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MARINHA DO BRASIL
CENTRO DE CONTROLE INTERNO DA MARINHA
DEPARTAMENTO DE GESTÃO PÚBLICA E ACOMPANHAMENTO DE PROCESSOS
DIVISÃO DE AUDITORIA DE AVALIAÇÃO DA GESTÃO E AUDITORIA
OPERACIONAL

RELATÓRIO DE AUDITORIA DE GESTÃO Nº 01/2016

Tipo de Auditoria: Avaliação da Gestão


Exercício: 2015
Processo nº: 63104.001058/2016-06
Unidade Prestadora de Contas (UPC): Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento ,,,
de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN)
Código da UPC SIAFI: 40002 (principal) e Exterior- 40003.

O presente Relatório de Auditoria de Gestão tem por base os exames realizados sobre os
atos e os consequentes fatos da gestão da Unidade Prestadora de Contas (UPC) "Coordenadoria-
Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN)", sob
a responsabilidade administrativa do Dirigente Máximo e demais responsáveis relacionados no
"Rol de Responsáveis", do exercício de 201 _5.

1-INTRODUÇÃO
1.1 - REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS
1.1.1 - Os exames foram realizados por amostragem, na extensão julgada necessária às
·circunstâncias e de acordo com as normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal,
com o objetivo de emitir uma opinião sobre a gestão dos responsáveis tratados neste processo, e
abrangeu os assuntos constantes no Anexo II da Decisão Normativa (DN) TCU nº 147, de 11 de
novembro de 2015.
As técnicas de auditoria utilizadas na condução dos trabalhos são .as empregadas no
exercício profissional desta atividade, contidas no Manual do Sistema de Controle Interno do ,~
Poder Executivo Federal. )~ V
As fases preliminares da Auditoria envolveram a análise das informações COJ?.tidas nos
sistemas corporativos: Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal
(SIAFI), Sistema de Pagamento . da Marinha do Brasil (SISPAG), Sistema Integrado de

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Administração de Recursos Humanos (SIAPE), Sistema Integrado de Administração de Serviços


Gerais (SIASG), Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse do Governo Federal
(SICONV), Sistema de Gerenciamento de Imóveis de Uso Especial da União (SPIUnet),
Cadastro Imobiliário da Marinha (CADIMAweb), etc.; e dos dados constantes dos seguintes
documentos, que serviram para definir os principais pontos a serem examinados na Auditoria:
Planejamento Estratégico Organizacional (PEO); Regulamento e Regimento Interno da
Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear
(COGESN); Atas de Reuniões do Conselho de Gestão; Programa de Aplicação de Recursos
(PAR); Lista de Verificação Anual de Ordens Internas e documentos afins; Relação das
licitações, inclusive Termos de Justificativa de Inexigibilidade de Licitação (TJIL) e Termos de
Justificativa de Dispensa de Licitação (TJDL), realizadas no exercício de 2015 , bem como dos
Acordos e Atos Administrativos (inclusive Termos Aditivos, Adendos e Termos de Adesão) em
vigor, e das garantias em poder da UPC ; Relatórios das Auditorias, realizadas por este Centro de
Controle Interno, em exercícios anteriores; Relatórios de Pré-Auditoria extraídos do Sistema de
Controle Interno da Marinha (SISCONIN); Relatório de Gestão (RG) da UPC, exercício de
2015; e Legislação aplicável (Lei nº 8.666/1993, Normas da Marinha do Brasil e etc.).
A realização dos trabalhos "in loco" foi efetivada por meio de exame dos registros,
avaliação documental, correlação de informações e entrevistas de coleta de dados não
estruturadas com os Agentes Responsáveis da UPC.
1.1.2 - Os trabalhos de auditoria foram realizados na UPC, no período de 4 a 22 de abril de 2016,
conforme o Plano Anual de Auditorias para o ano de 2016, deste Centro de Controle Interno ,
aprovado pelo Comandante da Marinha.

1.2 - UNIDADE PRESTADORA DE CONTAS AUDITADA


1.2.1 - A Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão
Nuclear (COGESN), criada pela Portaria nº. 277/MB/2008 (alterada pela Portaria nº. \\
363/MB/2008) constitui ~a e:trutura complementar, c~ada. em face da co~statação de que a ~
estrutura adm1mstrativa, ate entao, vigente na Marinha, nao dispunha de condições de suportar a~
multiplicidade de encargos e tarefas relacionadas à gestão dos acordos, ajustes e contratos
firmados para a consecução de todos os objetivos necessários para a construção do submarino
nuclear brasileiro. A COGESN, subordinada direta da Diretoria-Geral do Material da Marinha
(DGMM), é a principal condutora do Programa de Desenvolvimento de Submarino Nuclear
(PROSUB), com a responsabilidade pela execução do Contrato Principal e dos Contratos

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Subordinados correspondentes, bem como a adequada gestão dos recmsos alocados ao referido/
Programa. '
A COGESN é a responsável pelo gerenciamento dos seguintes Projetos:
- Construção do Estaleiro para os Submarinos;
- Construção da Base de Submarinos; e
- Construção de Submarinos com propulsão nuclear.
1.2.2 - A missão da UPC consiste em assistir ao Diretor-Geral do Material da Marinha na
supervisão da execução do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) por
intermédio dos gerenciamentos: do projeto e da construção do estaleiro e da Unidade de
Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM) dedicados aos submarinos; do projeto e da
construção da base de submarinos; do projeto e da construção do Submarino com Propulsão
Nuclear (SN-BR); da construção dos Submarinos Convencionais (S-BR); da obtenção de
torpedos e contramedidas; da transferência de tecnologia; e da nacionalização de sistemas e
equipamentos e da execução das atividades de " OFFSET".

1.3- CONSTITUIÇÃO DO PROCESSO DE CONTAS


1.3.1 - O Processo de Contas está organizado nos termos da Instrução Normativa (IN) TCU nº
63/2010, alterada pela de nº 72/2013 , e da DN TCU nº 147/2015.
1.3 .2 - A UPC apresenta, na condição de Administração Direta, as seguintes peças básicas:
a) Rol de Responsáveis;
b) Relatório de Gestão;
c) Relatório de Correição; e
d) Declarações de Integridade.
Visando à composição do Processo de Contas, será adicionado às peças mencionadas o
presente Relatório de Auditoria de Gestão, acompanhado do respectivo Certificado de Auditoria
e do Parecer do Dirigente do Órgão de Controle Interno.

2 - EXAMES ESPECÍFICOS
2.1 - AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DAS PEÇAS DE QUE TRATA O ARTIGO 13
$'
DA IN TCU Nº 63/2010
A UPC elaborou todas as peças a ela atribuídas, conforme mencionado no subitem 1.3.2,
contemplando os formatos e conteúdos obrigatórios dispostos nos atos normativos do TCU, a
saber:

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a) Rol de Responsáveis- de acordo com os artigos 10 e 11, da IN TCU nº 63/2010;

b) Relatório de Gestão - de acordo com o artigo 12 e o inciso II do artigo 13, da IN TCU nº


63/2010, e nos termos da DN TCU nº 146/2015 e da Portaria TCU nº 321/2015 ;

c) Relatório de Correição - de acordo com o inciso III do artigo 13 da IN TCU nº 63 /201 O, e o


inciso VI do artigo 6° da DN TCU nº 146/2015; e

d) Declaração de Integridade - de acordo com o inciso III do artigo 13 da IN TCU nº 63 /201 O.

