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Sumário

CURSO DE PEDREIRO

AULA 1
CONHECIMENTOS GERAIS

Introdução
Equipamento de Proteção Individual
Equipamento de Proteção Coletiva
Segurança com as Escadas
Geometria Básica
Leitura e Interpretação de Projetos
Sistema Métrico Decimal
Área, Perímetro e Volume
Material para Construção
Veja se Aprendeu

Instituto Universal Brasileiro


Administração Diretora Geral
Luiz Fernando Diniz Naso Irene Rodrigues de Oliveira Teixeira Ribeiro
José Carlos Diniz Naso
Inês Diniz Naso
Coordenação Didática
Waldomiro Recchi
Gerente Geral
Modesto Pantaléa
Fotografia
Direção de Arte Roberto Carlos Alves
Carlos Eduardo P. Naso
Autor
Assistente Jurídica
Waldomiro Recchi
Rafaela Naso

Produção Editoração
Marcos Prado de Carvalho Instituto Universal Brasileiro

Imagens
Impressão
Alexandre Morsilla
IUBRA - Indústria Gráfica e Editora Ltda.

Revisão Rodovia Estadual Boituva - Iperó, km 1,1


Roseli Anastácio Silva Campos de Boituva - Boituva - SP
Marcia Moreira de Carvalho CEP 18550-000

Todos os direitos são reservados. Não é permitida a reprodução total ou parcial deste curso.
AULA 1 mesmo e para os ajudantes e auxiliares que
CONHECIMENTOS GERAIS ele contratar.
Os instrumentos que compõem o EPI na
construção civil são estes: capacete, óculos,
Introdução protetores auriculares, máscara para proteção
contra pó e produtos químicos, luvas de couro
O termo construção civil engloba desde e botas ou botinas.
a casa popular aos conjuntos residenciais de
luxo, grandes edifícios residenciais, comer- Capacete de segurança
ciais e industriais, com participação de enge-
nheiros, arquitetos, técnicos e mão de obra Em qualquer atividade dentro de uma
especializada. obra, é obrigatório o uso de capacetes de se-
O pedreiro é um profissional que traba- gurança (figura 1).
lha na área de construção civil executando as
etapas de fundações, levantamento de pare-
des, revestimento de pisos e paredes e aca-
bamentos. Esse profissional deve ter
conhecimento sobre leitura e interpretação de
plantas e cortes de projetos arquitetônicos,
bem como algumas especificações, sistemas
de medidas, cálculo de áreas e volumes que
lhe permitem verificar o consumo e emprego
de materiais, ferramentas e equipamentos
técnicos na preparação de argamassas. Tudo
isso são conhecimentos essenciais para for-
mação de um bom pedreiro.
É muito importante que o aluno saiba
que, para exercer a profissão, deve respeitar
as normas de segurança determinadas pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, utilizando, Figura 1 – Capacete de segurança.

de acordo com a atividade na obra, o Equipa-


mento de Proteção Individual (EPI) e o Equi- Os capacetes são divididos em classe A e
pamento de Proteção Coletiva (EPC). classe B. Os da classe A são para uso geral, ex-
ceto para trabalhos com energia elétrica; já os da
Equipamento de classe B também são para uso geral, inclusive
Proteção Individual para trabalhos com energia elétrica. O casco, de
um modo geral, é fabricado com matéria-prima à
Quando o pedreiro é admitido para tra- base de polietileno de alta densidade.
balhar em uma obra como funcionário, ele
receberá do empregador os instrumentos
obrigatórios do EPI. Já o pedreiro autônomo Os capacetes de aba frontal, tipo boné
(que trabalha por conta própria) deverá dis- de jóquei, ou de aba total podem ser tanto
por de instrumentos de segurança para si classe A como B.

Curso de Pedreiro - Aula 1 3 Instituto Universal Brasileiro


Tão importante como o casco, a suspen- Podem ser de espuma ou silicone (figura 4).
são é feita por charneira e cintos fabricados de
tecido, não de plástico rígido. Essa suspensão
é a responsável pelo amortecimento, em caso
de pancadas (figura 2).

Figura 4 – Protetores auriculares.

Máscara descartável de proteção


Figura 2 – Suspensão na parte interna do capacete.
Essa máscara protege o pedreiro contra
Óculos de proteção poeiras oriundas da raspagem ou lixamento de
superfícies. Por ser descartável, deve ser tro-
Esses óculos são os recomendados para cada quando estiver entupida de sujeira, per-
proteção dos olhos, especificados de acordo furada, rasgada ou com cheiro ou gosto de
com o risco como poeira, manipulação de pro- contaminantes (figura 5).
dutos químicos e de materiais sólidos perfuran-
tes, radiação em serviços de solda e corte a
quente com maçarico, ferragens etc. (figura 3).

Figura 5 – Máscara descartável de proteção.

Figura 3 – Óculos de proteção.


Luvas de proteção
Protetores auriculares
As luvas de proteção é o instrumento
Eles protegem os ouvidos contra ruídos com maior diversidade de especificações. Na
acima dos limites toleráveis, que é de 85 dB construção civil, as mais usadas são as de
(decibéis) para oito horas de exposição. látex ou PVC (figura 6) e de raspa de couro.
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grandes edifícios, as normas de segurança
obrigam o pedreiro a usar cinto de segu-
rança ligado (atado) a um cabo de segu-
rança para trabalhos realizados em
andaimes mecânicos suspensos a uma al-
tura de 2,00 m (figura 8).

Figura 6 – Luvas de proteção de PVC.

As luvas de látex ou PVC protegem con-


tra ferimentos e contato com o cimento e pro-
dutos químicos; já as de raspa de couro,
contra material corrosivo e que possa provo-
car cortes como lascas de madeira, barras de
ferro etc. É importante que as luvas sejam do
tamanho ideal para garantir segurança.

Sapatos de segurança
Figura 8 – Pedreiro com cinto de segurança trabalhando em
As botas ou botinas de PVC com solado an- um andaime mecânico.
tiderrapante são indicadas para locais úmidos ou
inundados, ou com produtos químicos; já os cal- O cinto de segurança utilizado em ativi-
çados com biqueira de aço protegem contra ma- dades com risco de queda em alturas superio-
teriais pesados que podem cair nos pés (figura 7). res a 2,00 m é o modelo tipo paraquedista com
ligação frontal ou dorsal (figura 9).

Figura 7 – Sapatos de segurança.

Equipamento de Proteção Coletiva

Quanto aos instrumentos utilizados


pelo pedreiro em superfícies externas de Figura 9 – Cinto de segurança tipo paraquedista.

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Outro dispositivo de segurança utili- • O local onde a escada será posicio-
zado para trabalhos em altura é a cadeira nada deve estar limpo, isento de graxa ou
suspensa, que também obriga o pedreiro a qualquer outro produto que torne o chão
usar o cinto de segurança tipo paraquedista escorregadio.
ligado a um cabo de segurança chamado • Isole o local de trabalho, sinalizando-
trava-queda (figura 10). o para proteger a circulação de transeuntes
(outras pessoas que caminham no local).
• Sempre ao subir ou descer, posi-
ciona-se de frente a escada, segurando nos
montantes com as duas mãos.
• As escadas devem ser usadas por
uma só pessoa. De um modo geral, uma
escada pode aguentar um total de 110 a
135 kg entre pessoas, ferramentas e ma-
teriais. Respeite o peso especificado pelo
fabricante.
• O comprimento máximo dos montan-
tes é de 6 m, e o espaçamento entre de-
graus, de 25 a 30 cm.
• Evita-se pintar as escadas para que
a tinta não oculte possíveis rachaduras, trin-
cas ou qualquer outro defeito quando for
inspecionada antes do seu uso. Como pro-
teção, pode-se envernizá-la.
Figura 10 – Cadeira suspensa com trava-queda. • As escadas devem ter degraus an-
tiderrapantes bem apoiadas na superfí-
cie da base. Se necessário, utilize calços
O sistema de fixação da cadeira sus- (figura 11).
pensa deve ser independente do cabo-guia
do trava-queda.

