a
assumir coresponsabilidade pela forma como esta foi escrita e apresentada. Se a carta contém
imprecisões técnicas, ou linguísticas, erros de gramática ou a sua apresentação é pobre, o
recetor vai julgar tanto o secretariado como o executivo que a assinou.
Não se esqueça que a avaliação de uma carta passa primeiro pela forma como ela é
apresentada, pelo seu aspeto estético e formal. Alguns aspetos associados à forma são: o papel
timbrado, a distribuição dos elementos da carta – layout (a correção com que os seus elementos
são escritos) e também o seu endereçamento.
OS SISTEMAS DE CORRESPONDÊNCIA
Os elementos da carta e sua respetiva distribuição variam com o sistema e o estilo da carta.
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Destinatário Destinatário
Vocativo Assunto
*O VOCATIVO não é incluído se se tratar de um ofício, exceto se for dirigido a altas individualidades.
– Estilo semi-bloco
– Estilo bloco
– Estilo bloco total
– Estilo americano2
1 Normalmente as referências que se inserem são a referência do remetente e a data de expedição. Em casos cuja
carta é uma resposta a correspondência recebida anteriormente, também deverão ser preenchidas as referências
correspondentes à referência da empresa que enviou a carta à qual se está a responder e também a data que é
referida na carta previamente recebida (em: Sua Referência e Sua Data)
2
Este estilo não será aqui descrito por ser usado apenas em multinacionais que usam sobrescritos com
janela à esquerda.
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Estilo semi-bloco
Estilo bloco
No estilo bloco todos os parágrafos são alinhados à esquerda e entre os parágrafos existe uma
linha em branco em vez da abertura de parágrafo. A assinatura é colocada do lado direito,
Neste estilo todos os parágrafos são alinhados à esquerda (sem qualquer abertura de
parágrafo). Entre os diferentes parágrafos deve deixar-se uma linha em branco.
O ENDEREÇAMENTO DA CORRESPONDÊNCIA
– Conceito
– Inscrição
– Conteúdo
– Abreviaturas
Conceito
Inscrição
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Conteúdo
- Piso;
- Bairro, zona ou sítio (se necessário bairro, zona ou sítio (se necessário);
As informações relativas ao tipo de via, nome de via e edifício devem constar na mesma linha.
Código Postal: O código postal por 7 algarismos seguidos da Designação Postal (nome de
uma localidade ou freguesia definida pelos CTT). O Código Postal inscreve-se na última
linha do endereço.
As duas partes numéricas do código postal devem estar separadas por um hífen e a
designação postal escrita em maiúsculas e separada dos algarismos por um espaço.
Exemplo:
NUNO FIGUEIREDO
RUA ANTERO DE QUENTAL 34 RC
2775-152 PAREDE
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– Identificação do destinatário;
– A palavra APARTADO sem abreviaturas, seguida do número do apartado;
– Nome do estabelecimento postal (Estação de Correios (EC) ou Centro de
Distribuição Postal (CDP)) onde se encontra o apartado;
– Código postal e localidade na mesma linha e a localidade em maiúsculas
Exemplo:
Abreviaturas
1. Os designativos de tipo de via podem ser sempre abreviados (Rua = R.; Avenida =
Av.);
2. As partículas (de, da, das, do, dos) podem ser suprimidas;
3. Os títulos (exemplos: doutor = Dr.; Engenheiro = Eng.º) podem ser abreviados e, em
caso de extrema necessidade, até mesmo suprimidos;
4. Como terminadores de abreviaturas não devem ser utilizados pontos. O separador
de palavras deve ser o espaço;
5. Os nomes de arruamentos e localidades: quando são constituídos por uma única
palavra não devem ser abreviados. Quando os nomes são formados por três ou mais
palavras não se deve abreviar nem a última, nem a primeira palavra (caso não se
trate de um título). Das palavras intermédias, caso existam e quando necessário,
deve ser inscrita apenas a inicial.
Na linha do código postal não devem ser usadas abreviaturas - as designações postais
devem ser iguais às publicadas na lista de códigos postais.3
3
Consulte a lista dos códigos postais em www.ctt.pt
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Na Zona B:
No canto superior direito – a indicação do nome (ou razão social) morada e código
postal do remetente, que poderá conter também, quando for o caso, o logótipo ou
assinatura da empresa, organismo, etc., as insígnias ou outras indicações autorizadas
pelos CTT.
