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Trabalho de II encontro
Universidade Pedagógica
Falar de Ética ou Moral pode-se considerar um grande dilema, “ser ou não ser”
principalmente nos dias atuais onde os conceitos sofreram grandes mudanças de
interpretação, o progresso gerou educação de baixa qualidade, problemas sociais e
necessidade de ganhos para sobrevivência a qualquer custo. Ser ético ou ter moral
atualmente é diferente de séculos anteriores e varia de acordo com a região, país,
profissão e cultura. O conceito de pensamento livre deram as pessoas o direito de
achar certo ou errado determinada coisa ou ideia, o que na idade média a igreja era
detentora dos conceitos de certo e errado, depois o estado determinava a regras isso até
chegarmos aos dias atuais.
Todo o dilema dar-se-á em torno das pessoas e sua liberdade de pensamento onde,
apresentamos dilemas morais então, somos seres morais, já a ética rodeia a consciência
moral, apreciação espontânea de sua própria conduta, juízo de fato e juízo de valores.
Os filósofos mostram que vulgarmente esta relacionada com aspectos culturais, onde
tiveram origem. Historicamente a imagem que temos dos Romanos esta relacionada
com sua força no agir, onde surgiu o termo “MORIS” traduzido por moral que significa
costumes. O termo grego “ETHOS” traduzido por ética, pode significar tanto costumes
quanto caráter conforme varia a grafia em grego.
ÉTICA: ligada as obrigações do homem;
MORAL: ciência dos costumes.
Um termo que explica melhor os fatos onde compreendemos com mais facilidade este
conceito são as teorias de Aristóteles que diz: “O HOMEM É UM ANIMAL
RACIONAL E UM ANIMAL POLITICO” e tudo se conclui com a felicidade e é
expressa na sociedade ou seja na “POLIS” seus atos políticos e sociais que conduzem à
razão e sociabilidade.
Utilizando o exemplo de uma mesa, temos a forma actual da mesa, aquilo que a
distingue enquanto tal, diferenciando-a de uma cadeira ou um banco, esta é a
actualidade da mesa. Por outro lado, uma mesa pode ser construída com aço ou madeira,
de tal maneira que a madeira que constitui a mesa possui somente o potencial para ser
mesa. Este posicionamento leva Aristóteles a retomar a discussão platónica acerca da
distinção entre universais e particulares. Embora concorde com seu mestre acerca da
existência de formas universais, Aristóteles discorda da existência daquilo que Platão
chamou de "universais não instanciados", aqueles que não possuem correlato particular.
Platão defende que, embora talvez não exista um particular "bom", ainda há o universal
"bom". No campo da ética e moral, a obra Ética a Nicomâco, além de diversos tratados,
é um marco importante no estudo e desenvolvimento da ética como disciplina filosófica.
Baseada em seu pai, Nicomâco, a obra traz uma abordagem prática das virtudes como o
caminho para o pleno desenvolvimento humano, do ponto de vista ético, defendendo
que o objectivo é ser bom, não apenas saber o que é bom. Ainda, segundo Aristóteles,
um carácter virtuoso nos aproxima da felicidade.
No entanto, Boehner e Gilson afirmam que a filosofia cristã não é simples repetição da
filosofia antiga, embora que devam à ciência grega os conhecimentos elaborados por
Platão, Aristóteles e os Neo-platônicos. Chegam a afirmar que na filosofia cristã a
cultura grega sobrevive em forma orgânica.[1] Os mestres gregos eram assim os
pedagogos dos pensadores cristãos. A filosofia cristã não é um conjunto de escolas
inúteis, pois tais preconceitos constituem radicalismos que desejam destruir o
pensamento da tradição e reconstruir um edifício totalmente novo, negando o que se
construiu no passado
A filosofia islâmica é peculiar pelos géneros de assuntos que aborda, os problemas aos
quais se dedica e os métodos que tem para solucioná-los. Essa filosofia tratou da
questão da unicidade e da multiplicidade e da relação entre Deus e o universo, temas
que causaram intensas discussões e controvérsias entre os teólogos por muito tempo.
Não seria um exagero dizer que a filosofia islâmica abrange todos os aspectos múltiplos
da civilização islâmica. Devemos ter em mente que o conhecimento na época em que
essa filosofia surgiu e se desenvolveu era compilado de maneira integral, como uma
enciclopédia. Ademais, é preciso saber que um entendimento global do pensamento
filosófico islâmico não é acessível por um mero estudo dos textos; faz-se necessário
também uma pesquisa que inclua o estudo da teologia e da gnose. Possivelmente, será
preciso ainda relacionar a filosofia com a história jurídica e os princípios da
jurisprudência islâmica. Não raro encontram-se conceitos e teorias filosóficas em textos
islâmicos que tratam de medicina, geometria, química ou astronomia.
A filosofia não ficou de fora da tendência que citamos acima. Textos dos filósofos
islâmicos, que haviam permanecido em sua forma original (em manuscritos), foram
publicados. Essas versões originais foram comparadas com as traduções em hebreu e
latim. O estudo das notas e comentários auxiliou imensamente no esclarecimento de
dúvidas acerca do sentido preciso de alguns termos. Sem os esforços dos orientalistas
essas obras teriam permanecido em algum canto de uma biblioteca; e se eles não
conhecessem várias línguas antigas e não tivessem empregado uma metodologia
adequada, os trabalhos publicados não teriam sido reconhecidos.
O trabalho dos orientalistas europeus não foi apenas a publicação de livros; eles se
empenharam em descobrir o vasto horizonte da vida intelectual do mundo islâmico. Por
exemplo, eles escreveram sobre a história da filosofia, da teologia islâmica e do
sufismo; descreveram as variadas seitas e escolas teológicas. Escreveram biografias,
dicionários de termos científicos, e seus nomes tornaram-se ligados aos temas em que se
especializaram. Como por exemplo, Nicholson (destacado intelectual, autor de obras
sobre o Sufismo). Seria preciso bem mais do que um artigo para mencionar todos os
orientalistas que se tornaram célebres e cujos nomes se identificam pela especialização
da obra que produziram.