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AGLOMERANTES

Aglomerantes são materiais, geralmente pulverulentos, que


misturados à água, formam uma pasta capaz de endurecer
por secagem ou em decorrência de reações químicas. Os
aglomerantes são capazes de ligar os agregados,
formando um corpo sólido e coeso.

AGLOMERANTES AÉREOS
São aqueles cujos produtos de hidratação não resistem à
ação da água, como é o caso da Cal aérea e do Gesso.

AGLOMERANTES HIDRÁULICOS
São aqueles cujas reações químicas com a água de
amassamento, provocam o endurecimento. Estes
aglomerantes formam um produto resistente à água. Entre
eles estão o Cimento Portland, de uso bastante difundido,
e a Cal Hidráulica.
Especificação - Gesso para
construção civil – NBR 13207/94
• Gesso para construção: Material moído em forma de
pó, obtido da calcinação da gipsita, constituído
predominantemente de sulfato de cálcio, podendo
conter aditivos controladores do tempo de pega.
• Gipsita: Sulfato de cálcio diitratado natural.

TIPOS
• Gesso fino para revestimento; Gesso grosso para revestimento.

• Gesso fino para fundição; Gesso grosso para fundição: gesso


utilizado para fabricação de elementos e/ou componentes para
construção civil.
Especificação - Gesso para construção civil –
NBR 13207/94
Condições Gerais:
• Embalagem, marcação e entrega:

- O gesso deve ser entregue em sacos de papel com várias folhas,


suficientemente fortes para evitar rupturas durante seu manuseio, e com a
condição de que possam ser fechados logo após o enchimento.
- Quando o gesso é entregue em sacos, estes devem ter impressos de forma
visível em cada extremidade o tipo correspondente (gesso para fundição,
gesso para revestimento) e no centro o nome e a marca do fabricante.
- Os sacos devem conter como massa líquida, 40 kg de gesso e devem estar
perfeitos na ocasião da inspeção e recebimento.

• Armazenamento dos Sacos:

- Os sacos de gesso devem ser armazenados em locais secos e protegidos,


para preservação da qualidade, e de fácil acesso à inspeção e identificação
de cada lote.
- As pilhas devem ser colocadas sobre estrados e não devem conter mais de
20 sacos superpostos.
Especificação - Gesso para construção civil –
NBR 13207/94
Condições Específicas:
• Exigências químicas: o gesso para construção civil deve a tender
às exigências indicadas na tabela 1.

Tabela 1 - Exigências químicas do gesso para construção civil

Determinações químicas Limites


Água livre máx. 1,3
Água de cristalização 4,2 a 6,2
Óxido de cálcio (CaO) mín. 38
Anidrido sulfúrico (SO3) Min. 53
Especificação - Gesso para construção civil –
NBR 13207/94
Exigências físicas e mecânicas: o gesso para construção civil deve
atender às exigências indicadas nas tabelas 2 e 3.
Tabela 2 - Exigências físicas e mecânicas do gesso para construção civil
Determinações físicas e necânicas Unidade Limites
Resistência à compressão (NBR 12129) MPa > 8,40
Dureza (NBR 12129) N/mm2 > 30,00
Massa Unitária (NBR 12129) Kg/m3 > 700,00

Tabela 3 - Exigências físicas do gesso para construção civil


Tempo de Pega (min) (NBR12128) Módulo de finura
Classificação do gesso Início Fim (NBR 12127)

Gesso fino p/ revestimento > 10 > 45 < 1,10


Gesso grosso p/ revestimento > 10 > 45 > 1,10
Gesso fino p/ fundição 4 a 10 20 a 45 < 1,10
Gesso fino p/ fundição 4 a 10 20 a 45 > 1,10
Especificação - Gesso para construção civil –
NBR 13207/94
• Inspeção: Devem ser dadas ao consumidor todas as facilidades para inspeção e
amostragem do gesso a ser entregue.
É considerada como lote a quantidade máxima de 12t referente ao gesso oriundo de
um mesmo produtor, entregue na mesma data e mantido nas mesmas condições
de armazenamento.
Cada lote deve ser representado por uma amostra composta de dois exemplares
com aproximadamente 10 kg cada um, pré-homogeneizados.
Cada um dos exemplares deve ser acondicionado em recipiente hermético e de
material não-reagente, com o gesso devidamente identificado. Um dos exemplares
deve ser enviado ao laboratório para ensaios e o outro, mantido em local seco e
protegido, como testemunho para eventual comprovação de resultados.

