Capital Social

Capital Social: a Nova Estrela do

Crescimento Econômico
Fernando Curi Peres

A cola invisível que mantém a coesão social, ou o próprio tecido social, é um grande facilitador das
transações econômicas. A importância deste capital social no crescimento econômico é maior do que
nossa intuição pode indicar.

A martya Sen define desenvol-

vimento como o crescimento das
sociedades no sentido de aumento de
Até recentemente eles incluíam os
capitais físico, financeiro, natural e
humano (Figura 1). O trabalho seminal
invisível que mantém a coesão das
sociedades, e está baseado na confiança
entre as pessoas e na rede de
liberdades fundamentais onde o de Putnam (1993)1 , já considerado um relacionamentos entre elas e os grupos
crescimento econômico é só uma parte, clássico da literatura econômica, sociais que formam as comunidades. As
em geral imprescindível, do processo. apresenta estudos onde o quinto estoque redes de relacionamento são do tipo eu
Nas palavras do autor, que recentemente - capital social - mostra ser de conheço e confio em você, que conhece
teve sua importante obra reconhecida importância fundamental para o fulano, que conhece ciclano em quem
com o Prêmio Nobel de Economia: crescimento. O capital social devo confiar por transitividade do nosso
corresponde ao tecido social, ou à cola relacionamento. O capital social é,
“O desenvolvimento requer que se portanto, um facilitador ou lubrificador
removam as principais fontes de de transações nos mercados. Como
privação de liberdade: pobreza e estoque, depende de investimentos
tirania, carência de oportu- Com o novo conceito de anteriores e pode e precisa ser aumen-
nidades econômicas e destituição capital social pode-se tado para ser mantido e crescer. Ao
social sistemática, negligência dos contrário dos outros capitais, o capital
serviços públicos e intolerância explicar, como fez social tem, na maioria das vezes,
ou interferência excessiva de Putnam, por que as características de um bem público, ou
Estados repressivos.” (Sen, 1999 regiões do Norte da Itália seja, seu uso por um membro da
p.18) comunidade não diminui a disponi-
estão mostrando bilidade ou estoque para uso por outros.
Existem, portanto, muitos outros crescimento O capital social é uma forma de
aspectos no desenvolvimento. Os sensívelmente superiores capital que as pessoas ou grupos
economistas tratam de explicar o possuem, assim com qualquer das outras
crescimento econômico. Outros
às do Sul formas de capital mencionadas. O
profissionais precisam ser chamados conceito amplia e está totalmente de
para explicar as outras fontes de acordo com a teoria neoclássica que
privação de liberdades nos predomina nas análises
diferentes países. Assim, Figura 1
econômicas contempo-
estaremos tratando adiante Pentágono do Desenvolvimento râneas. De fato, ele é
somente de condicionantes totalmente compatível com
do crescimento. CAPITAL CAPITAL a “racionalidade do
Recentemente foi intro- FÍSICO FINANCEIRO comportamento individual”
duzida na literatura econô- Construções, Crédito, Poupanças, que caracteriza as análises
mica o conceito de um novo Tecnologia, Títulos, etc. econômicas neoclássicas.
