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Brasília-DF.
Elaboração
Produção
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS....................................................................... 9
CAPÍTULO 1
CLASSIFICAÇÃO DOS ESFORÇOS E TENSÕES............................................................................ 9
CAPÍTULO 2
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS........................................................................... 14
UNIDADE II
TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES........................................................................................................ 30
CAPÍTULO 1
TENSÕES EM VIGAS................................................................................................................. 30
CAPÍTULO 2
DEFLEXÃO EM VIGAS.............................................................................................................. 37
UNIDADE III
CORTE E CISALHAMENTO PURO............................................................................................................ 41
CAPÍTULO 1
FORÇA DE CORTE E TENSÃO DE CISALHAMENTO..................................................................... 41
CAPÍTULO 2
MÓDULO DE ELASTICIDADE TRANSVERSAL .............................................................................. 48
UNIDADE IV
TORÇÃO SIMPLES E FLEXÃO PURA......................................................................................................... 55
CAPÍTULO 1
MOMENTO DE TORÇÃO.......................................................................................................... 55
CAPÍTULO 2
MOMENTO FLETOR.................................................................................................................. 60
UNIDADE V
FLAMBAGEM EM COLUNAS.................................................................................................................. 65
CAPÍTULO 1
FLAMBAGEM EM COLUNAS..................................................................................................... 65
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 77
ANEXOS........................................................................................................................................... 80
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
6
Introdução
Segundo Hibbeler (2004), a resistência dos materiais é o ramo da mecânica que estuda
as relações entre cargas externas aplicadas a um corpo deformável e a intensidade
das forças internas que atuam dentro do corpo, abrangendo também o cálculo das
deformações do corpo e o estudo da sua estabilidade, quando submetido a solicitações
externas.
Resistência dos Materiais é uma disciplina que tem por objetivo estudar o comportamento
dos sólidos, ou seja, os esforços e deformações nos corpos sólidos, elásticos ou plásticos,
visando ao dimensionamento de uma estrutura.
Nesta disciplina, iremos ampliar o nosso conhecimento sobre a mecânica dos sólidos.
Deseja-se aqui fornecer os conhecimentos básicos da mecânica das estruturas, do
comportamento mecânico dos materiais e da análise das tensões, deformações em
diversos elementos estruturais.
Objetivos
»» Continuar a desenvolver no estudante de Engenharia a habilidade de
analisar um dado problema de maneira simples e lógica e aplicar em sua
solução alguns princípios básicos e fundamentais.
7
»» Observar gráficos de tensão versus deformação e obter várias propriedades
mecânicas dos materiais.
8
COMPORTAMENTO
MECÂNICO DOS UNIDADE I
MATERIAIS SÓLIDOS
Sabemos que as peças são submetidas a cargas ou esforços. Logo, é preciso conhecer as
características que o material que os constitui possuem. Características essas que são
fundamentais quando se vai projetar o elemento estrutural, para que ele seja construído
de forma que quando submetido a um esforço, sua deformação não seja muito grande
e com isso haja uma fratura.
CAPÍTULO 1
Classificação dos esforços e tensões
Tipos de esforços
Como as forças podem ser aplicadas num corpo de maneiras distintas, elas produziram
diferentes tipos de solicitações. Esses esforços podem ser de: tração, compressão,
cisalhamento, flexão e torção.
As figuras 1 e 2 dão formas gráficas aproximadas aos tipos de esforços mais comuns a
que são submetidos os elementos construtivos:
Figura 1. (a) Tração, (b) Compressão, (c) Flexão, (d) Torção, (e) Flambagem, (f) Cisalhamento.
10
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
Figura 3.
11
UNIDADE I │ COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS
Unidades de tensão
»» 1 Pa = 1 N/m2
Por exemplo, na Figura 3(a) uma barra é submetida a um esforço de tração F. Na Figura
3(b) é representado o seccionamento transversal hipotético da mesma barra. Logo,
supondo que as tensões estão igualmente distribuídas ao longo da seção, a tensão σ,
normal ao corte, é dada por:
�
�= (Eq.1.1)
�
12
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
13
CAPÍTULO 2
Propriedades mecânicas dos materiais
14
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
Ensaio de tração
15
UNIDADE I │ COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS
Ensaio de compressão
Elasticidade
Trata-se da capacidade que um material tem de se deformar quando submetido a ações
externas, como uma força aplicada por outro corpo ou a ação da gravidade, e retornar a
sua forma primitiva sem alteração quando essa força é retirada.
Plasticidade
Diferentemente da elasticidade, a plasticidade é a capacidade de um material adquirir
uma forma qualquer quando submetido a um esforço; e conservar essa nova forma
mesmo que esse esforço seja retirado. Saiba que a plasticidade pode ser vista como
maleabilidade e ductilidade.
16
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
Maleabilidade
Quando se deseja laminar, forjar, estampar, repuxar ou entortar um material, a
maleabilidade é uma propriedade muito importante. Logo, a maleabilidade é a propriedade
mecânica de alguns metais que os permite sofrer deformação tanto a quente, quanto a frio,
possibilitando a sua transformação em chapas com fina espessura, sem sofrer ruptura.
