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MESTRE DE OBRAS

MÓDULO
LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS
Curso Mestre de Obras Módulo de Projetos
_________________________________________________________________________________

Diretor de Operações:

Adoniram Mendes

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Curso Mestre de Obras Módulo de Projetos
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Apresentação
A sociedade moderna, seja sob o prisma econômico, cultural ou social, só alcançará
novos degraus competitivos, se investirem na intangibilidade dos seus ativos. Uma das
formas é acelerar rumo à conquista de patamares aceitáveis, inovadores e desafiadores
de conhecimento.

É sobre esse trilho que está direcionada a bússola estratégica de nossa empresa, a
Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda. A nossa missão é “Contribuir na
Formação de Profissionais Qualificados para o Mercado de Trabalho”, gostaria de
ressaltar que para nós será motivo de imensa alegria, contribuir com a sua qualificação
profissional.

A Data Corporation – Solução em Qualificação Ltda - Departamento de Ensino,


direciona suas ações ao suporte técnico e mercadológico com intuito de colaborar com
o desenvolvimento de novos profissionais.

Qualificação da mão de obra na construção civil


A mão-de-obra é o fator mais importante em qualquer obra da construção civil, pois
representa grande porcentagem do custo total, além de ser composta de pessoas que
têm diversos tipos de necessidades a serem supridas.

Cursos de aprendizagem, relacionamento e auto-estima, demonstrando como esses


fatores podem influenciar na produtividade.

Diversos estudos sobre o assunto apontam diretamente para a necessidade da


qualificação da mão-de-obra devido ao grande índice de desperdícios de material, atraso
no cronograma da obra e serviços de má qualidade. Para que isso não ocorra, são
várias as formas que uma empresa tem de investir em seus funcionários. Uma delas é
oferecendo-lhes cursos de capacitação e qualificação.

O presente material dispõe de informações imprescindíveis aos participantes dos cursos


Data Corporation elaborado através dos profissionais especializados.

Adoniram Mendes
Diretor de Operações.

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Curso Mestre de Obras Módulo de Projetos
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Sumário

Apresentação ............................................................................ 3
Qualificação da mão de obra na construção civil ................. 3
Leitura e Interpretação de Projetos ........................................ 6
Conceitos Fundamentais ......................................................... 7
Projeto Arquitetônico ............................................................. 11
Planta de Situação e Localização ..................................................................... 11
Planta Baixa ...................................................................................................... 14
Cortes ............................................................................................................... 17
Fachadas .......................................................................................................... 20
Planta de Telhado ............................................................................................. 21
Detalhes ............................................................................................................ 24
Perspectivas...................................................................................................... 24
Escadas ............................................................................................................ 25

Projetos Estruturais ............................................................... 29


Projeto de Sondagem do Terreno ..................................................................... 30
Solução em Blocos ........................................................................................... 34
Solução em Baldrame ....................................................................................... 35
Solução Radier.................................................................................................. 36
Projeto de Detalhamento de Sapata ................................................................. 37
Projeto de Detalhamento de Pilares.................................................................. 38
Projeto de Detalhamento de Lajes .................................................................... 39
Projeto de Detalhamento de Vigas.................................................................... 41

Projetos de Estruturas Metálicas .......................................... 42


Projetos de Instalações Elétricas ......................................... 47
Simbologia ........................................................................................................ 47
Etapas do Projeto.............................................................................................. 53

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Legendas de um Projeto Elétrico ...................................................................... 53


Diagrama em Planta ......................................................................................... 54
Subestação ....................................................................................................... 59

Projetos de Instalações Hidrossanitário .............................. 62


Etapas do Projeto.............................................................................................. 62
Elementos do Desenho ..................................................................................... 63

Projetos de Climatização ....................................................... 68


Exemplo de Projeto ........................................................................................... 68

Bibliografia .............................................................................. 75

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Leitura e Interpretação de Projetos

Introdução
Os profissionais da área da construção civil, constantemente deparam-se com
projetos executivos: elétricos, hidráulicos, arquitetônicos, estruturais etc. Contudo, nem
todos se encontram aptos a interpretar corretamente as informações ali contidas.
Diante do crescimento da necessidade de profissionais qualificados para atender a
demanda de mercado, estamos introduzindo na grade de cursos de Mestre de Obras,
este curso que busca sanar as principais dúvidas dos profissionais, quanto à leitura e
interpretação dos projetos.
Não pretendemos ensinar os profissionais como projetar, pois essa possibilidade
requer uma base de conteúdos mais sólida e um curso de maior carga horária,
entretanto pretendemos que ao final do curso o profissional seja capaz de entender as
informações contidas no projeto e aplicá-las corretamente durante o processo de
execução.

Objetivos
Capacitar o profissional para:
1. Interpretar corretamente as informações contidas em um projeto executivo.
2. Ser capaz de: a partir da leitura correta do projeto, executar com eficiência o que está
projetado.
3. Reconhecer a importância de se cumprir fielmente cada etapa de um projeto.
Para tanto estaremos utilizando um projeto simples de uma pequena residência, que
será a nossa referência do curso.

