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Ar condicionado
As informações técnicas apresentadas nestes documentos não devem ser utiliza-
das por pessoas não-especializadas no domínio da reparação automóvel. Estas
informações destinam-se à execução de trabalhos de reparação e de manutenção
de veículos da marca RENAULT, realizados exclusivamente por profissionais da
reparação automóvel com as competências necessárias para efectuar estas ope-
rações. A RENAULT não poderá, em caso algum, ser responsável pelos trabalhos
efectuados, sendo a sua realização da exclusiva responsabilidade dos seus au-
tores.
O utilizador das informações técnicas RENAULT deverá assegurar-se de que es-
tas informações correspondem à última actualização efectuada pela RENAULT.
A RENAULT não assumirá qualquer responsabilidade pelos resultados da utili-
zação de informações técnicas que não correspondam à última actualização por
ela realizada.
1
ÍNDICE
Introdução 4
Ambiente e Segurança 6
Elaboração de um ciclo frio 10
Ciclos frios na Renault 18
Manutenção do ciclo frio 38
Questionário 67
3
INTRODUÇÃO
Ar condicionado / Ciclo frio 5
4
Introdução
OBSERVAÇÃO
As informações e as características contidas neste documento fazem ge-
ralmente referência a uma configuração específica. Esta regra não se
aplica a todos os veículos; é imperativo consultar a documentação cor-
respondente ao veículo, antes que qualquer intervenção.
5
AMBIENTE E
SEGURANÇA
Impacto ambiental 7
Instruções de segurança 9
6
Ambiente e Segurança
Impacto ambiental
Impacto ambiental das emissões de HFC R134a
Quando 700 gramas de HFC (R134a) são libertados para a atmosfera, isto equi-
vale a 1 tonelada de CO2, ou seja, um efeito no ambiente 1300 vezes superior ao
do CO2.
O CO2, ainda que se trate de um gás com efeito de estufa, é muito menos potente
que os HFC.
7
Ambiente e Segurança
• Nunca abrir um circuito cuja pressão relativa não seja igual ou inferior a 0 bar.
8
Ambiente e Segurança
Instruções de segurança
É imperativo seguir as instruções de segurança (figura 2) quando se efectua uma
intervenção no circuito do ar condicionado.
• Usar luvas.
• Não fumar.
• Não deixar o circuito aberto sob pena de ter de substituir a garrafa desidra-
tante.
ATENÇÃO
9
ELABORAÇÃO DE UM
CICLO FRIO
Princípio da produção de frio 11
Realização de um ciclo frio 14
10
Elaboração de um ciclo frio
• nível sonoro,
• ausência de odores,
• temperatura,
• grau de humidade,
11
Elaboração de um ciclo frio
Fenómenos físicos
A produção de frio explora dois fenómenos físicos que participam nas mudanças
de estado da matéria.
A expansão rápida de um fluido sob pressão produz frio. Quanto maior é a dife-
rença de pressão, maior é a produção de frio.
Esta queda de pressão rápida dá origem à neve carbónica e produz frio (figura 4).
12
Elaboração de um ciclo frio
Se se verter alternadamente água, gasolina ou éter sobre a mão (figura 5), o éter
evapora-se mais rapidamente e provoca a sensação de frio mais acentuada.
13
Elaboração de um ciclo frio
Produz-se um gás à saída do evaporador. Este gás deve ser recuperado e rein-
troduzido na circulação para completar o ciclo frio.
14
Elaboração de um ciclo frio
15
Elaboração de um ciclo frio
• um compressor (1),
• um condensador (2),
• um reservatório (3),
• um evaporador (5).
16
Elaboração de um ciclo frio
Compressor
À saída do compressor, o fluido é gasoso e muito quente a alta pressão.
Condensador
À saída do condensador, o fluido é quente a alta pressão.
Garrafa desidratante
À saída da garrafa desidratante, o fluido é líquido e quente a alta pressão.
Expansor termostático
À saída do expansor termostático, o fluido é gasoso e frio a baixa pressão.
Evaporador
À saída do evaporador, o fluido é frio a baixa pressão.
ATENÇÃO
Certas zonas dos tubos podem estar muito quentes. Perigo de queima-
duras!
