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Universidade Federal do Pará – UFPA

Instituto de Tecnologia - ITEC


Faculdade de Engenharia Mecânica - FEM
TE04184 – Aulas - Refrigeração: Ciclos Simples e Cascata – Aulas 9 a 12

Ciclos da
Refrigeração: Simples
e em Cascata
Prof. Eraldo Cruz dos Santos, Dr. Eng.
eraldocs@ufpa.br
TÓPICOS DA REFRIGERAÇÃO
 CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR;
 Superaquecimento;
 Subresfriamento;
 Perda de Pressão.
 CICLO DE REFRIGERAÇÃO POR COMPRESSÃO DE VAPOR:
 Simples;
 Em Cascata.
 CÂMARAS FRIAS E FRIGORÍFICAS;
 INSTALAÇÃO DE REFRIGERAÇÃO:
 Com Vários Evaporadores;
 Com Compressores:
 Em paralelo;
 Em Série.
 Obtenção de Baixas Temperaturas:
 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO;
 REVISÃO.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

CICLO REAL DE
REFRIGERAÇÃO
POR COMPRESSÃO
DE VAPOR
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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Ciclo Real de Refrigeração
As suposições feitas para um ciclo saturado
simples não são verdadeiras para ciclos reais de vapor a
compressão.
Os efeitos do superaquecimento e
subresfriamento, associados a queda de pressão nas
tubulações frigoríficas, condensador e evaporador
resultante do fluxo de refrigerante através destes
elementos, foram ignorados na análise do ciclo saturado
básico.
Considerando que estes efeitos acontecem em
processos reais de refrigeração, eles não podem ser
negligenciados em uma análise de um sistema real.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

Superaquecimento
do Vapor

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Superaquecimento do Vapor de Sucção
O superaquecimento - SA consiste na diferença
entre a temperatura de sucção - TS e a temperatura de
evaporação saturada, TEV.

𝑺𝑨 = 𝑻𝑺 − 𝑻𝑬𝑽

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Ciclo Real de Refrigeração
No ciclo de refrigeração saturado simples é
assumido que o vapor chega ao fim do evaporador na
forma de vapor saturado. Assume-se, também, que o
vapor passa toda a linha de sucção na forma de vapor
saturado e assim chega ao compressor, estes fatos
raramente acontecem na prática.
O que ocorre normalmente é que depois que o
líquido refrigerante tiver vaporizado completamente no
evaporador, o vapor saturado frio, continuará geralmente
a absorver calor, e, deste modo, o vapor atinge o
compressor na forma de vapor superaquecido.

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Ciclo Real de Refrigeração
O superaquecimento do vapor pode ocorrer:
 Na parte final do evaporador (dentro da câmara);
 Na tubulação da linha de sucção instalada dentro da
câmara;
 Na tubulação da linha de sucção instalada fora da
câmara;
 Em um trocador de calor fora da câmara.
Nos dois primeiros casos o vapor se superaquece
as custas de calor retirado do interior da câmara e
produz resfriamento útil, enquanto que, nos dois últimos
casos o calor que superaquece o vapor não vem do
interior da câmara e não produz resfriamento útil.
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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Superaquecimento no Ciclo de Refrigeração

A importância do superaquecimento é que:


 Evita chegar refrigerante no estado líquido no compressor.
 Porém o SA não deve ser elevado, pois o vapor tem a função de
resfriar o compressor.
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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Processos de Superaquecimento
 Superaquecimento com Resfriamento Útil: Neste
caso o calor absorvido pelo vapor provoca um aumento
do efeito refrigerante. Assim, para atender a mesma
carga térmica o sistema pode operar com menor massa
de refrigerante.
No ciclo com superaquecimento o coeficiente de
eficácia é maior se o aumento do efeito refrigerante
é mais acentuado do que o aumento do calor de
compressão por unidade de massa.

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Processos de Superaquecimento
 Superaquecimento sem Resfriamento Útil: Neste caso
não há alteração do efeito refrigerante e
consequentemente também não há alteração na massa
de refrigerante que circula por minuto.
É fácil concluir que o superaquecimento mais
conveniente é aquele que acontece produzindo efeito
de resfriamento útil, razão pela qual deve-se isolar a
linha de sucção, evitando a troca de calor na mesma.
O isolamento da linha de sucção também evita a
condensação e congelamento da umidade do ar
ambiente sobre os tubos da linha de sucção.

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Processos de Superaquecimento
Para o fluido refrigerante R-22, se o
superaquecimento estiver entre 4 (°C) e 6 (°C), a
regulagem da válvula de expansão está correta.
Se estiver abaixo, muito refrigerante está sendo
injetado no evaporador e é necessário fechar a válvula
(girar parafuso de regulagem da válvula de expansão para
a direita, sentido horário).
Se o superaquecimento estiver alto, pouco
refrigerante está sendo injetado no evaporador e é
necessário abrir a válvula (girar parafuso de regulagem
para a esquerda, sentido anti-horário).

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

Subresfriamento
do Líquido

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Subresfriamento do Líquido Refrigerante
O subresfriamento - SR consiste na diferença
entre a temperatura de condensação saturada - TCD e a
temperatura da linha de líquido -TLL.