Propriedades de tração
Limite de escoamento
É desejável, na maioria das vezes, quando se projeta uma estrutura, que o material
que a compõe, quando aplicado uma tensão, só sofrerá deformação elástica. Logo, é
importante conhecer a magnitude da tensão em que se inicia o regime plástico, pois é aí
que se inicia o fenômeno do escoamento.
O limite de escoamento é a tensão máxima suportada pelo material em que ele ainda
esteja no regime elástico. Se a tensão aplicada for maior, o material não seguirá a Lei de
Hooke, deformando-se plasticamente.
17
UNIDADE I │ COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS
18
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
− My (Eq. 1.3)
σ=
I
Considerando:
Baseado na Lei de Hooke é possível observar que o módulo de elasticidade (E) é a razão
entre a tensão e a deformação na direção da carga aplicada, sendo a máxima tensão que
o material suporta sem sofrer deformação permanente.
Você já observou atentamente que a curva tensão-deformação é formada por uma região
linear, onde ocorre a deformação elástica, e uma região de curva que ocorre a deformação
plástica. Depois do escoamento, o material começa a deformar plasticamente até
que aconteça a ruptura, dentro dessa região plástica a tensão cresce até um ponto de
máximo e em seguida perde intensidade, até a fratura. Essa tensão máxima é conhecida
como limite de resistência à tração, que é a tensão máxima que uma estrutura suporta
em tração. A fratura só ocorrerá se a tensão correspondente ao limite de resistência à
tração continuar sendo aplicada.
19
UNIDADE I │ COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS
Ductilidade
20
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
Dureza
É uma propriedade que permite apenas que se conheça uma característica superficial
do corpo de prova. Trata-se da grandeza que mede a resistência ao risco ou abrasão, ou
seja, é medida a dureza pela resistência que a superfície do material oferece à penetração
de uma ponta de maior dureza.
É uma propriedade bastante interessante, pois a partir dela pode-se medir outras
características de forma indireta. Geralmente, a relação dureza e fragilidade são
diretamente proporcionais, quanto mais duro o material mais frágil ele será. É possível
também avaliar a resistência ao desgaste do material, quanto maior a dureza maior
a resistência será, essa relação pode ser feita pois a resistência ao desgaste é uma
propriedade dependente da superfície do corpo, assim como a dureza.
21
UNIDADE I │ COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS
Fragilidade
Tenacidade
Entende-se por tenacidade a resistência que o material tem a choques, pancadas, vibrações,
golpes, impactos, ou seja, a capacidade que se tem de absorver energia mecânica que
provocarão deformações elásticas e plásticas.
Resiliência
A resiliência é uma propriedade que cabe só a situações dentro da região elástica
do material. Definida como a capacidade do material de absorver muita energia por
unidade de volume dentro do regime elástico. É importante saber que quando o esforço
é retirado, essa energia é liberada.
Resistência à fadiga
A principal responsável por falhas em componentes metálicos em serviço é a fadiga.
Esse tipo de falha é muito comum quando as peças metálicas trabalham sob o efeito de
solicitações cíclicas em grande quantidade. Devido aos esforços repetitivos, a ruptura
pode ocorrer em tensões inferiores às estudadas em ensaios de elasticidade.
Alguns fatores contribuem para que ocorra a fratura por fadiga, principalmente pelo
fato de se tratar de uma fratura com características frágeis. Alguns desses fatores são:
temperatura, concentração de tensões, meio corrosivo e tensões residuais.
A resistência à fadiga é a resistência à ruptura dos materiais. Na maioria das vezes, ela
é medida em ensaios elásticos e é fundamental quando se dimensiona uma peça que
passará por esforços cíclicos e dinâmicos.
22
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
Resistência ao impacto
Um esforço de choque ou esforço de impacto é de natureza dinâmica. Os materiais
quando são submetidos a esforços dinâmicos se comportam de forma diferente de
quando estão sujeitos a cargas estáticas
Muitas propriedades têm muita influência sobre outras. Quando falamos de resistência
ao impacto, temos que pensar na capacidade de um determinado material absorver
energia do impacto, propriedade está ligada diretamente à sua tenacidade. E essa
última ligada à sua resistência e ductilidade.
Hoje, existem vários ensaios de impacto para distintas situações, que vão desde um
impacto de baixas velocidades até impactos de velocidades hipersônicas (USP).
Os mais utilizados, e mais antigos também, são os ensaios Charpy e Izod. A Figura 14 é
a representação de uma máquina de testes utilizada para os dois ensaios citados.
23
UNIDADE I │ COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS
Ensaio Charpy
24
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
Em todos os três tipos de corpo de prova o entalhe é feito no centro. No tipo A, ele é
em forma de V, o do tipo B tem um formato que lembra uma fechadura e o tipo C é no
formato de U invertido.