equipamentos,
tipo de capital que tem etc. Coleman ilustra esta
ajudado a explicar melhor a compatibilidade com a su-
performance econômica de CAPITAL CAPITAL gestão de que um indivíduo
nações, regiões ou grupos. NATURAL HUMANO pode fazer um favor a
Trata-se do chamado capital Solo, Subsolo, Educação, outrem de sua comunidade
social. Os economistas Clima, etc. Saúde, etc. na hora em que o ato pode
costumavam indicar um lhe ser pouco custoso, na
conjunto de estoques de esperança de receber uma
capitais que condicionam o CAPITAL Confiança, Grupos, compensação equivalente
crescimento das economias. Fonte: Elaboração do autor SOCIAL Civilidade, etc. em tempos em que possa

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estar mais necessitado. Desta forma sua
utilidade ou satisfação estará sendo
maximizada.2
Com o novo conceito de capital
social pode-se explicar, como fez
Putnam, porque as regiões do Norte da
Itália estão mostrando, nas últimas
décadas, taxas de crescimento
sensivelmente superiores às do Sul. Elas
contam, fundamentalmente, com o
mesmo tipo de capital humano – os
investimentos educacionais e em saúde
pública, por exemplo, têm sido feitos
com igual intensidade tanto nas regiões
do Norte como no Sul do País – a
disponibilidade de capitais físicos e
financeiros são semelhantes para ambas
e existe uma pequena vantagem para as
regiões do Norte em termos de estoques
de capital natural. No entanto, ao longo
da história, as regiões do Sul têm tido
mais períodos de grande crescimento do
que as do Norte, mostrando que as
vantagens de melhores recursos naturais
não são suficientes para explicar as
diferenças atuais. Ele notou, no entanto,
uma grande diferença nos estoques de
capital social entre as regiões. No Norte,
as pessoas lêem mais jornais locais,
participam mais de associações
esportivas, culturais e cívicas em geral
e têm muito maior envolvimento
político nos assuntos de suas
comunidades. A confiança entre as
pessoas permite a criação e participação
ativa de grupos horizontais, formada por
pares, que são importantes instituições
que ajudam no funcionamento da
economia. Nas regiões do Sul, ao
contrário, predominam formas
clientelísticas de relacionamento
político. As regiões do Norte têm, ainda,
muito mais instituições cooperativas.
Economicamente muitas externalidades
ou economias de escala são conseguidas
pelas vantagens deste relacionamento
cooperativo. No sul da Itália, as pessoas
acham que vale mais a pena ser “amigo
do rei” ou seja, ter um político influente
como protetor e tentar conseguir
privilégios especiais para o indivíduo.
Nos modelos estatísticos testados,
Putnam encontrou evidências de que
estas diferenças ajudam a explicar as
diferenças nas taxas de crescimento
entre as regiões daquele país.
Depois dos trabalhos de Putnam,
diversos autores, pesquisadores e
ativistas do desenvolvimento, tais como
Capital Social
fundações ou órgãos destinados à
promoção de vida das populações, têm
tentado medir e aumentar os estoques
de capital social nas diversas instâncias
das economias: pequenas comunidades,
municípios, estados ou países. Em geral,
mede-se o grau de participação das
pessoas nas instituições comunitárias
(clubes, associações, cooperativas,
grêmios, corais, entidades filantrópicas,
etc.) ou se pesquisam a opinião, atitude
e normas de comportamento cívico com
relação à postura das pessoas frente a
situações do tipo: (a) reivindicações de
benefícios governamentais indevidos
para a pessoa; (b) uso de transporte
público sem pagamento; (c) uso de
meios escusos para evitar o pagamento
de impostos e taxas devidas; (d)
disposição das pessoas em manter um
dinheiro “achado”; e (e) deixar de
comunicar ao dono de um veículo a
No Sul da Itália, as
pessoas acham que vale
mais a pena ser “amigo
do rei”, ou seja, ter um
político influente como
protetor e tentar
conseguir privilégios
especiais
autoria de danos que provoquei
acidentalmente.3
Nas tentativas de aumentar o estoque
de capital social das comunidades
trabalha-se na criação e aumento de
participação em instituições horizontais
de desenvolvimento comunitário. A
organização das comunidades tem sido
utilizada como estratégia de
desenvolvimento através de
investimentos na criação de capital
social. Estes investimentos podem
tomar as mais diferentes formas: criação
de associações de produtores,
consumidores, pais e mestres, de
vizinhança ou de bairros, de voluntários
para ação social, de mulheres de
negócios, de juventude, de combate a
vícios e de suporte a famílias atingidas
por determinadas doenças. O estímulo
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à participação das pessoas em clubes de
serviços, ligas esportivas, grêmios,
clubes sociais e esportivos, direção de
museus e bibliotecas e participação em
conselhos curadores são também formas
de aumentar os seus estoques.4 Através
de investimentos em educação pode-se
estimular o aumento dos estoques de
capital social. O capital social é,
portanto, uma forma de capital que
exige investimentos e cujo estoque pode
ser aumentado.
Trabalhos recentes têm mostrado que
os efeitos de maiores estoques de capital
social no crescimento das economias é
muito maior que a intuição nos leva a
perceber. Em artigo publicado na revista
The American Prospect Online de
novembro/dezembro de 1997, intitulado
“Long Live Community: Social Capital
as Public Health” importantes
associações causais são apresentadas.