2.2 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS DA


GESTÃO
No que concerne à execução orçamentária e financeira desempenhada pela COGESN, foi
constatada uma adequada relação entre as Ações Orçamentárias provisionadas e despesas
efetuadas.
2.2.1 - Os créditos orçamentários colocados à disposição da UPC, oriundos de diversas Unidades
Orçamentárias, e autorizados pela Lei nº 13 .115 , de 20 de abril de 2015 , que estimou a receita e
fixou a despesa da União, para o exercício financeiro de 2015, totalizaram R$ 919.148.278,77.
Ao final do exercício, restou apenas R$ 2,05 de créditos orçamentários, conforme demonstrado a
segmr:

'. rJJ. .•
o>
.b\. 2058 - Política Nacional de Defesa 919.148.278,77 919.148.276,72

'i·~----------------1----i
·~ ·-.

::.~ . · UO 52131 - COMANDO DA MARJNHA 919.148 .278,77 919.148.276,72

TOTAL GERAL 919.148.278,77 919.148.276,72


CREDITO NÃO UTILIZADO 2,05
Quadro 1 - Créditos provisionados em 2015
Fonte: SIAFI Gerencial.

2.2.2 - O quadro a seguir apresenta o resumo da execução orçamentária da UPC no exercício, por
Ações do Programa Temático, demonstrando os totais de créditos recebidos, utilizados e
disponíveis, e os percentuais dos créditos utilizados em relação aos recebidos:

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----------------------------------- .-----------------------------·-----------------------------------------------------------------------. --
1

!23G- IMPLA NTAÇÃO DE ESTALEIRO E BASE NAVAL


PARA CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE 626.72 1,576,43 626.72 1,575,03 1,40 100
SUBMARINOS CONVENCIONAIS E NUCLEARES
l 23H-CONSTRUÇÃO DE SUBMARINO DE PROPULSÃO
33.490.253,94 33.490.253,72 0,22 100
NUCLEAR
1231- CONSTRUÇÃO DE SUBMA RINOS
258.936.448,40 258 .936 .447,97 0,43 100
CONVENCIONAIS
TOTAL DO PROGRAMA 919.148.278,77 919.148.276,72 2,05 100
Quadro 2 - Resumo da execução orçamentária de 2015
Fonte: SIAFI Gerencial.

2.2.3 - Quanto às metas financeiras alcançadas no exercício, o quadro a seguir apresenta o


resumo da Execução Financeira da UPC, por Ações do Programa Temático, demonstrando os
totais de Empenhos emitidos, liquidados e inscritos em Restos a Pagar Não Processados, e os
percentuais dos empenhos liquidados em relação aos emitidos:

123G- IMPLA NTAÇÃO DE ESTALEIRO E BASE


NAVA L PARA CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE 626.721.575,03 469.532.816,45 157.188.758,58 74,9
SUBMARINOS CONVENCIONA IS E NUCLEARES
! 23H-CONSTRUÇÃO DE SUBMARINO DE
33.490.253 ,72 26.595.509,36 6.894.744,36 79,4
PROPULSÃO NUCLEAR
1231- CONSTRUÇÃO DE SUBMARINOS
258.936.447,97 246.866.695,20 12.069.752,77 95 ,3
CONVENCIONAIS
TOTAL DO PROGRAMA 919.148.276,72 742.995.021,01 176.153.255,71 80,8
TOTAL GERAL 919.148.276,72 742.995.021,01 176.153.255,71 80,8
Quadro 3 - Resumo da execução financeira de 2015 .
Fonte: Tesouro Gerencial.
As inscrições em Restos a Pagar Não Processados representaram 19 ,2 % do montante dos
empenhos emitidos no exercício.
Para este valor total inscrito em Restos a Pagar Não Processados, foram analisados os
empenhos correspondentes, não sendo constatada qualquer impropriedade ou irregularidade que- ,\\
comprometesse a Gestão da UPC. ~~
2.2.4 - Em relação à execução de Restos a Pagar Inscritos e Reinscritos, o quadro a seguir
apresenta o resumo da situação, demonstrando os totais inscritos, reinscritos, cancelados, pagos e
a pagar, relativos ao exercício financeiro de 2015:

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PROCESSADOS 176.995.738,63 0,00 0,00 176.995 .73 8,63 0,00


NÃO
361.154.948,11 191.106.576,02 85.983 ,45 536.531 .106,90 15 .644.433,78
PROCESSADOS
TOTAL 538,150.686,74 191.106.576,02 85.983,45 713 .526.845,53 15 .644.433,78
Quadro 4 - Execução de Restos a Pagar no exercício.
Fonte: Tesouro Gerencial 2015 e SIAFJ Operacional 2015 .

O valor dos restos a pagar reinscritos diz respeito às despesas relacionadas aos projetos
da MB que estão em andamento. Quanto ao valor cancelado, foram analisados 100% dos
cancelamentos ocorridos no exercí~io de 2015. Esse valor corresponde a apenas 0,02% do total
/

inscrito em não processados, e~ ;virtude da impossibilidade do credor atender ao fornecimento


dos materiais e serviços empenhados e também por término de contrato. Por último, o valor de
R$15.644.433,78 a pagar não processados são despesas oriundas dos contratos em vigor e
despesas através de compras diretas realizadas a partir do segundo semestre de 2014.
2.2.5 - Baseado nos exames realizados, nas informações contidas no Relatório de Gestão da
UPC, na missão prevista em seu Regulamento e nos projetos contemplados em seu Plano de
Ação, fruto das determinações expressas nos pressupostos básicos de planejamento da MB, quais
sejam, Lei Orçamentária Anual (LOA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Plano Plurianual
(PP A) e documentos expedidos pelo Comando da Marinha, verificou-se que a UPC atendeu ao
programado, tendo em vista ter utilizado 100% dos créditos provisionados. Entretanto, em
relação às metas financeiras, houve a necessidade da inscrição de 19,2% dos Empenhos emitidos
em Restos a Pagar Não Processados.
2.2.6 - Do exame da conformidade da gestão da contabilidade e execução financeira, foram
observadas as seguintes constatações:
/ 1 .\ a) Reiteradas anulações de Notas de Empenho, emitidos para o comprometimento dos
' \ \

créditos disponíveis, sem efetiva contratação.


Recomendação à UPC: não emitir empenhos para essa finalidade, porque a emissão dos
referidos empenhos _para compromissos não assumidos pela UPC, além de não encontrar \\\
respaldo legal, pode vir a comprometer a credibilidade da Marinha do Brasil perante o público ~~
externo.
/ \ ~L b) Inscrição de Empenhos em Restos a Pagar (RP) não processados para atender despesas
cuja competência é do exercício subsequente.

