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Nome: Zemuja Verónica Mavundo

Trabalho de II encontro
Universidade Pedagógica

A filosofia, ética e moral

Falar de Ética ou Moral pode-se considerar um grande dilema, “ser ou não ser”
principalmente nos dias atuais onde os conceitos sofreram grandes mudanças de
interpretação, o progresso gerou educação de baixa qualidade, problemas sociais e
necessidade de ganhos para sobrevivência a qualquer custo. Ser ético ou ter moral
atualmente é diferente de séculos anteriores e varia de acordo com a região, país,
profissão e cultura. O conceito de pensamento livre deram as pessoas o direito de
achar certo ou errado determinada coisa ou ideia, o que na idade média a igreja era
detentora dos conceitos de certo e errado, depois o estado determinava a regras isso até
chegarmos aos dias atuais.
Todo o dilema dar-se-á em torno das pessoas e sua liberdade de pensamento onde,
apresentamos dilemas morais então, somos seres morais, já a ética rodeia a consciência
moral, apreciação espontânea de sua própria conduta, juízo de fato e juízo de valores.
Os filósofos mostram que vulgarmente esta relacionada com aspectos culturais, onde
tiveram origem. Historicamente a imagem que temos dos Romanos esta relacionada
com sua força no agir, onde surgiu o termo “MORIS” traduzido por moral que significa
costumes. O termo grego “ETHOS” traduzido por ética, pode significar tanto costumes
quanto caráter conforme varia a grafia em grego.
ÉTICA: ligada as obrigações do homem;
MORAL: ciência dos costumes.

A Filosofia Aristóteles e Ética

Um termo que explica melhor os fatos onde compreendemos com mais facilidade este
conceito são as teorias de Aristóteles que diz: “O HOMEM É UM ANIMAL
RACIONAL E UM ANIMAL POLITICO” e tudo se conclui com a felicidade e é
expressa na sociedade ou seja na “POLIS” seus atos políticos e sociais que conduzem à
razão e sociabilidade.

Na Metafísica, Aristóteles dedica-se ao estudo dos objectos imateriais em geral.


Respondendo a muitos de seus contemporâneos e abrindo caminho para
desenvolvimentos posteriores, tendo influenciado a filosofia da idade média e através
desta fundado a disciplina Metafísica. Aristóteles examina os conceitos de substância e
essência, concluindo que uma substância é a combinação daquilo que a compõe, a
matéria, e aquilo que a distingue como tal, a forma. Desta maneira explorando também
os conceitos de potencialidade e actualidade.

Utilizando o exemplo de uma mesa, temos a forma actual da mesa, aquilo que a
distingue enquanto tal, diferenciando-a de uma cadeira ou um banco, esta é a
actualidade da mesa. Por outro lado, uma mesa pode ser construída com aço ou madeira,
de tal maneira que a madeira que constitui a mesa possui somente o potencial para ser
mesa. Este posicionamento leva Aristóteles a retomar a discussão platónica acerca da
distinção entre universais e particulares. Embora concorde com seu mestre acerca da
existência de formas universais, Aristóteles discorda da existência daquilo que Platão
chamou de "universais não instanciados", aqueles que não possuem correlato particular.
Platão defende que, embora talvez não exista um particular "bom", ainda há o universal
"bom". No campo da ética e moral, a obra Ética a Nicomâco, além de diversos tratados,
é um marco importante no estudo e desenvolvimento da ética como disciplina filosófica.
Baseada em seu pai, Nicomâco, a obra traz uma abordagem prática das virtudes como o
caminho para o pleno desenvolvimento humano, do ponto de vista ético, defendendo
que o objectivo é ser bom, não apenas saber o que é bom. Ainda, segundo Aristóteles,
um carácter virtuoso nos aproxima da felicidade.

A filosofia Crista e ética

Filosofia cristã é o conjunto de ideias filosóficas iniciadas pelos seguidores de Jesus


Cristo do século II aos dias de hoje. Esta filosofia surgiu com o intuito de unir ciência e
fé, partindo de explicações racionais naturais tendo o auxílio da revelação cristã. Vários
pensadores acreditavam que havia uma relação harmoniosa entre a ciência e a fé, outros
afirmavam que havia contradição e outros tentavam diferenciá-las. Esta mesma
discussão era questionada nos campos da filosofia e da fé. Diversos filósofos
relacionavam o pensamento grego com o pensamento cristão.

