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Havia em Vila Rica, em 1730 a Irmandade de Santa Ana criada para cuidar dos órfãos e
crianças abandonadas. Em seu estatuto estava previsto uma casa de expostos e asilo para
desvalidos (JANNUZZI, apud SOUZA, 1991).
Final do século XVIII e inicio do XIX: Influência dos ideais liberais. Estes ideias
estiveram presentes em movimentos como a Inconfidência Mineira (1789) e a Revolução
Pernambucana (1817). Trata-se de um liberalismo de elite e que se preocupava com as
reformas desde que não prejudicasse seus interesses (p. 14)
Em 1854, foi criado o Imperial Instituto dos Meninos Cegos, pelo decreto n 1428.
Posteriormente, esse instituto foi chamado de Instituto Benfamin Constat (IBC) pelo
decreto 1324/ de 1891. O cego brasileiro José Álvares de Azevedo, que regressara em
1851 de Paris. Azevedo estudou no Instituto de Jovens Cegos, fundado no século XVIII
por Valentin Hauz. Ao perceber a situação de abandono do cego no Brasil, ele traduziu o
livro de J. Guadet, sua história e método de ensino. Em seguida, o médico do imperador,
José Francisco Xavier Sigaud, tomou conhecimento deste livro e entrou em contato com
Azevedo para que alfabetizasse sua filha cega, Adele, Marie Louiss. Couto Ferraz foi
quem encaminhou o projeto que deu origem ao Instituto, após contato com Sigaud. O
Imperial Instituto dos Meninos Cegos funcionava em regime de internato destinava-se ao
ensino primário, ensino religioso e moral e ao ensino de ofícios. O regime de internato já
era utilizado pelos jesuítas e representava a concepção da época, que consistia em separar
a criança do resto do mundo, constituindo um universo exclusivamente pedagógico. Era
evidente, também a preocupação da época em garantir aos alunos um modo de se
manterem. Dessa forma, o Instituto mantinha parte dos alunos que concluíam os estudos
como professores (p. 22).
Em 1857 foi criado o Instituto Nacional de Surdos Mudos (INSM), que teve em 1957 o
nome mudado para Insituto Nacional de Surdo (INES). A criação do INSM, teve a
participação do educador francês com surdez, Edouard Huet, indicado pelo embaixador
da França no Brasil. O Instituto começou seus trabalhos com sete alunos (p. 24)
Essas duas instituições para pessoas com deficiência estiveram a participação de pessoas
ligadas à administração pública. Todavia como o restante da educação destinada à
população, foi dado ao esquecimento. No Brasil imperial, de mão de obra escrava,
apoiada no setor rural e iletrada, a educação popular só passou a ser preocupação das
elites dominantes tardiamente quando foi considerada necessária para instrumentalizar de
forma adequada a mão de obra (JANNUZZI, 2017, p. 27).
A ênfase na profissionalização que permeavam estas instituições desde a sua criação era
defendida como forma de garantia de subsistência e prevalecia as profissões manuais
como o torneiro, charuteiro, tapeceiro, entre outros. A autora destaca que essas profissões
foram introduzidas em escolas primárias públicas
A organização de escolas para deficientes vão surgir timidamente em Estados como São
Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, onde profissionais de diversas áreas vão
estruturando, no final dos anos de 1920 um campo de reflexão que de um lado reflete as
expectativas da sociedade e justificam a separação do deficiente, e por outro lado, acaba
por tornar “possível a vida dos mais prejudicados juntamente com as famílias e outros
setores da sociedade através de conhecimentos mais sistematizados e procura de
efetivação de algumas práticas mais eficientes” (p.39)
VERTENTES MÉDICO-PEDAGÓGICA.
É importante salientar que muito dos avanços nas metodologias empregadas na educação
das pessoas com deficiência se deram por tentativas de práticas desenvolvidas pelas
próprias pessoas com deficiência. Os casos mais graves, porém, representaram desafios
que despertaram o interesse dos médicos que tinham contato com essas pessoas. A área
médica trouxe importantes contribuições para época. (p. 50). Como exemplo, pode-se
citar os médicos Itard e Maria Montessori.
No final do século XVIII e inicio do XIX, Um serviço que merece destaque na educação
das pessoas com deficiência foram os Serviços de Higiene e Saúde Pública (REVER A
DATA). Esse serviço foi responsável pela criação de classes especiais e pela formação de
pessoal. Junto a “tais providências vão ser tomadas medidas disciplinadoras baseadas em
preceitos de higiene” (p.53). Neste período, a deficiência, principalmente a mental é
associada à problemas de saúde e a fatores de degeneração moral.
CAPÍTULO II
1930 a sociedade civil se organiza em prol da educação das pessoas com deficiência.
Muitos educadores passam a utilizar a expressão ensino emendativo (108). A expressão
emendativo vem de emendare (latim) que significa corrigir um falta, que correspondia
aos sentidos dado a esta educação na época, suprir as faltas decorrentes das
anormalidades, buscando adaptar o aluno à sociedade. (109)
1965. “Revisão do Plano Nacional de Educação, previsto pela LDB 4024/61, estava
prescrito que dos recursos do Fundo Nacional de Ensino Primário, 5% se destinavam à
educação dos excepcionais”. 220
O interesse era justificado em prol do tornar essas pessoas úteis à sociedade. Valorizava-
se a educação para o desenvolvimento do país. 224
O CENESP foi criado durante a época do “milagre econômico”. Foi a época do Estado de
Bem-Estar Social, com importantes direitos sociais adquiridos. Em 1972 e 1973 houve a
crise mundial do petróleo.
1960-1980 no Brasil consolidou-se o modo de desenvolvimento urbano industrial.
1983 a 1986 Lizair de Moraes Guarino Guerreiro presidente da Federação Nacional das
Associações Pestalozzi foi presidente do CENESP.
1990 a SESPE é instinta e vai para a Secretaria Nacional de Ensino Básico (SENEB) no
departamento de Educação Supletiva e Especial (DESE).
1992 volta a ser SEESP (Secretaria de Educação Especial) sobre a direção de Rosita
Edler Carvalho.
Em 1989 a lei 7853 vai pormenorizar o direito das pessoas com deficiência.
Regulamentado posteriormente pelo decreto 3298/1999.
Até 1930 o modelo de sociedade agrária, a educação não era prioridade embora já havia
sido prevista na constituição de 1824.
A autora ressalta que até 1973 não encontrou a defesa da educação do deficiente ligado
ao plano econômico. As oficinas existentes objetivavam possibilitar a habilitação e
ocupação na sociedade. Há também a preocupação pedagógica.