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k ·

Recomendação à UPC : se abster de inscrever Empenhos em RP para atender despesas de


exercícios seguintes, em violação ao Princípio da Anualidade do Orçamento, restringindo-se a
efetuar o pagamento das despesas com crédito alocado no referido exercício.
t} };, c) Crescente volume de despesas inscritas em Restos a Pagar Processados. Em 2015, foi
inscrito o montante de R$ 457.701.619,19, representando um aumento de 258% em relação ao
ano de 2014.
Recomendação à UPC: buscar reduzir o volume de empenhos inscritos em RP
Processados, para que tais despesas não comprometam os pagamentos de despesas do exercício
subseqüente, em que pese às dificuldades em obter disponibilidade financeira.
2.2.7 - Planejamento e Avaliação do Desempenho.
A Marinha do Brasil, em consonância com o Decreto nº 5.378, de 23 de fevereiro de
2005 , aderiu ao Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GESPÚBLICA),
com o propósito de elaborar um Programa de Implantação da Excelência em Gestão na MB, que
desde então passou a ser denominado "Programa Netuno". Assim como o GESPÚBLICA, o
Programa Netuno foi estabelecido com o propósito de contribuir para o aprimoramento da
Gestão Administrativa da MB.
A avaliação dos resultados qualitativos da gestão, dentro do escopo desta Auditoria,
consistiu na verificação do grau de institucionalização e o patamar de desenvolvimento do
Programa Netuno, do Planejamento Estratégico Organizacional e da Análise e Melhoria de
Processos.
Dessa forma, os exames resultaram na identificação das seguintes constatações:
' .,.,. J
/: j r a) Ausência de formalização de um planejamento e de instruções quanto aos
procedimentos e ações necessárias para a implantação do Programa Netuno.
Apesar de não haver previsão normativa que estabeleça a obrigatoriedade de
implementação do Programa Netuno pela COGESN, uma vez que a UPC encontra-se dentro da
estrutura organizacional da DGMM, é importante que o mesmo seja institucionalizado, a bem do
aprimoramento da Gestão e em face da relevância das atividades desenvolvidas pela COGESN.
Ressalta-se que a Norma EMA-134 orienta as Organizações Militares a decidirem sobre a ~\~

abrangência do escopo da utilização do Programa Netuno, podendo, em função do seu tamanho e'f\~
complexidade, selecionar níveis de aplicação, desde o contexto organizacional completo ou
contexto elementar, como um departamento, uma divisão, uma seção ou um processo específico.
Recomendação à UPC: analisar a viabilidade de se elaborar um plano específico de
implementação do Programa Netuno, incluindo sua autoavaliação e elaboração do Plano de

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Melhoria da Gestão, ou envidasse esforços junto à DGMM, para que sejam incorporados no
Programa daquela Diretoria procedimentos abrangendo, também, as atividades desenvolvidas na
COGESN; e
,/ )
{J fÀ. b) Necessidade de aprimoramento do Planejamento Estratégico Organizacional (PEO).
O PEO é o documento que permite orientar as ações e medidas a implementar pela UPC ,
de modo a contribuir para o cumprimento da missão e o alcance da visão de futuro; direciona e
proporciona meios para lidar com as mudanças, posicionando as Organizações Militares (OM),
da melhor maneira possível, para o futuro; e, ainda, estabelece as diretrizes estratégicas capazes
de orientar as principais decisões e ações da organização, sendo determinante e imprescindível
para a gestão estratégica.
Nesse contexto, observou-se que os Indicadores de Transferência de Tecnologia (ITT)
apresentados no Relatório de Gestão da COGESN não estão relacionados no PEO daquela UPC.
Recomendação à UPC: que sejam contemplados no seu PEO os Indicadores relacionados
à transferência de tecnologia, e que estes continuem a ser monitorados tempestivamente, de
modo a contribuir para a sua gestão.

2.3 - AVALIAÇÃO DOS INDICADORES INSTITUÍDOS PARA AFERIR O


DESEMPENHO DA GESTÃO
Observou-se que a UPC possui Indicadores de desempenho atrelados às atividades de
cada Gerência de Empreendimento Modular, além de 31 Indicadores de Transferência de
Tecnologia (ITT), criados por meio da Ordem Interna nº 70-08/2015, a fim de mensurar a
evolução dos processos de transferência de tecnologia do PROSUB. Pode-se observar que os
referidos Indicadores atendem parcialmente aos requisitos estabelecidos no item 3 do Anexo II
da DN TCU nº 147/2015, e que eles são analisados mensalmente, por ocasião das Reuniões do
Conselho de Gestão e das Reuniões de Implantação do Sistema de Indicadores de Transferência
de Tecnologia (SITT), no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB). ' ~
Por tratar-se da sua primeira medição, não foi possível avaliar a "capacidade de ~~
proporcionar medição da situação pretendida ao longo do tempo, por intermédio de séries
históricas".
Ressalta-se que, por me10 da Portaria nº 16/COGESN, de 26 de março de 2015 , a
COGESN relacionou os responsáveis pelo SITT do Programa de Desenvolvimento de
Submarinos (PROSUB).

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2.4 - AVALIAÇÃO SOBRE A GESTÃO DE PESSOAS ~·


Os trabalhos de auditoria, na UPC, basearam-se na avaliação dos seguintes aspectos sobre
a Gestão de Pessoas:
- relação entre o efetivo de militares e servidores civis, e a tabela de lotação;
- adequabilidade das instalações ao exercício das tarefas de seu pessoal;
- qualidade dos Controles Internos relacionados à gestão de pessoal;
- adequabilidade dos procedimentos de controle relacionados ao pagamento de pessoal;
- existência, divulgação e controle de programas de adestramento e capacitação de
pessoal;
- cumprimento das obrigações estabelecidas na lei nº 8.730/1993, que trata dos
procedimentos relacionados à entrega e ao tratamento das Declarações de Bens e Renda;
- obediência às normas em vigor acerca da contratação de serviços terceirizados; e
- utilização de Indicadores gerenciais sobre Recursos Humanos.
Quanto ao Pagamento de Pessoal Militar e Civil, foram analisados os seguintes
documentos:
- as concessões dos Benefícios de Assistência Pré-Escolar e do Auxílio-Transporte, e os
respectivos cadastros;
- as concessões de diárias e passagens por requisição, e a respectiva documentação;
- os Programas de Adestramento; e
- as Ordens de Serviço de Passagem e Assunção de Funções dos Agentes Responsáveis e
Subordinados da Gestoria de Pagamento do Pessoal.
A avaliação da gestão de pessoas foi realizada em cumprimento ao estabelecido no item 4
do Anexo II, da DN TCU nº 147/2015:
2.4.1 - Adequabilidade da Força de Trabalho da Unidade frente às suas atribuições:
A COGESN não possui Tabela de Lotação (TL) aprovada, tendo em vista não ser uma
OM, e, apenas, um Elemento Organizacional da DGMM. Em 31DEZ2015, o efetivo de pessoal
era de 222 militares, 1 servidor civil e 14 militares inativos contratados por Tarefa por Tempo .., \\.·,
Certo (TTC). ~~~
Devido à peculiaridade da UPC de não possuir ainda uma TL e se encontrar em processo 1
de expansão, decorrente da crescente demanda de profissionais para exercer as atividades
contratuais e de apoio ao PROSUB, não foi possível avaliar, adequadamente, se o quadro de
pessoal existente é suficiente para que possa desempenhar as tarefas previstas em sua missão
institucional de forma eficiente.

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~~-~~~~~~~~:: :t-~~~;: A: il ~:~~~;: : t: -: : : : '.-:~~:: ~:~:~~:: ~~::~:~~~~~~~:~


