Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 • •1

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15 novembro 2018
Ano 18
quinta-feira
 0.70 iva incluído
Diretor: Luís Baptista-Martins
semanário

Despedimentos regressam
à DURA Automotive
Cerca de 40 funcionário deixaram recentemente de trabalhar na DURA Automotive, sediada em Vila Cortês
do Mondego (Guarda), mas, segundo a Comissão de Trabalhadores, «ninguém foi obrigado a sair» e os
despedimentos deveram-se à redução da produção Pág.5

Terminal de mercadorias
Covilhã
Matos & Prata
investe 650 mil euros
em novas instalações
Para estar mais perto dos clien- da Guarda sem
interessados
tes da Cova da Beira, a empresa
guardense apostou num novo
espaço no parque industrial do
Tortosendo que vai empregar 12
trabalhadores ____________ 12

Guarda
Cidade quer Cimeira
Ibérica de 2019
Proposta foi apresentada por
Álvaro Amaro ao primeiro-
ministro António Costa, que
na quarta-feira reúne com o
homólogo espanhol Pedro Sán-
chez em Valladolid, onde será
revelado o local da próxima
cimeira luso-espanhola _____ 7

A Infraestruturas de Portugal continua a procurar soluções

Pinhel alternativas para entregar gestão do espaço na estação da
“Beira Interior – Guarda depois do único concorrente do primeiro concurso
Vinhos e Sabores”
público para a concessão ter sido excluído Pág.4
no fim de semana____ 9
 2• • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018
no  fio  da  navalha
Matos & Prata
A empresa sediada na Guarda continua a
crescer e, mais importante que isso, a gerar
emprego na região. Instalada na Guarda há
quase cinquenta anos, e depois de ter aberto
uma segunda concessão BMW em Castelo
Branco, a empresa Matos & Prata, SA, abriu
no passado sábado no Parque Industrial do
Tortosendo, Covilhã, a sua nova unidade para
comercialização de veículos da prestigiada
marca alemã.
João Morgado
O antigo colunista de O INTERIOR vai
apresentar “O livro do Império” no próximo
domingo. Esta é a sua nova obra histórica
em que João Morgado regressa à história
de Portugal narrar a vida de um poeta arre-
pendido do século XVI. “O Livro do Império”
já esta à venda por todo o país, nas lojas
Bertrand, e a sua apresentação será feita
por António Fidalgo, reitor da Universidade
da Beira Interior.
António José Dias de
Almeida
O antigo professor da Secundária Afon-
so de Albuquerque é um dos homenageados
no Dia da Cidade. António José Dias de
Almeida vai ser distinguido com a Medalha
de Mérito do Município, grau prata, em
reconhecimento pela sua atividade cívica e
cultural na cidade mais alta. É uma home-
nagem devida e tardia a um docente que
marcou gerações de alunos e tem sido uma
figura incontornável da cultura guardense.
Dura Automotive
Num momento em que o setor atra-
vessa um bom período, a empresa de Vila
Cortês do Mondego despediu, a contraci-
clo, cerca de 40 trabalhadores. A empresa
fala em saídas por mútuo acordo e da
necessidade de reestruturar a produção
devido à redução das encomendas, mas
o sindicato não deixa de responsabilizar
a administração por não ter acautelado a
situação e o impacto que tais decisões têm
na comunidade.
Cara
Entrevista
a P
cara
«Gostaríamos que
a Guarda pudesse
ter uma companhia
profissional de
teatro com base no
que é o Calafrio»
P - É novo presidente da direção da
associação Calafrio. Quais são os proje-
tos para este mandato?
R - Vamos dar continuidade a todos os
projetos que vêm da anterior direção. No
entanto, gostaríamos que a Guarda pudesse
vir a ter uma companhia profissional de
teatro, com base no que é o Calafrio. Ao que
sabemos o distrito é o único que não tem,
o que é uma debilidade estrutural. Ora o
Calafrio tem, como já demonstrou, todas
as condições artísticas para dar esse passo.
Porém, não possui as condições económi-
cas. Pode dar o passo da profissionalização
desde que seja fortemente apoiado
pelo poder local e pelo central. Neste
momento é impossível; o subsídio
que nos é dado representa apenas
10 por cento do que necessitamos.
Ora, a profissionalização de
uma pequena companhia exige
um apoio expressivo. Para isso
tem de haver vontade política.
Uma coisa é certa: o Calafrio
tem já um núcleo (com provas
dadas) de uma futura com-
panhia. Mais tarde ou mais cedo a
Guarda vai ser confrontada com a debilidade
que refiro, se quiser acompanhar o ritmo
de outras cidades. Cá estamos nós à espera
que o processo seja isento e imparcial. Outro
projeto essencial é dotar a nossa sede, na Rua
do Futuro, no Rio Diz, de condições técnicas
e de conforto para o público, de forma que
a cidade possa ter um pequeno espaço de
programação que não seja comercial nem
“mainstream” mas desafiante e inovadora.
P - À margem, ou marginal? Como
define a associação a que preside no
atual contexto cultural da cidade?
R - O Calafrio é uma associação inde-
pendente, como todas deveriam sê-lo. São
os seus sócios que definem, em liberdade, o
rumo que querem seguir, rejeitando mani-
pulações ou instrumentalização. Definimos
um plano de atividades e tentamos cumpri-
lo. Uma das características do Calafrio é que
só tem sócios ativos, ou seja, participantes.
Os nossos sócios são pessoas empenhadas
na área da literatura, teatro, música, etc., há
muitos anos! Desejamos contribuir para a
dinamização cultural da cidade e da região,
mas não aceitamos qualquer tipo de tutela.
Devemos ser respeitados e tratados de for-
ma isenta tendo em conta as várias inicia-
tivas que promovemos, sobretudo, na área
da criação (que é uma área muito pobre na
cidade). O que somos tem sido merecedor
de reconhecimento público, vindo muitas
vezes de fora da nossa terra.
P - Quais são as principais dificulda-
des do Calafrio?
R - Escassez de apoios económicos locais
e nacionais. O resto (equipa profissional, cir-
culação pelo país, produções diversas) está
dependente dos meios que temos. Se tivés-
semos outros... outro galo cantaria. A título
de exemplo: a nossa sede não tem sistemas
razoáveis de aquecimento, o que na Guarda
é um grave problema. Temos feito “milagres”
no nosso espaço; há meses até criámos uma
oficina de teatro para crianças. Vamos, pois,
vencendo as adversidades.
P - E os apoios?
R - Recebemos um pequeno apoio da
Câmara da Guarda no âmbito do apoio ao
associativismo. Consideramo-lo insuficiente,
tendo em conta o que fazemos (e que é públi-
co). A autarquia, perante o nosso insistente
pedido, cedeu-nos uma antiga escola do Rio
Diz. Preferíamos ter um espaço no centro his-
tórico, onde poderíamos desenvolver atividades
de animação criativa, mas estamos na periferia,
com os “custos” que daí advêm (transporte,
manutenção, dificuldade de mobilização, falta
de sinalética, redobrar esforços de informação,
etc.). Mas é... a nossa casa e estamos a tratar dela,
ao mesmo tempo que iniciámos uma dinâmica
que tem aquele espaço como centro. Apesar
de estarmos sediados num bairro de moradias
da periferia, temos conseguido atrair novos
públicos. Temos também tido pequenos
apoios de várias autarquias e entidades que
nos “encomendam” trabalhos.
e r f i l
Américo Rodrigues
Presidente da direção da Associação
Calafrio
Idade: 57 anos
Naturalidade: Barracão (Guarda)
Profissão: Animador cultural
Currículo: Foi animador cultural no FAOJ e
na Câmara da Guarda. Cofundou o Aquilo-
Teatro, a Luzlinar e o CalaFrio. Encenou e foi
ator em dezenas de peças. Escreveu livros de
poesia, teatro e crónicas. É performer e autor
de vários discos de poesia sonora. Dirigiu o
Teatro Municipal da Guarda e coordenou a
Biblioteca M. Eduardo Lourenço. Dinamiza
atualmente projetos de intervenção sócio
educativa. Licenciado em Língua e Cultura
Portuguesas e Mestre em Ciências da Fala.
P - O Calafrio tem promovido espe-
táculos de teatro, de poesia, de música e
tertúlias culturais. Que outras atividades
espera organizar no seu mandato?
R - Vamos dar mais importância à
criação teatral e à sua difusão pelo país.
Estreamos, pelo menos, duas peças teatrais
por ano e desejamos que circulem e sejam
apresentadas noutros palcos. Produzimos
também vários pequenos espetáculos que
gostaríamos que fossem apresentados em
bibliotecas, museus e centros culturais.
Vamos dar outra dinâmica à nossa
sede no Rio Diz, oferecendo à ci-
dade uma programação diferente
e de qualidade. Desenvolvere-
mos igualmente o nosso plano
editorial e daremos muita
importância a iniciativas de
cidadania, pois a Guarda
bem precisa de espaços de
debate, onde se possa exer-
cer sem reservas o direito
à opinião.
P - Como vê o pano-
rama cultural da cidade?
R - Não confundo Cul-
tura com entretenimento. Não confundo
políticas culturais consequentes com ma-
rketing de eventos passageiros. Não confun-
do projetos de continuidade (que só muito
tarde “dão frutos”) com fogo fátuo de êxitos
e sucessos imediatos. Não confundo envol-
vimento e participação com arregimentação
de públicos (crianças e idosos, incluídos).
Não confundo comunidade com celebrações
de personalidades. Não confundo animação
cultural com cambalhotas e risada. Não con-
fundo serviço público com “todos ao molho
e fé em Deus”. Não confundo programação
séria com agendamento de pacotes. Não
confundo atividade artística com ativida-
de comercial. Não confundo o que devem
ser as missões públicas com o que são
interesses pessoais. Não confundo apoio
ao associativismo com controlo ou medo.
Não confundo anúncios sérios e apoiados
em diagnósticos credíveis com demagogia
barata pintada de megalomania. Ando nesta
vida “cultural” há tantos anos que já não me
deixo confundir! À vossa pergunta respon-
do: É um panorama! Não tenho espaço para
desenvolver minimamente uma resposta,
nestas circunstâncias. Mas posso deixar um
repto: faça-se um estudo (sério, claro) sobre
“A cultura e as cidades” e compare-se, por
exemplo, a Guarda com Castelo Branco e Vi-
seu. Já agora, que seja um estudo diacrónico.
Depois... falamos. É que eu não confundo
“vida” com “panorama”.

