Você está na página 1de 29

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

UNIDADE ACADÊMICA DO CABO DE SANTO AGOSTINHO

AR CONDICIONADO E REFRIGERAÇÃO

Professor: Dr. Adriano Marques


2018.2
UNIDADE I
4 – Sistemas de Refrigeração por
Compressão e Absorção

1
1. INTRODUÇÃO

O QUE É A REFRIGERAÇÃO?

É a transferência de calor de uma região com temperatura mais


baixa para outra com temperatura mais alta.

2
1. INTRODUÇÃO

IMPORTANTE

Os equipamentos operam em ciclos de refrigeração.

O ciclo mais conhecido e utilizado é o de compressão de vapor,


onde o refrigerante é vaporizado e condensado alternadamente e
é comprimido na fase vapor.

3
1. INTRODUÇÃO

• Outros exemplos de ciclos de refrigeração são:

 Ciclo de refrigeração a gás,

 Ciclo Einstein,

 Ciclo em cascata,

 Ciclo de adsorção,

 Ciclo de absorção.

4
2. O CICLO IDEAL DE REFRIGERAÇÃO
POR COMPRESSÃO DE VAPOR

O ciclo ideal é o mais adequado para representar refrigeradores,


resfriadores e sistemas de condicionamento de ar.

• Consiste em 4 processos termodinâmicos:

 1-2: compressão isoentrópica (compressor)

 2-3: rejeição de calor à P=cte (condensador)

 3-4: estrangulamento (dispositivo de expansão)

 4-1: absorção de calor à P=cte (evaporador)

5
2. O CICLO IDEAL DE REFRIGERAÇÃO
POR COMPRESSÃO DE VAPOR

6
2. O CICLO IDEAL DE REFRIGERAÇÃO
POR COMPRESSÃO DE VAPOR

7
2. O CICLO IDEAL DE REFRIGERAÇÃO
POR COMPRESSÃO DE VAPOR

Refrigerador Doméstico

8
3. O CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO POR
COMPRESSÃO DE VAPOR

• Perdas de carga nas linhas de sucção e descarga.

• O refrigerante precisa estar superaquecido na entrada do compressor para


evitar qualquer umidade.

• O refrigerante deve estar sub-resfriado na entrada do D.E. para garantir que


apenas líquido entre nela (maior potencial de absorver calor).
9
3. O CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO POR
COMPRESSÃO DE VAPOR

• O processo de compressão real é politrópico e não isoentrópico (s1≠s2).

• Como T2 é mais elevada no ciclo real, torna-se um problema para o óleo


lubrificante do compressor.

10
4. BALANÇO DE ENERGIA

• Considerando os processos em regime permanente;

• Desprezando as variações de energia cinética e potencial;

• ‫ݍ‬௘ − ‫ݍ‬௦ + ‫ݓ‬௘ − ‫ݓ‬௦ = ℎ௦ − ℎ௘

11
4. BALANÇO DE ENERGIA

Capacidade frigorífica:

É a quantidade de calor por unidade de tempo, retirada do


espaço o qual se deseja resfriar, pelo evaporador.

‫ݍ‬௅ = ℎଵ − ℎସ

12
4. BALANÇO DE ENERGIA

Potência teórica de compressão:

É a quantidade de energia por unidade de tempo, que deve


ser fornecida ao refrigerante no compressor, para se obter a
elevação de pressão necessária ao do ciclo teórico.

‫ݓ‬௖ = ℎଶ − ℎଵ

13
4. BALANÇO DE ENERGIA

Rejeição de calor (condensador):

A função do condensador é transferir calor do refrigerante


para o meio de resfriamento (ar ou água).

‫ݍ‬ሶ ு = ℎଶ − ℎଷ

• Portanto, o condensador deve ser


dimensionado para rejeitar a taxa de calor,
estabelecida pela carga térmica do sistema
e potência de compressão.

14
4. BALANÇO DE ENERGIA

Dispositivo de expansão:

Considera-se processo teórico, portanto, adiabático e


reversível = Processo isoentálpico.

ℎଷ = ℎସ

15
4. BALANÇO DE ENERGIA

Coeficiente de Performance do Ciclo (COP):

É a relação entre a energia útil e a energia gasta para colocar


o sistema em operação.

• Parâmetro importante na avaliação de sistemas de


‫ݍ‬௅
‫= ܱܲܥ‬ refrigeração.
‫ݓ‬௖
• COP do ciclo real é sempre menor que do ciclo ideal.

• TR = Tonelada de refrigeração.

• 1TR = 12.000 BTU/h = 3,516 kW

16
5. PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O COP

Temperatura de Evaporação (TL):

17
5. PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O COP

Temperatura de Condensação (TH):

18
5. PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O COP

Sub-resfriamento na saída do condensador:

Apesar de existir um aumento no COP, a função primária do


sub-resfriamento é garantir que entre apenas líquido no
dispositivo de expansão.

19
5. PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O COP

Sub-resfriamento na saída do condensador:

20
5. PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O COP

Superaquecimento útil:

21
5. PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM O COP

Superaquecimento útil:

É feito para evitar que vapor úmido entre no compressor


(erosão no rotor). Consequência é a redução do COP.

22
6. REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

É uma outra forma de refrigeração, e que se torna


financeiramente atraente quando existe uma fonte de energia
térmica acessível (1000C ≤ T ≤ 2000C).

• São exemplos de fonte de energia térmica acessível:


geotérmica, solar, produtos de combustão.

• Envolvem a absorção de um refrigerante por meio de um


absorvente.

• O par químico mais utilizado é o NH3-H2O.

• Outros incluem: LiBr-H2O e LiCl-H2O.


23
6. REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

24
6. REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

• Quais as diferenças com o sistema convencional de


compressão?

• A primeira máquina de absorção água-amônia foi


patenteada pelo francês Ferdinand Carre em 1859.

• Principais vantagens: baixo consumo de energia elétrica,


menor impacto ambiental, sistemas ideais para cogeração.

• Principais desvantagens: alto custo de investimento, menor


COP, mais pesados e mais complexos, maiores dimensões.

25
6. REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

‫ݍ‬௅
‫ܱܲܥ‬௔௕௦ =
‫ݍ‬௚௘௥ + ‫ݓ‬௕

26
6. REFRIGERAÇÃO POR ABSORÇÃO

27
EXERCÍCIOS N.3

28

Você também pode gostar