A medição das energias potenciais gravitacionais iniciais e finais são importantes, pois
é a diferença entre elas que diz qual a energia absorvida pelo corpo de prova, energia
essa necessária para a ruptura do corpo de prova.
Ensaio Izod
Esse ensaio é muito parecido como o ensaio Charpy, a principal diferença entre os dois
são as dimensões do corpo de prova e o posicionamento desse. No ensaio Izod o corpo
de prova é muito parecido com o do ensaio Charpy do tipo A, a maior diferença é que
nesse caso o entalhe não está no centro. O corpo de prova está numa posição engastada
verticalmente na máquina de ensaio.
25
UNIDADE I │ COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS
Resistência à fluência
É a deformação plástica que ocorre num material, sob tensão constante ou quase constante,
em função do tempo, e a temperatura tem um papel muito importante nesse fenômeno.
A fluência é a capacidade que um metal tem de alterar o seu tamanho e a sua resistência
mecânica ao longo do tempo quando apenas sujeito a uma força constante, em função
do tempo, e uma temperatura de 40% da sua temperatura de fusão (Tf).
Para o Alumínio,
Tf = 660°C+273K= 933K
933K x 0,4 = 373,2K – 273K = 100,2°C
Ensaio de fluência
3. ensaio de relaxação
27
UNIDADE I │ COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS
Muito parecido com o ensaio de fluência propriamente dito, mas aqui os corpos de
prova são sempre levados até à ruptura. Os principais resultados obtidos no ensaio são
o tempo para a ruptura do corpo de prova, a medida da deformação, e em alguns casos
a medida da estricção. O ensaio dura aproximadamente 1.000 horas.
28
COMPORTAMENTO MECÂNICO DOS MATERIAIS SÓLIDOS │ UNIDADE I
Ensaio de relaxação
É por meio desse ensaio que são conseguidas informações sobre a redução da tensão
aplicada ao corpo de prova quando a deformação em função do tempo é constante a
determinada temperatura. O ensaio dura entre 1.000 a 2.000 horas.
29
TRAÇÃO E COMPRESSÃO UNIDADE II
SIMPLES
CAPÍTULO 1
Tensões em vigas
30
TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES │ UNIDADE II
»» Força de corpo: força que ocorre quando um corpo exerce uma força
sobre outro, sem que haja contato direto entre eles. Embora não haja
contato, as forças são representadas como uma força concentrada sobre
o corpo.
31
UNIDADE II │ TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES
Tensão
A força e o momento atuam em certo ponto da área secionada de um corpo. Eles representam
os efeitos resultantes da distribuição de forças que agem sobre a área secionada. Conhecer
a distribuição de carga interna é de grande importância no estudo de resistência dos
32
TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES │ UNIDADE II
Estudaremos nesse capítulo alguns tipos de tensão em vigas, a tensão normal, a tensão
de cisalhamento e a tensão admissível.
Quando a força por unidade de área atua de forma normal, perpendicular, sobre
o corpo, é conhecida como tensão normal (σ). Se a força normal tende a empurrar
(Figura 24a) a diferencial de área, a tensão é denominada de tração, caso contrario,
há a tensão de compressão.
Figura 24.
Figura 25.
Uma barra sendo submetida a uma deformação uniforme e constante, logo, a deformação
surgirá de uma tensão normal constante. Por esse motivo, cada unidade de área da
seção transversal será sujeita a uma força:
34
TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES │ UNIDADE II
Figura 26.
O somatório de forças deve ser equivalente à força interna resultante P na seção transversal.
Então:
ܲ ൌ ߪǤ ܣ (Eq.2.3)
ߪൌ (Eq.2.4)
onde:
Tensão admissível
35
UNIDADE II │ TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES
36
CAPÍTULO 2
Deflexão em vigas
O projeto da estrutura de um prédio, uma ponte ou uma máquina é baseado nas suas
condições de uso. Esses são dimensionados de forma que possuam resistência suficiente
para suportar os esforços aos quais serão submetidos. Os principais aspectos de resistência
utilizados para a construção de um elemento são as propriedades mecânicas do material
e as análises de esforços e tensões a que eles serão submetidos. Quando a força externa
que atua no corpo vai sendo aumentada gradativamente, em um determinado momento
a força será de tal magnitude que haverá a sua ruptura. Quando essa força ocorre
perpendicularmente, o esforço físico que provoca uma deformação paralela a essa força
é denominado flexão.
A ação de forças aplicadas ainda pode provocar a deflexão do eixo de uma viga ou de
um elemento de máquina em relação a sua posição inicial. Por esse motivo, deve-se
conhecer os valores de deflexão para as cargas que o corpo será submetido com o
objetivo de encontrar meios de limitar ou impedir desalinhamentos em elementos de
máquinas e deflexões excessivas de vigas em prédios, por exemplo.
A linha elástica
Quando se deseja determinar a inclinação ou deslocamento em um ponto de uma viga
ou eixo, é necessário antes de tudo traçar um esboço da forma defletida da viga quando
carregada com o objetivo de visualizar os resultados calculados, logo, deve-se traçar a
linha elástica. Ela é o diagrama da deflexão do eixo longitudinal que passa pelo centroide
de cada área da seção transversal da viga.
