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(CAA)
Belém-2008
1- INTRODUÇÃO
Antes de iniciarmos os estudos sobre o concreto primeiro veremos sua definição que
consiste em um material da construção civil composto por uma mistura de cimento,
areia, pedras britadas e água, além de outros materiais eventuais, os aditivos.
Quando armado com ferragens passivas, (é quando o concreto comum é adicionado de vigas
de aço) recebe o nome de concreto armado, e quando for armado com ferragens ativas recebe o
nome de concreto protendido.
Sua resistência e durabilidade dependem da proporção entre os materiais que o constituem.
A mistura entre os materiais constituintes é chamada de dosagem.
Para obtenção de um bom concreto de acordo com sua finalidade, devem ser efetuadas com
perfeição as operações básicas de produção do material, que influem nas propriedades do
concreto endurecido.
A partir dessa definição de concreto iremos estudar uma de seus diversos tipos o Concreto
Auto Adensável ou Fluido (CAA) que é um tipo de concreto, com grande variedade de
aplicações é obtido pela ação de aditivos super plastificantes, que proporcionam maior
facilidade de bombeamento, excelente homogeneidade, resistência e durabilidade.
O termo concreto auto-adensavel (CAA) identifica uma categoria de concreto que pode ser
moldado em fôrmas preenchendo cada espaço vazio através exclusivamente de seu peso
próprio, não necessitando de qualquer tecnologia de compactação ou vibração externa
(TUTIKIAN, 2004).
O CAA foi desenvolvido no Japão no ano de 1983, porém teve mais destaque em obras
civis em 1997 quando fizeram a concretagem das ancoragens da ponte com maior vão livre do
mundo a Akashi-kaikyo (Japão). A partir de então começaram a fazer mais estudos e análises
sobre este tipo de concreto. No Brasil a primeira grande concretagem com o CAA foi apenas em
2004, em Goiânia. Mas o principal obstáculo para o uso deste tipo de concreto é o elevado
preço, pois seu preparo requer aditivo como superplastificantes e modificadores de viscosidade
e seu manuseio também requer mão de obra qualificada.
Os materiais utilizados para produção de CAA são, em teoria, os mesmos utilizados para a
produção de concretos convencionais, porém com maior adição de finos, quer sejam adições
minerais ou fílers e de aditivos plastificantes e superplastificantes e por vezes, aditivos
modificadores de viscosidade. Para ter a melhor obtenção de um Concreto Auto-Adensável é
recomendável entender bem os materiais de seu composto, tais como o cimento, agregados e
aditivos. E iremos abordar alguns desses elementos a seguir:
2.1- CIMENTO
No geral não existe um cimento específico para o CAA. No entanto, é utilizado o Cimento
Portland tipo bastante produzido e de fácil comercialização. Porém, estudos têm recomendado
um cimento com ajuste, levando em consideração a composição de mistura do CAA.
A adsorção de aditivos superplastificantes pelas partículas do cimento ocorre
preferencialmente nos aluminatos. No entanto, as quantidades destes elementos devem ser
moderadas para que ocorra uma adsorção mais uniforme. O Teor do C3A dever ser inferior a
10%, isto é o que a EFNARC recomenda.
O Cimento Portland composto, CPII, pode ser o tipo de cimento mais utilizado, ser
facilmente encontrado e a sua composição está dentro daquela especificada pela EFNARC.
O CAA apresenta geralmente em sua composição muitos finos o que gera um grande
volume na pasta e reduz o volume de agregado graúdo , mas por outro lado, um grande volume
de pasta necessita de uma grande quantidade de cimento, gerando um grande calor de hidratação
e o custo mais elevado. Para contornar isso é usado fileres ou pozolana para substituir parte do
cimento.
2.2- AGREGADOS
São materiais finamente moídos, que são incorporados ao concreto com finalidade de se
obter características específicas. Estes são geralmente utilizados em grande quantidade, com o
objetivo de reduzir o custo, melhorar a trabalhabilidade no concreto no estado fresco, podendo
até melhorar a resistência à fissuração térmica, à expansão álcali-agregado e ao ataque por
sulfatos.
O uso de resíduos industriais como materiais finos, em pastas, argamassas e concreto,
geralmente proporciona m uma melhora das suas propriedades tanto no estado fresco quanto no
endurecido.
As adições podem ser classificadas como predominantemente inertes ou
predominantemente reativas de acordo com a ação do concreto. As predominantemente reativas
ajudam na formação dos hidratos, como pozolana, cinza volante, sílica reativa, metacaulim, etc.
Usando esses materiais provenientes de indústrias estamos contribuindo para que estes
elementos não sejam despejados no meio ambiente poluindo-o, diminuindo o custo do concreto
e dando mais qualidade ao mesmo.
Estes materiais minerais quando juntos a massa de cimento contribui para a diminuição na
dosagem do cimento, reduz o calor de hidratação e evita à presença de fissuras internas no
concreto, melhorando o comportamento da microestrutura do mesmo; preenchendo assim os
poros de menor escala e aumentando a viscosidade, o que reduz a fricção entre os agregados,
conseqüentemente, aumenta a resistência a segregação e/ou exsudação.