opinião
Fidélia Pissarra
O senhor capitão regressou doente da guerra.
Sem sinal de ferimentos de bala, ou de florete, de que,
dizem, fora exímio praticante. As cicatrizes não se viam,
nem ninguém as queria ver! Fechou-se, o senhor capi-
tão, no quarto dos fundos e só esposa e criadas podiam
rodar a chave que sobressaía da porta. A esposa para
garantir que os dejectos do senhor capitão tinham sido
devidamente removidos pelas criadas e tudo estava
bem. As criadas, com a ajuda do soldado que todos
os dias vinha trazer os mantimentos, para o aperaltar.
O senhor capitão divertia-se a chamar nomes,
com apelidos de flor, às criadas e, à falta de outros
convivas, matava o tempo a pregar-lhes partidas ou a
pedir-lhes que as pregassem, por ele. Era vulgar, dar
com ele esquecido de vestir as calças, com o soalho
a pingar urina para o quarto das visitas, ou pior. Às
vezes, mandava entregar encomendas, surpresas
pouco cheirosas e agradáveis como vísceras de galos,
coelhos e peixes que pedia que lhe trouxessem da
cozinha, a amigos e conhecidos. Mas, entre baldes
de água, sabão e escova, tudo se ia resolvendo com
muita risada à mistura. Não fosse ele o herói de guerra,
ambicionado por qualquer “família de bem”, e alguém
lhe havia de ter enfiado o tal colete-de-forças do
manicómio. Assim, entre “valha-nos deus” e “minhas
nossas senhoras”, lá se iam agitando os dias com a
maluqueira do senhor capitão! Provocada pelos gases,
afiançava o médico a cada visita. Provocada pela lama,
fome e terror, acreditava a jovem viúva de marido vivo
e mãe de vasta prole.
Um dia, o secreto desejo de toda a família, criadas
PUB
O senhor capitão
e imediato incluídos, chegou: fardado a rigor e com
honras militares, sepultou-se o senhor capitão no ta-
lhão dos heróis da grande guerra, a primeira. No quarto
dos fundos passou a dormir apenas o cão e, depois,
nem ele. Morreu pouco tempo depois do dono e foi
levado numa saca de serapilheira pelo novo soldado.
As criadas ficaram sisudas e a casa sorumbática. Para
atenuar o peso da normalidade, a jovem viúva aprendeu
a limpar o pó para que as criadas pudessem passear
as crianças. Mas, na praça, as pessoas murmuravam,
entre si, que eram os filhos do senhor capitão e passa-
ram a ficar todos em casa. Para que ninguém voltasse
a murmurar-lhes quem eram, nem à escola foram. Os
professores vinham a casa ensiná-los. Ensinar-lhes que
o homem maluco do quarto dos fundos fora, afinal,
herói de guerra. Dera o juízo e a vida pela pátria!
Nunca, naquela família, se voltou a falar do marido,
do pai, do quarto dos fundos, da guerra. De nenhuma
guerra. Veio a revolução e nenhum falou dela, nem
dos militares que a fizeram, nem dos partidos que
nasceram. Podia, da praça, chegar o maior burburinho
que, naquela casa, nem o gato se movia no peitoril da
janela. A velha viúva continuou, sempre impávida, a
separar as cartas, sobre a camilha, em infinita paciência
na companhia da televisão, a preto e banco, que em
silêncio enchia o fundo da sala. A lembrar que, na
guerra, nas batalhas lá de França, não ficou só o juízo,
a sua vida e do seu capitão. Na guerra, como em todas
as guerras, ficou, acima de tudo, a dignidade humana
que, passados 100 anos, continuamos na esperança
de ver resgatada.
Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 • •3
editorial Luís Baptista-Martins
baptista-martins@ointerior.pt
Um novo Interior
A partir de hoje, o jornal O INTERIOR tem um novo site (em
www.ointerior.pt). Num tempo de dificuldades extremas para as
empresas, com tantas assimetrias regionais, despovoamento e
desinvestimento, resilientes, investimos no futuro, apostamos
numa nova dinâmica para o interior. Um novo grafismo, mais
apelativo, moderno e responsivo, que nos permite voltar a estar
na linha da frente, com um dos sites de informação mais van-
guardistas em Portugal e continuar o exercício de jornalismo
de referência. Como há 18 anos, quando o jornal O INTERIOR
nasceu, informar nos diferentes suportes (O INTERIOR foi o
primeiro jornal português que nasceu, em simultâneo, com dois
suportes: papel e digital).
Quando, em 2000, o Jornal O INTERIOR nasceu, o telefone
fixo ainda dominava e as cabines telefónicas eram uma necessi-
dade em qualquer cidade – o “credifone” era então uma “moder-
nice”. O telemóvel ia ganhando espaço, mas ainda era visto como
um artigo supérfluo, caro e exibicionista (muitas vezes associado
a novo-riquismo). A informática ainda não dominava o dia-a-dia
das pessoas e das empresas. E a Internet já tinha nascido, mas
só uma minoria a utilizava habitualmente.
Tudo mudou entretanto. Hoje, o mundo é digital. Hoje esta-
mos todos conectados 24 horas por dia. Hoje, no smartphone ou
no PC, passamos horas entre trabalho e lazer “presos” à web, às
novas tecnologias, à sociedade de informação. Já ultrapassámos
a era da web 2.0 e entrámos na era 4.0 – a da Evolução Digital
(a Primeira Revolução Industrial, de 1780 a 1840, foi marcada
pela transição da utilização de métodos de produção artesanal
para a utilização de máquinas; a Segunda Revolução Industrial,
1850-1870, foi caracterizada pelo extraordinário progresso na
indústria química, elétrica, petrolífera e do aço; a Terceira Re-
volução Industrial, em 1970, também conhecida por revolução
da informação, teve o fortalecimento do sistema capitalista, a
melhoria das condições de trabalho no ocidente, um novo cenário
nas relações económicas e o aparecimento do fenómeno da globa-
lização; a Quarta, da Indústria 4.0, é a Revolução Tecnológica, que
é também uma revolução industrial provocada, nomeadamente,
pela transformação digital – uma industria caraterizada pelo foco
na digitalização dos ativos e na sua integração no meio digital).
Um mundo novo em que quem fica para trás desaparece.
Precisamente para continuarmos na vanguarda, enquanto
jornal, enquanto meio de comunicação, nasceu um novo O IN-
TERIOR, um jornal diário de informação regional: o DIÁRIO DAS
BEIRAS E SERRA DA ESTRELA. Como há 18 anos, informar e
formar é a nossa missão, em papel ou online, renovamos o nosso
compromisso com os nossos leitores, com a nossa comunidade,
mantendo a nossa ambição de promovermos uma sociedade mo-
derna, mais culta e informada, à volta da Serra da Estrela – que
tanto nos une, mas também nos separa.
Neste tempo em que as redes sociais merecem o apego das
maiorias, em que tantos se conformam em ver fotografias ou
ler comentários rápidos e a acompanhar a feira de vaidades do
Facebook, “ler jornais é saber mais”, porque estar informado é
ler e aprender. Enquanto continuamos a ser o jornal de maior
circulação do distrito da Guarda (em papel) e ointerior.pt se
assume como o maior site de informação da Beira Interior, o
novo O INTERIOR quer ser o novo centro da região. Contamos
consigo, com todos, para renovarmos a expectativa de futuro
nas Beiras e Serra da Estrela.
4• • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018
Adiada concessão do terminal
de mercadorias da Guarda
Luis Martins
A Infraestruturas
de Portugal procura
soluções alternativas
para entregar gestão
do espaço na estação
da Guarda depois do
único concorrente do
primeiro concurso
público para a
concessão ter sido
excluído.
A concessão da exploração
do terminal rodoferroviário da
Guarda foi adiada para as ca-
lendas com a Infraestruturas de
Portugal (IP) a procurar soluções
para entregar a gestão de uma
área com mais de 22 mil metros
quadrados.
Numa resposta escrita a O
INTERIOR, a IP recorda que o pri-
meiro concurso público, aberto
em abril deste ano, terminou com
a exclusão do único concorrente
e que desde então a empresa
«encontra-se a avaliar soluções
que possam ser materializáveis
no curto prazo, tendo em vista
dar continuidade à estratégia
de valorização deste terminal».
Nesse sentido, a Infraestruturas
de Portugal admite mesmo que
possam estar reunidas, «em bre-
ve, as condições necessárias para
o desenvolvimento de uma nova
solução» para a dinamização do
Terminal de Mercadorias da Guar-
da e que a mesma será anunciada
no «devido tempo». A empresa
pública que gere e administra as
CHUCB
Jovens médicos distinguidos pela Sociedade Ministro do Planeamento
Portuguesa de Pediatria
Uma equipa de internos de
Formação Específica e de especia-
listas do Serviço de Pediatria do
Centro Hospitalar Universitário
da Cova da Beira (CHUCB) vence-
ram o Grande Prémio da Socieda-
de Portuguesa de Pediatria.
Anunciado no Congresso
Nacional de Pediatria, o galardão
destina-se a promover e reco-
nhecer a investigação científica
desenvolvida nesta área, tendo
sido premiado o trabalho de
investigação “Controlo parental
e outros fatores psicossociais
na dependência de Internet em
adolescentes”, da autoria de Mi-
guel Martins, Adriana Formiga,
Constança Santos e da especialis-
ta Sofia Ferreira, coadjuvados por
profissionais do Agrupamento de
Centros de Saúde Cova da Beira,
Terminal tem uma área superior a 22 mil metros quadrados
infraestruturas ferroviárias e ro-
doviárias considera que o espaço
disponível na estação ferroviária
da cidade mais alta insere-se
«num conjunto de infraestruturas
rodoferroviárias consideradas
importantes no domínio da ati-
vidade intermodal, com impacto
direto no transporte ferroviário
de mercadorias».
Álvaro Amaro lamenta o con-
tratempo e reitera que o projeto é
«muito importante para a Guarda,
mesmo antes da modernização
das linhas da Beira Alta e Beira
Baixa estarem concluídas». O
presidente do município espera
considera fecho de balcões
Departamento de Psicologia e
Educação da Universidade da
Beira Interior e pelo Serviço de
Intervenção nos Comportamen-
tos Aditivos e nas Dependências
da Covilhã. No mesmo congresso,
o serviço de Pediatria do CHU-
CB arrecadou o prémio “Pfizer
Vaccines – SPP”, na categoria de
agora que seja possível chamar de
novo todos os candidatos do pri-
meiro concurso público e avançar
com um novo procedimento para
encontrar um concessionário. «A
Câmara da Guarda estava dispos-
ta a municipalizar aquele espaço
para depois o ceder a empresas
de logística, mas vamos continuar
a tentar, com a IP, que a economia
privada mostre interesse na explo-
ração deste terminal», acrescenta o
edil. A primeira tentativa para con-
cessionar o espaço falhou quando
o júri do concurso excluiu a única
proposta apresentada, conforme
noticiou O INTERIOR em agosto.
DR
estudos em áreas diversas da
Pediatria, com o trabalho “Testes
rápidos para determinação da
contagem leucocitária e proteína
C reativa num serviço de urgência
pediátrico”, de Adriana Formiga,
Marco Fernandes, Miguel Mar-
tins, Paulo Lopes, Sofia Ferreira e
Carlos Rodrigues.
DR
O procedimento tinha sido
aberto a 3 de maio e destinava-
se à concessão da exploração do
terminal rodoferroviário da Guar-
da. O objetivo da IP é adjudicar a
«exploração de bens do domínio
público ferroviário, com a área de
22.170 metros quadrados no ter-
minal ferroviário da Guarda, para
a realização de cargas, descargas e
armazenamento de mercadorias
transportadas por caminho-de-
ferro». O procedimento inicial
estabelecia uma concessão por
cinco anos com a possibilidade
de renovação por períodos suces-
sivos de um ano até um limite de
Correios
«estratégia errada»
O ministro do Planeamento
e das Infraestruturas considera
«errada» a estratégia dos CTT de
encerrar postos de correio por
todo o país. «Acho mal o encer-
ramento, mas infelizmente não
tenho os instrumentos para alter-
ar isso», afirmou Pedro Marques
na Assembleia da República, na
segunda-feira, durante a audição
para debate na especialidade do
Orçamento do Estado para 2019.
«O Estado não tem a pos-
sibilidade de intervir naquela
empresa. Não mandamos no
Um novo INTERIOR
duas renovações. A adjudicação
seria feita de acordo com «o
critério do preço mais elevado
para a concessão de exploração,
considerando-se este como o va-
lor mensal que o concorrente se
dispõe a pagar por todo o período
de concessão, não podendo esse
preço contratual ser inferior a
1.679,00 euros por mês», lia-se no
documento publicado em “Diário
da República” em maio.
A Plataforma Rodoferrovi-
ária da Guarda localiza-se a 30
minutos da fronteira de Vilar
Formoso, exatamente na con-
fluência de várias linhas, com a
denominada Concordância das
Beiras, que permite fechar a
malha constituída pela Linha do
Norte, a Linha da Beira Alta e a
Linha da Beira Baixa. Atualmente
este terminal possui quatro linhas
ferroviárias com cerca de 150
metros (cada uma) e, apesar de
estar inativa, tem uma capacidade
máxima de parqueamento de cer-
ca de 400 TEU´s (TEU é a unidade
que representa a capacidade de
carga de um contentor de mer-
cadorias) e acessos rodoviários
diretos. Aquando da abertura do
concurso, Álvaro Amaro declarou
tratar-se do «primeiro passo para
uma pretensão antiga» da autar-
quia. «Seria um absurdo que uma
cidade às portas de Espanha, bem
servida de estruturas ferroviárias
e rodoviárias e com uma platafor-
ma multimodal, não fosse vista
como um local estratégico e com
um potencial importantíssimo
para o desenvolvimento do país»,
disse .
regulador e não mandamos nos
CTT porque o anterior Governo
fez o favor de os privatizar a cem
por cento», disse o governante
em resposta ao deputado do
Bloco de Esquerda (BE) Heitor
de Sousa. O fecho de balcões dos
Correios está confirmado em
Belmonte, Figueira de Castelo
Rodrigo, Fornos de Algodres e
Manteigas, tendo sido travado
em Aguiar da Beira graças a uma
providência cautelar interposta
pela Comunidade Intermunici-
pal Viseu Dão Lafões.
www.ointerior.pt