realização de cursos nas diversas unidades da Marinha, bem como cursos, simpósios, conclaves e
congressos em órgãos extra-Marinha, proporcionando oportunidades de capacitação e
qualificação para o pessoal.
As instalações físicas estão apresentando restrições de espaço para o adequado
desempenho das atividades do pessoal da UPC.
As informações prestadas no Relatório de Gestão estão corretas e fundamentadas por
meio de documentos, como mensagens eletrônicas, ofícios e planilhas de controle de pessoal.
2.4.2 - Observância da legislação sobre admissão, remuneração, cessão e requisição de pessoal,
bem como, se for o caso, sobre concessão de aposentadorias, reformas e pensões:
É satisfatória a observância da legislação quanto à admissão, remunera9ão, cessão e
requisição de pessoal, concessão de aposentadoria, reforma e pensões, inclusive ·acompanhadas:
pelo Serviço de Inativos e Pensionistas da Marinha (SIPM), Diretoria do Pessoal Militar da
Marinha (DPMM), Comando do Pessoal de Fuzileiros Navais (CPesFN) e Diretoria do Pessoal
Civil da Marinha (DPCvM).
2.4.3 - Consistência dos Controles Internos Administrativos:
Foram analisados os seguintes documentos que compõem o Controle Interno da UPC,
relacionados à Gestão de Pessoas:
- Ordens Internas nº 57-04/2009 (Pagamento de Pessoal e COPIMED) e nº 57-02/2009
(Auxílio-Transporte) da DGMM, ambas em fase de atualização, que a UPC utiliza para a
confecção de Orqens de Serviço que geram descontos e pagamentos de direitos pecuniários a
serem implantados pela DGMM;
- Regimento Interno da DGMM, aprovado pela Portaria Nº 266/DGMM, de 30 de julho
de 2010, que contém as atividades da COGESN, na questão de distribuição de funções e
atribuições do pessoal;
- Ordens de Serviço de assunção de funções; e
- Portaria de Delegação de Competência aos Oficiais da COGESN.
Diante da análise dos documentos acima · citados, concluiu-se que faz-se necessária a
adoção de medidas de aprimoramento do Controle Interno.
Nesse contexto, os exames resultaram na identificação das seguintes constatações:
1

il :? f
,.-'t, )

a) Ausência de mapeamento e modelagem dos processos referentes às áreas de


Pagamento de Pessoal e Auxílio-Transporte. Esta situação apresentada çlificulta a identificação
dos pontos críticos, vulnerabilidades e os respectivos procedimentos de controle necessários para

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-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------n

a mitigação dos riscos.


É necessário definir as atividades atinentes às funções "o quê fazer", "como fazer",
"quando fazer" e "quem deve executar". As referidas atividades devem estar detalhadas de tal
modo que permitam aos Agentes Responsáveis executá-las de forma adequada.
Foi recomendado à UPC: elaborar fluxogramas dos principais processos de pagamento de
pessoal.
b) Ausência de Ordens Internas de Pagamento de Pessoal e Auxílio-Transporte.
Foi recomendado à UPC: atualizar as Ordens Internas de Pagamento de Pessoal e
Auxílio-Transporte com procedimentos que permitam uma avaliação e fiscalização efetiva, a fim
de evitar solução de continuidade.
2.4.4 - Tempestividade e qualidade dos registros pertinentes no sistema contábil e nos sistemas
corporativos obrigatórios:
,A UPC utiliza os seguintes Sistemas Corporativos: SISP AG - Sistema de Pagamento da
MB; SISBOL - Sistema de Boletins e Alterações; e BDPes - Banco de Dados de Pessoal.
Foi verificado que os Sistemas são satisfatórios e respondem tempestivamente às
consultas realizadas, como instrumentos de controle e operacionalização dos direitos e
descontos, com a emissão de Relatórios Gerenciais e Folhas de Pagamento, entre outros.
2.4.5 - Qualidade do controle da Unidade Prestadora de Contas para identificar e tratar as
acumulações ilegais de cargos:
Foi observado que existe um controle eficiente e que não houve acumulação ilegal de
cargos nessa UPC.
2.4.6 - Ações e iniciativas da Unidade Prestadora de Contas para a substituição de terceirizados
irregulares, inclusive estágio e qualidade de execução do Plano de Substituição ajustado com o
Ministério do Planejamento:
Não foi identificada contratação de terceirizados irregulares.
2.4.7 - Avaliação dos Indicadores Gerenciais sobre os Recursos Humanos:
Os indicadores da COGESN, referentes à Gestão de Pessoas, foram desenvolvidos em..._·:\~
2013, de acordo com Ordem Interna específica. '-Jw
O Indicador de Absenteísmo, que avalia o percentual de ausências da Força de Trabalho
às jornadas normais de trabalho, apresentou o índice médio, em 2015, de 1,40%, sendo
considerado excelente de acordo com a faixa de referência, que pondera de O a 2,5% - Excelente,
tendo em vista que a maioria das ausências ocorreu por motivos de licenças médicas,
convalescenças, licenças maternidade e paternidade, núpcias, licença especial, luto e licença

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~\'-. / --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

À instalação.
O Índice de Rotatividade apresentou, em 2015, um percentual de 22,70%, sendo
considerado deficiente, pois extrapolou o índice pré-estabelecido de 10%. Este fato se deveu ao
desequilíbrio entre admissões e desligamentos.
O Índice de Treinamento obtido foi de 36,59%, considerado bom de acordo com a faixa
de referência, que pondera de 35 a 50% - Bom.

2.5 - AVALIAÇÃO DA GESTÃO DAS TRANSFERÊNCIAS CONCEDIDAS MEDIANTE


CONVÊNIO, CONTRA TO DE REPASSE, TERMO DE PARCERIA, TERMO DE
COOPERAÇÃO, TERMO DE COMPROMISSO OU OUTROS ACORDOS, AJUSTES
OU INSTRUMENTOS CONGÊNERES
Não houve transferências mediante convênio, contrato de repasse, termo de parceria,
termo de cooperação, termo de compromisso ou outros acordos, ajustes ou instrumentos
congêneres no exercício, conforme mencionado no Relatório de Gestão da UPC .

2.6 - AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE COMPRAS E CONTRATAÇÕES


Foi realizada a avaliação da gestão de compras e contratações, em cumprimento ao
estabelecido no item 6, do Anexo II, da DN TCU nº 147/2015.
Os processos, incluindo os atos de Dispensas e Inexigibilidades, foram selecionados com
base nos critérios de materialidade, relevância e risco. O exame contemplou os seguintes
aspectos: motivação da contratação, adequabilidade da modalidade, objeto e valor da
contratação, fundamentação da Dispensa ou Inexigibilidade e identificação do contratado.
Para avaliar os processos de compras e contratações, referentes ao período de janeiro a
dezembro de 2015, foram definidas as seguintes amostras, de acordo com as modalidades de
licitação:

19.032.330,67 19.032.330,67
Inexigibilidade 84.999,42 84.999,42
Pregão / Adesões 5.126.541,34 4.483.013,50
TOTAL 24.243 .871,43 23 .594.943 ,59
%EXAMINADO 97,32%
Quadro 5 - Modalidades de Licitação de 20 I 5
Fonte: Siga Brasil

Os seguintes . Processos e Acordos decorrentes constituíram material de trabalho na


Auditoria:

-12de25 -
-
MARINHA DO BRASIL
(Continuação do Relatório de Auditoria de Ges tão nº 01 /2016, do CCIMAR .... .................................. )
. 2-(.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ,---

a) Termo de Justificativa de Inexigibilidade (TJIL) nº 03/2014- NUP 62164.000303/2013-30.