17
CICLOS FRIOS NA
RENAULT
Fluido do ar condicionado 19
Dois tipos de ciclo frio na Renault 20
Elementos comuns aos dois ciclos frios 22
Elementos específicos a cada ciclo frio 34
18
Ciclos frios na Renault
Fluido do ar condicionado
O fluido criogénico R134a é actualmente utilizado em todos os veículos Renault
para assegurar a produção de frio. O fluido R134a substitui o fluido R12 desde
1993 por razões de protecção do ambiente.
O R134a é um hidrofluorocarboneto
com as seguintes propriedades (figura
10):
• INODORO
• INCOLOR
• IGNÍFUGO
ATENÇÃO
19
Ciclos frios na Renault
Seja qual for o tipo de ciclo frio, os elementos e respectivas funções são idênticos:
20
Ciclos frios na Renault
O segundo tipo de ciclo frio (figura 14) difere do anterior em dois pontos.
21
Ciclos frios na Renault
Compressor
Função do compressor
ATENÇÃO
Certas zonas dos tubos podem estar muito quentes. Perigo de queima-
duras!
22
Ciclos frios na Renault
Embraiagem do compressor
• um veio (2),
• um electro-íman (4).
23
Ciclos frios na Renault
24
Ciclos frios na Renault
MEMORANDO
À saída do compressor, o fluido é gasoso e muito quente a alta pressão.
25
Ciclos frios na Renault
Lubrificação do compressor
• participação na filtração,
• reforço da estanqueidade.
ATENÇÃO
26
Ciclos frios na Renault
Condensador
Função do condensador
Funcionamento do condensador
MEMORANDO
À saída do condensador, o fluido é quente a alta pressão.
27
Ciclos frios na Renault
Motoventiladores
28
Ciclos frios na Renault
Evaporador
Função do evaporador
Funcionamento do evaporador
MEMORANDO
À saída do evaporador, o fluido é frio a baixa pressão.
29
Ciclos frios na Renault
Sensor de pressão
Sonda do evaporador
A sonda do evaporador (figura 24) está situada nas aletas, no ponto mais frio do
evaporador.
30
Ciclos frios na Renault
O ciclo frio tem também tubos, adaptadores equipados com juntas tóricas e uma
ou duas válvulas de enchimento.
Tubos
31
Ciclos frios na Renault
Adaptadores
32
Ciclos frios na Renault
ATENÇÃO
Válvulas
O ciclo frio pode ter uma ou duas válvulas de enchimento (figura 29) de diferentes
diâmetros.
33
Ciclos frios na Renault
MEMORANDO
À saída do orifício calibrado, o fluido é muito frio a baixa pressão.
34
Ciclos frios na Renault
Acumulador
Quando entra no acumulador (1), o fluido é composto por óleo e por uma mistura
líquido/gás criogénico.
Funcionamento do acumulador
MEMORANDO
À saída do acumulador, o fluido é gasoso e frio a baixa pressão.
35
Ciclos frios na Renault
Expansor termostático
36
Ciclos frios na Renault
MEMORANDO
À saída do expansor termostático, o fluido é gasoso e frio a baixa
pressão.
Garrafa desidratante
O fluido na entrada (1) da garrafa é composto por fluido criogénico (2) e óleo (3).
MEMORANDO
À saída da garrafa desidratante, o fluido está no estado líquido e quente
a alta pressão.
37
MANUTENÇÃO DO
CICLO FRIO
Verificação da eficácia de um sistema de ar condicionado 39
O diagnóstico pelo método táctil 44
Teste das fugas no ciclo frio 46
Manutenção do ar condicionado 52
Recuperação do fluido criogénico 57
Esvaziamento no vácuo 60
Enchimento 62
Transformação do circuito do ar condicionado R12 em R134a 64
38
Manutenção do ciclo frio
39
Manutenção do ciclo frio
OBSERVAÇÃO
O mau funcionamento de um dos comandos do bloco pode afectar o de-
sempenho do circuito do ar condicionado.
40
Manutenção do ciclo frio
OBSERVAÇÃO
Consultar a documentação técnica e o livro de manutenção do veículo
para conhecer o tipo e a frequência de substituição do filtro do habitáculo.