Para que a linha elástica seja traçada, é necessário conhecer como a inclinação ou o
deslocamento da viga são restringidos pelos diversos tipos de apoio. Alguns exemplos
de informações importantes são listados abaixo:
37
UNIDADE II │ TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES
interno tende a curvar a viga com a concavidade para cima, e vice versa. Sempre deve
existir um ponto de inflexão, ponto esse onde a curva passa de côncava para cima a
côncava para baixo, visto que o momento nesse ponto é nulo. Logo, se o diagrama de
momento for conhecido, ficará mais fácil representar a linha elástica.
d� y
= −w(x) (Eq.2.7)
dx �
d� y
= V(x) (Eq.2.8)
dx �
d� y
= M(x) (Eq.2.9)
dx �
Condições de contorno
As condições de contorno são as condições iniciais, no caso de vigas elas são dadas de
acordo com o tipo de viga a ser utilizada, por exemplo: as condições de contorno de uma
viga engastada são bem diferentes da viga biapoiada. Para se encontrar as condições
de contorno, também é importante conhecer as funções de Macaulay, que em deflexão de
vigas são usadas para descrever cargas distribuídas. Sendo escritas de maneira geral como:
0, x<0
(x − a)� � � (Eq.2.10)
(x − a)� , x≥0
n≥0
Princípio de Saint-Venant
As tensões e deformações em um corpo em pontos que sejam suficientemente
distantes dos pontos de aplicação de carga dependem apenas da resultante
das cargas estáticas, e não da distribuição dessas cargas.
38
TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES │ UNIDADE II
Se a energia de deformação de uma estrutura linear elástica pode ser expressa como
uma função da força generalizada Pi, então a derivada parcial de energia de deformação
em relação à força generalizada fornece o deslocamento generalizado na direção de Pi.
∂U�
∆� = (Eq.2.11)
∂P�
M � dx
U� = � (Eq.2.12)
2EI
e,
∂U�
∆� = (Eq.2.13)
∂P�
Logo,
∂ � M � dx
∆= � (Eq.2.14)
∂P � 2EI
39
UNIDADE II │ TRAÇÃO E COMPRESSÃO SIMPLES
»» A carga não crie uma condição que afete o resultado de outra carga.
40
CORTE E CISALHAMENTO UNIDADE III
PURO
CAPÍTULO 1
Força de corte e tensão
de cisalhamento
Tensão de cisalhamento
Tensão de cisalhamento ou tensão de corte ou ainda tensão tangencial é um tipo de
tensão originada por forças aplicadas em sentidos opostos, mas em direções parecidas
no material observado.
Figura 27.
Tensão de cisalhamento é um tipo de tensão que surge devido a forças aplicadas no mesmo
sentido ou em sentidos opostos, na mesma direção, porém com intensidades diferentes
no material analisado, essa tensão age tangencialmente à superfície do material.
Figura 28. Conexão parafusada em que o parafuso é carregado por cisalhamento duplo.
Na Figura 28, observamos uma conexão parafusada que está sujeita a ação de forças
de tração P, a pressão cortante contra o parafuso é exercida pela barra e a junta. Daí
surge às tensões de contato ou tensões cortantes. A barra e a junta tendem a cisalhar o
parafuso, ou seja, cortá-lo. Essa tendência é resistida por tensões de cisalhamento no
parafuso (BUFONI, s/d).
42
CORTE E CISALHAMENTO PURO │ UNIDADE III
Figura 29.
Na figura 29a, vimos uma barra sujeita a uma força F. Caso esteja sobre apoios rígidos
e para um F alto, essa força irá provocar deformação e falha no plano indicado por
AB e CD. Na 29b, observamos o diagrama de corpo livre da mesma barra, para que o
equilíbrio seja mantido, deve-se aplicar uma tensão de cisalhamento (V) de intensidade
igual a V=F/A. Logo, a tensão de cisalhamento média, que deve ser aplicada por toda a
área secionada, é dada por:
�
���� = (Eq.3.1)
�
τmed tensão cortante média na seção.
Na Figura 29c, se pode observar que a tensão de cisalhamento média e V têm mesma
direção, já que a tensão de cisalhamento faz surgir forças associadas, que juntas irão
contribuir para a formação da resultante interna V.
�
�� (Eq.3.2)
2
Equilíbrio
Portanto,
Ensaio de cisalhamento
A forma do produto final afeta sua resistência ao cisalhamento. É por essa
razão que o ensaio de cisalhamento é mais frequentemente feito em produtos
acabados, tais como pinos, rebites, parafusos, cordões de solda, barras e chapas.
É também por isso que não existem normas para especificação dos corpos de
prova. Quando é o caso, cada empresa desenvolve seus próprios modelos, em
função das necessidades.
45
UNIDADE III │ CORTE E CISALHAMENTO PURO
Fonte: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAABv0sAI-1.png>.