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Conceitos Fundamentais

Escala
Escala é a relação entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e
sua medida real, ou seja, é a relação que indica a proporção entre cada medida do
desenho e a sua dimensão real no objeto.
Prédios muito longos ou grandes extensões urbanizadas em geral são desenhados
nas escalas de 1:500 ou 1:1000. Para projeto pequeno desenhado na escala de 1:100
(ou 1/100) talvez possa utilizar uma prancha A4 ou A3.
A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”,
seguida da indicação da relação:
 ESCALA 1:1, para escala natural;
 ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);
 ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).
Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da
escala geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que
se referem; na legenda, deve constar a escala geral.

d 1
Seja:
E 
D N
Onde,
 E = é a escala;
 d = distância medida no desenho;
 D = distância real (do objeto, peça, estrutura, etc.).
 N = é o módulo da escala.
Uma escala de 1:500 informa que, o comprimento de um segmento representado
em uma planta, equivale a quinhentas vezes este comprimento no campo.
Exemplos:
 1m em planta representa uma linha de 500m no terreno.
1m 1
 Escala    D  1m  500  500m
D 500
 10 cm em planta representam uma linha de 5.000cm (= 50m) no terreno.
10cm 1
Escala    D  10cm  500  5000cm  50m
 D 500

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Escalas Recomendadas

 Escala 1:1, 1:2, 1:5 e 1:10 - Detalhamentos em geral;


 Escala 1:20 e 1:25 - Ampliações de banheiros, cozinhas ou outros
compartimentos;
 Escala 1:50 - É a escala mais indicada e usada para desenhos de plantas,
cortes e fachadas de projetos arquitetônicos;
 Escala 1:75 - Juntamente com a de 1:25, é utilizada apenas em desenhos de
apresentação que não necessitem ir para a obra;
 Escala 1:100 - Opção para plantas, cortes e fachadas quando é inviável o uso de
1:50. Plantas de situação e paisagismo. Também para desenhos de estudos que
não necessitem de muitos detalhes;
 Escala 1:175 - Para estudos ou desenhos que não vão para a obra;
escala 1:200 e 1:250- Para plantas, cortes e fachadas de grandes projetos,
plantas de situação, localização, topografia, paisagismo e desenho urbano;
 Escala 1:500 e 1:1000 - Planta de localização, paisagismo, urbanismo e
topografia;
 Escala 1:2000 e 1:5000 - Levantamentos aerofotogramétricos, projetos de
urbanismo e zoneamento.

Escalímetro
É um instrumento na forma de um prisma
triangular que possui 6 réguas com diferentes
escalas. É utilizado para medir e conceber
desenhos em escalas ampliadas ou reduzidas.
Se, por exemplo, for usar a escala 1:100
significa dizer que cada medida representa uma
100x maior na medida real, ou seja: 4 cm são, na
escala real, 400 cm (4x100) ou 4 m.
Na escala 1:75 cada medida representa uma
75x maior na medida real, ou seja: 4 cm são na
escala real 300 cm (4x75) ou 3 m.
Na dúvida, para representar uma medida de 4 m:
 Com o escalímetro basta pegar a face com a escala desejada e marcar 4;
 Sem o escalímetro, faça a regra de 3:

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 1:100 - 1 está para 100, então x estará para 400, x=4


 1:75 - 1 está para 75, então x estará para 400, x=5,3
Exemplos de escalas:
 Escala 1:100 (1cm no desenho representa 1m real).
 Escala 1:50 (2cm no desenho representa 1m real).
 Escala 1:20 (5cm no desenho representa 1m real).

Traços
Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e
devem possuir contraste uns com os outros. Esses traços possuem espessuras para
cada tipo de utilização (não vai ser objeto de estudo nosso, pois só serve para o
desenhista), além de seus tipos que podem ser:
• Traço contínuo: São as linhas comuns, utilizadas na grande maioria do desenho e
também podem possuir espessuras diferentes para cada representação.
Ex: ________________________________________________________
• Traço Interrompido: Representa um elemento de desenho “invisível” (ou seja, que
esteja além do plano de corte).
Ex: _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _
• Traço Ponto: Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de
corte.
Ex: __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _ __ _

Linha de Cota
Representação gráfica das dimensões no desenho técnico de um elemento,
através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida.
Elementos gráficos para representação de cotas

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Normas
Principais normas envolvidas nesta documentação:
 NBR-10647 – Norma Geral; NBR-8196 – Escalas; NBR-8402 – Escrita; NBR-8403
– Tipos de linha; NBR-10068 – Folhas de Desenho; NBR-10126 – Cotagem;
NBR-13142 – Dobramento de cópias.

Formato do papel

O formato básico de papel designado de A0 (A zero) considera um retângulo de


841 mm (x) por 1189 mm (y) correspondente a 1 m² de área. Deste formato derivam-se
os demais formatos na relação y  x  2 .