A Zona C:
Observações:
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Correspondência
Circulares
– De início de atividade
– Iniciativas ocasionais
– Mudança de endereço
– Trespasse
– Mudança de ramo
– Listas de preços
Cartas Comerciais
– De informação
– Encomendas
Cartas Paracomerciais
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Socioprofissionais
– Organizações laborais
– Formação profissional
Documentos Administrativos
– Convites
– Felicitações
– Condolências
– Agradecimentos
Cartas Formulário
Comunicações Internas
– Memorandos
– Avisos
– Convocatórias
– Circulares e despachos
– Atas
– Relatórios
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A maior parte das mensagens internas da empresa fazem-se através de memorandos que são
mensagens curtas transmitidas internamente. É uma comunicação mais ou menos informal que
um indivíduo de um departamento usa para enviar uma mensagem a outro indivíduo, a um
grupo de indivíduos ou a um departamento dentro da mesma organização
Para:
Data:
Assunto:
Os memos também diferem das cartas no seu conteúdo, pois a comunicação é feita entre
pessoas que trabalham no mesmo ambiente de trabalho, permitindo o uso de jargão técnico,
abreviaturas, uma vez que são entendidas por todos. O emissor pode começar o memorando
indo diretamente ao assunto sem necessidade de grandes explicações, por este ser um meio de
comunicação mais informal.
Partes do memorando
- Por vezes são utilizadas cores pastel que facilmente identificam o departamento de que
são provenientes
- O tamanho é usualmente menor do que o usado nas cartas podendo ter de 10 a 15 cm.
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Elementos impressos
- Para:
- De:
- Data:
As cartas circulares
Sempre que se envia uma mensagem igual para pelo menos duas pessoas, podemos usar as
designadas cartas circulares. As cartas circulares são idênticas para todos os destinatários, em
todo o seu conteúdo e são usadas para informar, para relembrar e também em campanhas de
larga escala quando a impessoalidade não afetará a relação existente entre os interlocutores.
Algumas podem ter espaços sublinhados para preencher manualmente, cujo conteúdo varia
conforme o destinatário e a situação. Neste caso designam-se de cartas formulário.
Nestes casos existem minutas (modelos de carta) que por sua vez são usadas sempre que um
determinado texto é enviado a alguém. Já está preparado no computador e basta preencher os
espaços em branco com a informação que pode variar de destinatário para destinatário. São
usadas entre as empresas e pode substituir uma carta processada por computador com carácter
de rotina.
A CORRESPONDÊNCIA designa-se de
1- Comercial ou oficial
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O CIRCUITO DA CORRESPONDÊNCIA
A ABERTURA
- Tenha cuidado com a abertura dos envelopes para não danificar o respetivo conteúdo.
- Verifique se na carta estão escritas referências ao remetente (se não, anexe o envelope
aquando do arquivo).
A DISTRIBUIÇÃO
- Podem usar-se guias de remessa interna de documentos que têm como função a circulação
dos documentos dentro da organização
A RESPOSTA
- Na altura de enviar a resposta a uma carta por exemplo, é preciso levar a correspondência a
despacho.
ARQUIVO
- Quando a carta é arquivada (a enviada e a recebida), deve ver se a carta inclui os anexos a que
se refere. Se se tratar de correspondência registada com aviso de receção, deve manter-se a
carta, o registo e o aviso juntos.
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AS MENSAGENS BÁSICAS
Quando o que se pretende é solicitar, informar ou chamar a atenção do recetor para alguma
coisa, pode escrever-se uma carta ou um memorando. O plano organizacional que se escolhe
para a escrita da mensagem depende da natureza da mensagem e, acima de tudo, da forma
como se perceciona a reação do destinatário à mensagem que vai ser expedida. E o meio pode
diferir dependendo do recetor e da finalidade da comunicação/mensagem. Geralmente, quando
se solicita uma informação ou se faz um pedido de rotina, o que se pretende normalmente não
é persuadir o leitor a fazer o que dele pretendemos. Existe um conjunto vasto de mensagens
que podem incluir o plano direto (como os pedidos de rotina) são mensagens que são comuns
ou já são esperadas pelo destinatário.
Quando o objetivo de uma comunicação é solicitar ao leitor que faça algo, estamos a escrever
um pedido. A organização de mensagens pode ser feita de através de um plano direto ou
usando o plano indireto.