Para ensaiar barras presas ao longo de seu comprimento com uma extremidade
livre utiliza-se o dispositivo a seguir.
Fonte: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAAIBgAL-8.jpg>.
46
CORTE E CISALHAMENTO PURO │ UNIDADE III
Fonte: <http://s3.amazonaws.com/magoo/ABAAAemeEAI-14.jpg>.
47
CAPÍTULO 2
Módulo de elasticidade transversal
σ
E= (Eq.3.7)
ε
Onde;
ε = deformação real
48
CORTE E CISALHAMENTO PURO │ UNIDADE III
Figura 36.
Para a figura 36, a razão de Poisson é determinada pela relação entre as deformações
na direção de aplicação de carga (ε1) e a deformação medida na direção perpendicular
(ε2 ou ε3):
�� ��
�=− =− (Eq.3.9)
�� ��
49
UNIDADE III │ CORTE E CISALHAMENTO PURO
Limite de escoamento
50
CORTE E CISALHAMENTO PURO │ UNIDADE III
Para materiais que apresentam escoamento continuo, é mais difícil determinar o exato
limite de escoamento. As normas de realização dos ensaios propõem indicá-lo como
sendo a tensão para uma deformação entre e = 0,2% a até e = 0,5% para materiais
extremamente dúcteis.
A�� ≅ A�
Sendo,
A0 = área inicial
F�� F��
σ�� = ≅ (Eq.3.10)
A�� A�
Onde,
Fys é a força exercida pelo sistema de testes sobre o corpo de prova de área inicial .
51
UNIDADE III │ CORTE E CISALHAMENTO PURO
Figura 37.
߬ ൌ ߛܩ (Eq.3.11)
Observe a figura 38, ela representa um cubo com algumas tensões de cisalhamento. No
lado direito temos o cubo deformado de um ângulo γxy (deformação de cisalhamento)
pela tensão de cisalhamento (τ).
Figura 38. Cubo com algumas tensões de cisalhamento. No lado direito temos o cubo deformado de um ângulo
γxy (deformação de cisalhamento) pela tensão de cisalhamento.
52
CORTE E CISALHAMENTO PURO │ UNIDADE III
߬௫௬ ൌ ߛܩ௫௬
߬௬௭ ൌ ߛܩ௬௭
߬௭௫ ൌ ߛܩ௭௫
Relação entre E, G e n:
�
�� (Eq.3.12)
2�� � ��
Tensão de Ruptura
kgf/cm2
Material
Tração Compressão Cisalhamento
Tr Tr-c Tr-s
Aço estrutural A-36 40 40 30
53
UNIDADE III │ CORTE E CISALHAMENTO PURO
Tensão de Ruptura
kgf/cm2
Material
Tração Compressão Cisalhamento
Tr Tr-c Tr-s
SAE 1020 42 42 32
SAE 4140 76 76 57
SAE 4340 86 86 65
AISI 316 60 60 45
Cobre 22,5 22,5 16,8
Latão 34,2 34 25,5
Bronze 28 28 21
Br fosforoso 52,5 52,2 39,5
Alumínio 18 18 13,5
Metal Patente 7,9 7,9 5,9
54
TORÇÃO SIMPLES E UNIDADE IV
FLEXÃO PURA
CAPÍTULO 1
Momento de torção
55
UNIDADE IV │ TORÇÃO SIMPLES E FLEXÃO PURA
Fórmula da torção
A reação, quando um torque externo é aplicado a um eixo, é o surgimento de outro
torque (interno) de mesma intensidade. Conheceremos agora a equação associada ao
torque interno com a distribuição de tensões de cisalhamento na seção transversal de
um eixo ou tubo circular.
Caso o material seja linear-elástico, há uma variação linear tanto na deformação por
cisalhamento, quanto na tensão de cisalhamento por toda extensão da reta radial na
seção transversal.
Assim, como a variação tensão-deformação, para um eixo maciço, τ
varia de zero na linha de centro longitudinal do eixo a um valor máximo,
τmáx , em seu limite externo. Tal variação é mostrada na figura 40, para
as faces de um número selecionado de elementos, localizados em uma
posição radial intermediária ρ e na extremidade do raio c.
Fonte: Hibbeler, 2004.
Figura 40.
56
TORÇÃO SIMPLES E FLEXÃO PURA │ UNIDADE IV
��
���� = (Eq.4.2)
�
ܶߩ
߬ൌ (Eq.4.3)
ܬ
Onde:
Ângulo de torção
Para o projeto de eixos há limitações em relação à quantidade de rotação ou torção que
acontece quando esse é submetido ao torque. É importante calcular o ângulo de torção
do eixo quando se analisam as reações em eixos estaticamente indeterminados.
57
UNIDADE IV │ TORÇÃO SIMPLES E FLEXÃO PURA
ࡸ
ࢀሺ࢞ሻǤ ࢊ࢞
࣐ൌන (Eq.4.4)
ࡶሺ࢞ሻǤ ࡳ
Figura 41.
