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Irrigação e Drenagem
Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Sumário
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
Vantagens
Desvantagens
Neste caso da foto acima existe um pré-filtro que tem a função também
de tranquilizar a água que alimenta o reservatório onde está a sucção. Um pré-
filtro, que tem mais a função de tranquilizar a água deve ser construído de
alvenaria, com paredes dupla na entrada, de tijolo de 8 (oito) furos, dispostos
frontalmente, permitindo a passagem da água, ou com telas de aços, de
orifícios, de modo que entre as duas paredes recebam seixos rolados, ou brita.
Caso a sucção seja feita diretamente do açude, rio, lago, etc., protejam a
válvula de pé com uma tela ou com tubos de concreto.
Deve-se evitar a instalações diretamente no veio sem as devidas
proteções, que evitariam a sucção de impurezas para dentro do sistema.
(a) Construa uma base sólida e profunda para a casa de bombas e uma
pequena base do tamanho da moto bomba. O piso deve ser inclinado para um
dreno evitando acúmulo de água. Construa as paredes prevendo ventilação.
(b) A base deve ser o mais próxima da água possível, reduzindo ao máximo o
comprimento e a altura da sucção, porém sem expor a(s) moto bomba(s) a
riscos de inundações.
(d) A instalação da (s) moto bomba (s) deve ser, sempre que possível, no
sistema "afogado", ou seja, com a tubulação de sucção abaixo do nível da
água no tanque ou reservatório, o que evita a instalação da escorva e da
válvula de pé, aumenta o rendimento de funcionamento, reduz o consumo de
energia, evita a cavitação e torna a operação mais simples.
(e) Sempre que possível, evite captar a água diretamente do rio, açude, lagoa,
lago, etc., fazendo a água chegar a um tanque ou reservatório operativo por
gravidade por um canal de aproximação transversal ao fluxo da água.
(g) A(s) moto bomba(s) deve ser chumbada a pequena base de concreto
construída sobre o piso, com elevação suficiente para proteger de eventuais
alagamentos. Pode-se usar uma borracha para absorver trepidações e ruídos.
(h) A(s) moto bomba(s) deve(m) ser instalada(s) de modo a reduzir ao máximo,
curvas e derivações desnecessárias, principalmente na sucção, pelo aspecto
estético e principalmente para um melhor desempenho.
(j) Nunca dispense a válvula de retenção. Ela protege o conjunto moto bomba.
Onde :
AM = área molhada pelo emissor (determinada em campo)
AP = área ocupada pela planta.
Para áreas com períodos de seca mais prolongados, recomendam-se
valores de P maiores do que 30% para que não haja restrições ao crescimento
do sistema radicular, que pode resultar em menor capacidade de absorção das
raízes e prejudicar a sustentação da planta.
c.1. Gotejamento
Dois tipos de sistemas de gotejamento são mais utilizados para irrigação
de fruteiras e podem ser caracterizados quanto ao aspecto construtivo e ao
posicionamento do gotejador na lateral.
O primeiro conhecido como fita, “tape” ou tubo gotejador, caracteriza-se
por apresentar gotejadores como parte integrante de um tubo de polietileno
com diâmetro em torno de 16 mm.
Diferentes disposições da linha de gotejadores: a) uma linha lateral; b) duas linhas laterais; c)
múltiplas saídas; d) anéis; e) zig-zag.
c.2. Microaspersão
A microaspersão utiliza pequenos aspersores de plástico que aplicam a
água sob a forma de chuvisco, em círculo ou semi-círculo, com raio de alcance
geralmente inferior a 4 m e pressão de operação de 10 a 30 mca.
Existem disponíveis no mercado micropaspersores que possibilitam
diferentes padrões de molhamento conferindo grande maleabilidade ao
sistema.
Modelo de um microaspersor.
Abacaxizeiro
Os principais sistemas de irrigação adaptáveis à cultura do abacaxi são:
aspersão convencional, pivô central e gotejamento. O plantio realizado em
fileiras duplas permite a utilização de uma linha lateral com gotejadores por
fileira dupla da cultura.
O coefiente de cultura (kc) varia entre 0,4 e 0,5 no ciclo da cultura, com
necessidade de água entre 700 a 1000 mm anuais (Doorenbos e Kassan,
1979). Entretanto a cultura é sensível ao déficit hídrico, especialmente durante
o período de crescimento vegetativo, quando são determinados o tamanho e as
características da frutificação. O déficit hídrico durante a floração tem efeitos
menos graves e pode até acelerar a frutificação, resultando numa maturação
mais uniforme.
Segundo Cunha et al. (1995), a irrigação deve ser suspensa 8 a 15 dias
antes da colheita a fim de evitar a redução dos sólidos solúveis totais.