Segurança com as Escadas

Em trabalhos com alturas, o pedreiro


deve utilizar equipamentos de segurança
como o andaime, a cadeira suspensa etc.
Já em imóveis térreos ou assobradados,
utilizamos escadas para o trabalho em
áreas internas e externas com frequência.
Embora seja bastante popular, utili-
zada até por donas de casa para alcançar
pequenas alturas de móveis, cortinas etc.,
a escada é um instrumento que, profissio-
nalmente, deve ser apropriado ao serviço Figura 11 – Escada sobre calços.
ou trabalho a ser realizado, com respeito
a algumas normas de segurança. • Para trabalhos em que haja proximi-
Vejamos algumas recomendações dade com instalações elétricas, só é permitido
para o uso de escadas em trabalhos com o uso de escadas de madeira ou de fibras, que
alturas: não são condutoras de eletricidade.
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• Utilize corda ou outro meio para levan- As linhas podem ser retas ou curvas. As
tar e baixar ferramentas e outros materiais retas podem ocupar três diferentes posições
usados no trabalho. no espaço: horizontal, vertical e inclinada; já
• Não colocar a escada sobre qualquer as linhas curvas podem formar a circunferên-
equipamento ou máquina. cia e a elipse (figuras 14 e 15).
• Não subir além dos dois últimos de-
graus da escada (figura 12).

Figura 14 – Linhas retas horizontal, vertical e inclinada.

Figura 15 – Linhas curvas formando uma circunferência e


uma elipse.

Figura 12 – Maneira incorreta: pedreiro trabalhando no úl-


timo degrau da escada.
Linha mista é composta por partes de
Geometria Básica linhas retas e curvas.

Rever alguns conceitos básicos de geo-


metria como linhas, ângulos e prismas geo- São consideradas paralelas duas linhas
métricos é muito importante para leitura e que, por mais que se prolonguem, nunca se
interpretação de desenhos e plantas baixas e encontram (figura 16).
cortes, bem como levantamento de terrenos
(principalmente os de formatos irregulares) e
locação da obra sobre eles.

Linhas

Linha é definida, geometricamente, como


uma sucessão de pontos (figura 13).

Figura 16 – Linhas paralelas.

São perpendiculares duas linhas retas


que se encontram formando um ângulo de 90°,
Figura 13 – Dois tipos de linhas. ou seja, o ângulo reto (figura 17).
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Figura 17 – Linhas perpendiculares. Figura 20 – Ângulo agudo.

Ângulos Ângulo obtuso. É o que tem uma aber-


tura maior que 90°; portanto, é maior que o ân-
Chamamos de ângulos a medida do gulo reto (figura 21).
afastamento entre duas linhas retas que man-
têm um ponto comum chamado vértice. As li-
nhas que formam os ângulos são chamadas
de lados de ângulo (figura 18).

Figura 21 – Ângulo obtuso.

O valor do ângulo não depende do


comprimento das linhas que formam os
Figura 18 – Exemplo de ângulo.
lados, mas do valor da abertura delas.
Veja a classificação dos ângulos:
A bissetriz do ângulo é a linha que divide
Ângulo reto. Criado a partir de uma linha um ângulo em dois ângulos iguais (figura 22).
horizontal e uma vertical perpendicular, for-
mando exatos 90° entre si (figura 19).

Figura 22 – Bissetriz do ângulo de 60°.

Figura 19 – Ângulo reto. O ângulo reto, provavelmente, é o mais


visto em aplicações práticas na construção
Ângulo agudo. É o ângulo que mede civil: encontro de paredes com o chão, es-
menos que 90°; portanto, é um ângulo menor quadrias das janelas etc.
que o reto (figura 20).
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Triângulo Leitura e Interpretação de Projetos
É a figura geométrica formada por três Os desenhos de um projeto de arquite-
lados e três ângulos. Veja a classificação do tura compreendem um conjunto de projeções,
triângulo (figura 23): vistas e cortes (secções) de um edifício ou
parte deste, com convenções que facilitam a
• Triângulo retângulo: quando possui um interpretação do desenho e, consequente-
ângulo reto; mente, a execução da obra.
• Triângulo isósceles: quando dois lados
têm a mesma medida; Planta baixa
• Triângulo escaleno: quando a medida
dos três lados é diferente. A planta baixa é o desenho em proje-
ção horizontal da própria obra, em tamanho
reduzido. Essa redução usada para diminuir
proporcionalmente as medidas reais do pro-
jeto é denominada escala.
Por exemplo: a planta baixa de um
salão com 6,00 x 4,00 m, na escala de
1:100 (um por cem), seria desenhada com
6 x 4 cm. Isso significa que cada centíme-
tro do desenho corresponde a 1,00 m na
Figura 23 – Triângulos. medida real.

Circunferência
Depois que conhecer os elemen-
É uma linha curva e fechada situada num tos e a simbologia utilizados na repre-
mesmo plano. Essa linha está equidistante sentação dos desenhos arquitetônicos,
(mesma distância) de um ponto chamado cen- daremos alguns exemplos de cálculos
tro. A linha que passa pelo centro da circunfe- simples que o pedreiro poderá fazer
rência e une dois pontos desta chama-se para determinar as dimensões reais ba-
diâmetro (D), e a linha reta que une o centro seadas no desenho quando estas não
da circunferência a qualquer ponto desta é o forem especificadas, ou quando quiser
raio (R) – figura 24. elaborar algum projeto ou aprender a
executar a redução para desenhá-lo.

Na planta baixa, é mostrada a distribui-


ção dos cômodos com seus respectivos
nomes (quarto, sala, cozinha, banheiro, área
de serviço etc.) e suas dimensões, as quais
são especificadas em metros ou centímetros,
incluindo a espessura da parede, a localiza-
ção e dimensões de portas, janelas e vãos,
Figura 24 – Circunferência. material a ser utilizado nos pisos, localização
de pias, aparelhos sanitários, tanques de la-
vanderia, armários embutidos e até mesmo
O raio é igual ao diâmetro dividido por móveis dependendo do caso. Também é mos-
dois (R = D ÷ 2), ou o diâmetro é igual a duas trada a projeção do telhado quando este ul-
vezes o raio (D = 2 x R). trapassar os limites da obra, formando os
beirais.
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Veja, na figura 25, o desenho de uma
planta baixa.

Figura 27 – Representação de parede baixa.

Portas e janelas são representadas da


seguinte maneira (figura 28):

Figura 25 – Modelo de planta baixa.

Para ler e interpretar uma planta baixa, é


preciso conhecer os símbolos gráficos que re-
presentam portas, janelas, armários embuti-
dos, peças sanitárias, móveis etc.
As paredes altas (do piso até o teto) são
representadas por dois traços grossos ou
cheios (figura 26).

Figura 26 – Representação de paredes altas.

Paredes baixas são representadas por


duas linhas de espessura média, não cheia,
com indicação da medida de altura (figura 27). Figura 28 – Representação de portas e janelas.
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Observe que, para representar portas, mero antes do sinal de multiplicação no nu-
a planta 1 significa que a porta se encontra merador representa a largura; o número de-
entre cômodos com pisos do mesmo nível e pois desse sinal, no numerador, representa a
material (tacos, cerâmica etc.). Na planta 2, o altura; e o número no denominador representa
piso não está no mesmo nível; portanto, tem o peitoril (figura 31).
soleira (degrau) ou está entre cômodos com
pisos diferentes (um tem piso cerâmico;
outro, tacos).
Quanto às dimensões das portas e ja-
nelas, elas podem ser indicadas da seguinte
maneira:

• Por um traço de fração em que o nu-


merador representa a largura e o denomina-
dor, a altura da porta ou da janela (figura 29).