41
Manutenção do ciclo frio
Tensão da bateria
1. verificação visual,
2. verificação da carga,
3. teste da bateria com o testador.
Teste de desempenho
42
Manutenção do ciclo frio
OBSERVAÇÃO
A temperatura exterior é igual, quanto mais elevada for a taxa de humi-
dade e a temperatura medida na saída do arejador.
Identificação do sistema
43
Manutenção do ciclo frio
44
Manutenção do ciclo frio
Etapa 1. Verificação
Consultando os estados de temperatura normais, verificar (subjectivamente) se a
temperatura varia, utilizando o seguinte método:
OBSERVAÇÃO
Se os estados de temperatura da zona de baixa pressão estiverem confor-
mes, é inútil prosseguir as verificações da zona de alta pressão (estados
muito quente).
OBSERVAÇÃO
Um estado de temperatura anormal pode influenciar o estado de tempe-
ratura dos restantes elementos do circuito.
45
Manutenção do ciclo frio
As fugas são detectadas por intermédio de dois tipos de detectores: detector elec-
trónico (figura 40) e detector por traçador.
Um detector electrónico é um
instrumento de medida que deve
ser utilizado com cuidado e cuja
manutenção deve ser efectuada
regularmente.
OBSERVAÇÃO
O detector electrónico só detecta fugas relativamente importantes.
46
Manutenção do ciclo frio
OBSERVAÇÃO
O método de inicialização permite reduzir os erros de leitura devido à pre-
sença de gases poluentes no compartimento do motor.
47
Manutenção do ciclo frio
Este método permite localizar de forma precisa a origem das fugas de gás criogé-
nico.
OBSERVAÇÃO
Se existirem várias origens, a procura de pequenas fugas será facilitada,
reparando primeiro as fugas maiores.
48
Manutenção do ciclo frio
Este procedimento de detecção de fugas deve ser utilizado em último recurso para
os casos de “fugas desconhecidas” não-encontradas pelo detector electrónico.
49
Manutenção do ciclo frio
Após utilização do colorante, colocar de forma visível uma etiqueta junto das vál-
vulas de enchimento, assinalando a presença de colorante no circuito e a data da
operação.
ATENÇÃO
50
Manutenção do ciclo frio
OBSERVAÇÃO
Uma fuga ao nível do evaporador pode ser detectada através da presença
de traços fluorescentes na água de condensação.
51
Manutenção do ciclo frio
Manutenção do ar condicionado
MEMORANDO
Uma intervenção num ciclo frio implica respeitar as normas de pro-
tecção do ambiente.
Operações de manutenção
Todos os anos:
52
Manutenção do ciclo frio
Periodicamente
OBSERVAÇÃO
A verificação da carga do fluido criogénico está ligada à recuperação do
mesmo.
Estação de carga
MEMORANDO
Antes de utilizar a estação de carga, consultar o Manual do Utilizador
do aparelho.
53
Manutenção do ciclo frio
MEMORANDO
Não é necessário introduzir corante no circuito de ciclo frio com a es-
tação de carga. Utilizar apenas o material especificado.
54
Manutenção do ciclo frio
ATENÇÃO
55
Manutenção do ciclo frio
Instruções de ligação
• Abrir as torneiras.
Entre o adaptador rápido e a estação de carga, cada circuito (alta pressão e
baixa pressão) está fechado por duas torneiras: uma delas montada no adap-
tador rápido e a outra no bloco de comandos da estação. A função essencial
da torneira do lado da estação é isolar o circuito da estação para efectuar uma
leitura da pressão no veículo.
56
Manutenção do ciclo frio
ATENÇÃO
57
Manutenção do ciclo frio
OBSERVAÇÃO
Esta alternância de recuperações e de pausas é imperativa de modo a
permitir que a totalidade do fluido se expanda e atinja progressivamente
a(s) válvula(s) de saída.
58
Manutenção do ciclo frio
OBSERVAÇÃO
Antes de proceder a uma carga (parcial) do fluido criogénico para localizar
uma fuga eventual, deve efectuar-se primeiro um teste de estanqueidade
do circuito (no vácuo).