ܶǤ ܮ
߮ൌ (Eq.4.6)
ܬǤ ܩ
Figura 42.
59
CAPÍTULO 2
Momento fletor
Flexão pura
As peças longas, quando submetidas à flexão, apresentam tensões
normais elevadas (por exemplo, para se quebrar um lápis, com as mãos,
jamais se cogitaria tracioná-lo, comprimi-lo, torcê-lo ou cisalhá-lo; um
momento fletor de pequeno valor seria suficiente para produzir tensões
de ruptura no material). Daí a importância do presente estudo.
Fonte: UFF, 2016.
A flexão de uma barra pode ser classificada em três tipos: flexão pura, simples e composta.
A flexão pura é um caso particular da flexão simples onde corpos flexionados somente
estão solicitados por um momento fletor, não existindo assim o carregamento transversal,
ou seja, na seção de uma barra onde ocorre a flexão pura o esforço cortante e esforço
normal são nulos. É uma condição considerada idealizada, mas com a consideração das
hipóteses simplificadoras, essa condição pode ser acoplada, posteriormente, aos efeitos
das cargas transversais para se definir a deformada e as tensões na flexão simples.
Como exemplo, temos a figura 43, onde a viga mostrada, no seu trecho central entre
as cargas concentradas, o esforço cortante é nulo e a flexão é pura. Nos trechos das
extremidades, entre os apoios e as cargas aplicadas, a flexão é simples.
Figura 43.
60
TORÇÃO SIMPLES E FLEXÃO PURA │ UNIDADE IV
(Eq.4.7)
� σ� dA = 0
61
UNIDADE IV │ TORÇÃO SIMPLES E FLEXÃO PURA
� −yσ� dA = M (Eq.4.8)
�
�� = − ���� (Eq.4.10)
�
Sendo:
ߪ௫ ǣ ݏ݊݁ݐ
ߝ௫ǣௗ
A tensão normal também varia linearmente com a distância em relação à linha neutra.
Substituindo a equação 4.7 na equação 4.11:
� ����
� �� �� � � − ���� �� � − � ��� ��������� � ��� � �� (Eq.4.13)
� �
62
TORÇÃO SIMPLES E FLEXÃO PURA │ UNIDADE IV
��
���� =
�
Na qual o segundo momento estático da seção transversal é conhecido como momento
de inércia, I em torno do eixo z contido na superfície neutra.
Substituindo-se a equação 4.11 na equação 4.14, chega-se ao valor das tensões na direção
x em função do momento fletor aplicado para qualquer altura y.
��
�� = − (Eq. 4.15)
�
A equação 4.15 é conhecida como equação da flexão para o regime elástico, e a tensão
flexão. Observe que se y é positivo, ou seja, acima da linha neutra, o valor das tensões é
negativo, ou seja, compressão. Caso y seja negativo, abaixo da linha neutra, o valor das
tensões é positivo indicando tração. Isso é, considerando-se o momento aplicado como
positivo, no qual a concavidade da barra fletida é voltada para cima.
�
���� = (Eq. 4.16)
�
A deformação em uma barra fletida por um momento positivo M é medida pela curvatura
da linha neutra. Essa curvatura é definida como o inverso do raio de curvatura ρe pode
ser obtida através de:
63
UNIDADE IV │ TORÇÃO SIMPLES E FLEXÃO PURA
1 ���� 1 ��
= = (Eq.4.18)
� � �� �
Ou seja:
1 �
= (Eq.4.19)
� �����
Fonte: UFPR, 2016
64
FLAMBAGEM EM UNIDADE V
COLUNAS
CAPÍTULO 1
Flambagem em colunas
Introdução
Desde seus primórdios, a Engenharia está associada à técnica de aliar conhecimentos
científicos e matemáticos com a viabilidade técnico-econômica a fim de produzir
novas utilidades ou melhorá-las, sempre buscando a estabilidade dos sistemas. A essa
estabilidade, associam-se resistência e comportamento adequados durante a vida útil
de uma estrutura. Segundo Reis (1996), para que isso aconteça, é necessário que não
sejam atingidos os chamados estados limites, ou seja, que as respostas da estrutura não
ultrapassem determinados valores além dos quais ela deixa de atender as funções para
as quais foi projetada.
65
UNIDADE V │ FLAMBAGEM EM COLUNAS
Flambagem em colunas
Segundo Ricardo (1977), existem três estados de equilíbrio genéricos tais qual estável,
indiferente e instável (Figura 46). Supondo que em cada estado de equilíbrio seja
aplicada, momentaneamente, uma força perturbadora infinitesimal que afaste o
corpo do equilíbrio e que essa seja retirada. Na condição de equilíbrio estável (Figura
46a) o corpo muda de posição com a força, mas volta ao estado inicial. No equilíbrio
indiferente (Figura 46b) o corpo muda de posição e permanece equilibrado em sua
nova posição. No equilíbrio instável (Figura 46c) o corpo se afasta cada vez mais da
posição inicial.
