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CEMENTAÇÃO

• Tratamento termoquímico
Objetivo: Modificação parcial da
composição química nas seções que se deseja
endurecer.

• Que seguido de um Tratamento Térmico


apropriado, produz uma alteração micro
estrutural do material aumentando a
dureza superficial e resistência ao desgaste.
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CEMENTAÇÃO

• Nos processos usuais, devem elevar o teor


superficial de carbono 0.8-1.0% por difusão.

• Agente carbonetante:
2COC + CO2
CH4  C + 2H

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CAMADA CEMENTADA CAMADA CEMENTADA
ANTES DA TÊMPERA DEPOIS DA TÊMPERA

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CEMENTAÇÃO

• Deve-se procurar remover CO2 e H2 formado


pela dissociação de molécula do agente
carbonetante, devido ao fato que tais produtos
serem descarbonetantes.

• Por exemplo, a 950ºC são necessário 98 partes


de CO para 2.5 partes de CO2.

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CEMENTAÇÃO SÓLIDA

• Meios:
-Carvão/ Coque
-Ativadores Carbonatos (Na, B, K,Ca)
-Óleos de linhaça/ óleos comum -10%

• Temperatura: 850-950ºC

• Profundidade: Até 2,00mm

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CEMENTAÇÃO SÓLIDA

• Cuidados:
Evitar resfriamento muito lento faixa de
800-650ºC, pois existe a tendência da formação
CO2.

• Manter o teor de carbono próximo ao


eutetoíde, nunca superior 1,15%. Para evitar a
precipitação de carbono em contornos de grão.

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CEMENTAÇÃO SÓLIDA
• Vantagens:

• Utilizado em grande variedade de fornos.

• Mais econômico.

• Exige menor experiência do operador.

• Diminui distorção das peças.


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CEMENTAÇÃO SÓLIDA

• Desvantagens:
• As caixas devem ser dimensionadas em relação
a massa a ser cementada.
• As peças devem estar limpas.
• O Tempo de cementação é de acordo com a
profundidade de cementação.
• Após a cementação as caixas devem ser
resfriadas ao ar.

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CEMENTAÇÃO SÓLIDA SAE 3115 925°C
CARVÃO COQUE E CARBONATO DE SÓDIO

INFLUÊNCIA
DO TEMPO
NA CAMADA
CEMENTADA

GRADIENTE DE
CARBONO EM
RELAÇÃO AO
TEMPO DE
PROCESSAMENTO

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CEMENTAÇÃO GASOSA

• Consiste: Colocar a peça a ser cementada


em um forno com atmosfera de potencial
de carbono controlado.
• Gás cementante:
Gás natural 80-90% de CH4
Propano 10-20% C2H6
Butano C4H10
Álcool C3H5OH
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CEMENTAÇÃO GASOSA

• Gás veiculo endotérmico:


N2 40-97%
CO 2-35%
H2 1-40%

• Reações principais:
CH4 C 2H2
CO + H2O  C O2 + H2
CO  C + CO2

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CEMENTAÇÃO GASOSA

• 3Fe +2CO  Fe3C + CO2

• Uma prática comercial é utilizar um gás


endotérmicos contendo:
40%N2
21% CO
39%H2 enriquecidos com gases derivados
de Hidrocarbonetos.

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CEMENTAÇÃO GASOSA

• A relação do Gás Endotérmico varia na prática


8/1 à 30/1 que dependerá:
• Gás Transportador,
• Tipo de gás Hidrocarboneto,
• Dimensões dos fornos,
• Circulação Interna,
• Material a ser cementado e
• Tipo de Carga.
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CEMENTAÇÃO GASOSA

• Tratamento Térmico após cementação:

• Pode ser Têmpera Direta.

• Abaixar Temperatura de 925ºC para 845ºC e


seguir Têmpera.

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CEMENTAÇÃO GASOSA

• Resfriar ao ar e reaquecimento para Têmpera,


com objetivo de reduzir a quantidade de
austenita retida onde materiais com alto teor de
teor de elemento de liga podem apresentar, caso
seja Têmperado diretamente de 925ºC.

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GRADIENTE DE CARBONO NA
CAMADA CEMENTADA
920°C SAE 1022

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EQUIPAMENTO PARA
CEMENTAÇÃO GASOSA

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CEMENTAÇÃO LÍQUIDA

• Consiste:
Mergulhar a peça em um banho de sal com
temperatura acima de A1.