Guarda
“Mobilidade
Urbana
Sustentável”
em debate na
quarta-feira
Realiza-se na próxima
quarta-feira a edição de
inverno das “Conferências
da Guarda”, que desta vez
irão debater a “Mobilidade
Urbana Sustentável”.
A iniciativa decorre
nos Paços do Concelho a
partir das 14h30 e está
dividida em três painéis,
estando a abertura a cargo
do presidente da Câmara,
Álvaro Amaro, e do secre-
tário de Estado Adjunto e
da Mobilidade, José Gomes
Mendes. “Dos territórios
sociais da mobilidade ao
desenho dos modos suaves”
é o tema do primeiro painel,
apresentado pela CEO da
Mobilidade e Planeamen-
to do Território (MPT) e
professora universitária na
área da Mobilidade, Paula
Teles. O segundo painel será
dedicado a três temas: “Uma
análise prospetiva sobre a
reorganização do trânsito e
estacionamento na cidade
da Guarda e do Plano Ro-
doviário Municipal 2040”
que terá a participação de
Diogo Jardim, coordenador
do Núcleo Engenharia e Trá-
fego e de Ariana Simplício,
consultora sénior, ambos
consultores em Transpor-
tes, Inovação e Sistemas;
“Projeto Hi-Reach - Projeto
piloto europeu de Exclusão
na Mobilidade - Caso de es-
tudo: Concelho da Guarda”
por Susana Castelo, admi-
nistradora da Consultores
em Transportes, Inovação e
Sistemas (TIS); e “O incre-
mento dos modos suaves no
acesso ao Parque Industrial
da Guarda - Apresentação
do Projeto Pedovia / Ciclo-
via da Cidade da Guarda”,
apresentado pelo arquiteto
João Marujo.
No terceiro e último
painel serão abordados os
temas: ”Guarda para todos”;
“Acessibilidade do Parque Ur-
bano do Rio Diz” e “Bandeira
Cidades e Vilas de Excelência
– Nível II” por Pedro Ribeiro
da Silva, coordenador da
Rede de Cidades e Vilas de
Excelência. As “Conferências
da Guarda” surgiram com o
objetivo de trazer a visão de
especialistas, «refletindo a
Guarda de fora para dentro»,
conforme referiu o autarca
guardense, na primeira edi-
ção da iniciativa em 2014.
Comissão de
trabalhadores nega
despedimento coletivo
na DURA
Ana Eugénia Inácio
Cerca de 40 funcionário
deixaram recentemente
de trabalhar na
DURA Automotive,
sediada em Vila Cortês
do Mondego, mas,
segundo a Comissão
de Trabalhadores,
«ninguém foi obrigado
a sair».
«Não houve nenhum des-
pedimento coletivo», quem o
garante é Paulo Ferreira, membro
da comissão de trabalhadores da
DURA Automotive, que afirma
que as notícias veiculadas esta
semana «são falsas». No entanto,
o funcionário da empresa sediada
em Vila Cortês do Mondego, no
concelho da Guarda, adianta que
houve trabalhadores que saíram
mas por «cessão de contrato ou
mútuo acordo». O dirigente con-
firma apenas um despedimento,
o de um funcionário da contabili-
dade «porque esse departamento
foi deslocalizado para outro país».
Segundo Paulo Ferreira, en-
tre as cerca de 40 pessoas que
deixaram a empresa de compo-
nentes para automóveis a maioria
estariam efetivos, cerca de 24,
«nalguns casos eram funcionários
já com 65 anos de idade, ou seja,
pessoas à beira da reforma». O
representante sindical sublinha
que «ninguém foi forçado a sair,
nem a comissão deixava». Con-
tudo, admite que a fábrica da em-
presa norte-americana atravessa
um momento de «redução de
produção devido a um projeto
que terminou» e é neste ponto
que culpa empresa de ter cometi-
do «um erro», pois considera que
a cessação deste projeto já estava
prevista e «não foram efetuadas
as respetivas diligências para
evitar estas rescisões amigáveis».
Quanto à possível saída de
mais funcionários, a adminis-
tração da Dura já informou a
comissão de trabalhadores que
atualmente existem 24 trabalha-
dores «a mais». Talvez por esse
motivo, quatro funcionários irão
para a fábrica da DURA na Ale-
manha por determinado período
de tempo. Entretanto, Paulo Fer-
reira já foi informado que na
Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 • •5
AR
Saída de funcionários deve-se à diminuição do volume de produção
próxima segunda-feira será feita empresa e os seus responsáveis «necessário um esclarecimento
«a rescisão de contrato de trab- falavam numa situação estável», da administração sobre o que se
alho com mais dois trabalhadores, referiu. Para o dirigente, é agora passa ou não».
um deles com 65 anos», mas por
agora «não estão previstos mais
despedimentos», asseverou a O União de Sindicatos vai «lutar» pela
INTERIOR. Quem também foi
apanhado de surpresa com a
defesa de todos os postos de trabalho
notícia sobre o alegado despedi-
Entretanto, a União de Sindicatos da Guarda, afeta à CGTP,
mento coletivo na empresa foi o
confirma que «cerca de 20 trabalhadores de trabalho temporário
presidente da Câmara da Guarda,
terminaram a sua laboração na empresa e mais de 20 trabalhadores
que contactou de imediato os
de vínculo permanente, em função da grande instabilidade da em-
administradores. Em declarações
presa, cessaram o seu trabalho por mútuo acordo». Pese embora
aos jornalistas no final da última
não se tratar de despedimentos, a estrutura sindical considera, em
reunião de Câmara, Álvaro Amaro
comunicado, que «a situação na empresa é bastante preocupante
disse terem-lhe sido «transmi-
porque, no final de abril de 2019, termina mais uma linha e até
tidas palavras de absoluta tran-
agora não é conhecida a substituição», acrescentando ainda que
quilidade» e que «quem saiu foi
o comité europeu na Alemanha já reuniu com a representação da
por mútuo acordo, não houve
comissão de trabalhadores da DURA. A União de Sindicatos refere
despedimentos coletivos».
que há mais 24 trabalhadores «sujeitos a continuação das rescisões
Fernando Grilo, diretor da
amigáveis», o que consideram ser «resultado da ineficácia da direção
DURA na Guarda, terá também
da empresa e do poder político em encontrar uma solução para os
declarado ao autarca que haveria
trabalhadores da DURA».
mais interessados em sair através
A entidade patronal é também acusada de «escamotear as suas
de acordo mas que a administ-
responsabilidades na permanência da política de baixos salários,
ração não deixou. Álvaro Amaro
despedindo para voltar a contratar, mas com uma relação precária e
acrescentou ter-lhe sido confir-
de salário base mais baixo», quando falam em falta de trabalhadores
mado que «vai haver reestrutu-
qualificados. O sindicato lamenta igualmente que a ampliação das
rações, porque nesta altura do
instalações em Vila Cortês do Mondego «nunca se tenha traduzido
ano há menos encomendas»,
na melhoria das condições de trabalho e potenciasse um foco de
mas a administração adiantou
desenvolvimento na malha do débil tecido industrial do interior
ainda que «num espaço de dois
do país». Garantindo que «lutará pela defesa de todos os postos de
anos há tudo para por a fábrica
trabalho e pelos direitos dos trabalhadores desta empresa», a União
no mapa». As notícias sobre des-
de Sindicatos da Guarda avisa que «não basta» que os atores políticos
pedimentos na empresa de Vila
digam perante a comunicação social que «está tudo bem», afirmando
Cortês do Mondego deixaram
já estar «vacinados com o encerramento da Delphi, responsabilidade
também o socialista Pedro Fon-
dos Governos PS e do PSD/CDS». E lembra a Álvaro Amaro que «tem
seca «preocupado». O vereador
responsabilidades», pelo que deve «com as organizações sindicais
«estranhou» a informação porque
do sector defender esta empresa para o motor de desenvolvimento
«há uns meses, uma comitiva de
local do concelho da Guarda e do distrito».
dirigentes do PS local visitou a
6• • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018
S orçamento de 42,8
Sociedade
Romance
João Morgado
apresenta “O
Livro do Império”
na UBI
O novo romance histórico
de João Morgado, “O Livro do
Império”, vai ser apresentado no
domingo (16 horas) na Univer-
sidade da Beira Interior (UBI).
A sessão está marcada
para o auditório da Parada
(Pólo I) e inclui intervenções
do reitor António Fidalgo e do
juiz presidente da Comarca de
Castelo Branco José Avelino.
Editado pelo Clube do Autor, o
livro narra a vida de um poeta
arrependido em pleno séc. XVI,
quando o império de Portugal
está em declínio e o país é go-
vernado por um rei destemido,
mas influenciado por uma
nobreza e um clero corruptos.
Recorda também a história
de Portugal em vésperas da
batalha de Alcácer-Quibir.
ULS Guarda
Seia já tem equipa
comunitária
de suporte
em cuidados
paliativos
A Equipa Comunitária de
Suporte em Cuidados Paliati-
vos da Unidade Local de Saúde
(ULS) da Guarda colocou em
funcionamento, no início do
mês, a base do Hospital Nª Sra.
da Assunção, em Seia.
«Os concelhos de For-
nos de Algodres, Gouveia e
Seia, que eram acompanhados
pela base do Hospital Sousa
Martins, passam agora a ser
acompanhados pela base do
Hospital Nª Sra. da Assunção,
sedimentando-se uma estra-
tégia de maior proximidade
com os doentes», adianta a
ULS em comunicado. Com esta
alteração, o apoio na prestação
de cuidados paliativos «vai
gradualmente conquistando
o seu objetivo de tornar ainda
mais próxima a presença junto
do domicílio dos doentes com
necessidades paliativas de todos
os concelhos da área de abran-
gência» da ULS guardense.
Maioria aprova
milhões de euros na
Câmara da Covilhã
Oposição votou contra por considerar que é um documento «pequeno, sem ideias, sem
ambição e de gestão corrente da decadência do concelho», criticou Adolfo Mesquita Nunes
DR
A Câmara da Covilhã apro-
vou, por maioria, o orçamento
para 2019, no valor de cerca de
42,8 milhões de euros, menos
cinco milhões relativamente ao
deste ano. «Esta redução deve-
se à reestruturação financeira
que fizemos ao longo de 2018»,
justificou o presidente da Câmara
no final da reunião do executivo,
realizada na sexta-feira.
No final da sessão, Vítor
Pereira declarou aos jornalistas
que, apesar da redução global
do valor, a folga conseguida com
a operação de substituição de
dívida concretizada este ano per-
mitirá que haja em 2019 um «in-
cremento» no investimento, para
o qual está prevista uma verba
de cerca de 20 milhões de euros.
Nessa área estão contempladas, «Este é um orçamento que visa com a parte financeira, que na as, para as famílias e empresas»,
por exemplo, a concretização o equilíbrio entre o saneamento minha opinião não é justificada, concluiu o vereador do CDS-PP,
do Centro de Inovação Cultural, financeiro, que vamos ter de con- e temo que, efetivamente, a Co- que criticou a redução ou mes-
do Centro de Inovação Social, do tinuar a fazer, e a realização das vilhã e o concelho continuem a mo inexistência de verbas para a
Centro de Inovação Empresarial, obras, designadamente daquelas não crescer». O centrista Adolfo habitação social ou para a capta-
da rede de bicicletas elétricas e
ciclovias, bem como da rede de
que decorrem de fundos comuni-
tários», disse o autarca socialista.
Mesquita Nunes também votou
contra por considerar que é um
ção de investimento. O executivo
aprovou, também por maioria, a
miradouros ou das obras nas Vítor Pereira garantiu ainda orçamento «igual à Câmara que manutenção do Imposto Munici-
escolas, nomeadamente na Escola que o documento tem «ambição» temos: pequeno, sem ideias, sem pal Sobre Imóveis (IMI) em 0,8
Frei Heitor Pinto. A Educação e que contempla projetos e políti- ambição e de gestão corrente por cento para prédios rústicos
tem inscrita uma verba de cinco cas de atração de investimento e da decadência do concelho». E e 0,38 por cento para prédios
milhões de euros, a Cultura e fixação de pessoas, rejeitando as sublinhou que o valor total dos urbanos (o mínimo é 0,3 e o
Desporto 2,3 milhões de euros, a críticas dos vereadores da oposi- documentos previsionais é «in- máximo 0,45 por cento), bem
Ação Social meio milhão de euros, ção. Paulo Rosa, que nesta sessão ferior ao orçamento do Centro como o desconto para as famí-
a Habitação e Requalificação Ur- substituiu o vereador Carlos Pinto Hospitalar Universitário da Cova lias com filhos e o agravamento
bana 2,6 milhões, a Proteção Civil do movimento independente da Beira ou da Universidade da para prédios abandonados. A
um milhão de euros, a Rede Viária “De Novo Covilhã”, votou contra Beira Interior». comparticipação do IRS fica nos
1,5 milhões e a Modernização dos o orçamento por considerar que «É um orçamento que não 0,5 por cento e a taxa da Derrama
Serviços 6,2 milhões de euros. há «uma preocupação demasiada tem nenhum sinal para as pesso- em 1,3 por cento.
Municípios
Guarda, Gouveia, Pinhel, Seia e Foz Côa distinguidas
pelos apoios às famílias
Os municípios da Guarda, maior número de sempre no pelo Observatório, refere que as de Famílias Numerosas, avalia
Gouveia, Pinhel, Seia e Vila Nova inquérito anual do Observatório. referidas distinções justificam-se iniciativas em 12 áreas: o apoio
de Foz Côa foram novamente Sete das autarquias distinguidas porque estas Câmaras «foram ab- prestado à maternidade e pater-
distinguidos pelo Observatório já recebem a “bandeira verde” solutamente inovadoras quando nidade, o apoio às famílias com
das Autarquias Familiarmente há 10 anos, desde o início da sua iniciaram as práticas de apoio necessidades especiais, medidas
Responsáveis (OAFR) por ado- atribuição, pelo que este ano rece- às famílias», como «os tarifários de conciliação entre trabalho e
tarem políticas efetivas de apoio berão um galardão especial, real- familiares da água, os bancos de família, serviços básicos, edu-
às famílias. çou o OAFR. Já a Guarda, Gouveia, manuais escolares, os ATL gratui- cação, habitação, transportes,
No total do país setenta au- Pinhel, Seia e Vila Nova de Foz Côa tos, as redes de transportes e ou- saúde, cultura, desporto e tempo
tarquias vão receber a “bandeira terão direito a “bandeira com pal- tras iniciativas que, à época eram livre e participação social. A
verde”, correspondente à distin- ma” por receberem o prémio por verdadeiramente pioneiras». cerimónia de entrega das ban-
ção, tendo participado na edição três ou mais anos consecutivos. O inquérito do OAFR, cria- deiras terá lugar no dia 21, em
deste ano 130 municípios, o Isabel Paula Santos, responsável do pela Associação Portuguesa Coimbra.

Guarda quer
receber Cimeira
luso-espanhola
de 2019
Executivo conheceu sugestão do presidente da Câmara na passada segunda-feira
Luis Martins
Proposta foi
apresentada por Álvaro
Amaro ao primeiro-
ministro António Costa,
que na quarta-feira
reúne com o homólogo
espanhol Pedro
Sánchez em Valladolid,
onde será revelado
o local da próxima
cimeira ibérica.
A Guarda quer acolher a
cimeira luso-espanhola de 2019
e o município já o fez saber ao
primeiro-ministro. A sugestão
foi transmitida a António Costa
numa carta divulgada por Álvaro
Amaro na última reunião do exe-
cutivo, realizada na segunda-feira.
Na missiva, a que O INTE-
RIOR teve acesso, o autarca
começa por se congratular com a
temática escolhida para a cimeira
que vai decorrer na próxima
quarta-feira em Valladolid, onde
os Governos de Portugal e Es-
panha vão discutir as relações
transfronteiriças. «Este tema e o
esforço de que devemos comun-
gar para aproximar as zonas das
fronteiras tem, necessariamente,
de voltar a ser abraçado», consi-
dera Álvaro Amaro, que propõe ao
chefe do Executivo português que
a próxima cimeira ibérica tenha
lugar na Guarda. O presidente do
município sublinha «a importân-
cia» que tal encontro teria para
«esta cidade de fronteira» e acres-
centa que, «além de incutir a estas
cimeiras o cunho da cooperação
transfronteiriça e ibérica, levar-
se-ia esta cimeira ao centro mais
alto do interior de Portugal, que
muito beneficiaria e se honraria
com tal evento». «Estamos certos
de estar à altura para preparar e
receber este evento que muito
nos dignificaria, e elevaria o in-
terior beirão», conclui o autarca
da Guarda.
Aos jornalistas, Álvaro
Amaro acrescentou que «essa é a
nossa convicção» e «estamos na
expetativa que tal seja possível».
Confrontado com esta proposta,
Eduardo Brito disse que a maio-
ria tem o apoio dos vereadores
do PS: «É uma boa iniciativa do
presidente da Câmara e pela
nossa parte vamos empenhar-
nos politicamente para que isso
possa acontecer», disse o socia-
lista, para quem esse seria um
acontecimento político «da maior
importância» para a Guarda. O
local da próxima cimeira será
anunciado em Valladolid. Nesta
sessão foi divulgado o programa
das comemorações dos 819 anos
da cidade mais alta (ver texto ao
lado) – onde se destaca a inaugu-
ração do quartel dos bombeiros
de Famalicão da Serra – e o tema
da próxima sessão das “Confer-
ências da Guarda”, que no dia 21
discutirá a mobilidade urbana
sustentável. Eduardo Brito apro-
veitou a sessão para felicitar o
novo presidente do IPG, Joaquim
Brigas, dizendo que «é impor-
tante que tenha sucesso porque
só assim o Politécnico pode ter
impacto na vida e na economia
AR
da cidade e da região».
O socialista acrescentou que
«não chega» o Instituto e a Câ-
mara terem boas relações: «Isso
é curto. É preciso o município
pôr uma parte substancial do
seu orçamento ao serviço de uma
estratégia de atração do IPG, que
tem que apresentar propostas»,
afirmou o vereador da oposição.
Por sua vez, Pedro Fonseca deixou
duas sugestões. A primeira é que
a Câmara possa associar-se à or-
ganização do Websummit através
da realização «de um simpósio,
de conferências ou workshops,
antes ou depois desse grande
evento tecnológico». A segunda
proposta diz respeito à realiza-
ção na Guarda-Gare de uma das
feiras quinzenais quando estiver
concluída a modernização da
Linha da Beira Baixa. O presidente
da Câmara disse serem duas su-
gestões «muito interessantes».
De resto, o executivo aprovou
por unanimidade uma nova ca-
lendarização e localização de
uma das feiras quinzenais, sendo
que o mercado da terceira quar-
ta-feira de cada mês vai passar a
realizar-se no domingo seguinte
no centro da cidade. A alteração
entra em vigor a 16 de dezembro,
data da primeira feira no centro
urbano, mantendo-se a outra
no local habitual. Álvaro Amaro
adiantou ainda que o município
tem em curso a reabilitação de
mais de 150 caminhos rurais nas
freguesias do concelho. «São 170
quilómetros que estamos a mel-
horar, num investimento de 250
mil euros», disse o autarca.
Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 •
Cinco homenageados
no Dia da Cidade
A Câmara da Guarda vai
distinguir cinco personali-
dades com a Medalha de Méri-
to do Município, grau prata, no
Dia da Cidade, que se celebra a
27 de novembro.
A proposta de condecora-
ções foi aprovada por unanimi-
dade na reunião do executivo
de segunda-feira e dela consta
o professor António José Dias
de Almeida, Rosa Antunes, el-
emento do “Conjunto Rosinha”,
do Centro Cultural da Guarda,
e divulgadora da cultura popu-
lar; o padre Eugénio da Cunha
Sério (a título póstumo), dire-
tor do jornal “A Guarda” e da
Casa do Gaiato; o empresário
José Pires Freire, proprietário
da última fábrica de cobertores
de papa de Maçainhas, encer-
rada em 2017; e o ciclista David
Rodrigues, da equipa profis-
sional RP Boavista. Quanto às
comemorações dos 819 anos
da cidade mais alta ficarão
marcadas pela inauguração do
novo quartel dos bombeiros
de Famalicão da Serra. A obra
custou cerca de 620 mil euros,
financiados a 85 por cento por
Guarda
Diário de um
combatente da Iª Guerra
Mundial apresentado na
segunda-feira
O livro “A Saga de um Com-
batente da I Guerra Mundial
– de Chaves a Copenhaga”,
de Gil Morgado dos Santos, é
apresentado na segunda-feira,
na Guarda, no âmbito da co-
memoração do Armistício da
Iª Guerra Mundial.
A sessão é promovida
pelo Núcleo local da Liga dos
Combatentes e pelo Agrupa-
mento de Escolas Afonso de
Albuquerque. O autor fará
duas sessões para jovens na
Secundária Afonso de Albu-
querque e uma para o público
Guarda
NDS promove jantar convívio
O Núcleo Desportivo e
Social (NDS) promove, no
próximo dia 23, um jantar
convívio «pré-natalício»,
antecedido de uma Sarau
Desportivo, na Quinta de
Santo António, em Maçaínhas
(Guarda), com o objetivo
de «celebrar, confraterni-
zar e partilhar experiências
com todos os amigos, sócios,
•7
fundos comunitários, e tinha
sido lançada pelo primeiro-
ministro António Costa a 18 de
abril de 2017. A cerimónia está
marcada para as 12h15 e conta
com a presença do ministro
da Administração Interna,
Eduardo Cabrita, que também
participará na sessão solene do
Dia da Cidade (10h45).
As comemorações do an-
iversário da atribuição de foral
pelo rei D. Sancho I prosseg-
uem com as inaugurações de
uma nova secção no Campus
Internacional de Escultura
Contemporânea, da rotunda da
Dorna e da requalificação dos
edifícios municipais da Rua dos
Cavaleiros. Pelas 17h15 será
assinada a consignação da obra
de requalificação da Torre dos
Ferreiros. Às 18h30 será ligada
a iluminação natalícia e à noite
há um concerto de Áurea no
TMG, onde será assinado um
protocolo de cooperação entre
o município e a Orquestra Filar-
mónica Portuguesa. O programa
comemorativo tem início no
dia 24 e inclui diversas ativi-
dades culturais e desportivas.
em geral no auditório do Paço
da Cultura (18 horas). Publi-
cada em 2014, a obra constitui
uma homenagem ao avô de
Gil Morgado dos Santos, que
andou na I Guerra Mundial e
deixou uma espécie de diário
com as suas impressões sobre
o conflito. A iniciativa tem o
apoio da Fundação Vox Populi
e da Câmara Municipal. A
entrada é livre. Entretanto,
continuam patentes no TMG
duas exposições de fotografia
sobre a participação portugue-
sa na Grande Guerra.
parceiros, atletas, utentes e
familiares». A inscrição para
o jantar poderá ser feita até
amanhã, na sede do clube,
por telefone (271 230  624/
966 212 318) ou por email
(info@nds.pt) e tem um custo
de 14 euros para adulto, 10
euros para crianças até aos
7 anos, sendo grátis para os
mais pequenos até aos 5 anos.
8• • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018
Projeto Gmove+ dinamizado Em 2019
pelo IPG Politécnico com postos
de carregamento elétrico
O projeto Gmove+, liderado pelo Ins-
tituto Politécnico da Guarda (IPG), está no
terreno desde segundo trimestre de 2017
e tem como missão aumentar a prática
regular de atividade física pelas pessoas
idosas Guarda, através da otimização das
sinergias entre os vários parceiros locais
com maior responsabilidade social neste
âmbito (CMG, ULS e IPG).
A primeira fase do projeto está quase
finalizada (identificar barreiras e motiva-
ções para a prática regular de atividade
física), tendo sido avaliados mais de 300
idosos encaminhados pelos médicos e
enfermeiros dos Centros de Saúde da Guar-
da, bem como pelos diretores técnicos de
centros de dia e de convívio.
Os resultados da primeira fase do
estudo indicam que a população idosa da
Guarda apresenta valores de prática de
atividade física inferiores ao observado
em estudos de âmbito nacional. De acordo
com a Investigadora Responsável, Profª
Carolina Vila-Chã, estes resultados, ainda
que preliminares, constituem motivo de
preocupação dado que a inatividade física
e o comportamento sedentário estão entre
os principais fatores que contribuem para
o aparecimento de doenças crónicas não
transmissíveis, como a diabetes e hiper-
tensão.
Esta alteração do comportamento
motor é já considerada um problema de
saúde pública tanto a nível nacional como
mundial e que precisa de ser combatido
através de medidas adaptadas à população
local e coordenadas entre vários setores da
sociedade.
Os resultados indicam também que os
idosos avaliados pelo Gmove+ percebem
como principais barreiras à prática de ati-
vidade física as más condições climatéricas,
considerarem já serem fisicamente ativos
e a falta de instalações perto de casa e/ou
falta de transporte para as atividades. Algu-
Instituto Politécnico da Guarda
ESECD moderniza equipamentos
A Escola Superior de Educação, Comu-
nicação e Desporto (ESECD) do Instituto
Politécnico da Guarda vai ser dotada com
uma nova sala tecnológica.
Os novos equipamentos informáticos
(da Apple Macintosh) “permitirão uma
alavancagem tecnológica para a formação
dos estudantes do IPG e para o desenvol-
vimento de aplicações, em ambientes de
elevada performance”, de acordo com o
que hoje se verifica nas mais prestigiadas
instituições de ensino superior. Esta sala
com 25 computadores de topo, permitirá
aos estudantes e docentes desenvolver pro-
cessos de ensino e aplicação tecnológica.
Para a Presidência do IPG isto cor-
mas destas barreiras podem ser colmata-
das através da articulação com os serviços
já disponibilizados pela Câmara Municipal
da Guarda (CMG). No entanto, outras bar-
reiras carecem de maior sensibilização
da população para a prática da atividade
física, processo este em que os profissio-
nais de saúde da ULS podem ter um papel
fundamental. Neste momento estão a ser
debatidas com a CMG medidas para levar
a prática da atividade física a mais idosos
do concelho, aumentando os locais de
atividade e procurando otimizar as redes
de transporte. Está previsto também a
inclusão de outras atividades no programa
Guarda+65, tomando em consideração as
motivações expressas pelos idosos durante
este primeiro estudo. Juntamente com a
ULS e com a CMG, está previsto, a curto
prazo, iniciar um programa de atividade
física especificamente direcionado os ido-
sos com diabetes, podendo ser alargado a
outras condições de doenças crónicas não
transmissíveis.
O projeto tem participado em várias
ações de sensibilização não só no concelho,
mas também no distrito.
responde a um esforço de alcançar in-
vestimento que incremente a capacidade
tecnológica detida e dotar a instituição dos
melhores recursos para a formação dos
seus estudantes e para um desempenho
de alto nível dos seus docentes.
De referir que foi também adquiridos
novos equipamentos na área da comunica-
ção e audiovisuais, viabilizando a moderni-
zação dos meios disponíveis e facilitando o
desenvolvimento de trabalhos e projetos
aplicados. “O IPG reforça a sua capacitação
para desenvolver ensino aplicado, poten-
ciado uma maior ligação às atividades
profissionais e aos desafios tecnológicos
e comunicacionais”, como foi sublinhado.
O Instituto Politécnico da Guarda
(IPG) vai ser equipado, no próximo ano,
com postos de carregamento para veícu-
los elétricos. Com estes equipamentos, o
IPG dá continuidade a mais um avanço
na sua política de eficiência energética.
Estes postos de carregamento para
veículos elétricos vão ser colocados no
campus do IPG, na Guarda, e igualmente
no campus da Escola Superior de Turismo
e Hotelaria (ESTH), em Seia.
Deste modo será possível permitindo
operacionalizar viagens com veículos
elétricos entre ambos os campus. Este
avanço e capacitação para a instalação de
postos de carregamento teve por base o
Programa para a Mobilidade Elétrica, su-
portado no Fundo Ambiental e o qual tem
por finalidade apoiar políticas ambientais
Educação e Investigação em Saúde
A Escola Su-
perior de Saú-
de do Instituto
Politécnico da
Guarda (IPG), vai
promover, a 12 de
Dezembro, as III
Jornadas de Edu-
cação e Investigação em Saúde.
Do programa das Jornadas constam
dois painéis onde serão apresentados
projetos de investigação, exposição de
posters de trabalhos de investigação,
Cooperação com o Chile
No Instituto Politécnico da Guarda
decorreu, na passada semana, uma reu-
nião de trabalho entre o Vice-Presidente
do IPG, Pedro Cardão, o Diretor da ESE-
CD, Pedro Tadeu, e Margarita Gaete,
docente da Universidade Andrés Bello
(UNAB) do Chile.
Este encontro teve por objetivo
III Jornadas de Educação na ESECD/IPG
Desafios, práticas e reflexões
A Escola Superior de Educação,
Comunicação e Desporto (ESECD) do
Instituto Politécnico da Guarda (IPG)
promoveu, nos dias 6 e 7 de novembro
de 2018, as III Jornadas de Educação in-
tituladas: “Desafios, Práticas e Reflexões”.
Estas jornadas, que contaram com
elevada participação, tiveram com ob-
Especial Ensino
que fomentem um desenvolvimento
sustentável, contribuindo para o cumpri-
mento dos objetivos e compromissos na-
cionais e internacionais, designadamente
os relativos às alterações climáticas.
Os referidos postos, a instalar em
2019, procuram dar resposta à comunida-
de do Politécnico da Guarda e permitem
atuar com maior eficiência na redução
de custos e na operacionalização de
transportes. Os carregadores para além
das economias geradas para a instituição
têm a função ambiental de mitigação das
alterações climáticas contribuindo para
a descarbonização da economia e, desta
forma, para o cumprimento de metas,
designadamente no domínio das energias
renováveis e da eficiência energética no
domínio dos transportes.
uma mesa redon-
da e workshops.
As inscrições
são gratuitas, bem
como a submissão
de resumos, que
deve ser feita até
2 de Dezembro.
O prazo limite das inscrições é até
7 de Dezembro. Outras informações
podem ser solicitadas através da conta
de correio eletrónica: jornadas.ess.ipg@
gmail.com.
preparar as linhas de orientação de uma
protocolo de cooperação a estabelecer
em breve com uma universidade chilena.
A referida docente visitou a Escola
Superior de Educação, Comunicação e
Desporto (ESECD) tendo ainda passado
pelo Gabinete de Mobilidade e Coopera-
ção/Relações Internacionais.
jetivo fundamental criar um espaço de
partilha de conhecimento em torno de
temáticas relacionadas com a educação
sexual ao longo da vida, a iniciação da
leitura e da escrita, o referencial de educa-
ção para o desenvolvimento na formação
inicial de educadores/professores e os
maus tratos em crianças e jovens.

