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PARLAMENTO

NACIONAL
Secretariado da Bancada Parlamentar de FRETILIN

Díli, 15 Novembro 2018

COMUNICADO DE IMPRENSA

FRETILIN VOTOU CONTRA A PROPOSTA DE ALTERAÇÃO DA LEI Nº 13/2005


POR AMEAÇAR A TRANSPARÊNCIA NA INDÚSTRIA EXTRATIVA E DO SETOR
PETROLÍFERO

A Bancada da FRETILIN no Parlamento Nacional votou contra a proposta de


alteração da Lei nº 13/2005 sobre Atividades Petrolíferas, apresentada por alguns
deputados das Bancadas do CNRT, PLP, KHUNTO, PD e UDT/Frente Mudansa.

O Vice-Presidente da Bancada da FRETILIN, Representante Francisco Miranda


Branco, na sua declaração afirmou que a proposta de alteração da lei, aprovada
ontem pela maioria, enfraquecerá o nosso processo de transparência na
governação, principalmente no setor petrolífero.

“Transparência significa uma governação aberta, responsável e honesta. Na nossa


sociedade, os governantes têm a obrigação de fornecerem informações de forma
aberta para os cidadãos, e a Câmara de Contas deve garantir o cumprimento desta
obrigação e manter a responsabilização do governo,” explicou o Representante
Branco, “Todos nós Podemos ver com clareza que a intenção desta alteração é para
esconder dos cidadãos as atividades do governo, principalmente como os
governantes utilizam o dinheiro do Povo.”

A Bancada da FRETILIN notou com preocupação a inabilidade dos proponentes da


alteração para explicarem o objeto da sua proposta.

“Os proponentes não deram explicações satisfatórias sobre algumas definições na


proposta que apresentaram. Quem são as ‘outras pessoas coletivas públicas’?
Quem são as ‘entidades integralmente detidos ou controlados por estes’?”
questionou Francisco Branco. “Estamos preocupados, e todos os cidadãos devem
preocupar-se, que a interpretação errada abrirá caminho para conflitos de interesse
e aproveitamento dos Recursos de Estado para beneficiar os interesses de algumas
pessoas ou grupos.”

A alteração da Lei nº 13/2005 foi no âmbito do acordo entre o Chefe Negociador


Xanana Gusmão e a ConocoPhillips, para Timor-Leste comprar a sua participação
na exploração de gás e petróleo do Greater Sunrise (GSR). No dia 28 de Setembro,
a ConocoPhillips concordou vender a sua participação na GSR (30%) à Timor-Leste.
Infelizmente, a celebração deste acordo não foi feita com base nas leis em vigor,
principalmente com o artigo 22º da Lei nº13/2005.

“Esta proposta de alteração de lei quer legalizar algo que não tem cabimento legal.
Eles estão a violar a lei. Cometeram primeiro um erro e depois dizem que a lei é
que está errada e por isso devemos mudar a lei. A lei deveria ter sido alterada
primeiro, antes de fazermos qualquer compromisso em nome do Estado,” explicou
Francisco Branco.

O Representante Francisco Branco conclui dizendo que, “esta alteração de lei


representa um ponto muito baixo da nossa história como nação independente.
Hoje, alguns que se auto proclamam como representantes do Estado, assinam
acordos sem conhecimento dos órgãos soberanos do País, e depois procuram
meios para legalizar os seus atos. Alguns, hoje, já perverteram o interesse nacional.”

FIM

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