Figura 31 – Dimensão de portas e janelas por um sinal de


multiplicação e traço de fração.

Peitoril é a distância em que a


janela se situa acima do piso.

As cotas que indicam os diferentes níveis


de pisos são representadas da seguinte ma-
Figura 29 – Dimensão de portas e janelas por um traço neira (figura 32).
de fração.

• As medidas também podem ser indica-


das por um sinal de multiplicação (x), que signi-
fica “por”, em que o primeiro número representa
a largura e o segundo, a altura (figura 30).

Figura 32 – Cotas indicadoras de diferentes níveis de piso.

Aos símbolos apresentados na úl-


tima figura, podemos acrescentar
Figura 30 – Dimensão de portas e janelas por um sinal de ainda as letras NA e NO entre parên-
multiplicação. teses: NA indica “Nivel Acabado” e
NO, “Nível no Osso” (contrapiso para
• Outra maneira é por meio de um sinal receber o acabamento).
de multiplicação e um traço de fração: o nú-
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Na figura 33, temos a representação de Cortes
diversos itens de utilização como bacias sani-
tárias, banheira, tanque entre outros. O desenho de uma planta baixa não per-
mite conhecer todas as dimensões e detalhes
de uma construção. Por isso, é necessário in-
cluir desenhos em corte.
Corte é o desenho em projeção vertical
também executado em escala para mostrar a
altura das paredes, componentes do telhado,
altura que vai do piso pronto até o teto (pé-di-
reito), altura de portas, peitoris e janelas, aca-
bamento de paredes (azulejo, pastilhas etc.),
enfim, detalhes na vertical que não são vistos
na planta baixa.
O corte, que é representado na planta
por uma linha e setas indicativas da direção
em que se está olhando (figura 34), deve
sempre passar por banheiros e cozinhas.

Figura 34 – Linha indicativa de corte.

Observe na planta baixa (figura 25) que a


linha de corte AA representa o corte longitudi-
nal e a linha de corte BB, o corte transversal.
Veja o desenho do corte AA na figura 35, que
representa as paredes e detalhes da vertical
Figura 33 – Representação de diversos itens de utilização. da planta baixa.

Figura 35 – Corte AA.

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Veja, nas figuras 36 e 37, como representamos portas e janelas de paredes nos
desenhos em cortes.

Figura 36 – Representação de portas em desenhos de cortes.

Figura 37 – Representação de janelas em desenhos de cortes.

Nos desenhos em corte, é comum aparecer a representação de vãos sem portas,


como foi mostrado na figura 36, mesmo para representar aberturas com portas.

As dimensões de portas e janelas das pare- Agora, veja, na figura 39, o corte trans-
des nos desenhos em corte, ou em sua aparência, versal da planta baixa (linha de corte BB):
são feitas conforme mostramos na figura 38.

Figura 38 – Dimensão de portas e janelas em corte. Figura 39 – Corte BB.

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Escalas Temos uma parede com espessura
de um tijolo maciço (25 cm) e 2,00 m de
Como dissemos, os desenhos são exe- comprimento e queremos desenhá-la na
cutados em escalas. As mais usadas em re- escala 1:50.
presentações de projetos arquitetônicos são
estas:
Antes de aplicar a regra, para simpli-
• 1:100 (lê-se “um por cem); ficar, podemos transformar a medida real
• 1:50 (lê-se “um por cinquenta). de metros para centímetros:

1,00 m = 100 cm
Existem outras escalas, como 1:20, 100 cm = 1.000 mm
1:75, 1:200, que são também bem usadas.
Portanto, 2,00 m é igual a 200 cm.
A escala só terá efeito para o traçado no
desenho. Quando colocamos as cotas (medi-
das), inserimos as medidas reais (figura 40). Aplicando a regra, temos que transfor-
mar a medida real na medida do desenho.
Então, dividimos a media real do objeto (200
cm e 25 cm) pelo valor da escala (que não
seja 1). Nesse exemplo, utilizamos, como
valor de escala, 50:

200 (valor real) ÷ 50 (valor da escala) = 4 cm

25 (valor real) ÷ 50 (valor da escala) = 0,5 cm


= 5 mm

Dessa maneira, concluímos que uma pa-


rede com comprimento de 2,00 m (200 cm) e
espessura de 25 cm, na escala 1:50, será de-
senhada apenas com 4 cm de comprimento e
5 mm de espessura (figura 41).
Figura 40 – Desenho feito em escala 1:100.

As medidas angulares não sofrem trans-


formações em escalas. Assim, um ângulo de
60° permanecerá desse jeito, seja qual for a
escala empregada.

Transformação das medidas

Medida real em medida do desenho

Para transformar a medida real para a


medida do desenho, dividimos o valor da me- Figura 41 – Representação de uma parede na escala 1:50.
dida real pelo valor numérico da escala, valor
esse que não seja o 1. Medida do desenho em medida real

Exemplo: Para transformar a medida do desenho


Curso de Pedreiro - Aula 1 14 Instituto Universal Brasileiro
em medida real, multiplicamos o valor da • Hectômetro (hm) – 100 m;
medida do desenho pelo valor numérico da • Decâmetro (dam) – 10 m.
escala.
Os submúltiplos do metro, ou medidas
Exemplo: menores, são estes:

Ao medirmos com a régua uma ja- • Decímetro (dm) – equivale à décima


nela de uma planta baixa, encontramos parte do metro, ou seja, 0,1 m;
1,5 cm. Agora, queremos saber a medida • Centímetro (cm) – centésima parte do
real da largura dessa janela, sendo a es- metro (0,01 m);
cala 1:100. • Milímetro (mm) – milésima parte do
Para isso, multiplicamos a medida do de- metro (0,001 m).
senho (1,5 cm) pelo valor da escala (100).
Logo, teremos:
Podemos ainda dizer que o decíme-
tro é igual a 10 cm e o centímetro, a 10 mm.
1,5 x 100 = 150 cm

Portanto, a largura da janela é de 150 cm Veja, a seguir, um quadro com o resumo


(1,50 m) (figura 42). dos múltiplos e submúltiplos do metro (tabela 1):

Múltiplos Submúltiplos

km quilômetro dm decímetro

hm hectômetro cm centímetro

dam decâmetro mm milímetro


Figura 42 – Representação de uma janela desenhada na Tabela 1 – Múltiplos e submúltiplos do metro.
escala 1:100.

Sistema Métrico Decimal Podemos ainda obter unidades menores


que o milímetro da seguinte maneira:
O sistema métrico decimal é o adotado
no Brasil e tem, como unidade, o metro (m). • Dividindo o milímetro por 10, obtemos o
décimo de milímetro, que corresponde a 0,1 mm;
Medir significa comparar grandezas de • Dividindo o décimo de milímetro por 10,
mesma espécie, tomando uma delas como pa- temos o centésimo de milímetro, que corres-
drão. Por exemplo: uma sala com indicação de ponde a 0,01 mm;
5,00 m de comprimento significa que esta me- • Dividindo o centésimo de milímetro por 10,
dida de comprimento é cinco vezes maior que obtemos o milésimo de milímetro, também co-
a unidade usada para medi-la, o metro. nhecido como micrômetro ou mícron.