• Vantagens:
-Tempo mais curto,
-Maior proteção contra descarbonetação.

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CEMENTAÇÃO LÍQUIDA

• Desvantagens:
-Toxicidade,
-Necessidade de limpeza posterior.

• Neste processo o meio cementante é o cianeto


CN-, com teores entre 10-12%.

• Composição do banho: cloreto de bário e sódio,


metais alcalinos terrosos.

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COMPOSIÇÃO QUÍMICA PARA O BANHO
DE CEMENTAÇÃO LÍQUIDA

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CEMENTAÇÃO SAE 1020 UTILIZANDO
DIFERENTES TEMPERATURAS

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TIPOS DE FORNOS UTILIZADOS NA
CEMENTAÇÃO LÍQUIDA

22
TIPOS DE CARGAS PARA
CEMENTAÇÃO LÍQUIDA

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EXEMPLOS DE PEÇAS CEMENTADAS

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NITRETAÇÃO

• Objetivo:Introdução de nitrogênio no aço,


melhorando a resistência à fadiga e ao
desgaste.
• Temperatura:500-570ºC
Após nitretação não é necessário Têmpera
para produzir o endurecimento da camada
nitretada.
• Dureza da camada: 70HRC

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NITRETAÇÃO A GÁS

• Consiste em submeter a uma atmosfera de


amônia entre 500-550ºC.

• Reação: NH3 N + 3/2 H2

• Materiais usados na nitretação: Aço ligados


Al,Cr, V.

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CAMADA NITRETADA 100X
MATERIAL SAE 41Cr4

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NITRETAÇÃO A GÁS

• Processo:
• Têmpera e revenimento à 25ºC acima da
temperatura de nitretação.
• Nitretação e
• Retífica.
• Tempo de processamento demorado podendo
estender até 90 horas.

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NITRETAÇÃO LÍQUIDA

• Meio Nitretante é uma mistura de sais.

• Tempo relativamente menor que a nitretação a


gás.

• Não produz camadas tão espessas quanto na


nitretação a gás.

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NITRETAÇÃO LÍQUIDA

• Mistura de Sais de Sódio:


96.5% NaCN
2.5%NA2CO3
0.5% NaCNO (Cianáto de Sódio)
• Mistura de Sais de Potássio:
96.0% KCN
0.6%K2CO3
0.75% KCNO
0.5% KCL
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NITRETAÇÃO LÍQUIDA

• Quanto maior o teor de carbono menor a


profundidade de penetração.

• Resfriamento mais rápido apresenta resultados


melhores que resfriamento ao ar.

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INFLUÊNCIA DA PROFUNDIDADE DA
CAMADA EM RELAÇÃO A COMPOSIÇÃO
QUÍMICA

32
COMPARATIVO NA RESISTÊNCIA
AO DESGASTE

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PROFUNDIDADE DE
CAMADA x TEMPO

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CARBONITRETAÇÃO

• Processo de introduzir carbono e nitrogênio a


partir de uma mistura apropriada.

• O carbono provém de um gás rico em carbono


e o nitrogênio a partir da amônia.

• Temperatura: 700-900ºC.
• Camada: 0.07-0.7mm.
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CARBONITRETAÇÃO

• Tempo: 30minutos até 6 horas.


• A camada carbonitretada tem endurecibilidade
melhor que a camada cementada devido à
presença do nitrogênio.

• O teor de amônia deve ser diminuído à medida


que aumenta o teor de carbono e elemento de
liga no aço, para minimizar a retenção da
austenita.

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EFEITO DA TEMPERATURA E TEMPO
NA CAMADA CARBONITRETADA

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BORETAÇÃO

• O elemento endurecedor é o Boro, que por


difusão forma o Boreto de ferro de alta dureza
1700-2000 HV.

• O meio que produz o Boro é um sólido


granulado constituído de Carboneto de boro
B4C e um ativador Fluoreto duplo de Boro e
Potássio.

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BORETAÇÃO

• Temperatura: 800- 1050ºC, sendo mais comum


900ºC.
• Tempo: 4-12 horas.
• Camada: 0.1-1.0 mm
• Composto formado: Borreto de Ferro Fe2B.
• Recomenda-se após Boretação o Tratamento de
Têmpera e Revenimento.

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PROFUNDIDADE BORETADA EM
RELAÇÃO A TEMPERATURA DE
PROCESSO

40
COMPARATIVO NA
RESISTÊNCIA AO DESGASTE

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