Óleo recuperado
ATENÇÃO
O óleo retirado do circuito não pode ser reutilizado e deve ser eliminado
(ou armazenado) pelo procedimento aplicado aos óleos usados. Todavia,
o óleo para fluido criogénico, não deve ser misturado com outros óleos
usados.
59
Manutenção do ciclo frio
O bidão de óleo deve ser fechado após utilização para evitar a contaminação pela
humidade e nunca se deve reutilizar o óleo existente num bidão que permaneceu
aberto durante muito tempo (aspecto viscoso).
Esvaziamento no vácuo
60
Manutenção do ciclo frio
O esvaziamento no vácuo é uma etapa importante que não deve ser abrevida. A
presença (mesmo fraca) de humidade no circuito pode provocar uma degradação
rápida dos elementos.
OBSERVAÇÃO
O esvaziamento no vácuo reduz o ponto de ebulição da água que passa
do estado líquido ao estado gasoso. Esta alteração de estado facilita a
extracção da humidade presente no circuito.
Teste de estanqueidade
ATENÇÃO
61
Manutenção do ciclo frio
Enchimento
ATENÇÃO
Reposição de óleo
O volume de óleo novo a injectar deve ser igual ao volume medido durante a
recuperação (figura 53).
Durante uma descarga do fluido criogénico no circuito, este não fica totalmente
vazio: o óleo permanece em diversos elementos do sistema.
62
Manutenção do ciclo frio
OBSERVAÇÃO
Pode ser necessário esvaziar o óleo do compressor se se estiver na pre-
sença de uma fuga rápida (ruptura do órgão) ou de um circuito aberto
durante um longo período de tempo.
Existem diferentes óleos para o fluido criogénico R134a. Cada óleo destina-se
a um determinado tipo de compressor e não pode ser substituído por outro, pois
pode destruir o ciclo frio.
Validação da carga
Para validar a carga, bem como qualquer intervenção que necessite de uma ve-
rificação de conformidade, é imperativo efectuar duas operações:
63
Manutenção do ciclo frio
• irreversibilidade da operação,
MEMORANDO
Uma intervenção num ciclo frio implica respeitar as normas de pro-
tecção do ambiente.
64
Manutenção do ciclo frio
Recuperação do óleo
Caso não seja possível seguir o método preconizado, é imperativo extrair o com-
pressor e retirar-lhe o óleo mineral.
65
Manutenção do ciclo frio
Tipo de óleo
A reposição do óleo pode ser efectuada com uma estação de carga. Caso con-
trário, extrair o compressor para lhe introduzir óleo.
Etiqueta de referência
Para evitar qualquer risco de enchimento com fluido criogénico R12, é indispensá-
vel colocar uma etiqueta informativa e de referência o mais perto possível das
válvulas de enchimento.
OBSERVAÇÃO
A etiqueta de referência está disponível no armazém de peças sobressa-
lentes.
66
QUESTIONÁRIO
QUESTIONÁRIO
1. Qual é a função do ar condicionado num veículo?
A Embaciar os vidros
C Purificar o ar no habitáculo.
B Gasoso e frio.
C Líquido e frio.
B À saída do condensador.
C À saída do compressor.
67
QUESTIONÁRIO
B Detector electrónico.
C Multímetro digital.
D Termómetro digital.
D Comando de reciclagem.
8. Durante um diagnóstico com o método táctil, que elemento está quente na en-
trada e muito frio na saída?
A Compressor.
B Evaporador.
C Expansor.
D Condensador.
68
QUESTIONÁRIO
A Expansão electrónica.
B Esvaziamento no vácuo.
C Medição do óleo.
14. Por que é que é necessário efectuar várias mudanças durante a recuperação
do fluido criogénico?
69
QUESTIONÁRIO
15. Durante uma manutenção, que quantidade de óleo deve ser injectada, se não
for substituído qualquer elemento?
18. Por que é que a recuperação do fluido criogénico é efectuada com uma estação
de carga?
19. Que intervenção deve ser efectuada entre a recuperação e a carga do fluido?
70
QUESTIONÁRIO
20. Durante uma adaptação do sistema R12 em R134a, que elementos devem ser
substituídos?
D Todo o circuito.
71
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