Múltiplos e submúltiplos do metro Observações


Os múltiplos, ou unidades maiores que o
• Os símbolos das unidades de medi-
metro, são estes:
das devem ser escritos com letra minúscula,
sem ponto de abreviação e sem a letra “s”
• Quilômetro (km) – equivale a 1.000 m;
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ao decâmetro e acrescentamos um zero à di-
caso estejam no plural. Por exemplo:
reita, na casa do metro. Isso significa o se-
10 m e não 10 m. ou 10 ms.
guinte: 4 x 10 = 40 m.
• Não devemos confundir micrômetro
com o instrumento de medida usado em me-
trologia. km hm dam m dm cm mm
4 0
A seguir, na tabela 2, veja exemplos de es- x 10
crita e de leitura dessas medidas:
Converter decâmetro em decímetro.
Nesse caso, acrescentamos dois zeros à di-
Exemplos Lê-se reita de 4 dam. Logo, 4 x 10 x 10 = 400 dm.

3 km três quilômetros km hm dam m dm cm mm

5 hm cinco hectômetros 4 0 0
x 10 x 10
12 dam doze decâmetros
Converter decâmetro em centímetro.
1m um metro Acrescentamos três zeros à direita de 4 dam.
Assim, teremos 4 x 10 x 10 x 10 = 4.000 cm.
5 dm cinco decímetros
km hm dam m dm cm mm
20 cm vinte centímetros 4 0 0 0

26 mm vinte e seis milímetros x 10 x 10 x 10


Tabela 2 – Exemplos de escrita e de leitura das unidades Converter decâmetro em hectômetro.
de medidas.
Nesse caso, acrescentamos um zero à es-
querda de 4 dam, ou seja, na casa do hectô-
Transformação de medidas metro. Logo, 4 ÷ 10 = 0,4 hm.

Uma mesma medida pode ser indicada em km hm dam m dm cm mm


unidades diferentes. Por exemplo: uma pista de
0 4
corrida do IUB tem 5 km, ou 5.000 m; para trans-
formar uma medida dada de uma unidade para ÷ 10
outra, devemos fazer o seguinte:
Converter decâmetro em quilômetro.
• De uma unidade para outra imediata- Acrescentamos dois zeros à esquerda de 4
mente maior, dividimos por 10; dam e, assim, teremos 4 ÷ 10 ÷ 10 = 0,04 km.
• De uma unidade para outra imediata-
mente menor, multiplicamos por 10. km hm dam m dm cm mm
0 0 4
Veja os exemplos que se seguem em tabe-
las que facilitam as conversões, sempre usando ÷ 10 ÷ 10
o número 4:
Converter milímetro em metro. Nesse
Converter decâmetro em metro. Para caso, vamos transformar 4 mm em metro. Para
converter 4 decâmetros (4 dam) em metro, co- isso, ao acrescentarmos três zeros à esquerda do
locamos o número 4 na casa correspondente número 4, teremos 4 ÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 = 0,004 m.
Curso de Pedreiro - Aula 1 16 Instituto Universal Brasileiro
km hm dam m dm cm mm Múltiplos Símbolo Submúltiplos Símbolo
0 0 0 4
Quilômetro Decímetro
÷ 10 ÷ 10 ÷ 10 cúbico
km³
cúbico
dm³

Hectômetro Centímetro
hm³ cm³
Converter quilômetros em metros. cúbico cúbico
Para transformar 4 km em metro, acrescenta-
Decâmetro Milímetro
mos três zeros à direita do número 4. Assim, dam³ mm³
cúbico cúbico
teremos 4 x 10 x 10 x 10 = 4.000 m.
Tabela 4 – Múltiplos e submúltiplos do metro cúbico.
km hm dam m dm cm mm
Medida de massa. O grama (g) é a uni-
4 0 0 0 dade de medida de massa, ou peso, cujos
x 10 x 10 x 10 múltiplos são o quilograma (kg), hectograma
(hg) e o decagrama (dag). Já os submúltiplos
são o decigrama (dg), centigrama (cg) e o mi-
Sistema decimal de medidas ligrama (mg). Cada unidade de massa é dez
vezes maior que a unidade imediatamente
No sistema decimal de medidas, temos menor, como podemos ver na tabela 5:
outras unidades consideradas fundamentais.
São as medidas de superfície (metro qua- Unidade
drado), de volume (metro cúbico), de massa Múltiplos Submúltiplos
Principal
(grama) e de capacidade (litro).
kg hg dag g dg cg mg
Medida de superfície. A unidade de su- 1.000 g 100 g 10 g 1g 0,1 g 0,01 g 0,001 g
perfície, ou de área, é o metro quadrado (m²).
Essa unidade de medida é importante, pois com Tabela 5 – Múltiplos e submúltiplos do grama.
a quantidade de m² da superfície, podemos de-
terminar a quantidade de material que será ne- Medida de capacidade. O litro é a uni-
cessário. Os múltiplos e os submúltiplos do dade de medida de capacidade cujo símbolo
metro quadrado são os seguintes (tabela 3). é “l”, e cada litro corresponde a 1 decímetro cú-
bico (1 dm³). Os múltiplos do litro são o quilo-
litro (ql), o hectolitro (hl) e o decalitro (dal); os
Múltiplos Símbolo Submúltiplos Símbolo submúltiplos são o decilitro (dl), o centilitro (cl)
e o mililitro (ml). Veja a tabela com as medidas
Quilômetro Decímetro de capacidade a seguir (tabela 6).
km² dm²
quadrado quadrado
Hectômetro Centímetro Unidade
hm² cm² Múltiplos Submúltiplos
quadrado quadrado Principal

Decâmetro Milímetro kl hl dal l dl cl ml


dam² mm²
quadrado quadrado 1.000 l 100 l 10 l 1l 0,1 l 0,01 l 0,001 l

Tabela 3 – Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado. Tabela 6 – Múltiplos e submúltiplos do litro.

Medida de volume. A unidade de me- No litro, cada unidade é dez vezes maior
dida de volume é o metro cúbico (m³). Os múl- que a imediatamente menor, assim como o
tiplos e os submúltiplos dessa unidade de grama. É a unidade de medida para embala-
medida são estes (tabela 4): gens de tintas, massas, vernizes etc.
Curso de Pedreiro - Aula 1 17 Instituto Universal Brasileiro
Instrumentos de medida A trena é constituída de uma fita de
aço, fibra ou tecido quadriculado em uma
Os instrumentos de medida linear mais ou ambas as faces. Para grandes dimen-
utilizados pelo pedreiro são o metro articulado sões de comprimentos, o ideal é utilizar
e a trena (figura 43). esse instrumento, principalmente em levan-
tamentos de terrenos ou marcações (loca-
ções) de obra. Podemos encontrar a trena
no comércio com comprimentos de 10,00
até 50,00 m; nesse caso, é preciso uma
pessoa para manter o zero da escala no
ponto inicial e outra para executar a leitura
do ponto desejado (figura 45).

Figura 43 – Metro articulado e trena.

Ambos os instrumentos têm a escala


gravada em centímetros. E este, por sua vez,
está subdividido por 10, correspondendo ao
milímetro.
O metro articulado é muito utilizado
para pequenas dimensões e são encontra-
dos no comércio nas versões de 1,00 e 2,00 Figura 45 – Medindo com a trena.
m. Medir com esse instrumento é bem sim-
ples: basta coincidir o zero da escala no Se não houver alguém para ajudar,
ponto de partida onde se deseja medir e efe- devemos prender o extremo da trena (es-
tuar a leitura na coincidência do número da cala zero) de alguma maneira no local de
escala no ponto até onde se deseja medir referência.
(figura 44).