Pinhel celebra
vinhos da Beira
Interior
Quarta edição do “Beira Interior – Vinhos & Sabores” decorre
entre sexta-feira e domingo no Centro Logístico
Vinho Casas Altas foi um dos vencedores da primeira edição do concurso “Escolha da Imprensa”
A quarta edição do “Beira
Interior – Vinhos & Sabores”
começa esta sexta-feira no Cen-
tro Logístico de Pinhel com 150
néctares de 28 produtores, o
concurso “Escolha da Imprensa”,
uma mostra de produtos locais
e a gala do concurso ibérico
Vinduero – Vindouro.
O certame decorre até do-
mingo numa área coberta de
2.300 metros quadrados, que
acolhe um salão de vinhos,
degustações e provas comenta-
das, um seminário, uma mostra
gastronómica regional, oficinas
e sessões de “showcooking”. Es-
tão presentes três restaurantes e
mais 32 expositores de produtos
locais como o mel, azeite, queijo,
enchidos, frutos secos e doçaria
tradicional, entre outros. Organi-
zada pelo município de Pinhel e
pela Comissão Vitivinícola Re-
gional (CVRBI), a feira “Beira Inte-
rior – Vinhos & Sabores” contem-
Pinhel
Câmara aprova orçamento de 20 milhões de euros para 2019
A Câmara de Pinhel apro-
vou, por maioria, o orçamento
de cerca de 20 milhões de euros
para 2019.
Cerca de cinco milhões de
euros destinam-se a obras com
candidaturas a fundos comuni-
tários aprovadas e outras com
candidaturas em curso, disse
pla também momentos musicais
e a segunda edição do concurso
“Escolha da Imprensa”, no qual
serão avaliados em provas cegas
os vinhos presentes no certame.
Os sucessores do Quinta dos Cur-
rais Colheita Seleccionada branco
2016 e Casas Altas Rufete tinto
2014 (de José Madeira Afonso),
vencedores no ano transato, serão
conhecidos amanhã.
O evento será também palco
da gala de entrega dos prémios
do XIVº Concurso Internacional
de Vinhos Vinduero - Vindouro,
organizado pela Associação
VinDuero-VinDouro, de Espan-
ha, que distinguiu os melhores
vinhos da Península Ibérica.
Paralelamente ao “Beira Interior
– Vinhos & Sabores” realiza-se
no sábado um passeio de todo-
o-terreno pelas vinhas do con-
celho e no domingo uma mara-
tona de BTT. Na apresentação do
certame, Rui Ventura, presidente
Rui Ventura na reunião do exe-
cutivo em que os documentos
previsionais para o próximo ano
foram aprovados. O presidente
do município acrescentou que,
face ao volume de obras em exe-
cução, será necessário «reduzir
despesas com a aquisição de bens
e serviços, assim como com os
AR
do município anfitrião, afirmou
que o “Beira Interior – Vinhos &
Sabores” quer dar a conhecer «o
território, o vinho, a gastrono-
mia, as nossas paisagens e todo
o nosso património». Por sua
vez, João Carvalho, presidente da
CVRBI, assumiu que o evento «já é
de referência em Portugal» e sub-
linhou que «não é qualquer região
vitivinícola que coloca à prova
150 vinhos, isto significa que os
produtores reconhecem cada
vez mais a importância do “Beira
Interior - Vinhos & Sabores”». Na
sua opinião, este evento é «im-
portante para a promoção deste
setor e tem feito crescer o mundo
económico dos nossos vinhos».
Atualmente a CVRBI conta
com 65 produtores, dos quais 61
são particulares e quatro adegas
cooperativas, das zonas vitiviní-
colas de Castelo Rodrigo, Pinhel
e Cova da Beira, nos distritos de
Guarda e de Castelo Branco.
apoios a instituições ou associa-
ções do concelho». No entanto, o
edil social-democrata ressalvou
que as transferências para as
coletividades «continuarão a ser
garantidas», embora tenha insisti-
do que «é preciso tentar conter as
despesas de um município cujas
receitas são limitadas».
Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 • •9
Aldeias Históricas
Cimeira pelos destinos
turísticos alternativos DR
O ministro Adjunto e da Na sexta-feira o ministro Adjunto
Economia Pedro Siza Vieira e a e da Economia entregará o certi-
secretária de Estado do Turismo ficado “Biosphere Destination”
Ana Mendes Godinho são alguns à Rede de Aldeias Históricas de
dos participantes na cimeira Portugal. Esta certificação, estra-
“International Summit: Cultural tégica para o território das Aldeias
Sustainable Destinations without Históricas de Portugal, premeia
Borders”, que decorre hoje e um conjunto de boas práticas de
amanhã na Aldeia Histórica de sustentabilidade na gestão deste
Idanha-a-Velha. destino turístico, alinhadas com
Trata-se de uma cimeira iné- as orientações da UNESCO e da
dita de turismo promovida pela Carta Mundial de Turismo Sus-
Associação Aldeias Históricas tentável de 2015.
de Portugal para sensibilizar os A cimeira conta também
poderes públicos para «a neces- com a presença de oradores
sidade de uma política comum, especialistas de todo o mundo,
à escala global, direcionada para como Peter Shackleford, asses-
áreas geográficas alternativas sor da UNWTO-World Tourism
aos destinos de massas». O en- Organization; Tomás Azcárate,
contro decorre na emblemática chairman do Instituto de Turismo
Sé Catedral de Idanha-a-Velha e Responsável; Lyublena Dimova,
servirá também para promover Research Project Manager da Co-
um debate sobre a classificação missão Europeia para o Turismo;
deste tipo de destinos e a sua Alexei Borisov, Secretário Geral
própria denominação – “Desti- da United Nations Association of
nos Turísticos Alternativos”. Na Russia; Luigi Cabrini, chairman do
sessão de abertura, s secretária de Global Sustainable Tourism Cou-
Estado do Turismo participa na ncil (GSTC) e Leandro de Lemos,
cerimónia de assinatura do con- Secretário de Desenvolvimento
trato da candidatura do Turismo Económico da Prefeitura Munici-
Acessível, por parte Associação pal de Porto Alegre, entre outros
Aldeias Históricas de Portugal. convidados.
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3E Consultores procura para empresa
cliente, no distrito da Guarda,
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contacto para o número 918177713.
10 • • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018
PUB Seia
ASAE apreende 2,3
toneladas de falso
queijo Serra da Estrela
A ASAE apreendeu 2.370 quilos
de queijo indevidamente classificado
com denominação de origem protegida
(DOP) Serra da Estrela numa fábrica
de Seia.
Em comunicado, a Autoridade de
Segurança Alimentar e Económica adi-
anta que o queijo estava «pronto para
ser comercializado como sendo DOP
“Serra da Estrela”» e foi confiscado na
semana passada pela brigada especial-
izada das indústrias da Unidade Region-
al do Centro numa ação inspetiva a uma
queijaria de Seia. Na mesma operação
foram também apreendidos 500 quilos
de queijo de ovelha curado. No total,
os produtos apreendidos representam
um valor estimado em 40.985 euros,
adianta a ASAE. Segundo este organ-
ismo de polícia criminal, esta operação
destinou-se «a apurar o modo como
os queijos eram produzidos naquela
unidade industrial», nomeadamente
«a matéria-prima (leite) utilizada, bem
como os restantes requisitos técnicos
necessários à certificação e utilização»
da denominação de origem protegida
“Queijo Serra da Estrela”.
Os queijos apreendidos «não se
encontravam adequadamente iden-
tificados, por forma a facilitar a sua
rastreabilidade, através de informação
cabal que permitisse detetar a origem
da matéria-prima (leite) e de seguir
o rasto do produto final», acrescenta
a ASAE, revelando que a fábrica não
colocou à sua disposição «os sistemas
e procedimentos que permitissem efet-
uar tal rastreabilidade». Os inspetores
recolheram também amostras de queijo
e de requeijão que iriam ser comercial-
izados com a DOP “Serra da Estrela”
para «garantir a segurança alimentar
do produto final e consequentemente a
saúde pública dos respetivos consumi-
dores». A utilização indevida da men-
ção “Serra da Estrela” nos queijos não
certificados, «além de induzir em erro
o consumidor quanto à genuinidade e
proveniência do produto, constitui uma
concorrência desleal entre os opera-
dores», recorda a ASAE. Em outubro, a
Autoridade de Segurança Alimentar e
Económica já tinha apreendido numa
unidade do distrito da Guarda cerca de
200 queijos e 18 mil rótulos, no valor
de 1.800 euros, por alegada usurpação
da DOP “Serra da Estrela”.
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Distinção
Europeu de Motocross vale prémio
do IPDJ à ACR Fernão Joanes
DR
A Associação Cultural e Recreativa
de Fernão Joanes (Guarda) venceu o
Prémio Boas Práticas Associativas 2018
do Instituto Português do Desporto e
Juventude (IPDJ).
A distinção foi atribuída pelo projeto
da etapa portuguesa do Campeonato Eu-
Fundão
Alcaide dedica fim de semana aos míscaros
Entre hoje e domingo decorre na
aldeia do Alcaide (Fundão) o Míscaros –
Festival do Cogumelo 2018.
Entre exposições, workshops, mos-
tras de cogumelos, os visitantes pode-
rão participar em passeios micológicos
e degustarem diferentes formas de
confeção de cogumelos e outras espe-
cialidades da região nas tasquinhas tí-
picas. Organizado pela Liga dos Amigos
do Alcaide, Câmara do Fundão e Junta
de Freguesia local, o festival surgiu com
Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 • • 11
PUB
VIII Feira
ropeu de Motocross 65cc/85cc, realizado
em maio passado, e será entregue a 5 de
dezembro. Para António Bico, presidente
da coletividade, este prémio «representa
o esforço e dedicação que a direção da
associação tem conseguido ao longo dos
últimos anos em prol do desenvolvimento
da freguesia e da dinamização de toda
a região neste evento internacional». 24 e 25 de Novembro 2018
A ACR de Fernão Joanes já tinha ganho
este prémio em 2014 com a Festa da
Transumância. Os Prémios “Boas Práticas
| Associativismo Juvenil” distinguem anu-
almente as associações juvenis inscritas
e efetivas no RNAJ (Registo Nacional das
Associações Juvenis) que se destacaram
pelas suas características e projetos de
relevo.
intuito de explorar o forte património
fúngico das encostas da Serra da Gar-
dunha. A organização garante que a
«segurança será um ponto primordial»
do evento, existindo um controlo de
qualidade e de segurança alimentar
de míscaros e tortulhos confecionados
no local realizado por uma entidade
externa certificada. O certame conta
ainda com um diversificado programa
de animação de rua e musical durante
o fim de semana.
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Matos & Prata, S.A.
Rua Vila de Manteigas, 1
6300-617 Guarda
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6000-459 Castelo Branco
Tel.: 272 098 217
12 • • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018

