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Universidade Federal da Bahia

Hospital Universitário Prof. Edgard Santos – Ambulatorial Magalhães Neto

Disciplina: Estágio Modular III

Discente: Maria Auxiliadora Maia Queiroz

Docente: Caio Belmiro

Caso Clínico 2 – Tuberculose

Paciente LSM 54 anos, 45 kg, natural de Santo Antônio de Jesus, católica. Portadora de Diabetes
mellitus tipo 2 há 5 anos. Diagnóstico de Tuberculose Pulmonar em 05/06/2017. Em uso de
metformina 850 mg q 8 h. Nega alergia medicamentosa e/ou alimentar.

1- Qual o momento de iniciar o tratamento de tuberculose e qual o esquema indicado


(considere os casos do paciente vivendo ou não com HIV)?
R: Para pacientes que apresentam a co-infecção deve iniciar com a terapia
antirretroviral independente da forma clínica da tuberculose e da contagem de
T-CD4+. O tratamento de TB deve ser 8imediato. O esquema envolve a
combinação de rifampicina e isoniazida com dois meses, totalizando um tempo
de 6 meses de tratamento. O esquema, ao introduzir a TARV, deve levar em
conta o suo de 2-ITRN + efavirenz para o caso de tratamento concomitante com
TB. Para pacientes que não são portadores de HIV em caso de não comprovação
bacteriológica,. Deve ser iniciado após resultado de não melhora em tratamento
com antibiótico de amplo espectro e não deve ser interrompido salvo rigorosa
revisão clínica e laboratorial que determine mudança de diagnóstico.
Esquema 1R - 2 RHCE/4RHE (esquema 2 RHCE corresponde à primeira fase de 2
meses e o $RHE à segunda fase, com 4 meses).
2- Qual a posologia dos medicamentos indicados?
No esquema de 1{ª fase, usa-se em uma dose de 10 mg/kg/ dia sendo a dose máxima
para a droga? R = 600 mg/dia para pacientes > 45 kg e 450 mg para pacientes de até 45
kg; H = 400 mg para pacientes > 45 kg e 300 mg até 45 kg; Z = 2500 mg para pacientes
> 45 kg e 1500 mg até 45 kg; E = 1200 mg para pacientes > 45 kg e 800 mg até 45 kg.
Quanto ao esquema RHE, segue o mesmo protocolo do esquema de primeira fase no
que diz respeito às doses usuais.
3- Quais as precauções que o profissional de saúde deve ter para atendimento seguro a
este paciente?
A paciente em questão apresenta diabetes melitus do tipo 2. Deve-se levar em conta de
que essa comorbidade requer um manejo da terapia mais complexo devido à presença
de DM afetar no metabolismo dos esquemas antituberculose, podendo causar
polineurite. A metformina pode interagir com a isoniazida, levando ao risco de
hepatotoxicidade e aumentar a excreção
4- 4- Quais as principais orientações que devem ser passadas para o paciente no início
deste tratamento?
Deve-se relatar à paciente em questão a importância do tratamento e sua adesão,
alertar quanto aos riscos de evasão do tratamento e a resistência dos microorganismos
com essa evasão, solicitar que comunique-se com o farmacêutico sobre o surgimentos
de quaisquer efeitos adversos que venham a acontecer durante o tratamento, em
especial devido ao fato de a paciente apresentar diabetes melitus 2 e estar em
tratamento de antidiabético oral, sendo que o mesmo pode interagir com algum
medicamento do esquema antituberculose.

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