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CONSIDERAÇÕES
II – IMITAÇÃO
Definição – Modo como a criança imita os actos verbais e não verbais. È vantajoso pedir
que imite tarefas que já demonstrou ser capaz de fazer espontaneamente.
Considerações – Imitação verbal pode envolver repetição de sons simples ou frases mais
longas. Imitação física pode ser imitar movimento de mãos, de todo o corpo, cortar com uma
tesoura, copiar formas com um lápis ou brincar com brinquedos. Ter a certeza de que a
criança imita como fazendo parte de um jogo. Notar se imita o adeus, canções infantis ou
rimas. Tentar perceber se não faz imitação por não querer, porque não percebe, é incapaz de
fazer o som, dizer a palavra, ou fazer o movimento necessário. Proporcionar diferentes
situações onde a criança seja chamada a imitar. Registar se a imitação ocorre logo ou depois
de algum tempo.
IV – MOVIMENTOS DO CORPO
VI – ADAPTAÇÃO À MUDANÇA
Definição – Esta é a escala que avalia o padrão anormal de contacto visual muitas das
vezes encontrado nos autistas. Inclui ainda a avaliação da resposta visual que a criança
produz quando lhe é solicitado que observe objectos ou outro material.
Considerações – Observar se a criança faz contacto visual normal quando olha para um
objecto ou interage com as pessoas. Por exemplo, olha somente pelo canto do olho? Quando
interage com outras pessoas fá-lo olhando nos olhos ou evitando o contacto visual? Quantas
vezes é preciso dizer à criança para olhar enquanto desempenha uma tarefa? O adulto
necessita de agarrar a cabeça da criança para conseguir a sua atenção? Resposta visual
invulgar também inclui comportamentos peculiares como observar os seus dedos em
movimento de enrolar ou absorver-se em fixar reflexos ou movimentos.
X – MEDO OU ANSIEDADE
XI – COMUNICAÇÃO VERBAL
Definição – É a escala que avalia todas as facetas do uso da fala e da linguagem. Avaliar
não só a presença ou ausência de linguagem mas também a sua peculiaridade, invulgaridade
e inadequação dos elementos da frase quando está presente. Assim quando qualquer tipo de
linguagem está presente avalie o vocabulário, estrutura, tonalidade, volume e ritmo das
frases, a adaptação à situação e o seu conteúdo e sentido.
Considerações – Considerar a frequência, intensidade e extensão das frases peculiares,
bizarras e inapropriadas. Notar como a criança fala, se faz perguntas e se repete palavras ou
sons quando pedido. Problemas na comunicação verbal inclui mutismo ou falta de fala,
atraso em falar, usar características de linguagem da criança mais nova ou usar palavras de
um modo peculiar e sem sentido. Três tipos específicos de peculiaridades devem ser
notados, passada a idade em que tipicamente ocorrem, como troca de pronomes, ecolália e
o uso de jargon. Para as crianças que falam notar a tonalidade, o ritmo e o volume da voz.
Definição – Esta escala avalia a actividade motora da criança em situações restritivas e não
restritivas. Hiperactividade ou letargia fazem parte desta escala.
Considerações – Observar a actividade da criança em ambiente livre ou como reage
quando se obriga a permanecer sentada. Considerar a persistência do nível de actividade da
criança. Se letárgica, pode ser encorajada a mobilizar-se mais? Se excessivamente activa é
possível acalmá-la ou mantê-la sentada? Ao pontuar esta escala, factores tais como a idade
da criança, a distância de onde veio, a duração do teste e a fadiga devem ser tidas em
conta. Considerar também a influência de medicações que podem alterar o nível de
actividade.
Definição – Esta escala diz respeito ao nível global da função intelectual e da consistência
ou uniformidade de funcionamento de um tipo de tarefa para outro. Alguma flutuação do
funcionamento mental ocorre em muitas crianças normais e com deficiência. Contudo esta
escala está orientada para identificar capacidades extremamente invulgares características
do autismo de Kanner.
Considerações – Considerar não somente a utilização e compreensão da linguagem, dos
números e dos conceitos, mas também o modo como a criança recorda factos que ouviu ou
observou e como explora o ambiente. Atenção particular deve ser tomada para avaliar se a
criança apresenta uma capacidade invulgar em uma ou duas áreas em relação ao seu nível
global de funcionamento intelectual. Tem um talento especial para os números, memória ou
musica por exemplo? Avalie o pensamento concreto ou a tendência a tomar as coisas
literalmente após ultrapassada a idade ou nível funcional em que isto é esperado.
XV – IMPRESSÃO GLOBAL
Deve ser vista como uma escala global do autismo baseada na impressão subjectiva do grau
de autismo como definido nos 14 itens anteriores. Esta escala deve ser elaborada sem o
recurso à quantificação dos outros itens. Toda a informação fornecida que diga respeito à
criança deve ser tida em conta incluindo outras vias de informação como a história,
entrevista com os pais ou registos anteriores.
A pontuação total é o resultado da soma dos 15 itens. O resultado pode ir desde um mínimo
de 15 até um máximo de 60.
Uma pontuação abaixo de 30 é considerado não autista, acima de 30 é autista. Entre
30 a 60 é autismo. Entre 30-36,5 indica autismo ligeiro a moderado enquanto pontuações
entre 37 a 60 indicam autismo severo.
População TEACH (Treatment and Education of Autistic and related Communication
Handicaped Children) de 1500 crianças