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Projeto Arquitetônico
É o projeto onde serão definidas as dimensões dos ambientes, como serão
distribuídos, os aspectos visuais e estéticos da edificação. A partir dele serão elaborados
os projetos de estruturas, instalações elétricas e hidráulicas, entre outros.
É um projeto fundamental para o andamento da obra, pois os proprietários e os
profissionais terão informações claras e precisas das medidas e dos detalhes da futura
edificação. Ele é formado por vários desenhos (plantas), como:
 Planta de Situação e Localização
 Planta Baixa
 Cortes
 Fachadas
 Planta de Telhado
 Detalhes
 Perspectivas
 Escadas

Planta de Situação e Localização

Para locar uma obra é necessário representar o local exato onde ela ocupará no
lote, bem como a representação do lote dentro da quadra.

Planta de Situação
Vista ortográfica superior esquemática com abrangência de toda a zona que
envolve o terreno onde será edificada a construção projetada, com a finalidade
de identificar o formato, as dimensões do lote e a amarração deste no quarteirão
em que se localiza.
 Informações:
i. Orientação geográfica (norte);
ii. Dimensões lineares e angulares do lote ou gleba (cotas do terreno);
iii. Distância à esquina mais conveniente (zona urbana);
iv. Nome dos logradouros (zona urbana);

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v. Nome dos acessos e elementos topográficos (zona rural);


vi. Distância a um acesso principal – rodovia estadual, municipal ou
federal (zona rural);
vii. Dimensões dos passeios e ruas (zona urbana).

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Planta de Localização
Representação da vista ortográfica superior esquemática, abrangendo o terreno e o
seu interior, com a finalidade de identificar o formato, as dimensões e a localização da
construção dentro do terreno para o qual está projetada.
 Informações:
i. Cotas totais do terreno;
ii. Cotas parciais e totais da edificação;
iii. Cotas angulares da construção (diferentes de 90º);
iv. Cotas de beirais;
v. Cotas de posicionamento da construção (recuos);
vi. Cotas das calçadas;
vii. Identificação do alinhamento predial e meio-fio.

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Planta Baixa

É o nome que se dá ao desenho de uma construção feito, em geral, a partir do


corte horizontal à altura de 1,5m a partir da base.
Nela devem estar detalhadas em escala as medidas das paredes (comprimento e
espessura), portas, janelas, o nome de cada ambiente e seu respectivo nível. A partir da
planta baixa são feitos os lançamentos dos demais projetos complementares de
instalações elétricas, hidráulicas, sanitárias, telefônicas, prevenção e combate a
incêndio, etc, assim como cálculo estrutural e de fundações de uma obra.

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EXEMPLO DE PLANTA BAIXA - APARTAMENTO

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Cortes
Onde podemos retirar dúvidas de pontos onde normalmente não teríamos acesso
por conta de paredes ou objetos. Esses cortes podem ser longitudinal e transversal, ou
seja, em duas direções.

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Fachadas
Elevações ou fachadas são elementos gráficos componentes de um projeto de
arquitetura, constituídos pela projeção das arestas visíveis do volume sobre um plano
vertical, localizado fora do elemento arquitetônico. São as vistas principais (frontal,
posterior, lateral direita ou esquerda), ou eventualmente, auxiliares, da edificação,
elaboradas com a finalidade de fornecer dados para a execução da obra, bem como
antecipar a visualização externa da edificação projetada. Nelas aparecem os vãos de
janelas, portas, elementos de fachada, telhados assim como todos os outros visíveis de
fora da edificação.

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Planta de Telhado
É a representação ortográfica da vista principal superior de uma edificação,
acrescida de informações desta edificação.
A finalidade da planta de cobertura é a representação de todos os elementos do
telhado, ou a ele vinculados, do ponto de vista externo.

O desenho da Planta de Cobertura apresenta algumas informações:


a) elementos reais:
- desenho do polígono da cobertura e/ou beiral;
- linhas do telhado;
- elementos do telhado (chaminés, reservatórios...)
- contorno da construção (linha tracejada);
- delimitação do terreno;
- elementos da rede pluvial (calhas, condutores, caixas, canalizações...)
b) informações:
- cotas da cobertura;
- cotas de beirais e/ou similares;

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- setas de indicação do sentido de escoamento das águas dos telhados, terraços, calhas
e canalizações;
- dimensões dos elementos do telhado;
- cotas de posição de elementos do telhado;
- dimensionamento da rede pluvial (diâmetros, declividades, dimensões gerais..)
- tipos de telhado quanto ao material;
- inclinação ou declividade das águas do telhado;
- outras informações de interesse da cobertura.

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Detalhes
Desenhos de partes ou áreas menores que não são visualizadas nos projetos
anteriores. Exemplo: detalhes de caixilhos de uma janela.

Perspectivas
É um desenho ilustrativo que mostra o objeto como seria apresentado aos olhos do
cliente.