Matos & Prata chegou

à Covilhã
Ana Eugénia Inácio
Adquirir ou reparar uma
viatura BMW na região da Cova
da Beira é agora mais fácil. A
concessionária Matos & Prata
abriu portas no parque industrial
do Tortosendo (Covilhã), no pas-
sado sábado, e vai comercializar
e prestar serviços de assistência
mecânica a carros e motos da
marca alemã. Uma expansão da
concecionária que toca sobre
tudo ao fundador da empresa,
Laurindo Prata, que apesar de
hoje já não estar no ativo não es-
condeu o orgulho em ver nascer
um novo espaço na cidade onde
ele próprio começou a trabalhar.
Mas esta chegada da Matos &
Prata à Cova da Beira «é natural»,
afirmou o diretor-geral da empre-
sa sediada na Guarda. Com quase
50 anos de história, e instalada em
Castelo Branco há cinco anos, o
novo stand «tem a finalidade de se
aproximar dos clientes e amigos
da região da Cova da Beira», disse
José Prata. Hoje o grupo empre-
sarial cobre «o território entre
Freixo de Espada à Cinta, a norte,
e Mação, a sul», e tem «uma cota
de mercado da venda de viaturas
do setor premium acima da média
nacional», adiantou o respon-
sável, que está também seguro
de que «a Cova da Beira tem um
peso muito grande na faturação
da empresa, umas das razões
CONVOCATÓRIA
Inauguração contou com a presença do fundador da empresa, Laurindo Prata
porque investimos na Covilhã».
O investimento rondou os 650
mil euros e o novo espaço arranca
com 12 postos de trabalho, «com
possibilidade de crescimento», e
é feito a pensar «no conforto dos
nossos clientes», sublinhou José
Prata, explicando que «a partir de
hoje já não é necessária a desloca-
ção à Guarda ou a Castelo Branco
para a manutenção da viatura
PUB
Com o objetivo de estar mais perto dos clientes da Cova da
Beira, a empresa guardense apostou em novas instalações
no parque industrial do Tortosendo
BMW, ou ao Porto ou a Coimbra
para a moto BMW», pois estes são
serviços assegurados no parque
industrial do Tortosendo.
«Estar perto dos clientes»
foi uma das «preocupações»
deste projeto e, por isso, a esco-
lha da localização do novo stand
teve em conta a «centralidade
e proximidade» à Covilhã e ao
Fundão. A opção contou desde
Seia
Museu do Brinquedo reabriu com espaços
renovados
DR
cedo com o apoio da Câmara da
Covilhã, que foi o interlocutor
junto de alguns organismos. Pre-
sente na cerimónia, o presidente
da autarquia disse tratar-se de
«um dia importante» para a
cidade. «Esta aposta prova a
centralidade e capacidade do
ponto de vista económico e
social da Covilhã», considerou
Vítor Pereira. Para o edil, a Ma-
tos & Prata, com instalações em
três cidades beirãs, é o exemplo
de «união» necessário para «o
desenvolvimento económico da
região». Vítor Pereira afirmou
ainda que a Covilhã «tem con-
dições para estes e outros negó-
cios que brevemente surgirão»
e mostrou-se disponível para
apoiar quem quiser instalar-se
no concelho: «Cabe-nos a nós,
entidades públicas, ajudar e
criar condições para que es-
tes negócios se multipliquem,
algo que é fundamental para a
criação de trabalho e riqueza
para fixar pessoas na região»,
sublinhou Vítor Pereira.
“Welcome Weekend” no arranque
do novo stand
O novo espaço da Matos & Prata na Covilhã dá o pontapé de
arranque com um evento especial. Entre hoje e domingo decorre o
“Welcome Weekend”, que conta com viaturas seminovas «a preços
bastante atrativos», garante José Prata, que acrescenta que termina-
do o evento «os preços de venda ficam novamente sem o desconto».
Pinhel
Vinho e presunto
vão juntar “cidade
DR

IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE FORNOS DE ALGODRES

falcão” e Guijuelo
NIPC: 506 583 058 Pinhel e a localidade espa-
SEDE SOCIAL: Rua Dr.º Fernando Menano, Fornos de Algodres nhola de Guijuelo (Salamanca)
No uso dos poderes que me são conferidos pelo disposto no nº 2 alínea c) do Artº 22º do
estão a preparar um protocolo
COMPROMISSO DA IRMANDADE DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE FORNOS de geminação baseada na com-
DE ALGODRES, convoco uma Assembleia Geral Ordinária para o dia 29 de Novembro de plementaridade do vinho e do
2018 às 19:30 horas no, Centro Cultural de Fornos de Algodres, (Antigo posto da GNR) presunto, dois dos seus produ-
com a seguinte Ordem de Trabalhos: tos endógenos mais famosos.
1. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA
O acordo destina-se a re-
2. APRECIAÇÃO, DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DO PLANO DE ATIVIDADES E
ORÇAMENTO DE EXPLORAÇÃO PREVISIONAL E INVESTIMENTOS, PARA O ANO DE forçar os «laços de amizade e
2019, ASSIM COMO PARECER DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO. cooperação» que os dois muni-
3. OUTROS ASSUNTOS DE INTERESSE E INFORMAÇÕES GERAIS PARA A IRMANDADE cípios têm vindo a desenvolver
E DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE FORNOS DE ALGODRES. nos últimos anos. Segundo os
Se à hora agendada não se encontrar reunido o quórum imposto pelo nº 1 do Art.º 24º do O Museu do Brinquedo re- agora com destaque para o conti- parceiros, «a médio e longo
Compromisso da Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres, correspondente à abriu na semana passada após nente americano. Passou também prazo» pretende-se que este
maioria dos Irmãos Inscritos a Assembleia reunir-se-á, no mesmo local, 30 (Trinta) minutos trabalhos de manutenção, con- a ser possível visitar a sala de relacionamento se estenda «às
após a hora da primeira convocação, com qualquer número de presenças, nº 2 do Art. 24º. servação e limpeza do seu espólio, reserva, mas mediante marcação gentes de Pinhel e de Guijuelo
do citado Compromisso. e aos produtores de vinho e
e tem patente uma exposição de prévia. Aberto desde 2002, o
Os documentos em análise estarão disponíveis para todos os irmãos, nos Serviços
Administrativos da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres a partir bonecas artesanais de Paula Es- museu senense é um dos espaços de presunto, dois produtos de
do dia 26 de Novembro de 2018, podendo para o efeito serem solicitados. torninho. A mostra pode ser vista dedicados aos brinquedos mais qualidade ímpar». Futuramente,
até ao final de dezembro. completo do país, reunindo mais o objetivo é que estes produtos
Fornos de Algodres, 12 de Novembro, 2018 sejam promovidos em conjun-
Os visitantes poderão ainda de 10 mil peças, de várias épocas,
O Presidente da Assembleia Geral
apreciar a ampliação da área ex- grande parte das quais foram doa- to em Portugal e Espanha. O
positiva com o espólio em reserva, das por particulares e instituições. protocolo de geminação será
(António Manuel Pina Fonseca) caso das salas afetas à escola e à Segundo a autarquia, o espaço já rubricado em data a anunciar,
O Interior, nº 984 de 15/11/2018 cultura lúdica dos continentes, recebeu perto de 340 mil visitantes. nas duas localidades.

Opinião
Ovo de Colombo
Maria Callas, a Absoluta
Joana C. Pereira
Maria Callas foi a cantora
lírica mais famosa do século
XX e, para muitos, foi a melhor
de todos. A sua voz era quente,
brilhante, mas cheia e redonda,
e absolutamente inconfundível.
Nem sempre era perfeita
na sua técnica, como o era, por
exemplo, a sua “rival” Renata
Tibaldi, mas a música que fez
foi tão emocionalmente pode-
rosa que, ao escutá-la, todos os
perfecionismos e pormenores
técnicos passam para segundo
plano. Perante a sua entrega,
estes deixam de ter importância.
As suas interpretações
eram psicologicamente densas
Música
Painted Black, Clone e Trucks
no “Tortosendo Rock”
O “Tortosendo Rock” está de
regresso no sábado ao palco da
Casa da Vila.
Estão confirmadas as atu-
ações dos grupos Painted Black
(Tortosendo/Lisboa), Clone
(Guarda) e Trucks (Teixoso). O
evento dedicado às novas bandas
de pop/rock da região realizou-se
naquela vila do concelho da Cov-
ilhã durante vários anos, tendo
terminado em 2010 «por motivos
Publicação
“Hoje Fechei o Schegen” apresentado
amanhã na Covilhã
O centro cultural da Banda
da Covilhã acolhe esta sexta-
feira (21 horas) o lançamento
do livro “Hoje Fechei o Schegen”,
de António José Alçada, que será
apresentado por Rita Castelo-
Branco. Trata-se de uma viajem
no tempo, quando havia frontei-
ras e batalhas na Europa, «uma
realidade impensável nos nos-
sos dias que convida à reflexão
do leitor sobre a perseguição a
minorias, ao mesmo tempo que
procura mostrar os bastidores
da diplomacia, num contexto in-
temporal». Natural de Setúbal, o
DR
e profundas, e é extraordinária a
autenticidade das suas emoções
em palco e a complexidade que
incutia nas suas personagens. A
sua extensão vocal era também
um fenómeno por ser maior do
que o comum: era-lhe possível
cantar obras tanto para vozes
mais leves, como para vozes
mais pesadas, e até mesmo
alguns papéis de mezzosoprano.
Mas o mais espantoso em
Maria Callas é mesmo a sua
entrega, que é efetivamente
absoluta. Ofereceu o seu corpo,
a sua voz e a sua alma à arte. As
suas gravações continuam (e
continuarão) a ser referências
fundamentais no domínio da
música e do canto.
diversos», adianta a organização,
a cargo da Associação Jovem Tor-
tosendense (AJT). Os concertos
começam pelas 22 horas e os
promotores vão doar 0,50 euros
de cada ingresso (que custa 2,50
euros) vendido à Associação Cor-
das – O Gesto Que Faz a Diferença.
O “Tortosendo Rock” conta com
o apoio da Junta de Freguesia
local, Câmara da Covilhã e do
Tortosendo Motorizado.
DR
autor é engenheiro civil, mestre
em Hidráulica e doutorando em
Bioquímica na UBI.
Desenhos inéditos
de Santa-Rita Pintor
para ver no Museu
da Guarda
Secção é o destaque do 3º Salão de Outono, que inclui
exposições de Eurico Gonçalves, Xavier Seco, Susana Miranda
e de obras do último SIAC
A Guarda está no «epicentro»
da criação cultural do futurismo
com a exposição, pela primeira
vez em Portugal, de três obras
inéditas de Santa-Rita Pintor,
fundador daquele movimento
no nosso país no início do seculo
passado. Os desenhos podem
ser vistos no 3º Salão de Outono,
inaugurado no passado dia 7 no
Museu da cidade mais alta.
A afirmação é de João Mendes
Rosa, diretor da instituição, e prin-
cipal responsável por esta secção
dedicada ao futurismo na grande
mostra de arte contemporânea
que está patente até 8 de janeiro.
A existência destes três desenhos
foi revelada em maio deste ano
durante um colóquio de hom-
enagem a Guilherme de Santa-
Rita na Faculdade de Belas-Artes
de Lisboa. Trata-se de esboços
Artes performativas
Concerto audiovisual e dança no Festival Y
O Festival Y 14 - Festival de
Artes Performativas, organizado
pela Quarta Parede, prossegue
este mês na Covilhã.
Esta quinta-feira (21h30),
António Rafael e João Mar-
t i n h o M o u ra a p re s e n t a m
“NaN:Collider” no auditório do
Teatro das Beiras. Trata-se de
um concerto audiovisual imag-
inário criado a partir de dados,
Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 •
a lápis que são propriedade dos
herdeiros do livreiro-alfarrabista
Américo Francisco Marques, que
os comprou nos anos 50 a José
Campas, amigo de Santa-Rita
Pintor – que, antes de morrer,
ordenou que se queimasse toda
a sua obra – e seu companheiro
em Paris. Segundo o museu, os
desenhos são «singulares», pois
um deles está alinhado com a
escola modernista, «somando-se
ao pouco que se conhece do que
publicou» o artista nas revistas
“Orpheu” e “Portugal Futurista”
e ao quadro, inacabado, “Cabeça”,
exposto no Museu do Chiado. Os
outros dois podem incluir autor-
retratos, «exercícios de que se
conhece apenas os da Coleção
Gulbenkian», adianta o museu em
comunicado.
Na Guarda está ainda a pin-
técnicas, algoritmos e represen-
tações, inspiradas no contexto
da pesquisa e desenvolvimento
da exploração espacial. No sába-
do (15h30), no mesmo espaço, é
a vez de Yola Pinto protagonizar
“Poeira”, uma criação de dança
contemporânea que pretende
devolver a experiência de desco-
berta e de maravilhamento. A
música é de Noiserv.
• 13
LM
tura “Orfeu dos Infernos”, também
de Santa-Rita Pintor, que não era
exposta em Portugal desde 1925,
no Salão de Outono de Lisboa. O
Salão de Outono conta ainda com
uma exposição de um dos mais
emblemáticos representantes do
Surrealismo português, Eurico
Gonçalves, e mostras de Javier
Seco e Susana Miranda. Estão
igualmente patentes algumas
das obras produzidas no 3º SIAC
- Simpósio Internacional de Arte
Contemporânea, que decorreu
na Guarda em junho. Já no Cam-
pus Internacional de Escultura
Contemporânea está a instalação
“Via Pictórica – Painéis Digitais
Murais” e no Centro Cultural de
Vila Nova de Foz Côa há para
ver a exposição coletiva de gra-
vura “Discursos” e uma escultura
criada na cidade no último SIAC.
Música
Rogério Pires no
ciclo “Contradizer”
O guitarrista Rogério
Pires é o convidado do ciclo
“Contradizer” no sábado
(21h30), na sede do Calaf-
rio, no Rio Diz (Guarda). O
músico vai interpretar temas
do seu disco “Bagatelas” e
apresentar o seu livro “His-
torietas de Marim Afonso”.
14 • • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 Publicidade