A escolha do plano depende da natureza do pedido e acima de tudo depende da forma como
pensamos que o recetor vai reagir à mensagem. Quando se faz um simples pedido ou pedido de
rotina, não temos de persuadir o leitor a fazer o que lhe pedimos. Por isso será apropriado
utilizar o plano direto de estruturação de mensagens. Este plano também é apropriado sempre
que se tratar de pedidos relacionados com procedimentos rotineiros, convites, encomendas,
reservas e cartas de apresentação. O Plano direto em pedidos de rotina partem do princípio que
o destinatário procederá como lhe está a ser solicitado, desde que compreenda o objetivo do
nosso pedido.
1- Peça o que quer, ou informe sobre o que pretende informar (Ideia principal)
2- Explique as razões e justifique o seu pedido. Se houver mais do que um ponto a tratar
numere-os para facilitar a leitura e a resposta
3- Encerre a carta com cortesia e motive o destinatário a agir. Deixe claro o que quer que o
destinatário faça e quando. Torne a resposta fácil, incluindo um envelope pré-selado, os
contactos, os horários de expediente, e toda a informação que facilite o contacto do
destinatário.
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Expresse o seu apreço pelo que o destinatário lhe está a fazer, e se apropriado, inclua uma frase
que expresse boa vontade ou os benefícios que o destinatário terá ao responder ou ao fazer o
que lhe está a solicitar.
No caso das respostas, certifique-se que respondeu a todas as solicitações com uma linguagem
clara e objetiva. Pode-se dar informação adicional ou apresentar sugestões.
Escreva a carta assim que encontrar o erro ou falha. Apesar de estar aborrecido com o
problema, não esqueça que a pessoa com quem podemos estar a falar pode não ser
pessoalmente responsável pelo problema. Deve evitar a mensagem emocional: evite a raiva,
sarcasmo, ironia, a ameaça ou o exagero. Diga exatamente qual é o problema e quais os seus
prejuízos.
Uma carta de reclamação pode representar uma possível perda de confiança na companhia e
nos seus produtos ou serviços. Como o cliente está aborrecido é crucial o tom da carta. Dê o
benefício da dúvida ao cliente e responda com uma ação proporcional ao problema: quer se
trate da substituição, reparação, reposição de fundos, reconhecimento de culpa,.. As cartas de
retificação devem ser respondidas prontamente.
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Esta é a melhor forma de garantir que a mensagem cause uma boa impressão. A probabilidade
de conseguir o que se pretende é maior se conseguir causar uma impressão positiva.
A ABORDAGEM INDIRETA
O plano indireto usualmente é utilizado para mensagens persuasivas e para transmitir más
notícias
Organização:
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Uma mensagem que comporta boas notícias é, normalmente, fácil de escrever, pois o recetor
irá percecionar a mensagem como algo agradável ou inócuo. As mensagens neutras são aquelas
que o recetor não irá considerar boas nem más, mas irá receber como mera informação.
A abordagem das mensagens neutras ou de boas notícias pode ser usada para fornecer ou
solicitar informação ou ações. O plano usado nestas mensagens também é adequado a
mensagens não solicitadas, desde que esta seja neutra ou positiva, ou pelo menos, não sejam
O plano direto é usado neste tipo de mensagens e deve ser organizado da seguinte forma:
3. Encerre de forma cortês - mostrando apreço, deixando claro o que gostaria que fosse
feito, mostrando vontade de continuar a colaborar sempre que necessário.
MENSAGENS PERSUASIVAS
Existem situações em que um mero pedido é insuficiente, nesses casos o necessário é a recorrer
à persuasão.
A análise do destinatário e das circunstâncias que o circundam, assim como a análise das suas
necessidades e emoções é essencial para ser eficaz na criação de mensagens persuasivas.
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Tal como para a maioria das mensagens de más notícias, para as mensagens persuasivas, utiliza-
se o plano indireto. Ao fazer um pedido especial ao leitor é necessário 1º prepará-lo para
receber esse pedido, isto significa que sempre que possível deve apresentar os factos que
indicam que a proposta que está a ser feita é favorável ou útil ao destinatário. Lembre-se que
este tipo de mensagens é inesperado, pelo que, a 1.ª ação a tomar é chamar a atenção do
destinatário antes de revelar o que quer anunciar ou pedir que faça.
(M- motivação)
A – Ação – Deixe claro o que o destinatário terá de fazer para atingir aquele objetivo que
lhe propôs
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A - PRENDA A ATENÇÃO
Inicie a sua mensagem com uma frase interessante ou um desafio ao destinatário (esta
frase servirá para prender a atenção do(s) destinatário(s))
Dê ênfase aos aspetos que possam interessar o destinatário em vez de falar sobre si e a sua
organização
Evite o exagero ou frases demasiado evidentes (Este dinheiro ajudá-lo-á a pagar as suas
contas!)