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Escadas
As escadas são construções destinadas a permitir a comunicação fácil entre dois
ou mais pisos situados em níveis diferentes. A existência de elevador em um edifício não
dispensa a construção de uma escada. Elas são formadas por uma série de pequenos
planos horizontais, dispostos a uma pequena diferença de nível uns dos outros e de
modo a permitir que o homem vença-os com facilidade.
Esses pequenos planos horizontais são denominados pisos. O plano vertical que
liga dois pisos consecutivos chama-se espelhos e ao conjunto formado pelo piso e pelo
espelho dá-se a denominação de degrau. O piso às vezes avança sobre o espelho
formando o que chamamos de bocel (nariz).

As escadas ainda deverão ser dispostas, de tal forma que assegurem a passagem
com altura livre de igual ou superior a 2,00 m.

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Escada com guarda-corpo contínuo

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Escada com guarda-corpo vazado

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Escadas retas
São constituídas por lances retos e podem estar dispostos de diversas formas.

Escadas curvas
São constituídas unicamente por lances curvos e têm geralmente forma circular.
Encontram – se também elípticas, helicoidais, em leques e outras

Largura das escadas


A largura das escadas depende da importância e finalidade do edifício. As normas
estabelecem que a largura mínima seja de 80cm para uso residencial unifamiliar; e de
1,20m para uso coletivo. Veja abaixo um exemplo de ocupação (fila) de uma escada.

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Projetos Estruturais
O Projeto Estrutural, também chamado de Cálculo Estrutural é o dimensionamento
das estruturas, geralmente de concreto armado, que vão sustentar a edificação,
transmitindo as suas cargas ao terreno. Esse projeto é de fundamental importância, pois
é o responsável pela segurança do prédio contra rachaduras (trincas) e desabamentos.
Uma estrutura com lajes, vigas, pilares e fundações superdimensionados representa
custos altos e não significa obrigatoriamente segurança. É preciso que haja um perfeito
equilíbrio entre o concreto e o aço dentro dos elementos estruturais para que as peças
sejam consideradas seguras e, conseqüentemente, toda a obra.
Para elaboração do Projeto Estrutural será necessário, além do Projeto
Arquitetônico, o Laudo de Sondagem. Esse documento, detalhadamente confeccionado
por empresas especialistas em sondagens, apresenta o perfil do solo abaixo do nível
zero, ou seja, com todos os tipos de camadas de solos e suas respectivas resistências à
compressão. Este laudo é necessário para o dimensionamento adequado das
fundações. Sem ele o engenheiro projetista de estruturas deverá prever, por medida de
segurança, resistências do solo inferiores, aumentando conseqüentemente as bases das
fundações. Em construções de mais de dois pavimentos o Laudo de Sondagem é
indispensável.

LAJE

PILARES

VIGAS

SAPATAS

Projeto de Sondagem do Terreno

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Solução em Blocos

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Solução em Baldrame

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Solução em Radier

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Projeto de Detalhamento de Sapata

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Projeto de Detalhamento de Pilares


A figura abaixo ilustra a forma que deve ser apresentado o detalhamento de um
trecho de pilar, compreendido entre dois pavimentos consecutivos.

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Projeto de Detalhamento de Lajes


O detalhamento das armaduras das lajes é realizado em planta, utilizando como
base a planta de formas da estrutura do pavimento. Na planta de armadura de lajes
devem ser desenhadas apenas as barras representativas da armadura de cada laje nas
duas direções, com indicação do número de barras destinadas àquela laje, diâmetro,
espaçamento entre barras e comprimento unitário. O desenho deve indicar as
armaduras positivas (junto à face inferior) e negativas (junto à face superior), no entanto,
quando houver superposição de armaduras que dificulte a interpretação deve-se realizar
o detalhamento dessas armaduras em plantas diferentes. Costuma-se representar as
barras da armadura positiva com linhas cheias e as da negativa com linhas tracejadas
de modo a facilitar a visualização do detalhamento. Por último, na planta de
detalhamento das armaduras devem constar: a resistência característica do concreto, f ,
ck

o tipo de aço (CA 60 e/ou CA 50), os quadros com discriminação das barras e resumo
do aço (quantitativos), e o cobrimento a ser adotado na execução do projeto.

Armadura inferior (positiva):

A Figura A mostra o detalhamento típico de armaduras positivas em lajes.

A Figura B exemplifica o detalhamento com ferros contra-fiados

Figura A Figura B

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Armadura superior (negativa):


A figura abaixo mostra a armadura negativa entre lajes totalmente apoiadas (nos quatro
lados)

Armadura negativa em balanços:

Com continuidade: Nas lajes em balanço com continuidade as barras devem


ser estender na laje contígua 1,5 vezes o comprimento do balanço

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Projeto de Detalhamento de Vigas

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Projetos de Estruturas Metálicas


Estruturas metálicas, nada mais são, que vigas, pilares e treliças feitos a partir de
perfis metálicos ligados entre si. Alguns exemplos de estruturas metálicas são a Torre
Eifell (praticamente a torre inteira é uma treliça), a ponte Golden Gate em Nove York,
ginásios de esporte e galpões industriais, prédios de grandes alturas.
Segue abaixo figuras de Projetos com o uso de Estruturas Metálicas.