Fundamentação: Art. 25, inciso I, da Lei nº 8.666/93.
Objeto: "Aquisição de 05 Computadores Industriais de Alto Desempenho".
Motivação: "Justifica-se pela inexistência da possibilidade de Concorrência Pública,
demonstrada pelo Atestado de Exclusividade, Anexo D, emitido pela Associação".
Contratada: Advantech Brasil LTDA.
CNPJ: 03.800.074/0002-81
Contrato: 40002/2015-005/00
Valor: R$ 84.999,42
b) Termo de Justificativa de Dispensa de Licitação (TJDL) nºOl/2013-NUP 62164.001122/2012-
40.
Fundamentação: Art. 24, inciso VIII, da Lei nº 8.666/93.
Objeto: "Prestação de serviço de Assessoria técnica em gerenciamentos de projetos; Assessoria
na Gestão de processos na consecução dos contratos destinados à construção de um estaleiro e
uma base de submarinos; Assessoria na Gestão de processos na consecução do projeto e
construção de um submarino nuclear a partir dos projetos e da expertise adquirida pela
construção de 4 submarinos convencionais; Apoio ao gerenciamento de projetos para a obtenção
de equipamentos e transferência de tecnologia; e Assessoria na fiscalização de contratos".
Motivação: "A contratação da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON) faz-se
necessária tendo em vista sua participação no Programa Nuclear Brasileiro da MB , por meio de
contrato mantido com o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) há mais de 20
(vinte) anos, detendo, portanto, experiência na manutenção e construção de submarinos. Uma
vez que as atividades da COGESN necessitam ser apoiadas, devido, principalmente, a sua alta
·complexidade, a contratação da EMGEPRON vai ao encontro dos requisitos determinados, quais
sejam: "assessoria técnica no gerenciamento do projeto de construção das instalações destinadas
ao Estaleiro e à Base Naval (EBN) e à Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM),
unidad~ vi~~ulada ao EBN, bem como para acompanhar os contratos de obtenção dos , \\\.
submannos. ~~
Contratada: Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON)
Valor empenhado no exercício: R$ 15.326.930,67
c) TJDL nº 03/2013 -NUP: 62164.000303/2013-30
Fundamentação: Art. 24, inciso XIII, da Lei nº 8.666/93.

- 13 de 25 -
MARfNHA DO BRASIL
/(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR .................................. .... )
\ li --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
'l_ Objeto: "Prestação de serviços de Assessoria de preservação de tecnologia e de capacitação e
treinamento de pessoal na consecução dos contratos destinados à construção de um estaleiro e
uma base de submarinos e do projeto e construção de um submarino nuclear a partir dos projetos
e da expertise adquirida pela construção de quatro submarinos convencionais, que envolvem
transferência de tecnologia, no projeto denominado PROSUB, conforme descrito no Projeto
Básico".
Motivação: "O preço ofertado pela FEMAR consta da proposta comercial, constante nos autos,
cujos valores se encontram compatíveis com o escopo definido no Projeto Básico em Anexo A,
cujas disposições adotam o critério de remuneração pelo valor de hora de trabalho. A FEMAR é
uma instituição brasileira de .ilibada reputação ético-profissional, sem fins lucrativos, incumbida
por força de seu Estatuto, cuja cópia acompanha a presente justificativa de apoiar e fomentar as
atividades relacionadas ao ensino, à pesquisa, aos desenvolvimentos institucionais e tecnológicos
e à inovação tecnológica, tudo ligado ao mar".
Contratada: FUNDAÇÃO DE ESTUDOS DO MAR (FEMAR)
CNPJ: 33.798.026/0001-86
Valor: R$ 30.157.248,00 (valor referente a 5 anos); Valor anual: R$ 6.031.449,60
Valor empenhado no exercício: R$ 3.700.000,00
d) Pregão Eletrônico (SRP) nº 01/2014 - NUP: 62164.000632/2013-81
Objeto: "Aquisição de mobiliário".
Motivação: "A fim de manter a padronização do design do acabamento dos diversos móveis que
comporão os ambientes do Prédio em São Paulo, ainda em construção, e da COGESN, e
objetivando garantir um mínimo de estética e identidade visual apropriada, por lote e localidade,
já que os itens fazem. parte de um conjunto que deverá ser harmônico entre si, a licitação será
realizada por lotes".
Contratada: Furmiline Comercio LTDA.
CNPJ: 72.499.502/0001-10

Valor da ARP: R$ 3.744.693,50 ~


e) Adesão nº 05/2015, ao PE nº 122/2013 - UASG 153103 - UNIVERSIDADE FEDERAL DO .. ·,
RIO GRANDE DO NORTE (UFRN)-NUP: 62164.001908/2015-18 ~ .
Objeto: "Workstation gráfico e cálculo avançado - Z820".
Motivação: "Os itens de ''hardware" serão usados na construção de uma plataforma de
treinamento e manutenção de software "Combat Management System" (CMS)".
Contratada: Hewlett - Packard Brasil LTDA.

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-
MARINHA DO BRASIL
(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR ... .................................\ /
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------;?:>

CNPJ: 61.797.924/0007-40
Valor contratado: R$ 210.000,00
f) Adesão nº 08/2015, ao PE nº 164/2014 - UASG 200100 - PROCURADORIA- GERAL DA
REPÚBLICA (PGR-Brasília)-NUP: 62164.003197/2015-16
Objeto: "Servidores e Swiches".
Motivação: "Os itens de "hardware" serão usados na construção de uma plataforma de
treinamento e manutenção de software "Combat Management System'' (CMS)".
Contratada: Hewlett - Packard Brasil LTDA.
Valor contratado: R$ 528.320,00
2.6.1 - Do exame da conformidade da gestão das Licitações, Afastamentos e Acordos
decorrentes, os processos licitatórios, as contratações deles decorrentes, bem como as aquisições
feitas por Inexigibilidade e Dispensa de Licitação pela UPC, podem ser consideradas regulares.
Ressalta-se, porém, a necessidade de a UPC observar as constatações a seguir, a fim de
aprimorar a gestão dos processos de aquisições e contratações para melhor atender aos objetivos
da Administração:
/,? !._ a) Inexistência de comprovação de exclusividade pela empresa contratada:
No Termo de Justificativa de Inexigibilidade de Licitação (TJIL) nº 03/2014, que versa
sobre a Inexigibilidade de Licitação para a aquisição de 05 (cinco) computadores industriais de
alto desempenho, ficou comprovada a exclusividade de venda do objeto em pauta no Brasil por
uma única empresa, mediante apresentação de atestado fornecido por órgão de registro do
comércio local. No entanto, não restou comprovada que somente aqueles computadores
atenderiam às reais necessidades da contratante, em desacordo com o inciso I, do art. 25, da Lei
nº 8.666/1993 e Orientação Normativa nº 16/2009, da Advocacia-Geral da União.
Foi recomendado à UPC : justificar a necessidade exclusiva de aquisição dos
computadores de alto desempenho com a empresa.
b) Impropriedades nos seguintes processos de Adesão a Registros de Preços (ARP): )~
L~)- b.l) No processo de Adesão nº 05/2015, para aquisição de itens de hardware que serão
utilizados na construção de uma plataforma de treinamento e manutenção de software "Combat
Management System (CMS)", foi observado que a UPC não formalizou a adesão à ARP
mediante a assinatura do contrato, descumprindo cláusula prevista no edital do órgão gerenciador
e, por conseguinte, não efetuando a publicação do referido extrato na Imprensa Oficial, condição
indispensável para sua eficácia, não atendendo ao previsto no parágrafo único do art. 61,
concomitantemente com o parágrafo 4° do art. 62, ambos da Lei nº 8.666/ 1993, e no parágrafo

- 15 de 25 -
"/ / ;'
MARIN HA DO BRASIL
,(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR ........ ............. ............. .... )
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

