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XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
1. Introdução
Uma empresa que almeja ter uma boa qualidade deve evitar o desperdício seja ele de tempo
ou de matéria-prima, por que esse é um dos principais fatores que afetam no desempenho de
uma empresa (SLACK et al., 2006). A busca pela qualidade atualmente, tornou-se algo
indispensável e as empresas devem estar constantemente inovando para manter-se no mercado
com estabilidade e competitiva. A sobrevivência no mercado representa o principal motivo
pela busca da qualidade nas empresas.
2. Referencial teórico
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Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
O mercado atual está cada vez mais exigente, buscando inovações, produtos diferenciados e
de alta qualidade, isso ocorre devido ao aumento da exigência dos consumidores e da grande
concorrência entre as empresas. Disponibilizar produtos e serviços de qualidade tornou-se
uma questão de sobrevivência para as organizações segundo (CHIAVENATO; IDALBERTO,
2004).
É nesse contexto de busca por mais destaque no mercado mundial que faz-se necessário a
utilização de metodologias como a qualidade e as suas ferramentas. Segundo Peinado e
Graeml (2007), os diversos problemas que ocorrem no dia a dia de uma empresa podem ser
resolvidos de forma simples com a utilização de algumas ferramentas da qualidade, sem gerar
grandes custos para a empresa.
Desta forma uma gestão que busca inserir metodologias e ferramentas da qualidade se mostra
mais eficaz na conquista de maiores parcelas de mercado. Apesar da evolução dos sistemas de
qualidade empresarial, ainda não há uma definição consensual de o que qualidade significa.
Paladini (2007) apud Gonçalves et al. (2012) apontam que a avaliação e adoção da qualidade
sempre ocupou um lugar de destaque no meio corporativo, tanto na tentativa de criar métodos
adequados para uma boa gestão, como pelo empenho de desenvolver estratégias que
viabilizem todo o processo.
De acordo com Peinado e Graeml (2007), a qualidade pode ser abordada sobre vários
aspectos:
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Das ferramentas citadas acima somente serão abordadas na revisão da literatura aquelas que
foram utilizadas para a execução do estudo de caso deste artigo.
2.2.1 Fluxograma
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2.2.3. Brainstorm/Brainwrite
Também conhecido como “tempestade de ideias”, o brainstorming pode ser utilizado como
suporte a muitas ferramentas da qualidade. O objetivo é criar ideias por um grupo de
indivíduos reunidos de maneira rápida e dinâmica para debater os principais problemas da
organização e suas respectivas causas (TOLEDO et al., 2013 apud CARDOSO, 2014). O
Brainwrite é também conhecido como uma tempestade de ideias, porém de forma escrita.
Peinado e Graeml (2007) afirmam que “O diagrama de correlação é utilizado para comprovar
a relação entre uma causa e um efeito. Serve para mostrar o que acontece com uma variável
quando a outra se altera, ajudando a verificar a existência de relação entre elas.”.
2.2.5. 5W2H
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3. Metodologia
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O próximo passo foi à identificação das possíveis causas dos problemas apontados na
entrevista e observado no fluxograma por meio do diagrama de ishikawa. Posteriormente,
evidenciou-se a causa raiz através do diagrama de correlação, e por fim, propuseram-se
soluções alternativas através do 5W2H, servindo como um critério de direcionamento do
estudo realizado.
4. Estudo de caso
4.1 Caracterizações da empresa
A empresa em estudo é constituída por uma rede de supermercados que atuam no interior do
Rio de Janeiro, em especial no município de Campos dos Goytacazes, no setor varejista. A
estrutura desta rede de supermercados é composta por 10 filiais e uma matriz. Sua atuação
fundamenta-se no fornecimento de produtos de diversos segmentos, como: limpeza,
alimentação, perfumaria, açougue, hortifrúti e padaria.
A empresa iniciou suas atividades atendendo as demandas locais no município de Campos dos
Goytacazes, que foram crescendo e ofertando empregos para a população local, favorecendo a
sua expansão por toda a cidade. O fundador da empresa implantou suas filiais em pontos
estratégicos da cidade, permitindo o crescimento da receita.
Segue na figura 2 a estrutura hierárquica do setor em estudo, com todos os funcionários que
compõem o processo produtivo de pães e bolos. A estrutura representa a forma de
organização do setor.