Há estudiosos que questionam a existência de uma filosofia cristã propriamente dita.


Esses afirmam que não há originalidade no pensamento cristão e seus conceitos e ideias
são herdadas da filosofia grega. Sendo assim, a filosofia cristã seria resguardadora do
pensamento filosófico, que já estaria definitivamente elaborado pela filosofia grega, e
defensora da fé.

No entanto, Boehner e Gilson afirmam que a filosofia cristã não é simples repetição da
filosofia antiga, embora que devam à ciência grega os conhecimentos elaborados por
Platão, Aristóteles e os Neo-platônicos. Chegam a afirmar que na filosofia cristã a
cultura grega sobrevive em forma orgânica.[1] Os mestres gregos eram assim os
pedagogos dos pensadores cristãos. A filosofia cristã não é um conjunto de escolas
inúteis, pois tais preconceitos constituem radicalismos que desejam destruir o
pensamento da tradição e reconstruir um edifício totalmente novo, negando o que se
construiu no passado

Por Filosofia Cristã compreende-se um sistema de pensamento que se distinguiu do


helénico (grego) e de outros como os chineses, os hindus, etc., por ser um sistema
orientado pela verdade revelada por Jesus, o Cristo. Já o estudo dos dogmas cabe à
Teologia, que tenta explicá-los e aplicá-los. A Filosofia Cristã, que pressupõe a verdade
dos dogmas, parte somente de evidências racionais para explicar Deus e o mundo, mas
não se contrapõe aos dogmas.

Dessa forma, entende-se a diferença entre os pensadores antigos e os cristãos. Os gregos


compreendiam o lógos como instrumento de conhecimento da realidade em um esforço
para encontrar seu lugar no cosmos, já que se entendiam como fazendo parte da
natureza. Era o amor, Eros, o desejo que animava a busca para alcançar a virtude
máxima, o Bem supremo e a perfeição do inteligível puro, porém inatingível. A esse
impulso erótico, contrapõe-se o amor cristão, o Ágape, a caridade, o amor de Deus-
criador para com suas criaturas, pois Ele é perfeito e necessário, criou as coisas por
causa do Bem que provém Dele, gratuitamente.
A Filosofia Islâmica e Ética

A filosofia islâmica é peculiar pelos géneros de assuntos que aborda, os problemas aos
quais se dedica e os métodos que tem para solucioná-los. Essa filosofia tratou da
questão da unicidade e da multiplicidade e da relação entre Deus e o universo, temas
que causaram intensas discussões e controvérsias entre os teólogos por muito tempo.

Outro objectivo da filosofia islâmica foi o de reconciliar “revelação” e “razão”,


conhecimento e fé, religião e filosofia, e demonstrar que a razão e a revelação não se
contradizem, e que a religião poderia ser aceita pelos cépticos quando esclarecida pela
luz do conhecimento filosófico. Muito embora a filosofia islâmica seja orientada pelo
pensamento religioso, não ignora as questões filosóficas mais importantes. Por exemplo,
concentrou-se minuciosamente no problema do ser e discute criticamente questões
como o tempo, o espaço, a matéria e a vida. Seu método de abordagem da epistemologia
era original e abrangente. Distinguiu o “eu” (a alma) da razão, as qualidades inatas e as
adquiridas, a exactidão e o erro, a hipótese e a certeza (do conhecimento). Seus filósofos
investigaram sobre a virtude e a felicidade; e dividiram as virtudes em categorias
específicas, concluindo que o mais elevado grau é o da contemplação ininterrupta e da
serena realização da verdade.