O abacaxizeiro apresenta sistema radicular superfical, geralmente com
0,3 a 0,6 m de profundidade e extenso. Para o reinício das irrigações admite-se
o esgotamento de até 50% da água disponível no solo.
Aceroleira
A irrigação da aceroleira pode ser feita por aspersão convencional,
sistemas de irrigação localizados e por superfície (sulcos). Gonzaga Neto e
Soares (1994) recomendam a utilização dos coeficentes de cultura dos citros,
devido à falta de informações específicas deste coeficiente para a acerola e a
manutenção do nível de água disponível entre 80 e 100%.
Citros
Segundo Coelho (1996), a irrigação em citros pode resultar em aumento
da produtividade da ordem de 30 a 75%, e resulta também em melhor
qualidade dos frutos, maior pegamento de flores e frutos e maior quantidade de
óleo na casca. Sistemas de aspersão, sulcos e irrigação localizada podem ser
utilizados na irrigação de citros. Em função das características das copas das
árvores, os sistemas de aspersão tendem a provocar elevadas perdas de água,
quando a aplicação da água ocorre sobre a copa. Por outro lado, a utlização da
microaspersão, com aplicação de água em excesso no colo da planta pode
favorecer a ocorrência de gomose. Para se evitar essa situação o ideal é
utiliziar microaspersores com raio de molhamento inferior a 360o.
As necessidades de água variam entre 900 e 1200 mm anuais. Os
valores de Kc sugeridos por Doorenbos e Pruitt (1977) são descritos na tabela .
Gravioleira
Os sistemas de irrigação por sulcos, aspersão sobcopa e localizados
podem ser utilizados na irrigação da graviola. Devido ao espaçamento amplo
utilizado nessa cultura recomenda-se a preferência por sistemas de
gotejamento e microapsersão.
A falta de informações mínimas para o manejo da água nessa cultura
obriga, no estágio atual, a utilização de informações gerais para adoção da
estratégia de manejo.
Goiabeira
A goiabeira quando irrigada e conduzida com sistema de poda adequado
produz até duas safras por ano. Os sistemas de irrigação preferenciais para
uso na goiabeira são gotejamento, microaspersão e sulcos. Não existem
informações específicas de coeficientes de cultura para a goiabeira. Gonzaga
Neto e Soares (1994) recomendam a utilização dos coeficientes disponíveis
para uva. A tabela abaixo indica os índices sugeridos. Para que se alcancem
os objetivos de produção em época diferenciada, os níveis de água no solo
devem ser mantidos em pelo menos 50% da água disponível após a poda da
planta. Os mesmos autores recomendam a suspensão da irrigação por um
período de um a dois meses antes da poda, visando submeter a planta a um
estresse hídrico.
Mangueira
Cultivada com espaçamentos amplos, com porte médio a grande e
sistema radicular bem desenvolvido, a mangueira pode ser irrigada por
microaspersão, gotejamento e aspersão sob-copa. Cunha et al. (1994)
recomendam que a irrigação seja interrompida dois a três meses antes da
época de florescimento, para que as plantas entrem em repouso vegetativo,
evitando a queda de flores e problemas fitossanitários. Nas fases de formação
e desenvolvimento do fruto que se iniciam em pleno período seco a irrigação
deve ser frequente, para se evitar a queda dos frutos recém formados. Silva et
al. (1996) recomendam a seguinte estratégia para o manejo da água de
irrigação com a utilização de tensiômetros na mangueira:
– Plantio: as irrigações visam a favorecer o pegamento das mudas, sem o
monitoramento do nível da água do solo;
– Desenvolvimento inicial: manter os primeiros 60 cm de solo com uma tensão
de água em torno de 0,3 atm;
Curso Técnico em Agropecuária – Irrigação e Drenagem Página 29
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
– Desenvolvimento da planta: a irrigação deve ser feita toda vez que a tensão
de água na profundidade de 0,3 m atingir um valor em torno de 0,5 atm;
– Repouso fenológico (após a colheita): a irrigação deve ser realizada de forma
que a planta reduza o lançamento de brotos vegetativos, mas na quantidade e
frequência necessárias para a manutenção da atividade fotossintética;
– Período de estresse hídrico: neste período a irrigação é paralisada de forma
gradativa;
– Floração e produção: retomam-se as irrigações.
Maracujazeiro
Os sistemas de irrigação preferenciais são o gotejamento e a
microaspersão. No caso da aspersão convencional, Ruggiero et al. (1996)
recomendam que o uso da irrigação por aspersão deve ser realizado
predominantemente no período noturno e nunca à tarde, no período de
floração.