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Sp. Covilhã regressa à zona
de despromoção
Serranos estiveram a ganhar até aos 66’ e sucumbiram à pressão do Famalicão,
que venceu 2-1 nos descontos
O Sp. Covilhã deixou escapar
a vitória em Famalicão, no do-
mingo, e regressou à zona de des-
promoção da IIª Liga. Os serranos
estiveram a ganhar desde muito
cedo mas os minhotos protagoni-
zaram a reviravolta no segundo
tempo da partida da nona jornada.
O Famalicão, que se assume
como candidato à subida, come-
çou bem, mas, aos 4’, na primeira
vez que o Covilhã pegou na bola, o
ponta-de-lança Deivison rematou
para golo após passe de Gilberto.
Os locais procuraram responder
de imediato, enquanto os visitan-
tes apostavam no contra-ataque e
dispuseram de duas ocasiões para
aumentar a vantagem. Aos 10’,
Adriano atirou à barra e, aos 27’,
Mica rematou por cima. Do lado do
Famalicão, o dianteiro Fabrício ten-
tou a sorte por duas vezes, mas, aos
33’, o primeiro cabeceamento saiu
ao lado e o segundo foi “travado”
por São Bento aos 43’. O intervalo
chegou com os serranos a vencer,
coisa rara esta época.
Campeonato de Portugal
Leça vence na Mêda
O Sp. Mêda esteve a ganhar
até aos 64’, mas deixou escapar
a vitória na receção ao Leça em
jogo da 11ª jornada do Campe-
onato de Portugal.
No domingo, o último
classificado da série B ainda
acreditou que era possível
pontuar pela primeira vez na
prova. O golo de Filipe Gusmão
aos 21’ e uma exibição asser-
tiva no primeiro tempo deram
esperanças, mas tudo mudou
Natação
Guardenses com doze medalhas
no meeting da cidade
O complexo de piscinas
municipais acolheu no fim
de semana o 10º Meeting de
Natação “Cidade da Guarda”,
organizado pelo Clube de Na-
tação local (CNG) com o apoio
do município.
A competição juntou 220
atletas em representação de
12 clubes de todo o país. O CNG
participou com 40 nadadores,
tendo-se destacado nas provas
masculinas com cinco medal-
has de ouro, duas de prata e
quatro de bronze. No sector
feminino as guardenses ob-
tiveram uma medalha de prata.
Fabrício deu muitas dores de cabeça à defesa covilhanense e marcou o golo da igualdade
Mas o jogo mudou de figura
no segundo tempo, com os locais
a aumentarem a pressão. Aos 49’,
Walterson quase fez o empate
com um remate que o guardião
serrano parou com dificuldade.
Estava dado o sinal de alerta
para a defesa visitante, que tudo
fazia para travar as investidas
no regresso das cabinas. Os
nortenhos surgiram mais em-
penhados e empataram aos
64’, consumando a vitória nove
minutos depois perante uns
medenses sem soluções para
contrariar as investidas dos
visitantes. O Sp. Mêda continua
no fundo da tabela e é agora a
única equipa do campeonato
sem qualquer ponto, uma vez
que o Redondense empatou no
domingo.
DR
Este fim de semana as piscinas
da cidade mais alta recebem
o Torneio Nadador Completo
Infantis/ Torneio de Fundo.
dos famalicenses. No entanto, o
empate chegou aos 66’ quando o
possante Fabrício cabeceou com
êxito um cruzamento de Koffi. O
golo galvanizou os locais, que in-
sistiram no ataque e conseguiram
a reviravolta aos 91’. Walterson
“desenhou” uma jogada de ataque
perfeita e contou com a infelici-
Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 •
DR
dade de Vítor São Bento, que se
fez ao lance mas deixou a bola
passar para o fundo das redes. A
partida estava sentenciada e os
visitantes, que mostraram outro
entrosamento, “caíram” para os
lugares de despromoção.
O campeonato da IIª Liga
sofre uma pausa e regressa a 2 de
• 15
Ficha de Jogo
Árbitro: Cláudio Pereira (Aveiro)
Árbitros assistentes: Vítor Manuel
Silva e Tiago Mota
E. Municipal,
Famalicão
Famalicão.................... 2
Defendi, Koffi, Hugo Gomes (Phaté
Ciss, 61’), Ricardo, David Luís, Hocko
(Anderson, 46’), Capela, Raphael
Guzzo (Fabinho, 69’), Feliz, Walterson
e Fabrício
Treinador: Sérgio Vieira
Sp. Covilhã................. 1
Vítor São Bento, Jean Batista, Rafael
Vieira, Jaime, Henrique Gomes, Mica
(Zarabi, 85’), Gilberto, Quiroga
(Makouta, 61’), Adriano, Rodrigues e
Deivison (Onyeka, 73’)
Treinador: Filipe Rocha
Golos: Deivison (4’), Fabrício (66’) e
Walterson (91’).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para
Hocko (35’), Fabrício (39’), Gilberto
(72’), Koffi (80’), Rafael Vieira (89’),
Adriano (89’) e Feliz (95’).
dezembro com os covilhanenses
a receberem o Farense, décimo
classificado. Mas este domingo os
serranos defrontam a Académica
no Santos Pinto, em jogo ante-
cipado da 16ª jornada, e no dia
25 jogam novamente em casa
com o Moreirense para a quarta
eliminatória da Taça de Portugal.
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CONVOCATÓRIA
Assembleia Geral Ordinária
Nos termos da alínea c) do ponto 2 do Artigo 29º dos Estatutos, convoco
os associados para a Assembleia Geral Ordinária, a realizar no dia 30
de novembro de 2018, pelas 20:00 horas, no edifício do CAO-Centro de
Atividades Ocupacionais (antiga Escola Primária), sito na Rua do Ribeiro
em Vale de Estrela, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1- Apresentação, discussão e aprovação do Plano de Atividades para o
ano 2019;
2- Apresentação, discussão e aprovação do Orçamento de Exploração
Previsional e Investimento para o ano 2019;
3- Informações gerais sobre a associação.
NOTA 1: Não estando presentes pelo menos metade dos associados com
direito a voto, à hora marcada nesta convocatória, a Assembleia Geral
reunirá meia hora depois com qualquer número de associados presentes,
como previsto nos estatutos da associação e nos termos da lei em vigor.
NOTA 2: O Plano de Atividades e Orçamento de Exploração Previsional e
Investimento para o ano 2019, encontram-se para consulta dos associados,
na sede da associação, sita na Rua da Escola, em Vale de Estrela.
Vale de Estrela, 13 de novembro de 2018.
O Presidente da Assembleia Geral
(Carlos Alberto Cunha Pires)
O Interior, nº 984 de 15/11/2018
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até nova comunicação aos pagamentos das subscrições que vos forem apresentadas pelo Jornal O Interior.
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Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste
Juízo Local Cível de Sintra - Juiz 2
Palácio da Justiça - Av. General Mário Firmino Miguel, n.º 2
2714-556 Sintra
Telef: 219100500 Fax: 211545157 Mail: sintra.judicial@tribunais.org.pt
Processo: Justificação no Caso de Morte Referência: 115908464
12771/17.0T8SNT Presumida Data: 02-11-2018
Requerente: Maria Manuela Capelas Figueiredo
Requerido: Joaquim Braz Figueiredo e outro(s)...
ANÚNCIO
A Mmª Juiz de Direito Dra. Marta Rocha Gomes, do Juízo Local Cível de
Sintra - Juiz 2 - Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste:
Faz saber que nos autos acima identificados, foi proferida sentença em
29-10-2018 a declarar a morte presumida de Joaquim Braz Figueiredo,
nascido a 27-09-1915, na freguesia de Prova, concelho de Meda e com
última residência conhecida em Prova, Meda, reportando-a ao ano de 1953.
A Juiz de Direito,
Marta Rocha Gomes
O Oficial de Justiça,
Agostinha Costa Nunes
Condições gerais dos classificados
1. Preencha o cupão com texto em maiúsculas,
deixando um espaço entre cada palavra.
Grátis
2. O preço é acrescido de IVA à taxa legal em vigor.
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3. É obrigatório o envio do número de contribuinte (NIF).
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obrigatório. A falta de elementos pode implicar a não
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Euros
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publicidade que não esteja de acordo com a sua
orientação editorial.
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7. Não se aceitam cópias, faxes ou emails deste cupão.
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* Grátis até à 2ª publicação, a partir
da qual acresce um custo de 2 euros.
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Convocatória
Ao abrigo do art n.º 27 alínea c) convocam-se todos os sócios da Casa do Povo de
Bendada para uma reunião de Assembleia-Geral que irá decorrer no próximo dia 25
de Novembro pelas 14 horas e 30 minutos na sede da associação.
A assembleia terá a seguinte ordem de trabalhos:
1) Apreciação e votação do Orçamento para o ano de 2019.
2) Apreciação e votação do Programa de Acção para o ano de 2019.
Se à hora marcada não se verificar o número legal de associados com direito a voto, será
a mesma realizada 30 minutos depois com qualquer número de associados presentes.
Bendada, 31 de Outubro de 2018
A Presidente da Assembleia-Geral
Delfina Janela Pires Fernandes
Anexo: Resumo do Orçamento para o ano de 2019
Notas:
- Os sócios presentes, com direito a voto, deverão assinar a respectiva folha de
presenças junto da Presidente da Assembleia;
- De salientar que apenas os sócios com mais de um ano de inscrição e com quotas
em dia terão direito a voto.
- Relativamente ao orçamento para o ano de 2019, caso haja necessidade de uma
consulta mais detalhada o mesmo encontra-se disponível nas instalações da instituição.
ORÇAMENTO POR VALÊNCIAS C4SA DO POVO DA BENDADA ANO 2019
Valências Ap.Domicil. Centro dia Lar Total
Conta
71 - Cedência de Fraldas 0,00 0,00 0,00 0,00
72 - Prestações 34583,77 8210,86 258564,63 301359,26
721 - Matriculas e Mensalidades 33996,66 8097,72 256207,00 298301,38
72116 - Refeições Alunos da Escola 570,98 110,03 2292,87 2973,88
72118 - Refeições - Outros 16,13 3,11 64,76 84,00
0,00 0,00 0,00 0,00
75 - Comparticipações e Subsídios a Exploração 62910,53 12661,24 157887,87 233459,64
751 do Sector Público Administrativo 62522,40 12586,44 156329,28 231438,12
7511 - Centro Regional de Segurança Social 62522,40 4073,40 156329,28 222925,08
7511414 - Complemento de Vagas 0,00 8513,04 0,00 8513,04
752/9 - de Outros Sectores 388,13 74,80 1558,59 2021,52
78 - Outros Proveitos e Ganhos 5683,18 1095,22 22821,54 29599,94
7821 - Descontos Concedidos 0,08 0,02 0,34 0,44
7883 - Subsídios ao Investimento 1544,54 297,65 6202,27 8044,46
7884 - Fisioterapia 76,22 14,69 306,09 397,00
7885 - Restituição Impostos (IVA) 647,88 124,85 2601,65 3374,38
7886 - Material de Incontinência
7887 - Quotas
2099,52 404,60 8430,88
446,40 86,03 1792,87
10395,00
2325,00
7888 - Outros 868,54 167,38 3487,74 4523,66
79 - Juros e O. Pro. Bancários
Subtotal (1) - Proveitos e Ganhos
0,00 0,00 0,00
103177,48 21967,32 439274,04
0,00
564418,84
61 - Custo das Merc. Vendidas Mat. Consumidos 14024,80 2702,70 56318,35
61611 - Géneros Alimentares 14024,80 2702,70 56318,35
73045,85
73045,85
61-61611 Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
62 - Fornecimentos e Serviços Externos
621 - Subcontratos
20721,79 3993,27 83210,89
0,00 0,00 0,00
107925,95
0,00
622 - Serviços Especializados 1923,23 370,62 7722,95 10016,80
6221 - Trabalhos Especializados 1076,23 207,40 4321,73 5605,36
6222 - Publicidade e Propaganda 56,68 10,92 227,60 295,20
6223 - Vigilância e Segurança 0,00 0,00 0,00 0,00
6224 - Honorários 0,00 0,00 0,00 0,00
6225 - Comissões 0,00 0,00 0,00 0,00
6226 - Conservação e Reparação 790,32 152,30 3173,62 4116,24
6228 - Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
623 - Materiais 2338,73 450,69 9391,46 12180,88
6231 - Ferramentas e Utensílios de Desgaste Rápido 539,74 104,01 2167,37 2811,12
6232 - Livros e Documentação Técnica 0,00 0,00 0,00 0,00
6233 - Material de Escritório 245,34 47,28 985,19 1277,81
6234 - Artigos para Oferta 0,00 0,00 0,00 0,00
6235/6238 - Outros 1553,65 299,40 6238,90 8091,95
624 - Energia e Fluidos 9230,99 1778,89 37068,19 48078,07
6241 - Electricidade 2400,36 462,57 9638,97 12501,90
6242 - Combustíveis 6134,46 1182,16 24633,68 31950,30
6243 - Água 696,17 134,16 2795,55 3625,88
6248 - Outros 0,00 0,00 0,00 0,00
625 - Deslocações e Estadas 0,00 0,00 0,00 0,00
626 - Serviços Diversos 5856,05 1128,52 23515,71 30500,28
6261 - Rendas e Alugueres 0,00 0,00 0,00 0,00
6262 - Comunicação 363,06 69,97 1457,93 1890,96
6263 - Seguros 338,02 65,14 1357,36 1760,52
6266 - Contencioso e Notariado 23,04 4,44 92,52 120,00
6268 - Limpeza Higiene e Conforto 5131,93 988,97 20067,90 26728,80
0,00 0,00 0,00 0,00
627 - Outros 1372,79 264,55 5512,58 7149,92
63 - Custos com o Pessoal 60667,25 11691,09 243616,94 315975,28
632 - Remunerações do Pessoal 49202,96 9481,82 197580,66 256265,44
6321 - Remunerações Certas 49202,96 9481,82 197580,66 256265,44
6312 - Remunerações Adicionais 0,00 0,00 0,00 0,00
633 - Formação Profissional 0,00 0,00 0,00 0,00
635 - Encargos Sobre Remunerações 10972,26 2114,45 44060,48 57147,19
636 - Seguros 492,03 94,82 1975,80 2562,65
637/8 - Outros Custos com Pessoal 0,00 0,00 0,00 0,00
64 - Amortizações 6389,07 1231,23 25656,13 33276,43
67 - Provisões 0,00 0,00 0,00 0,00
68 - Outros Gastos e Perdas 182,71 35,21 733,70 951,62
681 - Impostos 131,91 25,42 529,71 687,07
688 - Outros 50,80 9,79 203,99 264,58
O Interior, nº 984 de 15/11/2018 O Interior, nº 984 de 15/11/2018
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Numerário