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Projetos de Instalações Elétricas


O Projeto de Instalações Elétricas deve ser elaborado por um engenheiro eletricista
e vem a ser o dimensionamento das cargas elétricas, fios, eletrodutos, disjuntores e
vários outros elementos com seus respectivos detalhamentos. É um projeto muito
importante, pois uma instalação mal dimensionada e mal executada, apesar do emprego
de material de 1ª qualidade, pode acabar gerando grandes despesas futuras e até
acidentes de grandes proporções como incêndios.

Simbologia

Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilar são definidos pela norma
NBR5444, para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Neste tipo de
planta é indicada a localização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus
respectivos aparelhos.
As tabelas a seguir mostram a simbologia do sistema unifilar para instalações
elétricas prediais (NBR5444).

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Etapas do Projeto

 O Memorial de cálculos: contém todos os cálculos realizados no projeto de modo a


justificar as decisões tomadas.
 Diagrama em planta: mostra fisicamente na instalação como se colocar interruptores,
tomadas, quadros de luz, condutores, eletrodutos, etc., de tal modo a permitir a
execução do projeto na obra civil.
 O Diagrama trifilar: é um diagrama completo de ligação mostrando detalhadamente
todas as conexões a serem executadas pelo montador. Deve constar da alimentação
trifilar, chaves, proteções, barramentos, interruptores e tomadas.
 O Diagrama unifilar: é a representação de um sistema elétrico por uma de suas fases.
Este diagrama dá uma ideia bastante clara da alimentação de energia elétrica de uma
instalação, de seus dispositivos de comando e proteção, bem como os valores
nominais de todos os equipamentos.
 Diagrama de montagem: é utilizado na execução civil da instalação, sendo muito mais
claro, pois mostra os eletrodutos, as caixas de passagem, as bitolas dos eletrodutos e
a forma e o tamanho dessas caixas de passagem e derivações.
 Lista de material: deve constar todos os materiais necessários à execução do projeto.
As quantidades e as unidades dos materiais também devem constar e, dependendo
da finalidade, também o preço unitário e total deve ser colocado.

Legendas de um projeto elétrico


As legendas são os símbolos que utilizamos para que se possa entender que tipos
de fiação estão utilizando em determinada área ou cômodo da edificação. Segue na
figura abaixo as legendas mais utilizadas no projeto elétrico, com seu respectivo
significado:

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Diagrama em planta
O diagrama de
passagem dos fios de
eletricidade é montado na
planta baixa da edificação,
a mesma feita no início do
projeto, pois como já
dissemos anteriormente, é a
partir dela que teremos os
outros projetos realizados.
Abaixo, segue o projeto
elétrico da casa de nosso
estudo:

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Circuitos de Tomadas de Uso Geral e de Iluminação

Na “planta baixa” correspondente, deverão ser lançados os pontos dos circuitos


elétricos, com as respectivas numerações – Luminárias, Tomadas de Uso Geral,
Tomadas de Uso Específico, Interruptores, etc.
Nos pontos das luminárias deverão ser escritos os valores das cargas nesses
pontos.
As Tomadas de Uso Geral de cargas maiores do que 100 VA e Tomadas de Uso
Específico, também deverão ser identificadas nelas o valor da carga em VA.
É importante também já definir os locais onde a iluminação terá interruptores
Simples, Duplos, Paralelos ou Intermediários, “Dimmers” etc.
A “planta baixa” com os pontos dos circuitos elétricos, com as respectivas
numerações - Luminárias, Tomadas de Uso Geral, Tomadas de Uso Específico,
Interruptores etc:

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Instalação de Eletrodutos
Após o lançamento dos pontos dos circuitos elétricos, devemos interligar estes
pontos de cada circuito através de eletrodutos, a partir do Quadro de Distribuição de
Circuitos – QDC.
Na “planta baixa” a seguir, está apresentado o traçado dos eletrodutos e
consequentemente, da fiação de cada circuito elétrico.

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Apresentação do Projeto Elétrico


O Projeto Elétrico
deverá ser
apresentado em
escala, contendo
todos os dados
necessários à
sua correta
execução:
 Pontos de
Iluminação;
Interruptores
(diversos tipos);
Tomadas de Uso
Geral; Tomadas
de Uso
Específico; A
seção dos
condutores; O
diâmetro dos
eletrodutos;
QDC;
Identificação dos
Circuitos
Elétricos e dos
condutores etc;
Legenda,
identificando o
Projetista, etc.

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Subestação
Uma Subestação é uma
instalação elétrica de alta
potência, contendo
equipamentos para
transmissão, distribuição,
proteção e controle de energia
elétrica.
Funciona como ponto de
controle e transferência em um
sistema de transmissão
elétrica, direcionando e
controlando o fluxo energético,
transformando os níveis de
tensão e funcionando como
pontos de entrega para
consumidores industriais.
Apesar de mais baixa, a
tensão utilizada nas redes de
distribuição ainda não está
adequada para o consumo
residencial imediato. A
instalação de transformadores
menores, instalados nos postes
das ruas para reduzir ainda
mais a tensão que vai
diretamente para as
residências, comércios e outros
locais de consumo.