Primeiro, são reapresentadas evidências,
conhecidas na literatura desde muitas
décadas atrás, de que laços sociais
(coesão) diminuem as taxas de
mortalidade aumentando, desta forma,
os estoques de capital humano.
Segundo, os autores mostram relações
causais entre estoques de capital social
e taxas de mortalidade das populações.
Quanto menor a confiança entre as
pessoas, medida pelas respostas
concordantes à afirmativa “a maioria
das pessoas não merece confiança”,
mais alta a taxa de mortalidade nas
diversas faixas etárias da população.
Ainda uma forte relação inversa foi
encontrada para as variáveis
“mortalidade” e participação per cápita
em associações voluntárias. Por último,
os autores encontraram forte correlação
negativa entre a medida descrita de
confiança e as respostas à pesquisa do
Centro Nacional de Prevenção de
Doenças Crônicas e de Promoção de
Saúde sobre a qualidade da saúde das
pessoas. Eles concluem que a coesão
social - uma forma de capital social -
tem efeitos marcantes nos estoques de
capital humano e na própria qualidade
de vida das populações.
Regimes totalitários, ou menos
democráticos, tendem a inibir o
crescimento de seus estoques de capital
social. A dificuldade tem a ver com a
característica de “confiança” que
permeia esse tipo de recurso. O
problema pode ser melhor entendido
7
 Capital Social
Regimes Autoritários Dificultam os Investimentos
em Capital Social
No início dos anos noventa um colega do Departamento de
Economia, Administração e Sociologia da ESALQ, interessado
em desenvolvimento econômico, afirmava que, apesar dos seus
altos custos, a experiência comunista poderia ter valido a pena
se ela tivesse assentado as bases para o grande
desenvolvimento que se esperava para os países recém-saídos
do âmbito da União Soviética e de seus satélites. Estudos
recentes têm mostrado que aqueles custos somam a, no
mínimo, 100 milhões de pessoas mortas na categoria dos
chamados crimes contra a humanidade. O legado da
experiência é igualmente assustador quando se consideram
também os chamados crimes contra a paz e os crimes de
guerra.5 É muito difícil fazer juízo sobre o balanço de uma
experiência quando os custos envolvem mortes, perseguições,
eliminação da dignidade de indivíduos ou grupos, torturas e
etc. Este julgamento vai ficar para a história, sendo que
deveríamos aprender a lição mais óbvia de que as idealizações
de alguns iluminados não podem ou devem ser implementadas
com o sacrifício dos avanços éticos já conquistados pela
humanidade. O que nos interessa, agora, é a questão ligada
ao que se esperava daquelas economias quando ocorreu a
mudança para o “novo regime”.
No início da década passada, acreditava-se que a
quantidade dos estoques de capital natural e, acima de tudo,
de capital humano existentes nas economias da antiga cortina
de ferro poderiam ser complementados com capitais físicos e
financeiros externos, criando as condições para o grande ciclo
de crescimento que deveria acontecer naquelas sociedades.
O estoque de capital natural, ou de recursos naturais, é grande
na antiga Rússia e em muitas das economias de seus satélites.
Não há casos em que se possa dizer que exista superpopulação
ou restrições de solo, clima ou deficiências hídricas tão severas
que limitariam o crescimento das respectivas economias.
Quanto aos estoques de capitais humanos parece não haver
dúvidas que são altos naqueles países, devido às políticas de
saúde e educação dos países do socialismo real. Ora,
acreditava-se que faltava aumentar dois tipos de estoques de
capital para que as economias pudessem crescer a altas taxas:
capitais financeiros, ou poupanças, que são extremamente
móveis e capitais físicos, que trazem embutidas as novas
tecnologias, que também podem ser atraídos. Essas poupanças
e tecnologias estavam disponíveis, em abundância, nos países
industrializados do mundo livre. Os países do segundo mundo,
como eram conhecidas as economias socialistas, deveriam
receber, preferencialmente, as poupanças e investimentos
internacionais. Com isso, seu crescimento deveria ser
impressionante.