! 4°, do art. 12, do Decreto nº 7.892/2013. Tendo em vista que o órgão não participante se vê
obrigado a cumprir todas as cláusulas constantes do edital do órgão gerenciador, e que este
previa a formalização do "termo de Contrato" em face à complexidade do objeto, era necessária
a formalização do acordo administrativo pertinente.
Foi recomendado à UPC: atender aos requisitos definidos pelo Órgão Gerenciador do
Registro de Preços, evidenciando a concordância plena aos termos do processo aderido, nas
futuras Adesões.
\ ~ ~> b.2) Nos processos de Adesão n°5 05/2015 e 08/2015, que tratam de aquisição de itens de
hardware que serão utilizados na construção de uma plataforma de treinamento e manutenção de
software "Combat Management System (CMS)", foi observada a inclusão de documentos em
língua estrangeira, sem a devida tradução juramentada, em desacordo com o art. 224, da Lei nº
10.406/2002.
Foi recomendado à UPC: que nos próximos processos licitatórios, providencie a referida
tradução dos documentos que não estiverem em língua portuguesa.
f;_ \J] c) Inexistência de processo de afastamento de licitação para despesas de publicação de
matérias na Imprensa Nacional:
Foi observado que a UPC não formalizou o respectivo processo de Afastamento
licitatório junto à Imprensa Oficial, apesar de possuir despesas com publicações, uma vez que as
despesas decorrentes do serviço de publicação de matérias de caráter oficial devem ser
respaldadas por Termo de Justificativa de Inexigibilidade de Licitação, de acordo com o caput do
art. 25 e parágrafo 3° do art. 62, da Lei nº 8.666/ 1993, e Acórdão 1.776/2004 - TCU - Plenário.
Foi recomendado à UPC: que nos próximos processos licitatórios, providencie a
formalização do processo de Afastamento licitatório, de acordo com as referidas normas.
2.6.2 - Utilização dos critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens e na
contratação de serviços e obras.
Foi verificado que a UPC tem adotado, em seus Editais, Projetos Básicos e Termos de
Referência, critérios de sustentabilidade. ambiental na aq~sição de. bens e n~ contrataçã~ de ;v ú\\
serviços e obras, bem como mformaçoes relac10nadas a separaçao de res1duos rec1clave1s \w
descartados, em consonância, respectivamente, à IN nº 1/201 O e à Portaria nº 2/201 O, ambas da
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão, e ao Decreto nº 5.940/2006.
2.6.3 - Qualidade dos Controles Internos Administrativos relacionados à atividade de
compras e contratações.

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-
M ARINHA DO BRASIL
(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR ............ .......................... t_,,----
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- - 4

Verificou-se que a estrutura da UPC para a condução dos processos licitatórios, eventuais
afastamentos e Acordos decorrentes, mostrou-se tecnicamente preparada e suficientemente
dimensionada para responder às demandas apresentadas. Entretanto, ressalta-se a necessidade de
aperfeiçoamento contínuo do pessoal, tendo em vista a complexidade e os valores envolvidos nas
contratações.
Quanto ao planejamento das aquisições, em que pese existir o Programa de Aplicação de
Recursos (PAR), foi recomendado à UPC a criação de um cronograma de licitações com base
neste Programa, para os próximos exercícios financeiros.
Observou-se que a estrutura de controle da UPC contribui de forma efetiva e satisfatória
para garantir a regularidade das contratações.

2. 7 - AVALIAÇÃO DA GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)


Foi realizada a avaliação objetiva sobre a gestão de Tecnologia da Informação da UPC,
em atendimento ao disposto no item 8 do Anexo II, da DN TCU nº 147/2015, destacando os
seguintes aspectos:
a) Governança de TI:
A UPC realiza as avaliações periódicas referentes à gestão de TI e Segurança da
Informação por meio do acompanhamento das disposições estabelecidas no Plano Diretor de
Tecnologia da Informação (PDTI).
b) Planejamento de TI:
A UPC possui PDTI formalmente instituído, alinhado ao Planejamento Estratégico
Organizacional. As ações planejadas são revisadas periodicamente (a cada 3 anos).
A UPC possui Comitê Gestor de TI formado por militares e servidores civis dos
'Empreendimentos Modulares e demais setores envolvidos. O Comitê é responsável por aprovar o .\\\
PDTI e decidir sobre priorização de investimentos e projetos. ~'
e) Gestão da Informação: )
A UPC identifica e mapeia os principais processos de negócio. Os editais e resultados de
licitações de TI são divulgados na Internet por meio do COMPRASNET.
d) Pessoas:
A UPC define as competências necessárias para o pessoal de TI executar suas atividades,
elaborando, periodicamente, plano de capacitação para supnr as necessidades de
desenvolvimento de competências de TI.

- 17 de 25 -
MARINHA DO BRASIL
(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR .......................... .. ..... ..... )

e) Processos:
A UPC está em conformidade com os aspectos de controle da gestão de processos. No
que se refere à gestão de riscos de TI, a UPC identifica os riscos e realiza o plano de tratamento,
monitorando as ações necessárias para mitigar esses riscos. O plano de tratamento é
acompanhado por meio de sistema informatizado e os riscos estão mapeados no PDTI.
As políticas de segurança são formalmente instituídas e a Organização realiza, de forma
periódica, ações de conscientização em segurança da informação.
Não obstante, os seguintes aspectos merecem ser observados, uma vez que podem
impactar negativamente na gestão de TI da UPC :
/0 1/ a) Planejamento de Tecnologia da Informação incompleto.
O PDTI vigente não possui objetivos, metas e indicadores estabelecidos, como um
desdobramento do Planejamento Estratégico da UPC. Os objetivos e metas já foram definidos e
os indicadores serão definidos e efetivamente mensurados a partir da próxima atualização do
planejamento de TI.
Foi recomendado à UPC: incluir os objetivos, metas e indicadores na próxima revisão do
PDTI, que entrará em vigor em 2017.
~ ;,· ',
\ti' O' b) Não realização de Auditoria Interna de Segurança das Informações Digitais (SID).
A UPC não tem realizado a auditoria interna de SID. A auditoria deve ser realizada
anualmente, por equipe formalmente designada, e deve verificar o fiel cumprimento das normas
de SID, bem como estabelecer possíveis ações de correção juntamente a uma contínua
divulgação da cultura de SID.
Foi recomendado à UPC: realizar auditoria interna de SID anualmente, emitindo relatório
para acompanhamento das soluções em andamento, e atualizar as normas internas.

2.8 -AVALIAÇÃO DA GESTÃO DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO


Foi realizada a avaliação da gestão do patrimônio imobiliário, de responsabilidade da ,\ \\
UPC, em atendimento ao disposto no item 9, do Anexo II, da DN TCU nº 147/2015. ~~

2.8.1 - Avaliação da Gestão do Patrimônio Imobiliário: C)


Conforme evidenciado no Relatório de Gestão, a UPC possui 02 (dois) imóveis sob a sua
responsabilidade, detalhados no Quadro 8.2.1.1 , por Registro Imobiliário Patrimonial (RIP).
Todos estão registrados no SIAFI na conta contábil 1.2.3.2.1.01.00 - "Bens de Uso Especial
Registrados no SPIUnet", no valor total de R$ 5.029.844,22. Esses imóveis integram o Sistema
de Gerenciamento do Patrimônio Imobiliário de uso especial da União (SPIUnet).

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-
MARINHA DO BRASIL ~ ,
(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01/2016, do CCIMAR .. .................................... ) /
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
As estruturas tecnológica e de pessoal, e a qualidade dos controles internos
administrativos para gerir a gestão do pàtrimônio imobiliário, se mostram adequadas.
De acordo com o item 9, do Anexo II, da DN TCU nº 147/2015, não houve impacto
negativo no desempenho da UPC no tocante à efetiva Gestão do Patrimônio Imobiliário da
União, em especial no que diz respeito à qualidade dos controles internos administrativos e à
correção e qualidade das informações contábeis. Contudo, foi recomendado à UPC que sanasse
as seguintes não-conformidades:
; u.· t, a) prazo de validade para atualização do valor dos imóveis expirou em 2005, de acordo com as
Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a Orientação Normativa - ON-
GEADE nº 04/MP-SPU da Secretaria do Patrimônio da União, o Memorando Circular nº
79/DECAP/SPU-MP/2012, o Acórdão nº 639/2007 - TCU - Plenário, bem como o Manual do
SPIUnet;
Foi recomendado à UPC: providenciar inserção, no Sistema SPIUnet, dos valores obtidos
da reavaliação; e
\\í /,.. b) existência de imóveis fora do patrimônio da União, registrados no SIAFI na conta contábil
1.2.3.2.1.99.05 - "Bens Imóveis a Classificar / a Registrar" - após a análise documental do
processo que se encontra na Secretaria do Patrimônio da União (SPU), e da averbação da
aquisição dos imóveis junto ao Cartório do Registro Geral de Imóveis (CRI) para lavração do
termo de entrega.
Foi recomendado à UPC: providenciar a baixa do saldo da conta contábil 1.2.3.2.1.99.05,
mediante a emissão de Documento hábil. Em seguida, cadastrar os imóveis no SPIUnet que,
automaticamente, ficarão registrados no SIAFI na respectiva conta contábil 1.2.3.2.1.01.00 -
"Bens de Uso Especial Registrados no SPIUnet".