Área, Perímetro e Volume

Área e perímetro de figuras planas

Área é a medida de uma superfície e,


em geral, é indicada pela letra “S” nas
suas fórmulas. Toda medida de área é in-
dicada ao quadrado. Por exemplo: se a
unidade empregada for o milímetro, então
será milímetro ao quadrado (mm²).
Perímetro é a soma dos lados do po-
lígono. Ele é representado pela letra “P”.
A seguir, veremos as fórmulas de
áreas e perímetros dos principais polí-
Figura 44 – Medindo com o metro articulado. gonos.
Curso de Pedreiro - Aula 1 18 Instituto Universal Brasileiro
Retângulo Área: S = B + b x h
2
No retângulo, temos duas representa-
ções: a largura (B) e a altura (h) – figura 46. Perímetro: P = B + h + b + d

• Área: S = B x h

• Perímetro: P = (2 x B) + (2 x h) ou
P=B+h+B+h

Figura 48 – Representação de um trapézio.

Triângulo

No triângulo, e no trapézio, a letra “h”,


Figura 46 – Representação de um retângulo. além de representar a altura, indica a bissetriz
do ângulo (figura 49).
Quadrado
Área: S = B + h
No quadrado, os quatro lados são iguais 2
(largura). Portanto, temos (figura 47):
Perímetro: P = B + d + d
Área: S = B x B

Perímetro: P = 4 x B ou
P=B+B+B+B

Figura 49 – Representação de um triângulo.

Circunferência

Figura 47 – Representação de um quadrado. Para o cálculo da área e do perímetro da


circunferência, na fórmula, entra o valor de
Trapézio 3,1416 representado pela letra grega π (lê-se
“pi”). A letra “R” indica o raio, que é a metade
No trapézio, a base maior é representada do diâmetro (figura 50).
pela letra “B” e a base menor, pela letra “b”. Já
a letra “d” é a medida dos lados para o cálculo Área: S = π x R²
do perímetro do ângulo (figura 48). Perímetro: P = 2 x π x R
Curso de Pedreiro - Aula 1 19 Instituto Universal Brasileiro
ções: “B” para largura; “C” para comprimento;
e “h” para altura (figura 52):

V=BxCxh

Figura 50 – Representação de uma circunferência.

Arco (perímetro circular)

No cálculo da área e do perímetro do Figura 52 – Representação de um paralelepípedo.


arco, entra na fórmula o valor do ângulo, re-
presentado pela letra α (lê-se “alfa”, que é o Pirâmide
valor do ângulo em graus) – figura 51.
Para calcular o volume da pirâmide, de-
Área: S = π x R² x α vemos calcular a área (S) da base e multiplicar
360 pela altura. Depois, dividir por três (figura 53).

Perímetro (setor circular): P = R + R + arco V=Sxh


3

Figura 51 – Representação de um arco. Figura 53 – Representação de uma pirâmide.

Volume de sólidos geométricos Cilindro

Os sólidos geométricos são formados Para o cilindro, entram o valor 3,1416 re-
por três dimensões: altura, largura e pro- presentado pelo π e o raio (figura 54).
fundidade; portanto, ocupam um lugar no
espaço. Esse espaço ocupado pelo corpo V = π x R² x h
é chamado de volume, representado pela
letra “V”.

O volume de um corpo é calculado com as


seguintes fórmulas:

Paralelepípedo ou cubo

A fórmula para calcular o volume de um


paralelepípedo tem as seguintes representa- Figura 54 – Representação de um cilindro.

Curso de Pedreiro - Aula 1 20 Instituto Universal Brasileiro


Cone Toda fórmula que apresenta o nú-
mero 2 ou 3 acima e à direita de algum de
Para calcular o volume do cone, deve- seus elementos tem o seguinte signifi-
mos agir como no caso da pirâmide, ou seja, cado:
calcular a área da base (π x R²), multiplicar o
valor encontrado pela altura e, depois, dividir • Número 2 - Elevado à segunda po-
por três (figura 55). tência ou ao quadrado. Exemplo: 2² (lê-se
“dois elevado à segunda potência” ou “dois
V = π x R² x h ao quadrado”).
3
• Número 3 - Elevado à terceira po-
tência ou ao cubo. Exemplo: 6³ (lê-se
“seis elevado à terceira potência” ou “seis
ao cubo”).

Assim, “R²” representa o valor da medida


do raio ao quadrado. Todo algarismo elevado
ao quadrado corresponde a ele multiplicado
por ele mesmo.

Exemplo:

R = 20 mm
R² = 20² = 20 x 20 = 400
Figura 55 – Representação de um cone. Logo, R² = 400 mm²

Recapitulação matemática Se qualquer item de uma fórmula for ele-


vado ao cubo, basta multiplicá-lo por sim
Vejamos a delimitação simplificada da úl- mesmo três vezes:
tima fórmula apresentada, para cálculo do vo-
lume de um cone: Exemplo:

V = π x R² x h y = 20 mm
3 y³ = 20³ = 20 x 20 x 20 = 8.000
Logo, y³ = 8.000 mm³
Veja as identificações:

• A letra grega π é uma constante mate- A resolução de um problema,


mática e, como já foi dito, seu valor é igual a usando-se a fórmula do apresentada, obe-
aproximadamente 3,1416. dece à seguinte ordem:

• A letra “R”, como dissemos, é o raio da 1. Substituir os símbolos (letras)


circunferência. pelos números correspondentes;

• A letra “h” representa a altura. 2. Fazer as operações;

• O traço embaixo da fórmula significa di- 3. Seguir com a multiplicação;


visão.
4. Encerrar com a divisão.
• O número “3” é o número da divisão.
Curso de Pedreiro - Aula 1 21 Instituto Universal Brasileiro
Material para Construção O cimento CP I-32 não possui adição de
qualquer outro material, a não ser de gesso
Material para construção é todo e qualquer (3%), e é utilizado como retardador de pega.
material utilizado na construção civil (casas, prédios, É o cimento indicado para concretagem em
galpões, pontes etc.), obtido na natureza ou com a geral, desde que este não fique exposto a sul-
intervenção do homem para produzi-lo. Ele deve fatos de solo ou de águas subterrâneas.
satisfazer as exigências e condições necessárias O cimento é embalado em sacos de
de acordo com a função que desempenha. papel Kraft para 50 kg, que contém dados
Na escolha do material, não é somente o sobre o fabricante, tipo, classe (figura 56).
preço que devemos levar em conta, mas tam-
bém a escolha adequada e a boa qualidade
deste, pois isso influencia muito na economia
de tempo e na qualidade final da obra.
Os materiais mais básicos que fazem parte
da construção civil são estes: cimento, areia,
pedra, cal, tijolo, saibro, madeira, metal, vidro,
telha, azulejo, ladrilho, mármore, granito, arenito,
porcelana, gesso, impermeabilizante e água.

Cimento

O cimento é um pó feito com propriedades


aglomerantes e ligantes, que endurece sob a ação
da água. Misturado a outros componentes que for-
mam o concreto, transforma-se em uma pedra ar-
tificial, com alta durabilidade e resistência a cargas
e ao fogo. Quando o cimento está ainda em es- Figura 56 – Saco de cimento.
tado fresco, facilita o trabalho e a moldagem.
O cimento Portland é a denominação téc- Devemos armazenar os sacos de ci-
nica utilizada mundialmente para o que conhece- mento em área coberta, sobre estrados de ma-
mos como cimento, diferente dos outros tipos deira isentos de umidade. Não é recomendado
como os de alumínio, os de cálcio, os odontológi- fazer pilhas com mais de dez sacos, nem dei-
cos etc. Ele recebeu esse nome por apresentar xar estocados por mais de um mês.
propriedades de durabilidade e solidez seme- Ao receber o cimento na obra, o pedreiro
lhantes às rochas da ilha britânica de Portland. deve apalpar e apertar o saco para verificar se
O cimento é normalizado, e existem até este se encontra “solto” (bom estado) ou em-
11 tipos no mercado. Veja a tabela 7: pedrado ou duro (mau estado).