Já sabemos que elementos longos e esbeltos, quando sujeitos a compressão, podem fletir
lateralmente e falhar por flexão. Em uma estrutura, a estabilidade é dita como a capacidade
dessa suportar uma carga sem que ocorram grandes mudanças no seu formato.
Considere um mecanismo formado por duas barras sem peso, rígidas e acopladas por
pinos nas duas extremidades (Figura 47) imaginar esse sistema irá fazer com que você
compreenda melhor a instabilidade e o fenômeno da flambagem.
66
FLAMBAGEM EM COLUNAS │ UNIDADE V
Figura 47. (a) Mola com rigidez k sem deformação (b) Deslocamento do pino em A de uma posição.
Se a estrutura for estável, quando a força for retirada, ela retornará a sua posição reta,
isso significa que a ação do momento restaurador predominará sobre a ação da força
axial P. Já se a estrutura for instável, quando a força axial for grande, o deslocamento
no ponto A aumentará até que ela entre em colapso, provocando falha por flambagem
lateral.
Carga crítica
A carga crítica (Pcr) é a carga axial máxima que uma coluna pode ser submetida para
chegar ao limite de flambagem. Caso a carga adicionada seja maior que a carga crítica,
a coluna flamba, ou seja, ocorre a deflexão lateral Figuras 48 e 49.
67
UNIDADE V │ FLAMBAGEM EM COLUNAS
Figura 48.
O carregamento crítico também pode ser dito como o módulo da força axial que indica
a transição entre as condições estável e instável.
Figura 50.
68
FLAMBAGEM EM COLUNAS │ UNIDADE V
�
�� � � ��� � (Eq.5.2)
2
�
�� � �� (Eq.5.3)
2
Sendo:
O valor da carga para o qual os dois momentos se equilibram é chamado de carga crítica,
designado por Pcr.
ܯ ൌ ܯ (Eq.5.4)
�
�� 2� � ���� � (Eq.5.5)
2
��
��� = (Eq.5.6)
�
Figura 51.
69
UNIDADE V │ FLAMBAGEM EM COLUNAS
Na figura 52, a coluna é carregada por uma força vertical P que é aplicada através
do centroide da seção transversal da extremidade. A coluna é perfeitamente reta
e é constituída de um material elástico linear que segue a Lei de Hooke. Quando se
considera que a coluna não apresenta imperfeições, ela é denominada de coluna ideal.
Figura 52. Coluna com extremidades apoiadas por pinos: (a) coluna ideal, (b) forma em flambagem.
Em uma coluna real apoiada por pinos, o carregamento crítico é determinado utilizando-
se as equações diferenciais da curva de deflexão de uma viga. Elas podem ser aplicadas
a uma coluna flambada, pois a coluna flete como se fosse uma viga. A equação:
���" � � (Eq.5.7)
Onde,
70
FLAMBAGEM EM COLUNAS │ UNIDADE V
Figura 53. Coluna com extremidades apoiadas por pinos (direção alternativa de flambagem).
A equação 5.9 é uma equação diferencial linear homogênea de segunda ordem com
coeficientes constantes. A solução da equação diferencial é dada por:
�
�� = (Eq.5.10)
��
√�� � �� (Eq.5.13)
Ou
݊ଶ ߨ ଶ ܫܧ
ܲൌ n = 1,2,3,... (Eq.5.14)
ܮଶ
71
UNIDADE V │ FLAMBAGEM EM COLUNAS
� � ��
��� = � (Eq.5.15)
�
E = módulo de elasticidade do material;
L = comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades são apoiadas por pinos;
���
��� = (Eq.5.18)
������
Onde
L = comprimento da coluna sem apoio, cujas extremidades são presas por pinos;
πx
ν = C� sin (Eq.5.19)
L
C1 = deflexão máxima, νmax,
72
FLAMBAGEM EM COLUNAS │ UNIDADE V
Valores para C1 não podem ser obtidos, pois se desconhece a forma fletida exata
da coluna. Por exemplo, se n = 2 aparecerão duas ondas na forma flambada
como na Figura 54c.
Figura 54. (a) Modo de flambagem para n = 1 (c) Modo de flambagem para n = 2.
O comportamento carga-deflexão da coluna ideal pode ser visto pelo gráfico mostrado
na Figura 55.
Figura 55. Comportamento carga deflexão para a coluna ideal.
73
UNIDADE V │ FLAMBAGEM EM COLUNAS
Nota-se também que a coluna sofrerá flambagem em torno do eixo principal da seção
transversal de menor momento de inércia (o eixo mais fraco), por exemplo, uma coluna
de seção retangular sofre flambagem em torno do eixo a-a como apresenta a Figura 56.
Figura 56. Flambagem da coluna em torno do eixo com menor momento de inércia.
Considerando uma coluna com comprimento L, sujeita a uma força P. Há dois aspectos
principais no projeto de estruturas, tais que a resistência da estrutura – capacidade em
suportar certos carregamentos sem que ocorram tensões excessivas – e a capacidade
da estrutura em suportar determinado carregamento sem apresentar deformações
inaceitáveis. A estrutura está bem dimensionada se atender essas condições qualitativas,
quantificadas na equação 5.20.