• Aceitação e rejeição: O lote é aceito sempre que os resultados dos ensaios


atenderem às exigências desta especificação.
Devem ser rejeitados os gessos entregues em sacos rasgados, molhados ou
avariados durante o transporte.
Deve ser rejeitado o embarque do lote, se for constatada a variação superior a 2%
para menos, dos 40 kg líquidos, obtidos pela pesagem de 25 unidades, tomadas
ao acaso.
Normas - Gesso
• NBR 12127 Gesso para construção - Determinação das propriedades
físicas do pó
• NBR 12128 Gesso para construção - Determinação das propriedades
físicas da pasta
• NBR 12129 Gesso para construção - Determinação das propriedades
mecânicas
• NBR 12130 Gesso para construção - Determinação da água livre e de
cristalização e teores de óxido de cálcio e anidrino sulfúrico
• NBR 12775 - Placas lisas de gesso para forro - Determinação das
dimensões e propriedades físicas
• NBR 13207 Gesso para construção civil - Especificações
• NBR 13867 Revestimento interno de paredes e tetos com pastas de gesso
- Materiais, preparo, aplicação e acabamento.
• NBR 14715 - Chapas de gesso acartonado - Requisitos
• NBR 14716 - Chapas de gesso acartonado - Verificação das
características geométricas
• NBR 14717 - Chapas de gesso acartonado - Determinação das
características físicas
Especificação – Cal
NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas - Requisitos
• Cal hidratada: Pó obtido pela hidratação da cal virgem,
constituído essencialmente de uma mistura de hidróxido de
cálcio e hidróxido de magnésio, ou ainda, de uma mistura de
hidróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido de
magnésio.

• Requisitos gerais
Denominação normalizada pelas seguintes siglas:

• a) cal hidratada: CH-I;


• b) cal hidratada: CH-II;
• c) cal hidratada: CH-III.
Especificação – Cal
NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas - Requisitos
Embalagem, marcação, entrega e Armazenamento em sacos
• Quando a cal hidratada for entregue em sacos, estes devem
ter impressos, de forma visível, na frente e verso, as siglas
CH-I, CH-II ou CH-III, com 40 mm a 60 mm de altura, a
denominação normalizada, massa líquida, nome e marca do
fabricante.
• Devem ser igualmente impressas nos sacos informações
técnicas adicionais como instrução de uso, data de validade e
informações sobre segurança no manuseio e na utilização da
cal.
• A cal hidratada deve ser armazenada sobre estrados, em
área coberta, ambiente seco e arejado.
Especificação – Cal
NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas -
Requisitos
• Requisitos específicos
Exigências químicas

Limítes
Compostos CH I CH II CH III
Na fábrica ≤ 5% ≤ 5% ≤ 13%
Anidrido Carbônico (CO2) No depósito ≤ 7% ≤ 7% ≤ 15%

Óxidos de cálcio e magnésio não ≤ 10% ≤ 15% ≤ 15%


hidratado (CaO + MgO)
Óxidos totais na base de não voláteis ≤ 90% ≤ 88% ≤ 88%
Especificação – Cal
NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas - Requisitos
Especificação – Cal
NBR 7175 - Cal hidratada para argamassas - Requisitos
As exigências químicas e físicas da seção 5 devem ser verificadas de
acordo com os métodos de ensaios indicados na seção 2, quais
sejam:

a) retirada e preparação de amostra: NBR 6471;

b) análise química: NBR 6473;

c) finura: NBR 9289;

d) água da pasta de consistência normal: NBR 14399;

e) retenção de água: NBR 9290;

f) estabilidade: NBR 9205;

g) incorporação de areia: NBR 9207;

h) plasticidade: NBR 9206.