CP I Cimento Portland comum


CP I-S Cimento Portland comum com adição reduzida de material pozolânico
CP II-E Cimento Portland composto por escória
CP II-Z Cimento Portland composto por pozolana
CP II-F Cimento Portland composto por fíler
CP III Cimento Portland de alto-forno
CP IV Cimento Portland pozolânico
CP V-ARI Cimento Portland de alta resistência inicial
RS Cimento Portland resistente a sulfato
BC Cimento Portland de baixo calor de hidratação
CPB Cimento Portland branco
Tabela 7 – Tipos de cimento existentes no mercado.
Curso de Pedreiro - Aula 1 22 Instituto Universal Brasileiro
Areia Devemos armazenar a areia em um local
coberto e seco. Molhada, influencia na quanti-
Também conhecida como agregado dade de água a ser adicionada na confecção
miúdo, a areia pode ser encontrada em duas do concreto.
maneiras: natural e artificial (figura 57). Na obra, o controle de recebimento da
areia deve ser feito da seguinte maneira: ainda
• Natural: agregado miúdo que se apre- no caminhão basculante, tomamos três medidas
senta em forma de grãos, extraído em rios, com uma barra de ferro com a altura do monte
minas e várzeas. de areia, posicionando-as nas duas extremida-
• Artificial: resíduo fino das pedreiras e do des do caminhão e no centro (figura 58).
pó de pedra.

Figura 58 - Três medidas no monte de areia do caminhão basculante.


Figura 57 – Monte de areia.
Vamos supor que as medidas foram estas:
A areia é classificada de acordo com sua
granulometria (medida do grão) em muito fina, • Primeira barra (extremidade próxima à
fina, média e grossa. Veja, na tabela 8, todas cabina do motorista): 0,80 m;
essas medidas: • Segunda barra (centro): 1,20 m;
• Terceira barra (extremidade final): 1,00 m

Tamanho nominal (mm) Com essas medidas, fazemos os seguin-


Tipo de areia
tes cálculos para obtermos a média dessas
Mínimo Máximo medidas:
Muito fina 0,15 0,6
Fina 0,6 1,2 0,80 + 1,20 + 1,00 = 3,00
Média 1,2 2,4 3,00 ÷ 3 = 1,00 m (altura média da areia)
Grossa 2,4 4,8
Tabela 8 – Medidas da areia. Após descarregar a areia, tomamos a me-
dida do comprimento e da largura da caçamba.
A qualidade da areia é muito importante. Vamos supor que o comprimento seja 4,00 m e
Ela deve estar livre de impurezas como terra, a largura, 2,20 m. Com isso, podemos saber
raízes e possuir uma granulação uniforme quantos metros cúbicos de areia estamos rece-
(não misturada). A areia da praia não serve bendo, fazendo o seguinte cálculo:
para o trabalho em construção civil, pois sua
salinidade compromete a segurança da massa 4,00 x 2,20 x 1,00 = 8,80 m³
do concreto.
Curso de Pedreiro - Aula 1 23 Instituto Universal Brasileiro
Como é comum receber a carga com uma to- Os fragmentos resultantes da explo-
lerância de 10% para mais ou para menos, teríamos: são são triturados por equipamentos deno-
minados britadeira. Na saída da britadeira,
as pedras são selecionadas, passando-as
8,80 + 0,88 = 9,68 m³
por uma peneira. Depois, recebem a se-
guinte classificação em função do tama-
Se a compra fosse de 10,00 m³, faltaria nho: 0, 1, 2, 3, 4 e 5.
0,32 m³ de areia. Na tabela 9, apresentamos os dados
do tamanho da brita, referentes à NBR
7211 (Agregados para concreto) e NBR
Pedra 7225 (Materiais de pedra e agregados na-
turais) da Associação Brasileira de Nor-
Também conhecida como agregado graúdo, mas Técnicas (ABNT).
a pedra pode ser natural (pedregulho), seixo rolado,
cascalho e brita (pedra britada ou pedra artificial).
A brita é obtida de uma unidade industrial
mineradora conhecida como pedreira, onde, por Observações
meio de explosões, ocorre a desintegração da
rocha, dando origem à brita (figura 59). • Para efeito de dosagem, podemos
usar diâmetro máximo de 25 mm para uma
mistura de brita 1 mais brita 2.

• Tamanho maior que 76 mm é equi-


valente à pedra de mão.

• Na conferência do recebimento da
quantidade de pedra, o procedimento é o
mesmo da areia.

Figura 59 – Brita.

Tamanho nominal – malha da peneira (mm)


Numeração
NBR 7211 / NBR 7225 Comercial
da brita
Mínimo Máximo Mínimo Máximo

Brita 0 – – 4,8 9,5

Brita 1 4,8 12,5 9,5 19

Brita 2 12,5 25 19 38

Brita 3 25 50 38 50

Brita 4 50 76 50 76

Brita 5 76 100 – –

Tabela 9 – Numeração e tamanho das britas.

Curso de Pedreiro - Aula 1 24 Instituto Universal Brasileiro


Cal O tijolo maciço apresenta as seguintes
características (figura 61).
A cal virgem, também conhecida como
óxido de cálcio, é obtida por decomposição tér- • Dimensão mais comum (Largura, Altura
mica de calcário a 900 ºC. É um pó muito e Comprimento - L x H x C): 10 x 5 x 21 cm;
branco e puro, mas pode conter impurezas • Peso: 2,5 kg;
quando comercializado. • Resistência: 20 kgf (quilograma-força)/cm²;
Antes de ser misturada com água, a cal é • Quantidade por m²:
denominada viva; porém, ao ser posta em con- a) Parede de meio-tijolo: 77 tijolos;
tato com a água (queima), ela é denominada b) Parede de um tijolo: 148 tijolos.
hidratada ou extinta, utilizada em pinturas e
em argamassas.
A cal adquirida para construção, geralmente,
é acondicionada em sacos de papel Kraft (figura
60). Mesmo assim, com o tempo, ela absorve
certa umidade do ar, tornando-se extinta paulati-
namente; por isso ela não deve ser conservada
por muito tempo no canteiro de obra, mesmo que
esteja muito bem protegida contra a umidade.

Figura 61 – Tijolo maciço.

Para cada tijolo maciço, as dimensões pa-


dronizadas pela ABNT são de 9 x 5,7 x 19 cm.

Bloco cerâmico ou tijolo furado

Figura 60 – Saco de cal. Também chamado, em algumas regiões,


de tijolo baiano, é um tijolo cerâmico vazado,
Tijolo moldado com arestas vivas e retilíneas, fabri-
cado com cerâmica vermelha obtida por meio
É um elemento de alvenaria assentado de extrusão.
com argamassa, utilizado para executar fun-
dações e na construção de paredes. Suas características são as seguintes
Os tipos de tijolos mais comuns são estes: (figura 62):
maciço, bloco cerâmico, bloco de concreto e
solo-cimento. • Dimensão mais comum: 9 x 19 x 19 cm;
• Peso: 3 kg;
Tijolo maciço de barro cozido • Resistência da parede: 45 kgf/cm²;
• Resistência da parede-espelho: 30 kgf/cm²;
Também conhecido como tijolo comum, é • Resistênciadaparededeumtijolo: 10 kgf/cm².
feito de barro maciço, com arestas vivas e retilí- • Quantidade por m²:
neas, moldados em formas e queimados em for- a) Parede de meio-tijolo: 22 blocos;
nos a uma temperatura entre 900 e 1000 °C. b) Parede de um tijolo: 42 blocos.
Curso de Pedreiro - Aula 1 25 Instituto Universal Brasileiro
Medidas Dimensões nominais (mm)
especiais (cm) Largura Altura Comprimento
10 x 10 x 20 90 90 190
10 x 15 x 20 90 140 190
10 x 15 x 25 90 140 240
12,5 x 15 x 25 115 140 240
Tabela 10 – Dimensões normalizadas em milímetros dos
blocos cerâmicos.