� ��
�� � ���� ; �� ; (Eq.5.20)
� ��
74
FLAMBAGEM EM COLUNAS │ UNIDADE V
�� ν
�� � �� (Eq.5.24)
�� �
Em uma condição de equilíbrio, os momentos interno e externo são iguais, equação
5.25. Que rearranjada algebricamente torna-se equação 5.26.
�� ν
�� � � ��� ν (Eq.5.25)
��
�� � �� �
+ =0 (Eq.5.26)
�� � ��
�� ν
�
� �� ν = 0 (Eq.5.27)
��
75
UNIDADE V │ FLAMBAGEM EM COLUNAS
A sin pL = 0 (Eq.5.29)
�� � � ��
�� = (Eq.5.30)
��
nπx
ν = A sin (Eq.5.31)
L
A solução dada pela Equação 5.31 não pode ser utilizada para condições de carregamento
P menor que Pcr, pois nesse caso não há flambagem.
� � � ��� � �
��� = (Eq.5.32)
��
A tensão crítica é dada por:
���
��� = (Eq.5.33)
������
76
Referências
BEER, Ferdinand P. Resistência dos Materiais. 3a ed. São Paulo: Makron Books,
1995.
______. Tecnologia Mecânica. Volume II. 2a ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 1986b.
______. Tecnologia Mecânica. Volume III. 2a ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 1986c.
77
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Tereza Denyse de. Propriedades dos Materiais. 2010. Disponível em:
<http://www.deecc.ufc.br/Download/TB793_Resistencia_dos_Materiais/resmatI_
aula04a.pdf>. Acesso em: 20 maio 2016.
DALCIN, Gabrieli Bortoli. Ensaios dos materiais. Santo Angelo: Uri, 2007.
DUTRA, Kaio; FREITAS, Valter. Tecnologia dos materiais. Salvador: Cepep, 2016.
78
REFERÊNCIAS
79
Anexos
Anexo I
Material de apoio
Deformação em vigas
ߪ
ߝൌ
ܧ
Sendo a tensão de flexão dada por:
ݕܯത
ߪൌെ
ܫ
Considerando:
»
»
»
»
»
80
ANEXOS
Momento interno
��� � ��
���� � ���� � ��� + �
�
�
�(� � �)� (� + ��) �(� � �)� �
�(�) � ��(� � �) + � �
�� ��
� �
�(� � �)�
�(�) � � (� � �) � �(� � �)� � � � (� � �)�
2 2
81
ANEXOS
Momento de inércia
Perfil retangular
�� �
��
12
Perfil I
య ௗ య ௗ ଶ
ܫൌ ܾܽሾʹݕത െ ሺʹܽ ݀ሻሿଶ ܿ݀ ቂݕത െ ሺܽ ሻቃ
ଵଶ ଶ
Perfil U
�� � �� � � � � �
�� + + �� ��� � �� + �� + 2�� ��� � �
6 12 2 2
Perfil L
�
��� ��� �
�� + + ���2�� � �2� + ���� + �� ��� � �� + ��
6 12 2
Perfil T
�� � �� � � � � �
�� + + �� ��� � � + �� ��� � �� + ��
12 12 2 2
Perfil H
��� ��� � �
�� + + �� ��� � �� + �� + ����� � �2� + ����
12 12 2
82
ANEXOS
Perfil C
�
�� � ��� �� � � � � � �
�� + + + �� ��� � � + � + ��� + 2�� ��� � �� + �� + 2�� ��� � �
12 6 6 2 2 2
Centroide
Perfil retangular
�
�� �
2
Perfil I
�� � �� ��
��� � �� � �� �� � �
�� � 2 2
2�� � ��
Perfil U
� �
�� �� � � � 2�� � �
�� � 2 2
�� � 2��
Perfil L
�� � �
� �� �� � �
�� � 2 2
�� � ��
Perfil T
��� �
� �� �� � �
�� � 2 2
�� � ��
83
ANEXOS
Perfil H
�� � �
� ��
�� � 2 2
�� � ��
Perfil C
� �
�� � � 2�� �� � � � �� �� � � � �
�� � 2 2
2�� � 2�� � ��
݀ସ ݕ
ൌ െݓሺݔሻ
݀ ݔସ
݀ଷ ݕ
ൌ ܸሺݔሻ
݀ ݔଷ
݀ଶ ݕ
ൌ ܯሺݔሻ
݀ ݔଶ
�� ���
(� � �)� � �
(� � �)� � ���
���
Considerando:
»» P = Carga Concentrada
84
ANEXOS
»» w = Carga Distribuída
»» x = Ponto de Análise
»» V = Cortante
»» M = Momento
»» θ = Inclinação
»» y = Deflexão
85
ANEXOS
Apêndice A
86
ANEXOS
Apêndice B
Figura 2. Condições de contorno.
87