Estes elementos são conhecidos como redutores de água de alta eficiência, por serem capaz
de reduzir o teor de água em 3 a 4 vezes mais, para uma dada mistura, quando comparados aos
aditivos plastificantes. São tensoativos de cadeias longas, massa molecular elevada e um grande
número de grupos polares na cadeia do hidrocarboneto.
Comparado a aditivos plastificantes, quantidade relativamente grande de superplastificante
de até 1% em relação a massa do cimento, pode ser incorporada a mistura sem causar exsudação
excessiva e retardamento de pega, apesar da consistência ser da ordem de 200 a 250m de
abatimento.
A fim de melhorar algumas propriedades do concreto convencional como a trabalhabilidade
para uma mesma relação a/c sã requisitos os superplastificantes ao sistema, para obtenção de
concretos especiais como o concreto auto-adensável.
A incorporação de superplastificantes em pasta, argamassa o concreto provoca alterações na
propriedades de característica da mistura como hidratação, porosidade, fluidez,
retração, tempo d pega, evolução da resistência, segregação entre outras. Tais características
podem ser consideradas positivas ou negativas, então para que o concreto seja resultado
satisfatório é preciso devem ser feitos estudos prévios de compatibilização e uma adequada
caracterização dos materiais empregados ao sistema
2.5- ÁGUA
VANTAGENS DO CAA
Sua característica é de fluir com facilidade dentro das formas, passando pelas armaduras e
preenchendo os espaços sob o efeito de seu próprio peso, sem o uso de equipamento de
vibração.
• Para lajes e calçadas, por exemplo, ele se auto nivela, eliminando a utilização de
vibradores e diminuindo o número de funcionários envolvidos na concretagem.
• Redução do custo de aplicação por m³ de concreto;
• Garantia de excelente acabamento em concreto aparente;
• Permite bombeamento em grandes distâncias horizontais e verticais com maior
velocidade;
• Maior rapidez de execução de obra;
• Melhoria nas condições de segurança na obra;
• Significativa redução nas atividades de espalhamento e vibração;
• Permite a concretagem sem adensamento em regiões com grande densidade de
armadura;
• Aumento das possibilidades de trabalho com fôrmas de pequenas dimensões;
• Acelera o lançamento do concreto na estrutura, permitindo concretagens mais rápidas;
• Melhoria do acabamento superficial;
• Aumento da durabilidade devido à redução de defeitos da concretagem;
• Aplicações do concreto auto adensável;
4) Procedimento:
a) Realizar o cálculo do traço e definir a quantidade a virar na betoneira.
b) Pesar os matérias que serão misturados na betoneira na seguinte ordem:
• 1º- o agregado graúdo (seixo);
• 2º-50% do total da água;
• 3º-colocar o agregado miúdo (areia);
• 4º-colocar o cimento;
• 5º-colocar o Meta caulim;
• 7º-colocar o restante da água misturada com o plastificante.
• A betoneira deve esta funcionando durante todo o processo de mistura e adição.
c) Observar e adicionar mais água para realizar possíveis correções de traço.
d) Encher o tronco de cone com cimento seguindo a NBR para o ensaio de Slump.
e) Levantar o trono de cone devagar e cronometrar o tempo de espalhamento do contrato
sobre uma superfície plana;
f) Se aprovado no ensaio de Slump encher os corpos de provas de 10 x20 cm que devem
estar limpos e untados com óleo seguindo a NBR;
g) Levar para a câmara úmida depois de desenformados e retirar da mesma somente 24
horas antes do teste de Compressão Axial Simples;
Traço Unitário
1:1,91:1,38:0,60
O corpo de prova foi moldado no dia 02 de setembro de 2008 e o primeiro ensaio foi
realizado no dia 13 de setembro de 2008 e o segundo ensaio será realizado no dia 30 de
setembro de 2008.
Para o primeiro ensaio foi utilizado dois corpos de provas de 10x 20cm que foram retirados
da câmara úmida vinte e quatro horas antes do teste o corpo de prova teve a superfície cortada
para ficar bem plana e colocada na prensa onde alcançou 31,28Mpa e 34,74Mpa tendo assim
uma média de 33,01Mpa aos 11 dias de idade.
Foi observado que no décimo primeiro dia o ensaio já superou o estimado que seria de
25Mpa ficando o segundo com uma grande expectativa.
Abaixo o Relatório de ensaio axial para 11 dias de idade incluindo o gráfico.
6- CONLUSÃO.
Como pode ser observado este trabalho buscou conhecer melhor o uso do CAA que é uma
nova técnica que veio para ficar no mercado pois traz vários benefícios como redução de tempo
de concretagem, facilidade de preenchimento em lugares onde o vibrador não deve ser
utilizado,diminuição de desperdícios,redução da poluição , preservação do meio ambiente,etc.
7- BIBLIOGRAFIA.
TUTIKIAN, B.F.Método de dosagem de concretos de alto-adensável.Dissertação de
mestrado,UFRGS,2004.
CALVALCANTI,J.H.Contribuição ao estudo de propriedades do concreto auto-adensavél
visando sua aplicação em elemento estruturais. Dissertação de mestrado,UFAL,2006.
TUTIKIAN, B.F. Proposição de um método de dosagem experimental para concreto
auto-adensáveisl.Dissertação de mestrado,UFRGS,2007.