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Projetos de Instalações Hidrossanitário


O Projeto de Instalações Hidrosanitárias pode ser feito por um engenheiro civil ou
por um arquiteto e é o responsável pelo bom dimensionamento das tubulações de águas
e esgotos sanitários e pluviais. Promove economia, conforto e higiene. Casos comuns
de pouca pressão de água em chuveiros e mal cheiro em ralos são oriundos da falta de
um bom Projeto Hidrossanitário.
É composto de: memorial descritivo e justificativo, memorial de cálculo, especificações
de materiais e equipamentos, desenhos, relação de materiais e equipamentos,
orçamentos, enfim, todos os detalhes necessários ao perfeito entendimento do projeto.
Neste caso iremos dar ênfase a interpretação do projeto, pois o objetivo é que o
profissional se torne hábil a retirar do projeto todas as informações necessárias para
uma boa execução.

Etapas do Projeto

a) O Memorial Descritivo: deve apresentar de forma clara e resumida a descrição geral


do projeto, as normas utilizadas durante a execução do mesmo, indicar particularidades
e prioridades de trechos para execução, também relacionar as descrições dos
desenhos.

b) O Memorial de Cálculo: deve apresentar os critérios e normas adotadas no cálculo


dos elementos do projeto. As prescrições específicas para cada projeto são obtidas junto
ao item dimensionamento.

c) Especificações de Materiais e Equipamentos: deve apresentar todas as


características dos serviços, materiais e equipamentos, não deixando nenhuma dúvida
quanto ao material a ser adquirido e utilizado. No caso de pequenas construções, muitas
vezes a escolha do material é por conta do instalador hidráulico que deverá sempre
utilizar marcas de qualidade, para sua segurança. Além disso, muitas vezes a lista de
material também deverá ser montada pelo instalador.

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d) Desenhos: devem seguir as normas brasileiras para desenho técnico. As plantas


baixas e cortes baseiam-se nas plantas do projeto arquitetônico e as perspectivas
isométricas e detalhes são próprias do projeto hidráulico.

Elementos do Desenho

Plantas de Esgoto Sanitário


A apresentação de uma planta de esgoto é feita geralmente em escala 1:20 ou 1:25,
onde podemos observar os detalhes das tubulações conforme figura abaixo.

Em casos de edifícios com vários andares costuma-se apresentar um corte para


demonstração das prumadas que são representadas por linhas e sem escala. Este corte
serve para verificar as alturas e os pontos de entrada em cada andar do prédio.

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Plantas de Água Fria e Quente


As plantas de água fria e quente são representadas por dois tipos básicos de
planta, que seriam:

a) Vista em elevação: É uma vista da parede onde está localizada a tubulação


hidráulica, no cômodo (banheiros, cozinhas e lavanderias) como exemplo, temos a figura
do banheiro de nossa casa. Também tem escala 1:20 ou 1:25.

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b) Plantas Isométricas: A planta isométrica é um tipo de planta em perspectiva, onde se


mostra toda a tubulação e onde se pode observar os pontos de saída d’água, assim
como facilita a visualização de todas as conexões existentes no projeto, para que se
possa fazer o levantamento da lista de material. Escala 1:20 ou 1:25.
Nota: Para que se diferencie a linha de água quente da linha de água fria, utiliza-se
a mudança de traço, onde é mais comum utilizar o traço interrompido como água quente
e traço contínuo para água fria.

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Podemos observar que em todas as plantas de hidráulica que vimos, temos


algumas siglas. Portanto segue abaixo uma legenda delas:

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Projeto de Climatização

Climatização é a definição dada ao processo de fazer com que um meio ambiente


qualquer permaneça numa faixa de temperatura simpática aos organismos biológicos
que se quer preservar.
Esse máximo é compreendido em função da quantidade relativa de água que tem
no ar e a temperatura transmitida no momento.
Esse tipo de climatização que fornece ao meio ambiente humidade e oxigenação,
atualmente é utilizada dentro de estufas agrícolas, granjas, e atualmente faz parte dos
sistemas de resfriamentos abertos em prédios cuja arquitetura é considerada,
inteligente.
Por usar o simples princípios copiados da natureza de evaporação da água, em
função de seu calor latente, estes sistemas consomem pouquíssima energia, a assim
são considerados sistemas que tendem a ser usados num futuro bem próximo.
O sistema de climatização de atomização e nebulização da água são de
resfriamento simples que fazem cair a temperatura cerca de 4 ou 5 graus, porém outros
sistemas de trocas de temperaturas como a criotecnia que tratam do meio ambiente, ou
sistemas de distilação que utilizam energia eletrica ou não, também fazem uso desse
recurso para o otimização de seu rendimento.