Bloco de concreto

São elementos no formato de paralelogramo


Figura 62 – Blocos cerâmicos. e com arestas vivas, fabricados com cimento, areia,
pó de pedra e água, em proporções adequadas à
Os blocos cerâmicos são fabricados com fu- resistência que se deseja. São produzidos em uma
ração cilíndrica ou prismática (com prismas). No prensa hidráulica que permite definir um formato
assentamento, a furação fica paralela à superfície regular, com arestas e faces em bom acabamento.
de assentamento, ou em posição horizontal. As características dos blocos de concreto
As faces desses blocos são vitrificadas e são estas:
dificultam a aderência com argamassa de as-
sentamento e revestimento; é por isso que os • Quantidade por m²: 125 blocos;
blocos possuem ranhuras e saliências para • Resistência: consultar o fabricante;
aumentar a aderência. • Mais rapidez no assentamento;
Veja, na tabela 10, as dimensões nomi- • Menor espessura nas paredes;
nais em milímetros dos blocos cerâmicos, nor- • Menor peso.
malizadas pela ABNT:
Para facilitar o assentamento, além de
Dimensões nominais de blocos de vedação elementos inteiros, também são fabricados
e estruturais, comuns e especiais meio bloco de concreto; assim, evita-se o corte
Dimensões nominais (mm) de um bloco. São fabricados, também, blocos
Tipo (cm)
Largura Altura Comprimento
canaletas para execução de vergas, contra-
vergas e vigas de respaldo (figura 63).
10 x 20 x 20 90 190 190
10 x 20 x 25 90 190 240
10 x 20 x 30 90 190 290
10 x 20 x 40 90 190 390
12,5 x 20 x 20 115 190 190
12,5 x 20 x 25 115 190 240
12,5 x 20 x 30 115 190 290
12,5 x 20 x 40 115 190 390
15 x 20 x 20 140 190 190
15 x 20 x 25 140 190 240
15 x 20 x 30 140 190 290
15 x 20 x 40 140 190 390
20 x 20 x 20 190 190 190
20 x 20 x 25 190 190 240
20 x 20 x 30 190 190 290
20 x 20 x 40 190 190 390
Figura 63 – Blocos de concreto.

Curso de Pedreiro - Aula 1 26 Instituto Universal Brasileiro


Veja, na tabela 11, as dimensões nomi- Saibro
nais em centímetros e o peso equivalente dos
blocos de concreto: O saibro é uma mistura de argila e
areia grossa, usado como componente das
Dimensões de Peso Dimensões de Peso argamassas.
um bloco (cm) (kg) meio bloco (cm) (kg)
Madeira
19 x 9 x 39 10 19 x 9 x 19 4,8

19 x 11 x 39 10,7 – – É um dos materiais de construção de


19 x 14 x 19 6,7
grande emprego, cuja escolha do tipo de-
19 x 14 x 39 13,6
pende, entretanto, da finalidade da obra:
19 x 19 x 39 15,5 19 x 19 x 19 8,7 transitória ou provisória (escoramentos, an-
Tabela 11 – Dimensões nominais em centímetros de blocos de daimes, tapumes, formas etc.) ou definitiva
concreto. (armaduras dos telhados, marcenarias, as-
soalhos, esquadrias, vigas dos assoalhos,
Tijolo de solo-cimento tacos, tetos etc.).
Entre as madeiras, distinguem-se as
É um tijolo fabricado pela mistura de solo brancas, que são, geralmente, emprega-
arenoso, na proporção de 50 a 80% do próprio das nas partes da construção não sujeitas
terreno onde se executa a obra, mais 4 a 10% a esforços como as peças de acabamento,
de cimento e água, prensado mecanicamente revestimentos, ornamentações etc., pois
ou manualmente. Para o assentamento, utili- essas madeiras são menos resistentes e,
zamos argamassa mista de cimento, cal e portanto, mais vulneráveis ao ataque de in-
areia com traço de 1:2:8, ou cola apropriada. setos; e as de lei, as quais são duras, re-
sistentes e de alto valor comercial,
As características do tijolo de solo-cimento utilizadas para confecção de móveis, ins-
são estas (figura 64): trumentos musicais e também na constru-
ção civil (pisos e revestimentos, armários
• Dimensão mais comum: 10 x 4,5 x 20 cm; embutidos etc.).
• Peso: 1,34 kg; Veja os diversos tipos de madeira e sua
• Resistência: 30 kgf/cm²; aplicação adequada na construção civil:
• Quantidade por m²:
a) Parede de meio-tijolo: 100 tijolos; • Vigas: peroba, ipê, canela, maçaran-
b) Parede de um tijolo: 200 tijolos. duba, jatobá, guarita etc.

• Assoalhos: pau-marfim, canela, peroba,


jacarandá, cabriúva, araruva, taiúva, ipê etc.

• Tetos: pinho, jequitibá branco, jequitibá


vermelho, cedro etc.

• Marcenarias: cedro, pinho, imbuia, ca-


viúna, jacarandá, jequitibá vermelho etc.

É importante conhecer a densidade


das madeiras em quilograma por metro cú-
bico (kg/m³), como também as resistências
à compressão em quilograma por metro
quadrado (kg/m²) de secção. Para isso, veja
Figura 64 – Tijolo de solo-cimento. a tabela 12 com esses valores:
Curso de Pedreiro - Aula 1 27 Instituto Universal Brasileiro
Densidade Resistência
Madeiras Outros metais como o alumínio e o
(kg/m³) (kg/m²)
ferro fundido são utilizados em esquadrias
Canela 530 360 de portas e janelas.
Cedro 530 350
Cabriúva 980 760 Vidro
Eucalipto 780 580
Guarantã 960 790 O vidro é um material rígido, de superfí-
cie plana e quebradiça; em geral, é transpa-
Imbuia 650 450
rente, mas também podemos encontrar vidro
Ipê 960 740 canelado, martelado etc.
Jacarandá 790 480 É um material utilizado, principalmente,
Jatobá 910 720 em esquadrias de portas e janelas, fabri-
cado em altas temperaturas de uma mistura
Jequitibá 530 410
de silícios (areia) e carbonatos, com rápida
Maçaranduba 630 460 solidificação.
Pau-marfim 870 630
Peroba 800 580 Telha (13)
Pinho 520 390
As telhas são utilizadas em coberturas,
Tabela 12 – Densidade e resistência de madeiras. devem ser impermeáveis, além de ser iso-
lante térmico e acústico. Elas devem ter uma
Metal boa duração e ser de fácil reposição, pois, ha-
vendo a quebra de algum elemento, a substi-
O metal mais utilizado em obras é o aço, que tuição deve ser o mais fácil possível.
é vendido por quilo em formato de barras ou rolos, As telhas mais utilizadas em edifica-
utilizado na construção de armaduras de concreto ções são estas: telha de barro, telha de fi-
para lajes, vigas, pilares e vergas (figura 65). brocimento, telha de alumínio e telha de
ferro zincado. Dentre essas, destacamos
as telhas de barro tipo francesa, por ser a
mais utilizada. Ela é produzida por um
barro devidamente misturado e homoge-
neizado em máquinas especiais; depois,
são queimadas para originar um excelente
material impermeável (figura 66).