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O processo inicia-se com a pré-pesagem, onde são misturados os ingredientes formando uma
massa não consistente e levados a uma balança de precisão para aferir a pesagem. Após a
pré-pesagem inicia-se o processo mecânico, onde os ingredientes misturados são levados até
a masseira, responsável por bater a massa até ganhar uma consistência firme e de bom
preparo, esse processo leva em torno de 10 a 15 min.
A próxima etapa é levar as massas já cortadas até a modeladora para que o pão tenha a forma
retangular, comum a todos os pães fatiados, porém alguns pães ao sair dessa modeladora
adquirem uma forma indesejada, sendo então reaproveitados para a produção da farinha de
rosca. Ao sair da modeladora, os pães que estão em conformidade são levados para o
processo de fermentação, isto é, as massas já modeladas são deixadas em um recipiente por
2 horas para que fermente. Em ponto de fermentação são levados até o forno, para assar por
30 min a 180°C.
Por fim, a última etapa é a verificação do produto, visto que alguns pães nem sempre saem
com a coloração desejada. Se o produto estiver dentro dos parâmetros de conformidade, o
mesmo será embalado para venda, caso contrário será reaproveitado para fazer farinha de
rosca.
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Figura 4 - Aplicação do Diagrama de Ishikawa para o efeito: deformidade e coloração não uniforme do pão.
A operação de atendimento é realizada por apenas dois funcionários, porém um está sempre
relacionado ao processo de produção, restando apenas um para atender efetivamente o cliente.
Observou-se também que alguns funcionários não dominam todos os códigos de produtos do
setor, sendo este conhecimento de grande importância para que o atendimento ocorra de
forma mais rápida. Diante disto, os pontos negativos são as longas filas e a desistência de
alguns clientes. O supermercado é de grande porte e está constantemente com uma grande
quantidade de clientes, principalmente nesse setor, o que faz as filas irem crescendo
rapidamente. A Figura 5 aponta as possíveis causas que resultem estes problemas.
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Figura 5 - Aplicação do Diagrama de Ishikawa para o efeito: Longas filas e desistência de clientes
Para descobrir as causas raízes dos efeitos apontados acima, utiliza-se o auxílio do diagrama
de correlação (vide figura 6), que é uma ferramenta da qualidade que classifica
sistematicamente as relações de causa e efeito que existem entre todas as questões críticas, de
forma que os resultados possam trazer uma solução eficaz para os problemas abordados, o que
é evidenciado no quadro 1.
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Tem-se como resultado chave a falta de planejamento, dessa forma, atuando na correção das
causas raízes, o fator chave também sofrerá correção, propiciando uma melhora no quesito
planejamento.
De acordo com as causas raízes e fator chave evidenciados por meio do diagrama de
correlação, a ferramenta mais adequada para delinear o plano de ação é a ferramenta 5W2H,
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que irá listar de forma estruturada como agir na correção dos problemas encontrado, como
segue no quadro 2.
5. Considerações finais
Uma empresa que adota a utilização da qualidade para a sua gestão possuirá um sistema
estruturado para atingir seus objetivos organizacionais, pois essa é uma ferramenta que auxilia
na identificação e resolução da maioria dos problemas que surgem no dia a dia de uma
empresa, permitindo ao gestor auxílio para obter bons resultados e lucratividade.
De acordo com os problemas alvos do estudo no diagrama de causa e efeito, fez-se necessário
a utilização do diagrama de correlação a fim de estudar as causas raízes do problema e do
plano de ação 5W2H com o objetivo de apresentar a estratégias de melhorias.
A utilização das ferramentas da qualidade traz para o dia a dia de uma organização maior
visibilidade, satisfação dos clientes, bem estar dos funcionários, melhoria da produtividade, e
por fim, sucesso no mercado.
Referencia Bibliográfica
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Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção
MANHÃES, NILO. FREITAS, ANDRÉ. Emprego de Ferramentas da Qualidade na melhoria dos serviços de
infraestrutura de Tecnologia da Informação na PETROBRAS. Porto Alegre, XXV ENEJEP. Porto Alegre-RS.
outubro 2005.
WERKEMA, CRISTINA. Lean seis sigma/volume 4.Werkewma editora. Rio de janeiro 2006.
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