Exemplo de Projeto
Etapas do Projeto
z Levantamento de dados
z Realização de esboço
z Cálculo de carga térmica
z Escolha de equipamentos
z Escolha da distribuição de ar
z Projeto de dutos
z Escolha de acessórios - retorno, bocas de insuflamento, tomadas de ar externo, etc
z Memorial descritivo

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Princípios Básicos
z 1 TR = 3,517 kW
z 1 TR = 12000 Btu/h
z 1 kcal/h = 4 Btu/h

Avaliação Inicial
z Fazer esboço da obra
z Medir paredes, janelas, portas
z Contar equipamentos, verificar consumo
z Verificar tipo e número luminárias
z Observar orientação solar
z Proteção nas janelas
z Tipo de tijolo e de cobertura

Levantamento de Dados

z 2 pessoas por sala;


z 360 W iluminação fluorescente por
sala;
z 120 W de equipamentos / sala;
z cobertura de laje com telha de
barro arejado;
z janela de 1,60m x 2,00m;
z janela de 1,00mx2,00m;
z pé direito de 3,00m;
z paredes de 15cm;
z proteção externa.

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Estimativa de Carga Térmica


z Condução pelas paredes, vidros, cobertura e piso; calor latente e sensível pelas
pessoas; calor latente e sensível do ar externo; equipamentos; iluminação;
insolação solar.

Planilha de Cálculo
PLANILHA SIMPLIFICADA PARA CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA

1 JANELAS Fator¹ Área¹ Q (²) Fator² Fator³


1.1 Janela ao sol E ou O 520 353 109
1.2 Janela ao sol SE/ SO 354 245 86
1.3 Janela ao sol NE/ NO 415 284 94
1.4 Janelas ao sol N 223 160 67
1.5 Janelas a sombra 42 CROQUI
2 CONST RUÇÃO Fator Área Q (²)
2.1 Parede mais insolada pesada (30 cm) 34
2.2 Parede mais insolada leve (15 cm) 43
2.3 Paredes pesadas (30 cm) 11
2.4 Paredes leves (15 cm) 18
2.5 Terraço s/ isolamento 83
2.6 Terraço c/ isolamento 25
2.7 Forro de telhado não arejado s/ isolamento 49
2.8 Forro de telhado não arejado c/ isolamento 9
2.9 Forro de telhado arejado s/ isolamento 20
2.10 Forro de telhado arejado c/ isolamento 5
2.11 Forro entre andares 9
2.12 Piso entre andares 12
2.13 Duto de insuflamento 56
3 ILUMINAÇÃO E EQUIPAMENT OS Fator Potencia³ Q (²)
3.1 Iluminação incandescente 0,86
3.2 Iluminação fluorescente 1,032
3.3 Equipamentos 0,86
4 AT IVIDADE Fator Pessoas Q (²) sensí vel Fator Q (²) latente
4.1 Trabalho Leve 62 127
4.2 Sentados 54 46
4.3 Trabalho de escritório 54 59
5 VENT ILAÇÃO Fator Vazão* Q (²) sensí vel Fator Q (²) latente
5.1 Infiltração 2 6,2
5.2 Ventilação 2 6,2
Fator Área¹ Q (²)
5.4 Condutos de retorno 35

Qsensí vel Qlatente


CARGA T OT AL
Q (sensí vel+latente)
CARGA T ÉRMICA DE REFRIGERAÇÃO [kcal/ h]
CARGA T ERMICA DE REFRIGERACÁO [T R]
Obs.: Fator¹- Janelas s/ proteção Área¹ - [m²] Planilha válida para condições:
Fator²- Janelas c/ cortinas internas Q² - [kcal/ h] Interna: T BS = 25°C e UR = 50%
Fator ³ - Janelas c/ prot. externa Potencia³- [W ] Externa: T BS = 32°C e UR = 60%
Vazão* - [m³/ h]
O CÁLCULO É APENAS UMA ESTIMATIVA. OBSERVE QUE AS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS VARIAM O TEMPO
TODO E PORTANTO TEREMOS O APARELHO SE ADAPTANDO A SITUAÇÃO DO AMBIENTE, LOGO NEM
SEMPRE PODEMOS CONTAR COM A CONDIÇÃO INTERNA CONFORME PRESCRITO NA NB10.

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Avaliação do Resultado

DISTRIBUIÇÃO DA CARGA TÉRMICA

1,40
1,20
CARGA TERMICA (TR)

1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00

PARCELA

Critérios para Escolha do Sistema

z Flexibilidade;
z Qualidade do ar;
z Custo inicial;
z Custo de operação;
z Estética;
z Facilidade de manutenção;
z Eficiência energética;
z (E.E.R=Q/P) [(Btu/h)/W].

Equipamento Adotado
z Self-contained com condensação a ar acoplado de 5
TR - modelo BX 006 15399 kcal/h SPRINGER
z Vazão do aparelho de 3400 m3/h

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Distribuição de Ar

z Esboço do traçado de dutos;


z Caixas de inspeção para limpeza;
z menor traçado;
z poucas curvas;
z distribuição uniforme;
z Tamanhos mínimos.

Casa de Máquina

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Esquema Elétrico

Memorial Descritivo

z Condições do projeto 25 graus C;


z dados da obra;
z descrição do projeto;
z desenhos;
z anexos;
z tabelas utilizadas.