Futebol distrital
Aguiar da Beira, S. Romão, Celoricense,
Vila Cortês e Soito seguem na Taça
O São Romão, Sp. Celori-
cense, Vila Cortês do Mondego
e o Soito apuraram-se para a
segunda eliminatória da Taça de
Honra da AF Guarda e juntam-se
ao Aguiar da Beira, que derrotou
o Fornos de Algodres por 1-0 na
semana passada.
No domingo, o São Romão
(Iª Divisão) foi ganhar 5-0 a
Vilar Formoso (Iª) e o Celori-
cense (Iª) – na foto – causou a
surpresa da tarde ao afastar o
favorito Figueirense (Iª) com
uma vitória caseira por 2-1. Já a
equipa do concelho da Guarda
Vila Cortês do Mondego (Iª)
ganhou 3-1 em Vila Franca das
Naves (IIª), enquanto o vence-
dor do jogo Trancoso-Soito,
duas formações da Iª Divisão, foi
encontrado através da marcação
de grandes penalidades devido
ao empate a uma bola no final
tempo regulamentar. A sorte sor-
Corta-mato
Matilde Rodrigues e Rafael Baraças ganham na Guarda
Matilde Rodrigues (Casa do
Benfica de Faro) e Rafael Baraças
(CA Seia) venceram no domingo
o 29º Corta-Mato de S. Martinho,
que decorreu no parque urbano
do Rio Diz, na Guarda.
A prova foi organizada pela
Associação de Atletismo da
Guarda (AAG) e realizou-se
sob chuva constante. A corrida
de absolutos masculinos, com
6.000 metros, foi ganha por um
atleta ainda júnior com a marca
de 21m11s, com o segundo clas-
sificado, Alexandre Venâncio
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Numerário
riu aos raianos, que converteram
sete penáltis contra seis da equipa
da “cidade de Bandarra”. A partida
entre o Pala (Pinhel), da IIª Di-
visão, e o Gouveia (Iª) foi adiada
devido ao mau tempo. Na próxima
eliminatória, agendada para 20
de janeiro, os clubes que ficaram
isentos nesta primeira fase –
Freixo de Numão (IIª Divisão),
Casal Cinza (IIª), Vilanovenses
(Iª), Nespereira (IIª), Manteigas
(Iª), Paços da Serra (IIª), Foz Côa
(IIª), Sp. Sabugal (Iª), ADC Cas-
telos (IIª) e Estrela de Almeida
(Iª) – juntam-se aos apurados
São Romão, Sp. Celoricense, Vila
Cortês do Mondego e Soito.
Manteigas lidera Iª
Divisão
Com a paragem do campe-
onato, o Manteigas e o Fornos de
Algodres acertaram o calendário
(CA Seia), a cortar a meta 17
segundos depois. O pódio ficou
completo com Cristiano Pereira
(Casa Povo de Mangualde), que
concluiu em 22m29s. Nas sen-
horas, a atleta sub-23 algarvia
completou os 4.000 metros em
18m04s, menos quatro seg-
undos que a master 40 Sabina
Neca (Senhora do Desterro, São
Romão). A veterana Maria de
Lurdes Monteiro (Casa Povo de
Mangualde) terminou na ter-
ceira posição com o tempo de
18m41s. Nos restantes escalões,
DR
da Iª Divisão ao disputarem o
jogo em atraso da quarta jor-
nada. Os serranos ganharam
1-0 no Municipal da Serra da
Esgalhada e ascenderam à
liderança da competição com
15 pontos, mais que o Aguiar
da Beira, segundo classifi-
cado. Por sua vez, Figueirense
e o Vila Cortês do Mondego
repartem a terceira posição,
com 13 pontos. O campeonato
regressa este domingo com
os jogos Vilanovenses -Mantei-
gas, Aguiar da Beira-Sabugal,
Figueirense-Vila Cortês, Soito-
Vilar Formoso, Celoricense-
Fornos, São Romão-Trancoso
e Estrela Almeida-Gouveia. Na
IIª Divisão disputa-se a terceira
jornada com as partidas Vila
Franca-Paços da Serra, Pala-Foz
Côa, Nespereira-ADC Castelos e
Freixo de Numão-Casal Cinza.
Folga o Guarda Desportiva.
Beatriz Ribas (Penta Clube da
Covilhã) venceu em benjamins,
Carolina Almeida (Leões da
Fronteira, Vilar Formoso) e Edu-
ardo Pereira (CA Seia) ganharam
em infantis. Joana Marques e
Mário Vicente (ambos do CA Seia)
foram os primeiros em iniciados,
Margarida Sá (Leões da Floresta,
Covilhã) e João Pais (CA Seia)
venceram a corrida dos juvenis e
Carlos Nunes (Casa Povo de Man-
gualde) a prova dos veteranos. A
competição juntou 64 atletas de
vários escalões etários.
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Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 • • 17
Ciclocrosse
Roberto Ferreira terceiro em Vila Real
Roberto Ferreira (BTT
DR
Seia) fechou o pódio da primei-
ra prova da Taça de Portugal de
Ciclocrosse, que teve lugar em
Vila Real no domingo.
A corrida de elite mascu-
lina foi ganha por Vítor Santos
(Quinta das Arcas/Jetclass/
Xarão), detentor do troféu, no
final de um duelo intenso com
Miguel Salgueiro. O corredor
da Sicasal/ Constantino/ Delta
Cafés cortou a meta no segundo
lugar, a 13 segundos do vence- Caetano (individual). A segunda
dor. Na terceira posição termin- corrida da Taça da Portugal de
ou Roberto Ferreira, a 3m06s. Ciclocrosse está agendada para
Nas senhoras ganhou Isabel dia 25 deste mês, em Bragança.
Jiu-jitsu
Sérgio Henriques terceiro no Pinhal Novo
Sérgio Henriques, do Clube
DR
de Judo da Guarda, foi terceiro
classificado na terceira edição
do torneio de jiu-jitsu brasileiro,
realizado no domingo no Pinhal
Novo (Palmela).
O atleta disse ter ficado
desapontado com resultado,
que terá ficado a dever-se a «um
erro de arbitragem que não me
permitiu lutar pelo ouro», refere
em comunicado. No entanto, Campeonato do Mundo, a dis-
o guardense considerou ter putar na Suécia no dia 24 deste
cumprido o seu objetivo, que mês. O clube guardense alinhou
era preparar a participação no com três atletas.
Judo adaptado
Maria Ribeiro é vice-campeã nacional DR
Em simultâneo com o egoria de peso, -57kg, teve de
Campeonato Nacional de sen- competir no escalão acima,
iores, a Federação Portuguesa em -63kg, onde conseguiu
de Judo organizou pela primei- conquistar a medalha de prata.
ra vez o Campeonato Nacional Este sábado, em simultâneo
de Judo Adaptado/Síndrome com o XVº Torneio de judo “Ci-
Down. dade do Sabugal”, realizar-se-á
O Sabugal participou com o IIº Open de judo adaptado do
a judoca Maria Ribeiro, que Sabugal no qual participarão
devido à ausência da maioria os judocas da Associação “Paz
das adversárias na sua cat- e Bem”, do Soito.
Cupão de Assinatura
Nacional_ ____ Semestral.. (12,5€) Anual.. (25e)
Estrangeiro_ Semestral.....(15€) Anual.. (30e)
18 • • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018
agoradigoEU
opinião
Albino Bárbara
A fábula, no cozido
à portuguesa, falada
agora em alemão
As fábulas são textos literários, protagonizadas por ani-
mais, narram pequenas virtudes, alguns vícios e terminam
quase sempre naquilo que convencionalmente designamos
por lição de moral. As histórias começam assim “Era uma
vez…”
O grego Esopo foi o pai da fábula dando o mote ao
romano Caio Fedro. É, no entanto, Jean De La Fontaine que
assume todas as fábulas. Ao bom do francês jamais lhe
passaria pela cabeça que os seus textos pudessem vir a
encaixar a 100% nas pequenas/grandes historietas das tais
“toy stories” de terror, contadas no cenário quotidiano do
bem conhecido cantinho à beira mar plantado:
A cigarra preguiçosa, a raposa sem rabo, a galinha dos
ovos de ouro, a lebre e a tartaruga, o pavão invejoso e ainda
um lobo imprudente são fábulas da vida real, do desporto,
da sociedade, da tropa, da política onde ganham destaque e
marcam permanente presença os oportunistas do sistema,
os vígaros de cá e de lá, os ladrões e, isto sem esquecer,
os vendidos, os rendidos aos holofotes das passerelles
da vaidade, das tais ditas “fakes news”. E neste tão bem
preparado cozidinho à portuguesa pergunta-se:
Será que o verniz não estala quando se pintam as
unhas? Será que desde Viana todas as virgens têm de
ser ofendidas? E as alheiras de Mirandela, neste cozido,
tornaram-se azedas e indigestas?
Pois bem, os valores estabelecidos na Lei nº 4/85 de
9/04, com uma série de revogações à mistura, determinam
que Sªs Senhorias tenham um vencimento base de 3.624
euros mais despesas de representação, no valor de 370
euros + 69 euros por dia em ajudas de custo por presença
+ deslocações em trabalho político 376 euros (Dec-Lei
137/2010) a ainda 36 cêntimos por km em carro próprio
numa viagem semanal entre a residência e a Assembleia,
e vice-versa. Tudo somado passa dos 5.000 euros, perce-
bendo-se, que segundo o estatuto da casa da democracia,
o deputado perde o mandato deixando de comparecer a
quatro reuniões do plenário.
É neste contexto que damos conta dos apêndices, dos
boy’s e girl´s, dos apresentadores e das apresentadoras
da “society”, dos gestores iluminados, dos fazedores mer-
cantilistas das célebres PPP’s, dos da banca e da empresa
pública, dos nomeados e dos provenientes de algumas
economias subterrâneas.
Cristiano, mesmo a dormir, ganha 3.400 euros por
hora. 57 euros por minuto.
E é aqui que temos de olhar para a outra face. Assim,
no revés da medalha verificamos que as Alices não estão
todas no país das mil e uma maravilhas.
No recente inquérito, do insuspeito INE, às condições
de vida e rendimento, verificamos que através do Observató-
rio das Desigualdades, um quarto da população portuguesa
(2,5 milhões de almas), nossos concidadãos, são pobres ou
estão em risco de pobreza ou de exclusão social.
Pois bem, no país de abril continua a haver desi-
gualdades gritantes, continua a haver dois pesos e duas
medidas e, todos nós, de uma ou de outra forma, somos
corresponsáveis por elas.
Como servidor do Estado, todos os dias sou obrigado,
e bem, a fazer o registo biométrico de reconhecimento digital
à entrada e à saída do serviço, não havendo senhas, palavras
passes ou qualquer outra forma de marcar a minha presença.
Se assim é, e partindo do princípio que Sªs Senhorias também
são servidores do Estado, a pergunta torna-se pertinente:
Depois de tanta bronca, de tanta justificação, de tanto
palavreado barato, de tanta polémica, porque será que não
existe na Assembleia da República o tal registo biométrico
para colocar o dedo à entrada e à saída dos trabalhos?
Sempre me disseram que o exemplo deve vir de cima
e, como a língua alemã parece estar em voga, termino: “Ich
wunsche ihnen noch einen schonen tag”. (traduzindo, “resta
desejar-lhe um resto de dia feliz”).
O mundo ao contrário
opinião
José Carlos Lopes
O final de outubro marcou-me por uma condenação a
16 meses de prisão efetiva de um ex-enfermeiro do Ultramar
por ter efetuado uma cesariana sem anestesia à sua cadela
e da qual resultou a morte da mesma e dos nados-vivos, os
quais sufocaram ao serem colocados num saco de plástico
no caixote do lixo. Foi uma decisão histórica desde que a lei
que penaliza os maus tratos contra animais de companhia
entrou em vigor em 2014. O juiz considerou que o réu não
atuou para ajudar a cadela, nem que terá havido um qual-
quer motivo legítimo ou estado de necessidade que tivesse
justificado aquela intervenção grosseira. O juiz terá referido
ainda que se a cadeia não servia para penalizar a cruelda-
de, serviria para quê? Daí ter afastado a possibilidade de
substituição do cárcere pela pulseira eletrónica ou serviço
comunitário. Perguntam-me se concordo? Parcialmente. Va-
mos tentar enquadrar e calibrar esta decisão segundo outras
perspetivas e concluir ou não da sua justeza e equidade.
Porque não se condenam também donos de cães que
os mantêm em casotas de metal, com correntes de metro
à esturra do sol ou ao gelo ou que vivem em varandas ou
outros locais exíguos em condições semelhantes? Um
bandarilheiro que, a sangue frio, espeta uma série de ferros
no dorso de um desgraçado touro para deleite de uma cada
vez menor e sanguinária “afición” não estará a provocar
uma dor semelhante ou maior num animal? Porque não
vai preso? Porque não vão presos os barranquenhos que
matam na arena os seus touros? Porque não vão presos os
empresários circenses que condenam belos exemplares de
animais selvagens a uma vida de sofrimento e os confinam
a celas pouco maiores que eles? Porque não vão presos
os produtores de leite que retiram das vacas os bezerros
acabados de nascer, provocando um imenso sofrimento
às mães e submetendo-as depois a anos de escravidão,
destinando-as a comer e beber e ordenhar em celas com o
seu tamanho e longe da natureza e depois de acabarem de
joelhos por exaustão são mortas para carne? Porque não
se encarceram produtores pecuários que produzem porcos
que nunca verão a luz do dia ou os que produzem galináceos
na mesma situação?
Se é para proteger, e bem, os direitos dos animais,
toca a prender esta gente toda então. Mas não é isso que
No aniversário do Centro
anotações
Cultural da Guarda…
opinião
Hélder Sequeira
O Centro Cultural da Guarda assinala, no próximo
sábado, o 56º aniversário. É uma instituição que continua a
desenvolver o seu projeto, intervindo no quotidiano citadino
através das suas várias valências.
Compreenderemos melhor a sua eminente função cul-
tural e social se recuarmos à primeira metade do século XX
e remetermos os leitores para panorama cultural da Guarda
nesse época; período onde foram registadas distintas
fases, entre as quais se evidenciaram o teatro e a música;
nesta última área destacaram-se os Orfeões Egitaniense e
o Egitânia, bem como a Banda do Regimento de Infantaria
12 que animava as tardes de domingo na Praça Velha e,
depois, no jardim José de Lemos, conhecido por Campo.
No ano de 1956 nasceu uma delegação do Movimento
Pró-Arte (organização lisboeta dedicada, essencialmente, à
música) que despertou muito interesse nos meios intelectu-
ais, propondo-se oferecer música de qualidade. O Montepio
Egitaniense acolheu esta delegação, tendo sido criado um
curso de música, destinado a todos os interessados.
Começou, por essa altura, a germinar a ideia de
uma nova estrutura vocacionada para a cultura. Como foi
realçado, «a criação do Centro Cultural da Guarda foi um
sonho lindo, tornado realidade por um grupo de guarden-
ses apaixonados pela música, presididos e orientados pelo
Dr. Mendes Fernandes e galvanizados pelo entusiasmo e
persistência do Dr. Virgílio de Carvalho».
Foi este grupo que, sensibilizando a direção do Monte-
pio Egitaniense, passou a dispor de um salão onde promo-
veu audições musicais, abertas ao público, empenhando-se,
acontece porque esta lei é cirúrgica para animais de com-
panhia, porque mesmo a esquerda protetora dos animais
quer continuar a comer umas boas costeletas, coxas ou
entremeadas e não está para abdicar disso. E se eu tivesse
um porco de estimação, já poderia abrir-lhe o bucho a
sangue frio só por ser porco, ou não poderia por ser de
estimação? Qual é a diferença entre o sofrimento de uma
cadela à qual executaram uma cesariana a sangue frio e o
de um porco que executamos num banco de madeira esper-
neando enquanto se esvai em sangue no dia da matança?
Haverá diferença? É que se o que nos preocupa mesmo é
o bem-estar animal, toca a mandar prender os produtores
pecuários, mas também os transportadores de animais que
os levam milhares de quilómetros, por essa Europa fora, em
condições abjetas. Mas não há coragem para isso porque o
que interessa aos carnívoros é continuarem a saborear os
produtos animais ignorando os maus tratos que esses sofre-
ram até à sua morte “misericordiosa”. Não passamos de uns
faz-de-conta, uns consumidores covardes, uns cínicos e uns
hipócritas. Por isso ficamos muito contentes e aplaudimos
ações “corajosas” como a deste juiz enquanto comemos
leite com “corn flakes” ao pequeno almoço, degustamos
um bife de vitela ao almoço ou comemos uns secretos de
porco preto ao jantar e vemos as notícias.
Passando a coisa agora para humanos vs humanos:
Porque é que se condena alguém por um crime contra um
animal a prisão efetiva, provavelmente réu primário, e se
deixam à solta familiares que maltratam os seus idosos ou
os abandonam em hospitais ou lares? Porque se prende o
polícia que bate no criminoso e o criminoso que bate no
polícia sai em liberdade? Porque é que banqueiros corruptos
e ladrões, que devido às suas gestões danosas levaram à
ruína e ao suicídio muitos seres humanos, não foram ainda
presos? E já agora muitos dos políticos que nos desgover-
naram e que andam por aí a rir-se da nossa justiça, porque
não foram ainda condenados? Há neste país desde há muito
tempo uma tendência, também da magistratura, em ser-se
forte com os fracos e fraco com os fortes, uma perda total
de perspetiva e de análise do real peso das ações humanas e
das suas consequências sobre os outros fazendo parecer ao
comum dos mortais que o mundo está mesmo ao contrário.
igualmente, no desenvolvimento de uma ação formativa. A
atividade da delegação da Pró-Arte não teve a continuidade
desejada e surgiram alguns interregnos.
Após um período de alguma estagnação, em termos
de atividade, os dinamizadores do referido núcleo cultural
concluíram, definitivamente, pela necessidade de uma ins-
tituição que funcionasse como plataforma impulsionadora
de projetos e incrementasse a formação musical. O Dr.
Virgílio de Carvalho presidiu à Comissão Promotora do
Centro Cultural. Os estatutos do Centro Cultural da Guarda
foram apresentados, para a devida aprovação ministerial,
em 17 de novembro de 1962.
A história do Centro Cultural é o somatório da ação
e empenho de muitas personalidades e outrossim dos
contributos dos seus associados, em especial aqueles que
intervieram, ativa e diretamente, nas atividades das várias
secções. A identidade desta instituição guardense tem
sido, ao longo destes 56 anos, preservada e suportada
pelas pedras basilares do lema que o CCG adotou desde o
seu nascimento.
O seu percurso assenta, assim, numa convergência
de esforços, mas muito deve a personalidades que, com
a sua cultura, saber, entusiamo e capacidade de realização
souberam manter e revitalizar um projeto de grande alcance
cultural e social; tiveram uma consciência clara das difi-
culdades mas não desistiram nem perderam a esperança.
O Centro Cultural da Guarda bem merece a homenagem
e o apreço de todos nós. Parabéns por mais um aniversário
e pela defesa do lema “Pela Guarda, pela Arte, pela Cultura”.