Figura 65 – Armadura de aço.

A armadura de aço é conhecida pela


sigla CA (Concreto Armado) com os seguintes
valores: CA-25, CA-50 etc. Esses valores indi-
cam a carga de trabalho que a barra deve su-
portar; por exemplo: CA-25 indica que a
armadura suporta 25 kg/mm². Figura 66 – Telha de barro francesa.

Curso de Pedreiro - Aula 1 28 Instituto Universal Brasileiro


Revestimento cerâmico cos de concreto sem umidade, mas é preciso
garantir a aderência e uma espessura ideal;
Os revestimentos cerâmicos são utiliza- pode ser aplicado também em superfícies com
dos para revestir pisos (ladrilhos) e paredes reboco.
(azulejos), com vários tipos para qualquer am- A superfície a ser revestida com gesso
biente como áreas comerciais, industriais, re- deve estar isenta de poeira, oleosidade, umi-
sidenciais, fachadas, piscinas etc. São placas dade e outras impurezas. Por ser alcalino, o
de material cerâmico impermeável, com uma gesso propicia corrosão em peças metálicas,
das faces lisa e vidrada e outra rústica ou po- as quais devem receber um tratamento espe-
rosa para facilitar o assentamento. cial ou ser protegida.

Mármore e granito Impermeabilizante

São pedras de grande resistência e de Impermeabilizar significa aplicar produtos


cores variadas. O granito é mais mesclado, já adequados para proteger diversas áreas con-
a coloração do mármore é mais uniforme. O tra a ação de águas que podem ser de chuva,
granito é bem mais duro, resistente e menos banhos ou de lavagens, em estado líquido ou
poroso que o mármore, em que se permite ris- sólido. O impermeabilizante é um produto adi-
cos com mais facilidade. cionado em concreto, argamassa, fundações,
São recomendados em alvenaria em que lajes de pisos e terraços, reservatórios etc.
é exigida grande impermeabilidade, ou mesmo Existem dois tipos de impermeabilização:
como material de revestimento para pisos e a rígida, em que o concreto, ou argamassa, se
paredes. Por causa da sua dureza, permite um torna impermeável graças à inclusão de aditi-
bom polimento em sua superfície. vos impermeabilizantes durante o seu preparo;
e a flexível, feita com mantas elásticas (asfál-
Arenitos ticas) pré-fabricadas, ou elastômeros dissolvi-
dos e aplicados sobre a laje na forma de
Os arenitos (em particular, os siliciosos) pintura.
são boas pedras para construção, mas, com o A impermeabilização rígida é a mais indi-
aparecimento dos arenitos artificiais, mais re- cada para áreas não expostas ao sol e não su-
sistentes e de menor custo, eles são poucos jeitas a trincos e fissuras como banheiros,
procurados. Por isso, são reservados para cozinhas, áreas de serviço etc; já a flexível é
efeitos decorativos. feita em lajes externas, expostas a intempéries
e sujeitas à contração e dilatação.
Porcelana
Água
É um material branco, impermeável e
translúcido, que se diferencia de outros produ- A qualidade da água é muito importante
tos cerâmicos por sua vitrificação, transparên- na construção civil. Assim, a água para o con-
cia, resistência e completa isenção de creto e argamassa deve ser potável, e não ser-
porosidade. Ela é utilizada em revestimentos vem a água proveniente de valas, a servida, a
e, principalmente, na confecção de aparelhos de poços e a água do mar, pois estas possuem
sanitários: vasos, bidês, lavatórios etc. impurezas que afetam a qualidade do concreto.
A quantidade de água a ser adicionada
Gesso nos demais componentes do concreto deve
ser rigorosamente o especificado pelo traço do
O gesso é muito utilizado no revesti- concreto, pois água em excesso torna o con-
mento de paredes e teto. No acabamento com creto mais trabalhável e menos resistente; com
pintura, ele é aplicado diretamente em qual- menos água, o concreto ficará mais resistente
quer superfície interna de alvenaria e de blo- e menos trabalhável.
Curso de Pedreiro - Aula 1 29 Instituto Universal Brasileiro
Veja se Aprendeu

1. Assinale (1) para Equipamento de Proteção Individual e (2) para Equipamento de Pro-
teção Coletiva. Em seguida, marque a alternativa correta.

( ) Óculos de proteção
( ) Sapatos de segurança
( ) Cinto de segurança
( ) Capacete
( ) Cadeira suspensa

a) ( )2–1–1–2-2
b) ( )1–1–2–1-2
c) ( )1–2–2–1-1
d) ( )2–2–1–1–2

2. Assinale a alternativa que não indica uma das recomendações para o uso de
escadas.
a) ( ) As escadas devem ter degraus antiderrapantes.
b) ( ) Não subir além dos dois últimos degraus da escada.
c) ( ) É recomendado que as escadas sejam pintadas.
d) ( ) O comprimento máximo dos montantes da escada é de 6 m.

3. Um ângulo com uma abertura maior que 90° é chamado de:


a) ( ) reto.
b) ( ) agudo.
c) ( ) obtuso.
d) ( ) bissetriz.

4. O que é um triângulo isósceles?


a) ( ) Quando possui um ângulo reto.
b) ( ) Quando a medida dos três lados é diferente.
c) ( ) Quando a linha divide um ângulo em dois ângulos iguais.
d) ( ) Quando dois lados têm a mesma medida.

5. Em uma circunferência, a linha que reta une o centro a qualquer ponto desta é
chamada de:
a) ( ) raio.
b) ( ) diâmetro.
c) ( ) retângulo.
d) ( ) ângulo.

6. Na leitura e interpretação de projetos, o desenho em projeção vertical executado em es-


calas é chamado de:
a) ( ) planta baixa.
b) ( ) projeção.
c) ( ) cômodo.
d) ( ) corte.
Curso de Pedreiro - Aula 1 30 Instituto Universal Brasileiro
7. Um centímetro é equivalente a:
a) ( ) milésima parte do metro.
b) ( ) 100 m.
c) ( ) centésima parte do metro.
d) ( ) 1.000 m.

8. Qual é a fórmula para o cálculo da área de uma circunferência?


a) ( ) S = B x B
b) ( ) S = π x R²
c) ( ) S = B x h
d) ( ) S = B + b x h
2

9. Assinale a alternativa que indica a fórmula para calcular o volume de um cilindro.


a) ( ) V = π x R² x h
b) ( ) V = B x C x h
c) ( ) V = π x R² x α
360
d) ( ) V = S x h
3

10. Qual é o correto armazenamento do cimento?


a) ( ) Em área coberta, sobre estrados de madeira isentos de umidade.
b) ( ) Em área aberta, sobre pedras.
c) ( ) Em área coberta, sobre a areia.
d) ( ) Em área aberta, sobre tijolos maciços.

11. Elemento com formato de paralelogramo e arestas vivas, fabricado com cimento, areia,
pó de pedra e água. Estamos falando de qual elemento de alvenaria?
a) ( ) Tijolo maciço.
b) ( ) Bloco de concreto.
c) ( ) Tijolo de solo-cimento.
d) ( ) Bloco cerâmico.

12. Assinale (V) para verdadeiro e (F) para falso nas afirmações a seguir. Depois, marque
a alternativa correta.

I- ( ) O metal mais utilizado em obras é o aço.


II- ( ) A telha de barro italiano é a mais utilizada em obras.
III- ( ) Impermeabilizar significa revestir paredes e teto com gesso.

a) ( ) Todas são verdadeiras.


b) ( ) Somente a primeira é verdadeira.
c) ( ) A segunda e a terceira são verdadeiras.
d) ( ) Todas são falsas.

Curso de Pedreiro - Aula 1 31 Instituto Universal Brasileiro

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