Segundo os mesmos autores, independentemente do método utilizado, é
importante que a planta não seja submetida a nenhum tipo de estresse hídrico,
pois antes mesmo do aparecimento dos sintomas visuais de falta de água já
ocorreu o comprometimento da produção de matéria seca. Recomenda-se a
manutenção do perfil de umidade do solo próxima à capacidade de campo.
O uso da irrigação nessa cultura permite a obtenção de boas produtividades
nas épocas de maior preço.
Para o manejo da água devem-se utilizar parâmetros de solo, uma vez
que não existe disponibilidade de informações quanto ao consumo de água nas
diversas fases da cultura.
O interesse pela irrigação, no Brasil, emerge nas mais variadas
condições de clima, solo, cultura e socioeconômica. Não existe um sistema de
irrigação ideal, capaz de atender satisfatoriamente a todas essas condições e
aos interesses envolvidos. Em consequência, deve-se selecionar o sistema de
irrigação mais adequado para uma certa condição e para atender aos objetivos
desejados. O processo de seleção requer análise detalhada das condições
apresentadas (cultura, solo e topografia), em função das exigências de cada
sistema de irrigação, de forma a permitir a identificação das melhores
alternativas.
Com a expansão rápida da agricultura irrigada no Brasil, muitos
problemas têm surgido, em consequência do desconhecimento das diversas
alternativas de sistemas de irrigação, conduzindo a uma seleção inadequada
do melhor sistema para uma determinada condição. Esse problema tem
causado o insucesso de muitos empreendimentos, com consequente frustração
de agricultores com a irrigação e, muitas vezes, degradação dos recursos
naturais.
Xique-Xique
Potes de Barro
Cápsulas Porosas
Tubos Porosos
Espaguetes
Tripas
que o excesso de água passe por meio da zona do sistema radicular e lave ou
lixivie os sais para a rede de drenagem.
Esta deve ser dimensionada para suportar o fluxo de água proveniente
da lixiviação e do lençol freático. Esta técnica é conhecida com Exigência de
Lixiviação (EL), conforme U.S. Salinity Laboratory Staff (1954).
Subsequentes irrigações irão adicionar sal ao solo, que necessita ser levado
para fora da zona radicular a fim de manter a salinidade dentro do limite de
tolerância da cultura. Em longo tempo se formará um fluxo permanente de sais
através do perfil do solo ou um “balanço de sais” (Schofield, 1940). A drenagem
adequada do solo tem como finalidade conduzir a água salgada proveniente da
exigência de lixiviação e do balanço de sais, para fora da área irrigada.
Em virtude de sua alta solubilidade o excesso de sódio na água de
irrigação pode causar direta toxidez a certas plantas sensíveis. Outro efeito
nocivo do sódio é a deteriorização da estrutura do solo limitando o movimento
de água e ar.
A exigência de lixiviação e drenagem para o caso da água de irrigação
contendo sódio em significantes concentrações deve ser calculada em bases
diferentes daquelas para o controle da salinidade total.
Nas regiões áridas e semiáridas a drenagem de terras irrigadas é de
fundamental importância para o sucesso da agricultura, pois, evita a
acumulação de sais solúveis no perfil do solo com consequente redução e/ou
eliminação das colheitas, tornando os solos improdutivos.
O sistema de drenagem deve ser dimensionado para suportar o fluxo de
água proveniente da lixiviação exigida para manter a salinidade da água do
solo dentro de limites pré-estabelecidos e controlar a profundidade do lençol de
água subterrâneo.
O conceito de exigência de lixiviação (EL) pode ser usado para estimar a
lâmina de água mínima a ser drenada, como água de lixiviação, para prevenir a
acumulação nociva de sais da zona do sistema radicular. A exigência de
lixiviação deverá ser considerada sobre três aspectos: controles da salinidade
total; de cloretos e boro; e do íon sódio.
Fatores como propriedades físicas do solo, condições climáticas,
características das culturas e manejo da água de irrigação afetam o fluxo de
água e sais provenientes da água subterrânea para o perfil do solo. O lençol
freático, para solos de textura média, deve ser mantido a uma profundidade
mínima de 1,80 a 2,00 m nas áreas irrigadas, onde a potencialidade de
salinização tenha sido constatada.
A drenagem é um processo de remoção do excesso de água dos solos
de modo que lhes dê condições de aeração, estruturação e resistência.
Sempre que a drenagem natural não for satisfatória, pode-se fazer, em
complementação, drenagem artificial. Seu objetivo é retirar o excesso de água
aplicada na irrigação ou proveniente das chuvas, isto é, controlar a elevação do
lençol freático, bem como possibilitar a lixiviação dos sais trazidos nas águas
de irrigação, evitando a salinização. Antes porém de proceder a drenagem de
uma área, é preciso avaliar cuidadosamente seus impactos ambientais.
10.LITERATURA CONSULTADA
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!