Passada a década, o que se viu foi uma perda importante
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dos estoques de capital humano de algumas das antigas
economias comunistas; uma redução de sua capacidade de
consumo em geral; grande crescimento nos problemas de
segurança internas e externas; grandes instabilidades
institucionais e, acima de tudo, um descrédito na capacidade
do poder dos novos regimes promoverem a melhoria na
qualidade de vida de suas populações. De fato, em diversos
países as respectivas expectativas de vida caíram
significativamente mostrando a deterioração deste importante
indicador de qualidade de vida.6 Um fenômeno que muito me
impressionou no início da década foi o fato de o presidente
dos Estados Unidos da América solicitar ao Congresso
autorização para permitir a entrada de 45.000 imigrantes (além
do número que legalmente pode entrar no País todo ano) que
seriam formados exclusivamente por cientistas dos países da
ex-cortina de ferro que desejavam emigrar. A autorização foi
conseguida e aqueles países perderam uma valiosíssima parte
de seu estoque de capital humano. Por que não aconteceu o
crescimento econômico esperado? Por que os altos erros de
previsão dos economistas, na maioria daqueles casos?
Uma parte da explicação para a grande frustração das
principais expectativas sobre o desempenho das economias ex-
socialistas pode estar no baixo nível de capital social daquelas
economias. No socialismo real o estado é o “todo poderoso” que
provê as necessidades da população. Ele é dono de todos os
bens e instituições que produzem os serviços de que a população
necessita. Neste sentido, os grupos ou comunidades são pouco
estimulados a procurarem soluções particulares para seus
problemas. As soluções têm que ser gerais para toda a população
e somente o Estado pode provê-las
É lógico que não pretendemos explicar todos os problemas
atuais das economias recém-convertidas à economia de
mercado somente com as diferenças relativas nos estoques
de capital social. O trabalho de Aslund 7 , por exemplo,
argumenta que a Rússia teve uma péssima performance devido
ao processo excessivamente tímido de liberalização de sua
economia. De fato ele sugere que alguns grupos se apoderaram
das empresas e usaram o poder da burocracia para se
enriquecer às custas do empobrecimento geral da população.
Por outro lado, o título do trabalho de Putnam – Making
Democracy Work – é muito ilustrativo do papel que as
organizações civis podem ter nesses regimes, aprimorando seu
funcionamento e dificultando a apropriação indevida do Estado
por determinados grupos. Neste sentido, a Polônia, por exemplo,
com um período de dominação comunista sensivelmente mais
curto que o da Rússia, pode ter mantido um maior estoque de
seu capital social o que justificaria seu crescimento econômico
superior.

Evidências conhecidas
na literatura desde
muitas décadas mostram
que laços sociais
(coesão) diminuem as
taxas de mortalidade
aumentando os estoques
de capital humano
com um exemplo da década de setenta
que me marcou muito. Eu assisti, então,
uma entrevista dada a uma rede de
televisão americana, pelo Shah Reza
Pahlavi do Irã (Pérsia) em que ele dizia
ter muitas polícias secretas
independentes, cujas cúpulas se
reportavam somente a ele e, portanto,
seria pouco provável que movimentos
hostis ao seu governo pudessem estar
se formando no seio das Forças Armadas
do País. Como os assuntos de segurança
são muito sensíveis nos regimes pouco
democráticos, os relacionamentos e
iniciativas baseados em confiança
mútua são dificultados já que os
indivíduos nunca sabem exatamente
com quem estão falando. Além disso, a
característica clientelista que tende a se
formar entre a população e os detentores
do poder desestimula a formação de
grupos, instituições e outras iniciativas
cívicas cuja base organizacional se
assenta na confiança mútua e em redes
de relacionamento.
Finalmente, o leitor deve estar se
perguntando qual é o estoque de capital
social do Brasil? Algumas diferenças
entre grupos populacionais parecem
óbvias, embora necessitem de
comprovação científica. Nas regiões
Sul, Sudeste e, pelo menos em parte do
Centro-Oeste, os estoques de capital
devem ser mais altos que no Nordeste,
por exemplo. As iniciativas cívicas de
formação de grupos de preservação de
folclore, a participação da população em
grupos de arte, clubes de serviços e
associações esportivas e filantrópicas
parecem ser maiores naquelas que nesta
região. Uma evidência marcante desta
possível diferença de estoques está no
vigor do movimento cooperativista
Capital Social
entre elas. Nas regiões mais ao sul, o
cooperativismo tem florescido com
muito mais pujança que no Nordeste.