Normas - Cal
• NBR 6473:2003 - Cal virgem e cal hidratada - Análise
química
• NBR 9205:2001 - Cal hidratada para argamassas -
Determinação da estabilidade
• NBR 9206:2003 - Cal hidratada para argamassas -
Determinação da plasticidade
• NBR 9207:2000 - Cal hidratada para argamassas -
Determinação da capacidade de incorporação de areia
no plastômetro de Voss
• NBR 9289:2000 - Cal hidratada para argamassas -
Determinação da finura
• NBR 9290:1996 - Cal hidratada para argamassas -
Determinação de retenção de água
• NBR 14399:1999 - Cal hidratada para argamassas -
Determinação da água da pasta de consistência normal
CIMENTO PORTLAND
Origem

 1756, John Smeaton misturou pozolana ao calcário


com elevada taxa de argila. Obteve material de
dureza e cor similar às pedras da ilha de Portland.
 1824, Joseph Aspdin patenteou o processo de
fabricação do cimento Portland:
calcário + argila (1.450oC) clinker gesso moído
• 1912 – Fábrica em Cachoeiro de Itapemirim
Tipos de Cimento Portland
• Cimento Portland Comum ( CP I )
• Cimento Portland Composto ( CP II )
• Cimento Portland de Alto Forno ( CP III )
• Cimento Portland Pozolânico ( CP IV )
• Cimento Portland de Alta Resistência inicial ( CP V )
• Cimento Portland Branco ( CPB )
• Cimento Portland para Poços Petrolíferos ( CPP )
• Cimento Portland Resistente aos Sulfatos (RS)
• Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC)
Cimento Portland
Tipos de cimento Portland produzidos no Brasil

Denominação Tipo de Adição Sigla Tipo – Classe

Cimento Portland Comum Escória, pozolana ou filer (até 5%) CP I-S – 32


CP I-S – 40

CP II-E – 32
escória (6 – 34%)
CP II-E – 40
Cimento Portland Composto pozolana (6 – 14%) CP II-Z – 32

filer (6 – 10%) CP II F – 32
CP II-F – 40

CP III – 32
Cimento Portland de Alto-Forno escória (35 – 70%)
CP III – 40

Cimento Portland Pozolânico pozolana (15 – 50%)


CP IV – 32
Cimento Portland de Alta
material carbonático (até 5%) CP V – ARI
Resistência Inicial
Cimento Portland Resistente a estes cimentos são designados pela sigla original acrescida de “RS”.
Sulfatos Ex. CP V-ARI-RS, CP III-32 RS
Cimento Portland de Baixo Calor estes cimentos são designados pela sigla original acrescida de “BC”.
de Hidratação Ex. CP IV-32 BC

Cimento Portland Branco estrutural CPB – 32


não estrutural CPB
Cimento Portland
AÇÃO DAS ÁGUAS SOBRE AS PASTAS DE
CIMENTO PORTLAND
1 - Ação da água doce:
• · Dissolução do Ca(HO)2 → eflorescência de
CaCO3

2 - Ação da água do mar:


• a) MgSO4 + Ca(HO)2 → SO4Ca + Mg(HO)2
• b) CaSO4 + C3A hidratado → Sal de Candlot
(expansão e fragmentação)
As escórias e pozolanas (hidraulites) atuam sobre o
Ca(HO)2 e produzem silicatos que dimunuem a
ação nociva dos sulfatos.
Cimento Portland
Cimento Portland Resistente a Sulfatos
Compostos Fórmula química Abreviatura % no Propriedades
Clinquer
Alita (silicato Endurecimento rápido
tricálcio) Alto calor de hidratação
3CaO . SiO2 C3S 50 – 65 Alta resistência inicial
Belita Endurecimento lento
(silicato Baixo calor de hidratação
dicálcio) 2CaO . SiO2 C2S 15– 25 Baixo resistência inicial
Aluminato Acelera a pega e alto calor de
(aluminato hidratação
tricálcio) 3CaO . Al2O3 C3A 6– 10 Suscetível ao ataque de sulfatos
Aumenta a retração e reduz a
resistência final
Ferrita (ferro Endurecimento lento
aluminato Não contribui para a resistência
tetracálcio) 4CaO Al2O3Fe2O3 C4AF 3–8 Resistente a sulfatos e
coloração escura
Cal livre CaO C 0,5 – 1,5 Admitido em pequenas
quantidades. Em elevadas
quantidades provocam
expansibilidade e fissuração

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