opinião
Sofia Colares Alves *
A solidariedade
europeia no apoio
aos trabalhadores
Muitos europeus, em especial os mais jovens,
dão-se conta de que a globalização e as alterações
que lhe estão associadas podem melhorar as suas
vidas e têm razão em pensar assim. A cooperação
económica global e o progresso tecnológico geram
oportunidades para a economia, para as empresas
e para os cidadãos europeus. Mas a globalização
também suscita preocupações, já que a ela tam-
bém estiveram – e continuam a estar –associados
a perda de postos de trabalho e o aumento das
desigualdades sociais.
A Comissão Europeia está empenhada em
proteger e capacitar os cidadãos europeus para
melhor responderem aos desafios da globalização.
Especificamente na área do mercado laboral, a Co-
missão introduziu o Fundo Europeu de Ajustamento
à Globalização (FEG) que, até hoje, já ajudou mais
de 150 mil trabalhadores.
Criado em 2007, o FEG nasceu para ajudar os
trabalhadores a adaptarem-se às consequências da
globalização. O fundo fornece apoio a pessoas que
perderam o seu posto de trabalho como consequên-
cia da concorrência internacional: por exemplo, no
contexto do encerramento de uma grande empresa
ou da transferência da produção de uma fábrica
de um país europeu para um país fora da UE. No
total, são 150 milhões de euros anuais destinados
a cofinanciar projetos de formação de trabalhadores
ou ações de orientação profissional que ajudem os
profissionais despedidos a encontrar trabalho ou a
criar a sua própria empresa.
Em setembro, a Comissão Europeia propôs
a aplicação do fundo em Portugal para auxiliar
ex-trabalhadores do setor do vestuário da região
Norte, Centro e Lisboa após o encerramento de duas
grandes empresas que não conseguiam competir
com a concorrência de artigos de vestuário impor-
tados de outras partes do mundo, como a China e
o Bangladeche. No total, são 4,7 milhões de euros
destinados a cofinanciar um pacote de medidas que
vão facilitar a inserção de 730 jovens no mercado de
trabalho. Esta é uma demonstração da solidariedade
europeia que, entre outros exemplos, proporciona
fundos e instrumentos destinados a garantir um
elevado nível de emprego e proteção social sólida
para todos os trabalhadores da Europa.
Apoiados pelo Fundo estão, também, os
jovens NEET, isto é, os jovens que não trabalham,
não estudam nem seguem qualquer formação. Isto
porque, à semelhança do nosso país, podemos
encontrar um pouco por toda a Europa regiões com
taxas de desemprego juvenil elevadas. O FEG apoia
estes jovens, melhorando as suas competências e
empregabilidade e, em consequência, contribui para
que a economia europeia seja mais competitiva e
dinâmica.
Aqui, a Europa não se está a sobrepor aos
Estados nacionais ou a interferir no seu trabalho:
está a complementar as políticas públicas nacionais
que são competência dos governos de cada país. Os
esforços da União Europeia só terão sentido num
quadro de um trabalho conjunto com os Estados-
Membros, com as regiões e autarquias locais, com
os parceiros sociais, as empresas e a sociedade civil
em geral. Apenas juntos poderemos encontrar um
caminho comum para gerir da melhor maneira as
transformações que a globalização desencadeia na
vida de todos nós.
* Chefe da Representação da Comissão
Europeia em Portugal
Quinta-feira • 15 de novembro de 2018 • • 19
opinião
“São as flores, o meu lugar”* DR
Joana Dente**
Se vos disse que o padrão flo-
ral era a opção certa nos materiais
leves e frescos de verão, agora afir-
mo que é igualmente uma escolha
acertada para os dias frios que já se
começaram a fazer sentir.
Algumas das peças mais boni-
tas que se encontram por aí fazem
lembrar autênticos jardins de flores exóticas ou sofisticados
papéis de parede do século passado!
O padrão floral é por excelência um padrão romântico
que fica sempre bem e se adapta a distintas ocasiões, quando
combinado com os acessórios certeiros. Neste outono-
inverno, a aposta correta está nos tons mais neutros e ténues.
Todavia, a estampagem floral não tem que ser forçosamente
suave, pode também ser pujante e intensa, com aplicações,
bordados e volume – assim o provou a coleção da Dolce &
Gabbana.
Eu estou apaixonada por um vestido preto, com flores
camel e bordeaux, que combino com umas botas também
camel, de meio cano, em camurça, e uma boina de mari-
nheiro preta.
Está bem que isto não é uma novidade por aí além, mas
que culpa tenho eu que estejamos perante um dos padrões
mais consensuais, elegantes e versáteis?!
*adaptação da música de Isaura santos “o Jardim”.
** @pitangaboss
Jurista/ Fashionstylist / Makeupartist
Primeiras teorias sobre
mitocôndrias e quasares
opinião
o Universo
António Costa
antoniomanuelcosta@gmail.com
Desde os primeiros seres humanos que contemplaram o céu investigações e ele próprio fez algumas que resultaram num modelo
até aos atuais investigadores que analisam os sinais recebidos de de Universo coerente com as observações realizadas até então. O
galáxias distantes, impercetíveis a olho nu, a vontade de observar, modelo colocava a Terra no centro e, girando à volta dela, a Lua,
conhecer e compreender o Universo foi constante. os planetas e as estrelas. O Universo ptolomaico baseava-se em
Ao longo desses milénios foram mudando as ideias sobre duas hipóteses: o geocentrismo e os movimentos em círculos. Este
a formação, a sua origem e se tem de ter um fim, à medida que modelo foi introduzido na Europa cerca do século XII, quando foram
novas observações punham em causa noções até então conside- traduzidos os textos do árabe.
radas válidas e obrigavam a provar novas hipóteses que, por sua
vez, geravam – e geram ainda – novas perguntas. Longe de terem Teoria Heliocêntrica
alcançado respostas definitivas, atualmente os cientistas continuam
a indagar e a formular teorias que tentam dar conta dos problemas O modelo que colocava a Terra imóvel como centro do Universo
cada vez mais complexos na nossa compreensão do cosmos. Esta manteve-se atá ao Renascimento. Em 1543, um padre polaco, Ni-
contínua reformulação, com ideias fantásticas, como a possibilidade colau Copérnico, publicou “De Revolutionibus Orbium Coelestium”
de haver mais universos para além dos que conhecemos. (“Sobre as Revoluções das Esferas Celestes”), onde apresentava
Desde o início todas as culturas tentaram explicar a origem a sua hipótese que colocava o Sol no centro, em vez da Terra. A
tanto do ser humano como do Universo. Cada povo criou através teoria de Copérnico, além de descrever a posição central do Sol no
dos seus mitos uma cosmogonia que ligou estrelas, pensamentos sistema, pôs fim, e isto foi tão importante ou mais, a mais de mil
e espanto. Mas é a partir dos gregos, sempre eles, que as respostas anos de obscurantismo, abrindo as perspetivas para que homens
se tornam mais racionais, mais científicas. como Galileu, Kepler e Newton completassem a sua obra.
Além do mistério relacionado com o céu, há outro que não é
menor, embora de carácter diferente: a dificuldade de remover ideias De Copérnico a Newton
pré-concebidas sobre as quais se edifica o pensamento. Já os jónios
começaram a dar resposta às questões que o ser humano colocava, O modelo de Copérnico permitia prever com maior precisão a
quando Aristarco propôs o modelo heliocêntrico por volta de 250 posição aparente da Lua e dos planetas num determinado momento,
a.C. Este modelo colocava no centro do sistema o Sol, à volta do mas demorou algum tempo antes de ser reconhecido de um modo
qual giravam a Terra e os restantes planetas. Para explicar o dia e geral. Um dos problemas era que, ao considerar as órbitas à volta do
a noite, Aristarco recorreu à ideia da rotação do nosso planeta à Sol como círculos perfeitos, também não se encontrava a exatidão
volta do seu eixo, o que era inverosímil para a maioria dos seus pretendida. O matemático e astrónomo Johannes Kepler, a partir
contemporâneos. Calculou com exatidão solstícios e equinócios, de 1605, ajustou o modelo, ao considerar que essas órbitas eram
prevendo para tal a inclinação do eixo terrestre. Após a sua morte elípticas, o que lhe permitiu relacionar as velocidades dos pla-
entrou no esquecimento; a sua obra apenas existe mediante comen- netas com as áreas das elipses que descrevem e a sua distância
tários de terceiros. A força do preconceito modelou o pensamento relativamente ao Sol. Paralelamente, Galileu Galilei conseguiu
durante quase dois mil anos, até que a voz de Aristarco começou a comprovar pela primeira vez o modelo copernicano. Com o uso
ser ouvida outra vez. do telescópio, Galileu observou que Júpiter tinha satélites (o
que contradizia a ideia de que tudo girava à volta da Terra) e que
Teoria Geocêntrica Vénus apresentava fazes que só podiam ser explicadas mediante a
combinação de dois movimentos: um à volta do Sol e o outro de
Na linguagem comum, a Terra ainda não gira, pois continuamos rotação sobre o seu eixo.
a dizer que o Sol nasce a Este. A observação refere-se estritamente Por seu lado, Isaac Newton (1642-1727) completou este modelo
ao lugar onde estamos. Esta localização central da Terra foi desen- ao formular a sua lei de gravitação universal. A atração exercida pela
volvida na Antiguidade de maneira racional por Cláudio Ptolomeu, força da gravidade tanto explicava a razão porque, apesar da Terra
que trabalhou no primeiro instituto de investigação que a ciência estar em movimento, estamos presos a ela, como a razão pela qual
conheceu: o Museu de Alexandria. No século II, Ptolomeu reuniu uns corpos celestes orbitam à volta de outros.
 publicida

opinião
20 • • Quinta-feira • 15 de novembro de 2018

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Vilar Formoso Afogado dcabrita@iol.pt
Diogo Cabrita
Ligação do IP5 à
Elias é um “workaholic”, viciado em levar suas tarefas à exaustão,
fronteira espanhola em deixar tudo feito e bem realizado. Elias nunca diz que não e por essa
lançada terça-feira razão já foi desenrascar amigos a meio da noite, já se disponibilizou para
lá da hora de almoço, já deixou de comer e empenhou-se em todas as
O primeiro-ministro anun- ações que lhe foram pedidas. Elias está convicto que os amigos o ado-
ciou, esta terça-feira, que o ram, e sente que a sua força vem da disponibilidade, do carinho que lhes
Governo se prepara para lançar, demonstra com ações cumpridas, da sua constante entrega aos pedidos
no próximo dia 20, a empreitada que não param. Elias faz-se à estrada de manhã e percorre casa, fábricas,
rodoviária para a conclusão da associações concertando torneiras, arranjando instalações elétricas,
ligação do Itinerário Principal 5, construindo divisões de casas, fazendo tetos falsos. Com tanta gente que
entre Vilar Formoso e a fronteira conhece também deixa aqui e ali um pedido para desenrascar a hérnia do
espanhola, que terá um perfil de vizinho, as varizes da amiga da mulher, as pellets que teimam em falhar na
autoestrada. entrega. Elias conhece empresários, médicos, engenheiros, farmacêuticos
e veterinários. Desenrasca todos e vai pingando uns jeitos, uns favores.
Há quem lhe chame o quebra-enguiços. Telefona a acudir uma doença,
Portagens vai de bombeiro aos fogos intensos, dá boleias, ajuda na Cruz Vermelha
Tarifas vão e, como é um coca-bichinhos, até uns computadores salva aqui e ali. O
problema do Elias nasceu em março de um ano alegre em que sonhou ser
aumentar 0,88 por presidente da Junta. Ele queria genuinamente ajudar, fazer o cemitério,
corrigir as extremas, limpar terrenos e abrir instalações para animais
cento em 2019 abandonados, colocar Wi-Fi na freguesia. Elias conhecia cada casa onde
Já está definido. Os preços bateu à porta, conhecia alguém em todas as casas, julgava-se amigo de
das portagens nas autoestradas milhares de pessoas. A realidade foi que não passou dos 15% dos eleitores
vão aumentar 0,88 por cento em e ficou em terceiro na eleição. Elias conheceu a ingratidão de um modo
janeiro de 2019, tendo em conta surpreendente. Chocado fechou-se em casa, onde não pararam de tocar
a taxa de inflação homóloga, sem à porta todos os que lhe vinham pedir favores e desenrascanços. Via-os
habitação, de outubro, divulgada da janela que não abriu. Mudou de freguesia e vendeu a casa. Deixou os
hoje pelo Instituto Nacional de bombeiros e a Cruz Vermelha. Aninhas acompanhou-o para todo o lado
Estatística (INE). Em 2018, as e ficou como sempre à sua espera na cama. Que tens? Porque estás tão
portagens nas autoestradas fechado? Respondeu-lhe com enfado que não percebia a votação, que não
compreendia o abandono na hora da eleição. Estava magoado. Eu também
aumentaram 1,42 por cento,
não votei em ti Elias. Espanto, consternação, olhar triste. Ficavas afogado
depois de uma subida de 0,84
nas carocas e na junta – esclareceu. Eu quero um pouco de ti. Um brilho
por cento em 2017 e de 0,62 por terno, um sorriso distante, um amor de sempre.
cento em 2016.
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