2.9 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE INTERNO


Um Sistema de Controle Interno representa uma estrutura organizada para o desempenho
das atribuições de Controle Interno nos diversos níveis da Administração pública, que, no âmbito
da MB, se inicia com a SGM (órgão central) até os sistemas de Controle Interno de cada OM.
A finalidade do controle é assegurar que os resultados do que foi planejado, organizado e
dirigido se ajustem, tanto quanto possível, aos objetivos previamente estabelecidos.
Nesse contexto, em atendimento ao disposto na DN TCU nº 147/2015, o trabalho de
auditoria buscou analisar os cinco componentes da estrutura de controle interno da UPC, sob a
ótica do Comitê das Organizações Patrocinadoras (The Committee of Sponsoring Organizations

- 19 de 25 -
/ MARINHA DO BRASIL

6 --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
\ / (Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR ...................................... )

of th~ Treadway Commission - COSO), Organização de referência internacional no estudo de


prevenção de fraudes nas demonstrações contábeis das empresas: ambiente de controle;
avaliação de riscos; atividades de controle; informação e comunicação; e monitoramento.
A COGESN, como um departamento da DGMM, não está submetida à sistemática de
Inspeção Administrativo-Militar (IAM), onde o Comando Imediatamente Superior
(COMIMSUP) valida a autoavaliação da Organização Militar e, por est~ motivo, a COGESN não
iniciou os ciclos contínuos de avaliação e melhoria de seus sistemas de gestão, e,
consequentemente não elaborou o seu Plano de Melhoria da Gestão (PMGes).
Foi recomendado à UPC: realizar sua autoavaliação, buscando assessoria técnica da
Diretoria de Administração da Marinha (DAdM), para a respectiva validação.
2.9.1 - Ambiente de Controle
A estrutura organizacional provê o arcabouço para planejar, executar, controlar e
monitorar as atividades. Compreende a definição de autoridade, responsabilidade e linhas
apropriadas de comunicação.
Os exames de auditoria pautaram-se na análise da efetiva segregação de funções entre os
setores; na formalização e divulgação das atribuições e nas responsabilidades assumidas pelas
pessoas; e na normatização dos procedimentos operacionais.
A estrutura organizacional e a maneira pela qual designam-se autoridade e
responsabilidades contribuem para garantir um controle interno satisfatório.
O Memorando nº 5/201 O, do Comandante da Marinha, é o documento que define a
estrutura da MB responsável por gerir as atividades relativas ao PROSUB. Destaca-se o papel da
DGMM como responsável pelo Programa no âmbito da MB, tendo a COGESN como
subordinada direta e principal condutora dos assuntos relacionados ao Programa.
Com o propósito de assegurar a administração, a fiscalização e a transparência do
Programa, a estrutura de governança do PROSUB está organizada conforme a seguir:
a) Comitê de Acompanhamento do PROSUB;
b) Comitê de Controle e Fiscalização do PROSUB;
c) Comitê Especial da Sociedade de Propósito Específico (SPE);
d) Órgão Gestor do Corpo Técnico; e
e) Controladoria de Contratos.
Além desses instrumentos de controle, o gerenciamento do Programa conta, ainda, com
elementos que atuam diretamente no controle dos contratos, que são:

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MARINHA DO BRASIL '\ ~-
(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR .......................... ............ )\
----------------------------------------------------------------------------------------------- ... --------------------------------------------- ~

a) Gerente de Empreendimento Modular - GEM 18 - Implantação do Estaleiro e da Base


Naval;
b) Gerente de Empreendimento Modular - GEM 19 - Construção do Submarino de
Propulsão Nuclear;
c) Gerente de Empreendimento Modular - GEM 20 - Construção de Submarinos
Convencionais; e
d) Fiscais dos Contratos.
Nesse contexto, o Memorando supramencionado implementou importantes
aprimoramentos na Govemança do PROSUB, no que diz respeito à estrutura organizacional e
atribuições da COGESN, como a designação de um Coordenador-Executivo, tendo sob sua
subordinação três Gerências de Empreendimento Modular (GEM), o Escritório Técnico do
PROSUB na França (ET-PROSUB) e uma Gerência Administrativo-Financeira (GAF), criada
com a finalidade de conduzir toda a Execução Financeira relativa ao Programa.
2.9.2 - Avaliação de Risco
Na avaliação deste tópico, tomou-se por base o "Quadro Analítico de Gerenciamento de
Riscos - QAGR", preenchido pela UPC, no qual se procurou identificar a existência de
procedimentos capazes de monitorar ou mitigar tais riscos.
Observou-se que a UPC possuía uma rotina de análise e avaliação dos riscos existentes,
inerentes as suas atividades, e trata dos procedimentos necessários para mitigá-los. Essa análise e
avaliação são tratadas em reuniões específicas e os respectivos relatórios são elaborados em um
formato de "Mapa Geral dos Riscos", amplamente utilizados nas tomadas de decisões.
2.9.3 - Atividades de Controle
Uma vez conhecidos os objetivos estratégicos da Organização, e os riscos envolvidos,
devem ser adotados procedimentos internos para assegurar que as ações identificadas como
necessárias, para tratar dos riscos de insucesso na consecução dos objetivos, sejam efetivamente- \\
_\\
executadas. )~
A Auditoria observou que a UPC possui procedimentos de controle estabelecidos, em
consonância com as Normas da Administração Pública Federal e as Normas de Administração da
MB.
Nesse contexto, foi observado que, em geral, a UPC possui procedimentos de controle
satisfatórios, estando sua estrutura de controle suportada por documentos normativos e
orientadores.

- 21 de 25 -
-
MARINHA DO BRASIL
(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01/2016, do CCIMAR ................................. .. .. .)