Os filósofos muçulmanos dividiram o pensamento filosófico em duas categorias:


especulativa e prática; e suas discussões cobriram vários assuntos, tais como a
metafísica, a política, a ética, a filosofia natural e a matemática. De fato, os pensadores
muçulmanos acreditavam que a filosofia devia abordar um espectro muito mais amplo
do conhecimento do que se aceita na actualidade. Nesse aspecto, o trabalho desses
filósofos islâmicos se comparava ao trabalho dos filósofos gregos, sobretudo ao de
Aristóteles, a quem admiravam e seguiam. A filosofia islâmica era mesclada com a
medicina, a biologia, a química, a botânica, a astronomia e a música. De modo geral,
todos os campos do conhecimento eram considerados ramos da filosofia.

Não seria um exagero dizer que a filosofia islâmica abrange todos os aspectos múltiplos
da civilização islâmica. Devemos ter em mente que o conhecimento na época em que
essa filosofia surgiu e se desenvolveu era compilado de maneira integral, como uma
enciclopédia. Ademais, é preciso saber que um entendimento global do pensamento
filosófico islâmico não é acessível por um mero estudo dos textos; faz-se necessário
também uma pesquisa que inclua o estudo da teologia e da gnose. Possivelmente, será
preciso ainda relacionar a filosofia com a história jurídica e os princípios da
jurisprudência islâmica. Não raro encontram-se conceitos e teorias filosóficas em textos
islâmicos que tratam de medicina, geometria, química ou astronomia.

A filosofia não ficou de fora da tendência que citamos acima. Textos dos filósofos
islâmicos, que haviam permanecido em sua forma original (em manuscritos), foram
publicados. Essas versões originais foram comparadas com as traduções em hebreu e
latim. O estudo das notas e comentários auxiliou imensamente no esclarecimento de
dúvidas acerca do sentido preciso de alguns termos. Sem os esforços dos orientalistas
essas obras teriam permanecido em algum canto de uma biblioteca; e se eles não
conhecessem várias línguas antigas e não tivessem empregado uma metodologia
adequada, os trabalhos publicados não teriam sido reconhecidos.

O trabalho dos orientalistas europeus não foi apenas a publicação de livros; eles se
empenharam em descobrir o vasto horizonte da vida intelectual do mundo islâmico. Por
exemplo, eles escreveram sobre a história da filosofia, da teologia islâmica e do
sufismo; descreveram as variadas seitas e escolas teológicas. Escreveram biografias,
dicionários de termos científicos, e seus nomes tornaram-se ligados aos temas em que se
especializaram. Como por exemplo, Nicholson (destacado intelectual, autor de obras
sobre o Sufismo). Seria preciso bem mais do que um artigo para mencionar todos os
orientalistas que se tornaram célebres e cujos nomes se identificam pela especialização
da obra que produziram.

A Filosofia Confuciana e Ética

O Confucionismo é a ideologia religiosa e sociopolítica de Koung Fou Tseu, que tem


seu nome grafado em língua latina como Confúcio. Entre os princípios do
Confucionismo, o principal é conhecido pelos povos orientais como junchaio, que são
considerados os ensinamentos dos sábios. Este princípio é o que define o Tao (caminho
superior), uma maneira de ter uma vida equilibrada, satisfazendo as vontades do céu e
da terra. Além de filósofo, Confúcio também foi um mantra para seu povo. Nele, as
pessoas buscavam um modelo de comportamento e respostas para seus anseios. A
filosofia do pensador chinês fazia uma fusão com outros cultos religiosos da
antiguidade chinesa, inclusive os que lidam com deuses e imortais, fazendo nascer uma
forma de sincretismo de religiões. A doutrina do Confucionismo durou na China
aproximadamente dois mil anos, indo do século II ao século XX com milhões de
adeptos. Além da forte presença na China a religião de Confúcio também tem diversos
adeptos no Japão, Cingapura e Coréia do Sul.

As ideias pregadas no Confucionismo são bastante diferentes das encontradas nas


religiões tradicionais do Ocidente. Na filosofia de Confúcio não há um Deus, uma
unidade criadora e muito menos templos ou igrejas. Sua doutrina fundamenta-se na
busca pelo Tao, a harmonia da vida e do mundo. Para atingir o Tao, o Confucionismo
coloca a família como base de uma sociedade em que todos os seres humanos vivem em
harmonia. Esta família começa nos governantes, que devem amar o povo como
verdadeiros pais, e termina nos súbditos, que tem o dever de ser obedientes e humildes
como filhos.

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