I - Suscitar o INTERESSE
Comece a apresentar o seu projeto, produto, ou serviço e explique de seguida em quê que
este pode ajudar ou satisfazer as necessidades do leitor
D- Incitar o DESEJO
Para que os destinatários estejam convencidos de que o seu pedido lhes traz benefícios reais e
desejem fazer de facto o que lhes pede que façam, mostre-lhes os factos, argumente de forma
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válida. Prove que o que está a dizer é real. Inclua números, testemunhos, estudos, amostras,
garantias, mas não esqueça das suas responsabilidades legais quando está a apresentar algumas
verdades… Um folheto descritivo evita que encha a sua carta de detalhes supérfluos. Realce os
aspetos positivos e seja honesto quando tiver de referir-se a custos. Minimize os aspetos
negativos e não se esqueça de escrever a mensagem no ponto de vista do destinatário
Deixe bem claro tudo o que o destinatário terá de fazer para usufruir das vantagens do
projeto, produto ou serviço que lhe propôs. Facilite a resposta ou a ação, incluindo um
envelope de RSF (resposta sem franquia), um formulário de resposta, números de telefone e
contactos, horários, localização,…
Sempre que é necessário escrever uma mensagem que pode desiludir o destinatário de alguma
forma, é necessário um planeamento cuidado e uma escolha criteriosa de palavras. As
mensagens de más noticias quer se trate de memorandos, cartas, ou comunicações de outro
tipo, podem ser agrupadas em respostas desfavoráveis, respostas desfavoráveis não solicitadas.
No primeiro grupo incluem-se as respostas a pedidos de informação (negativas), recusa de
reparações, ou a reclamações, recusa de crédito, confirmação de encomendas que não possam
ser parcialmente ou totalmente satisfeitas, ao declinar pedidos ou favores, recusa de ofertas de
trabalho ou negócios, entre outras mensagens negativas. Dentro do segundo grupo incluem-se
anúncios de más notícias, pedidos mínimos de encomendas ou depósitos (garantias financeiras),
anúncio de não conformidades ou más notícias relacionadas com regras e procedimentos ou
anúncio de despedimentos. O tom das mensagens de más notícias é muito importante, pois é
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determinante para o impacto que a notícia causa nos destinatários. Uma boa atitude perante o
destinatário melhora o tom da mensagem e consequentemente a eficácia das comunicações.
Lembre-se que tudo o que escreve pode ser visto como uma carta de vendas. Nas mensagens de
más notícias há que “vender” a ideia de que, embora a resposta ou a informação não seja a
esperada ou justa para o recetor, ela é necessária e razoável. Tente olhar para os problemas do
ponto de vista do recetor. Meça o impacto que a mensagem poderá ter no destinatário.
Sempre que tiver de fazer uma crítica não torne as coisas pessoais. Generalize, fale em termos
gerais.
O plano direto
O plano indireto
Tenha em atenção que a forma como estrutura a mensagem não altera a má notícia, mas
determina com certeza o modo como esta é aceite/recebida pelo destinatário.
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Por vezes o telefonema é mais adequado. Isto, quando o destinatário não ficar desapontado
com a notícia. A presença é adequada quando implica consequências e se refere a mensagens
dirigidas a subordinados. A mensagem escrita, é apropriada quando é preciso controlar as
palavras e a sequência de ideias apresentadas.
O plano direto para a transmissão de más notícias pode ser usado sempre que se verifique uma
das seguintes condições:
não ficará desapontado com o seu conteúdo ou não envolvem emoções fortes)
- Se conhece bem o destinatário, e ele é conhecido por querer saber sempre a má notícia
- Uma mensagem urgente que deve chamar a atenção do leitor logo desde o início
Utiliza-se o plano direto quando a mensagem não vai originar uma resposta demasiado emotiva.
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Abraham Maslow foi um psicólogo de grande destaque por causa de seu estudo relacionado às
necessidades humanas. Segundo ele, o homem é motivado segundo suas necessidades que se
manifestam em graus de importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as de
realização pessoal são as necessidades finais. Cada necessidade humana influencia na motivação
e na realização do indivíduo que o faz prosseguir para outras necessidades que marcam uma
pirâmide hierárquica:
As necessidades fisiológicas
que se encontram como
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