Detalhes Comuns

A
B 400m 3/h
3
VAZÃO= 2400m /h
400m 3/h
3 C
400m /h
400m 3/h
3
400m /h
D

3
400m /h

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Desenho do Sistema

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Bibliografia
 6542190-Curso-de-Leitura-de-Projetos-Arquitetura-Desenho-Tecnico CEFET-SC -
Un. São José –Área de Refrigeração e Ar Condicionado – Prof. Gilson - Desenho
Técnico com Auxílio do AutoCAD 2007
 PUC- RIO CENTRO UNIVERSITÁRIO. CURSO DE ARQUITETURA E
URBANISMO. ARQ 1028 – DESENHO DE ARQUITETURA I. APOSTILA
COBERTURAS.
 ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas.
 http://www.daciv.feciv.ufu.br/arquivos/ApostilaVolume1.pdf
 http://www.cofeci.gov.br/pagInternas/testeVerificacao/medio_desenho_arquitetoni
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 DOMINGUES, F.A.A. Topografia e Astronomia de Posição para Engenheiros e
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 FONSECA, R.S. Elementos de Desenho Topográfico. São Paulo, Editora
McGraw-Hill do Brasil
 FRENCH, T.E. Desenho Técnico. Editora Globo, Porto Alegre, 1975.
 MANFÉ, G.; POZZA, R. e SCARATO, G. Desenho Técnico Mecânico. São Paulo,
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 MONTENEGRO, G.A. Desenho Arquitetônico. São Paulo, Editora Edgard Blucher,
1978.
 OBERG, L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico, 1973.
 Universidade federal de campina grande - Centro de ciências e tecnologia -
Departamento de engenharia elétrica - Laboratório de instalações elétricas -
laboratório de instalações elétricas- instalações prediais - Autores: Ronimack
Trajano de Souza (Mestrado CAPES/DEE/UFCG) Edson Guedes da Costa -
Revisão maio de 2004
 Creder, Hélio, Instalações elétricas, 12ª ed., Científicos editora, Rio de Janeiro-
RJ, 1991.
 Cardão, Celso, Instalações elétricas, 5ª ed., Imprensa universitária/UFMG, Belo
Horizonte-MG, 1975.

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Curso Mestre de Obras Módulo de Projetos
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 Módulos instrucionais: Eletricista instalador, 1ª ed., SENAI, Rio de Janeiro-


RJ,1980.
 ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6118 –
Projeto de Estruturas de Concreto - Procedimento, Rio de Janeiro: 2003.
 ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 6120 –
Cargas para o Cálculo de Estruturas, Rio de Janeiro: 1980.
 Notas de aula do professor Dr. José Neres da Silva Filho da disciplina Concreto
Armado II.
 CAMPOS FILHO, A. Projeto de Escadas de Concreto Armado. Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Escola de Engenharia. Departamento de
Engenharia Civil: 2010.
 PINHEIRO, L. M.; MELGES, J. L.; GIONGO, J. S.. Concreto Armado: Escadas.
Universidade de São Paulo (USP). Escola de Engenharia de São Carlos.
Departamento de Engenharia de Estruturas: 1997.
 PINHEIRO, L. M. Fundamentos do Concreto e Projeto de Edifícios. Universidade
de São Paulo (USP). Escola de Engenharia de São Carlos. Departamento de
Engenharia de Estruturas: 2007.
 CARVALHO, R. S; FIGUEIREDO FILHO, J. R. Concreto Armado – Cálculo e
Detalhamento de estruturas usuais de Concreto Armado. EdFUSCar. 3ª edição.
São Carlos: 2007.
 NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
 Stoecker W. 2001.
 Clezar, C.A. 2007.
 Revista do Frio.
 UFV – CCE – Departamento de Arquitetura e Urbanismo – Setor de
Representação Gráfica e Tecnologia – Desenho Técnico e Desenho
Arquitetônico.
 CEFET-MT – MEC – MEMTEC –Centro Federal de Ensino Tecnológico de Mato
Grosso – Projetos de Instalações Elétricas.

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Curso Mestre de Obras Módulo de Projetos
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 CEFET-MT – MEC – MEMTEC –Centro Federal de Ensino Tecnológico de Mato


Grosso – Curso Superior em Automação e Controle – Desenho Técnico.
 Faculdade Assis Gurgacz – Curso de Arquitetura e Urbanismo – Disciplina de
Desenho I / 2008.
 Leitura e Interpretação de Desenho Técnico / 2009 – Antônio Clélio Ribeiro,
Mauro Pedro Peres.
 UFRGS – Desenho de Projetos de Edificações – Desenho Técnico II C / 2009.
 Manual de Treinamento – Leitura de Plantas – Doutores da Construção/ 2009.
 Manual de Treinamento – Cobertura de Lajes – Doutores da Construção/ 2009.
 Celso Luiz Concheto – Simbologia de Instalações Elétricas – Desenho Técnico.
 UFPA – Estrutura de Concreto Armado II – Ronaldson Carneiro – NOV/2006.

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