Uma outra distinção está associada ao
grau de clientelismo prevalecente entre
as regiões.
O Nordeste parece profundamente
marcado por relações clientelísticas
entre os detentores do poder público e
a população em geral. A forte presença
do Estado, de longe o maior empregador
na região e o principal provedor de
serviços, parece estar ajudando a reduzir
os estoques de capital social nos estados
nordestinos. De fato, este fenômeno
acontece em todo o País mas deve ser
mais importante naquela região pela
importância relativa do Estado na
economia. Isto pode ser ilustrado pelo
fenômeno que ocorreu com as Santas
Casas de Misericórdia ao longo das
quatro ou cinco últimas décadas. Quase
toda cidade brasileira tinha uma Santa
Casa, da qual, participar do Conselho
Curador, era uma atitude que se
esperava de pessoas da comunidade que
gozavam do mais alto prestígio. Os
indivíduos mais bem dotados de bens
materiais e conhecimentos se sentiam
obrigados a doar tempo e recursos para
o bom funcionamento daquelas
instituições filantrópicas. O sistema de
saúde pública trouxe para o Estado a
obrigação de prover os serviços para
toda a população, desobrigando aquela
classe de cidadãos privilegiados deste
encargo. Hoje, em muitas das Santas
Casas do País, especialmente nas
regiões onde o Estado está mais
presente, esta importante forma de
capital social teve seus estoques
extremamente reduzidos.
Quando comparamos o Brasil com
outros países verificamos evidências de
sérios problemas nos nossos estoques de
capital social. Em um artigo publicado
no Quarterly Journal of Economics de
novembro de 1997, Knack e Keefer
investigam os impactos dos estoques de
capital social em um conjunto de cerca
de 30 países, que inclui a maioria dos
desenvolvidos. As medições utilizadas
indicam muito baixos valores para nosso
País. Estas variáveis foram: trust
(confiança); civic (civismo ou
cooperação com anônimos); e groups
(participação grupal ou densidade desta
participação). No caso da variável usada
para medir confiança, por exemplo, o
Preços Agrícolas
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País ficou no último lugar, abaixo da
Turquia e México. Certamente os
valores encontrados seriam muito
diferentes se fossem feitas medições por
regiões no País. Esta é uma área de
pesquisa que deverá ser muito
expandida no Brasil, como pré-requisito
para entendermos melhor o
funcionamento de nossa economia.
Notas
1
Putnam, Robert, 1993, Making Democracy
Work: Civic Traditions in Modern Italy. Princeton,
NJ: Princeton University Press, 258 p.
2
James S. Coleman discute exaustivamente esta
compatibilidade no Capítulo 12 de seu
Foundations of Social Theory, Cambridge: The
Belknap Press of Harvard University Press, 993
p.
3
Estes itens foram tirados do trabalho de Knack,
S. & Keefer, P. “Does Social Capital Have an
Economic Payoff? A Cross-Countr y
Investigation”. Quarterly Journal of Economics,
Vol. CXII (4):1251-1288, November of 1997.
4
Ver, por exemplo, Gittell, R. & Vidal, A.
Community Organizing: Building Social Capital
as a Development Strategy. London: SAGE
Publications, Inc. 1998, 196 p.
5
Courtois, Stéphane, 1997, “Les Crimes du
Communisme” In Courtois, S. et alii Le Livre Noir
du Communisme: crimes, terreur, répression.
Paris: Éditions Robert Laffont, S.A. 923 p. (Este
livro já foi traduzido para o Português)
6
Sen, Amartya, 1999, Desenvolvimento Como
Liberdade. São Paulo: Editora Schwarcz Ltda,
409 p.
7
Aslund, A. “Russia’s Collapse” Foreign Affairs
Vol.78(5):64-77, September/October 1999.
FERNANDO CURI PERES
Ph.D pela The Ohio State University e
Professor Titular do DEAS, ESALQ/USP.
Peres é Coordenar da NACE-DRI e do
projeto UNIR, financiado
pela Fundação W. K. Kellogg.
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