Apesar do Sistema de Controle Interno da UPC encontrar-se satisfatoriamente


estruturado, contribuindo de forma efetiva para o bom desempenho e conformidade da gestão,
foram observadas disfunções em determinadas atividades de controle, conforme abaixo:
a) Ordem Interna necessitando de atualização;
b) Ausência da verificação das autenticidades das Notas Fiscais Eletrônicas;
c) Pagamento de diárias em período posterior ao da viagem; e
d) Ausência de mapeamento e modelagem dos processos referente às áreas de Pagamento
de Pessoal e Auxílio-Transporte.
2.9.4 - Informação e Comunicação
Observou-se que a UPC se utiliza de diversos meios de comunicação, de acordo com suas
necessidades, e administra, desenvolve e revisa seus sistemas de informações como parte de um
esforço contínuo para melhorar suas comunicações. Entre esses meios, encontram-se os
seguintes exemplos: Plano do Dia, Ordens de Parada, mensagens, Sistema Integrado de .
Gerenciamento de Documentação da Marinha (SIGDEM), entre outras ferramentas utilizadas na
MB, que contribuem para que o fluxo de informações possa ocorrer, oportunamente, em todos os
níveis e direções.
A UPC disponibiliza, por meio de seu Plano de Dia e de quadro interno de avisos,
informações à tripulação, de forma prática e tempestiva, o que contribui para a rapidez da
comunicação, facilidade de acesso e agilidade no fluxo de informações relevantes e necessárias
para o desenvolvimento das atividades organizacionais.
2.9.5 - Monitoramento
Na MB, além do monitoramento efetuado pela própria OM, as Auditorias realizadas pelo
CCIMAR, bem como as Inspeções Administrativo-Militares, são consideradas atividades de ~

monitoramento dos Controles Internos. ~


Como monitoramento efetuado pela própria COGESN, destaca-se a rotineira elaboração e
discussão dos Relatórios de Acompanhamento dos Contratos (Relatório Particular de
Acompanhamento - RP A e Relatório Global de Acompanhamento - RGA) . Foi implementado
ainda, pelo CCIMAR, o Plano de Providências Permanente (PPP) que facilitará o monitoramento
das constatações apontadas neste Relatório. Tais procedimentos de monitoramento auxiliam o
acompanhamento tempestivo das atividades relacionadas ao PROSUB pela Alta Administração
Naval.
Como resultado da Avaliação do Controle Interno da COGESN, surgiram as seguintes
oportunidades de melhorias:

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-
MARINHA DO BRASIL

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------K
(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR ...................................... )\ .

a) Quanto aos aspectos motivacionais e de incentivo às boas práticas de gestão,


constatou-se a inexistência de uma Ordem Interna (OI), estabelecendo normas e procedimentos
para indicação e escolha de militares e servidores civis que tenham se destacado durante o ano,
pelo desempenho funcional e elevados padrões morais e profissionais. Para o estabelecimento de
um serviço mais eficiente, é necessário que se busque valorizar cada vez mais o agente público,
de modo a motivá-lo e a comprometê-lo com a Organização.
Foi sugerido à UPC: elaborar uma OI específica sobre o assunto e que os aspectos
supramencionados sejam efetivamente implantados e divulgados internamente;
b) Foi observada a inexistência do Plano de Acompanhamento da Gestão (PAG). O PAG
é o instrumento de planejamento de natureza permanente, revisto anualmente, que tem como
principais benefícios facilitar o acompanhamento da gestão da OM pelo Conselho de Gestão e
servir de base para a elaboração do Relatório de Gestão. O referido Plano de Acompanhamento
descreve como o PEO é posto em prática, devendo conter atividades, procedimentos, prazos,
responsáveis e recursos necessários para o seu cumprimento, orientando ações em um horizonte
de curto prazo (um exercício), principalmente. Para uma rápida identificação dos elementos
necessários à sua elaboração e implementação, o PAG deve ser estruturado com base na
ferramenta 5W3H.
Foi recomendado à UPC: formalizar o documento em lide, a fim de melhorar as
atividades decorrentes do PEO, e as ações necessárias para o aprimoramento da gestão na UPC,
detalhadas no Plano de Melhoria da Gestão; e
c) Apesar da existência dos meios de comunicação, que são facilitadores do fluxo de
informações, observaram-se casos de desconhecimento sobre os seus planos, ambientes de
controle, riscos e suas atividades de controle, os quais se limitam ao conhecimento em nível
gerencial ou de coordenação.
Foi recomendado à UPC: ampliar a divulgação necessária sobre seus planos, ambientes .,,.\
de controle, riscos e suas atividades de controle para toda a tripulação. t\.W
. ~~

2.10 - AVALIAÇÃO DA CONFIABILIDADE E EFETIVIDADE DOS CONTROLES


INTERNOS RELACIONADOS À ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS E DE RELATÓRIOS FINANCEIROS.
Os demonstrativos contábeis constantes do Sistema Integrado de Administração Financeira
do Governo Federal - SIAFI (Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Balanço Patrimonial e
as Demonstrações das Variações Patrimoniais, do Fluxo de Caixa e das Mutações do Patrimônio

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--,

M . · INHA DO BRASIL
Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR ............. ......... ................ )

Líquido), regidos pela Lei n.º 4.320/1964 e pela Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao
Setor Público NBC T 16.6, aprovada pela Resolução CFC n. 0 1.133/2008, relativos ao exercício
de 2015, refletem adequadamente a situação orçamentária, financeira e patrimonial da Unidade
Jurisdicionada.

2.11 - ABRANGÊNCIA, SUFICIÊNCIA E RESULTADOS, DAS MEDIDAS ADOTADAS


PELA UPC RELACIONADAS AO ACÓRDÃO Nº 1212/2014, TCU-PLENÁRIO, QUE
TRATA DOS REFLEXOS DA DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO NOS
CONTRATOS COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
Realizou-se a avaliação sobre as medidas adotadas sobre a desoneração da folha de
pagamento, em cumprimento ao estabelecido no item 13, do Anexo II, da DN TCU nº 147/2015 ,
e Acórdãos n° 5 2859/2013 e 1212/2014 - TCU- Plenário, e foi instaurado processo administrativo
pela UPC, após orientação do Setorial Contábil da Marinha, com a finalidade de apurar o
procedimento a ser tomado junto às empresas incluídas no Plano Brasil Maior. O referido
processo está em fase de prontificação e será encaminhado ao Órgão da Secretaria de Receita
Federal (SRF), a fim de se obter maiores esclarecimentos quanto à matéria.

2.12 - AVALIAÇÃO DA OBSERVÂNCIA, PELA UPC, DA ORDEM CRONOLÓGICA


DOS PAGAMENTOS ESTABELECIDA PELO ART. 5° DA LEI Nº 8.666/93.
Com relação à intensificação das restrições financeiras que também afetaram a UPC , foi
constatado que a ordem cronológica dos pagamentos foi tratada nas reuniões do Conselho de
Gestão por algumas vezes no exercício de 2015, de modo a equalizar os conhecimentos sobre o
assunto. Nesse contexto, e em decorrência dos exames concluídos, a Equipe de Auditoria
considerou que a UPC vem observando a ordem cronológica dos pagamentos, considerando
como positiva a referida avaliação.

3 -AVALIAÇÃO DAS FALHAS E IRREGULARIDADES RELEVANTES


Na avaliação da Equipe de Auditoria, não foram identificadas falhas ou irregularidades
que resultaram em dano ou prejuízo.
As falhas e impropriedades que não resultaram em dano ou prejuízo estão discriminadas
no corpo deste Relatório e serão acompanhadas pela UPC por meio do Plano de Providências
Permanente (PPP).

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-
MARINHADO BRASIL . 'Q
' (

(Continuação do Relatório de Auditoria de Gestão nº 01 /2016, do CCIMAR .. ..... .... ......... ..... ............ }
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4 - CONCLUSÃO
Assim, em cumprimento ao inciso III, do art. 9°, da Lei nº 8.443 , de 16 de julho de 1992,
concluímos pela REGULARIDADE da gestão do Dirigente Máximo e demais responsáveis
relacionados no "Rol de Responsáveis" da UPC, sugerindo a emissão do competente Certificado
de Auditoria.
Rio de Janeiro - RJ, em 02 de agosto de 2016 .

.L \;\j \ \ l \ i ll
SANDRO BA~{~ii,~\LA
Capitão de Corveta (IM) .
Coordenador da Equipe de Auditoria
Encarregado da Divisão de Auditoria de Avaliação da Gestão e Auditoria Operacional
1 ASSINADO DIGITALMENTE !

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