𝑺𝑹 = 𝑻𝑳𝑳 − 𝑻𝑪𝑫
Qual a importância o SR?
 Garante refrigerante
no estado líquido
chegando à válvula de
expansão;
 Aumenta o efeito de
refrigeração – EF.
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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Subresfriamento do Líquido Refrigerante
No ciclo de refrigeração saturado simples admite-se que
o líquido refrigerante chegava ao dispositivo medidor na forma
de líquido saturado.
Em termos práticos isto dificilmente ocorre, pois o
líquido "quente" que deixa o condensador tende a perder calor e
se tornar subresfriado.
O processo de subresfriamento pode acontecer em
vários lugares:
 No reservatório de líquido;
 Na linha de líquido;
 No final da tubulação do condensador;
 Em um trocador de calor colocado em série ou paralelo
com o condensador (se este for resfriado a água).
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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Subresfriamento do Líquido Refrigerante
Observando o diagrama da p x h para
subresfriamento pode-se concluir que:
 O ciclo com subresfriamento apresenta efeito
refrigerante maior do que o ciclo saturado,
consequentemente, no ciclo com subresfriamento
necessita-se de menor massa de fluido
refrigerante para a mesma carga térmica;
 O volume específico do vapor aspirado pelo
compressor é o mesmo nos dois ciclos, entretanto,
no ciclo com subresfriamento necessita-se de
menor volume de vapor aspirado devido à redução
de massa;
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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Subresfriamento do Líquido Refrigerante
Observando o diagrama da p x h para
subresfriamento pode-se concluir que: (Continuação)
 A potência teórica de compressão - 𝑊𝐶𝑃 do ciclo
com subresfriamento também é menor devido à
redução da massa, já que o calor de compressão
por unidade de massa é o mesmo;
 Se o subresfriamento ocorrer fora do
condensador, o calor liberado no condensador
será menor no ciclo com subresfriamento devido à
redução da massa.

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Subresfriamento do Líquido Refrigerante
As medições devem ser feitas com o equipamento
operando dentro das condições de projeto da instalação
para permitir alcançar a performance desejada.
Para o fluido refrigerante R-22, por exemplo, se o
subresfriamento estiver entre 8 e 11 (°C) a carga de
fluido está correta.
Se estiver abaixo desta faixa, deve-se adicionar
massa de fluido refrigerante até que a faixa
recomendada seja atingida
Se estiver acima dos valores da faixa, deve-se
remover massa de fluido refrigerante, mantendo-a
dentro da faixa recomendada.
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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 1. Considere um cilindro de volume interno igual


a 0,14 (m³), contendo 10 (kg) de refrigerante R–134a.
O cilindro é usado para fins de reposição de
refrigerante em sistemas de refrigeração. Em dado dia
a temperatura ambiente é de 26 (°C). Admita que o
refrigerante dentro do cilindro está em equilíbrio
térmico com o meio ambiente e determinar a massa de
refrigerante no estado líquido e no estado de vapor no
interior do cilindro.

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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Exercício 2. Uma instalação frigorífica opera segundo o ciclo padrão de
compressão mecânica de vapor utilizando refrigerante R-134a, desenvolve
65 (kW) de refrigeração, operando a uma temperatura de evaporação de –
10 (°C) e uma temperatura de condensação de 38 (°C). Determinar o que se
pede e comentar os resultados:
a) O efeito de refrigeração, em (kJ/kg);
b) A vazão mássica de refrigerante, em kg/s;
c) O trabalho de compressão ideal, em (kW);
d) O deslocamento volumétrico do compressor, em (m3/s);
e) O calor rejeitado para o ambiente externo pelo condensador, em (kW);
f) O COP da máquina frigorífica;
g) O COPBC da bomba de calor;
h) O título e o volume específico do refrigerante na saída do dispositivo
medidor;
i) O volume específico do refrigerante na saída do dispositivo medidor;
j) A fração de volume ocupado pelo líquido;
k) O trabalho e compressão real para uma compressão adiabática com
eficiência isentrópica, hISE = 0,7, em (kW);
l) A perda de efeito de refrigeração, em (kJ/kg);
m) Refazer o problema para os refrigerantes R-407c e R-717.
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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 3. Determinar o subresfriamento e o


superaquecimento do sistema de uma câmara fria, que
opera com R-22, visando o balanceamento frigorífico
do equipamento, conhecendo-se as leituras abaixo e
comentar os resultados:
- Leitura no manômetro de alta: 254,4397 (psi);
- Leitura da temperatura da linha de líquido: 45 (°C);
- Leitura no manômetro de baixa: 70,0097 (psi);
- Leitura da temperatura da linha de sucção: 15 (°C).

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

Perda de Pressão

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Perda de Pressão
Vencendo o atrito, tanto interno (dentro do
fluido), como externo (superficial), o fluido
refrigerante ao percorrer os componentes do ciclo de
refrigeração, sofre um conjunto de quedas de pressão,
que pode ser agravada pela condição de limpeza de cada
um dos componentes.
Quando um refrigerante flui através das
tubulações, do evaporador, do condensador, do coletor,
e através das válvulas e das passagens pelo compressor,
ele encontra restrições, as quais devem ser vencidas.

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Diagrama p x h com o Efeito da Perda de Pressão

Ciclo
Ideal

Ciclo
Real

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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Perda de Pressão
No diagrama p x h de um ciclo real, pode-se perceber uma
ilustração da perda de pressão que ocorre em várias partes do
sistema, onde cada trecho representa:
 B’ C’: perda no evaporador, ∆p = pB' – pC';
 C’ C’’: perda na linha de sucção, ∆p = pC' – pC'';
 C’’ C’’’: perda de pressão nas válvulas de admissão e nas
passagens internas do compressor, ∆p = pC'' – pC''';
 C’’’ D’’: perda no processo de compressão. O vapor no cilindro é
comprimido a uma pressão consideravelmente acima da média
da pressão de condensação. Isto é necessário a fim de, forçar
o vapor a sair do cilindro através das válvulas de escape,
contra a pressão de condensação e a pressão adicional
ocasionada pelas molas das válvulas de escape;.
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CICLO REAL DE REFRIGERAÇÃO DE UM
ESTÁGIO
Perda de Pressão
No diagrama p x h de um ciclo real, pode-se perceber
uma ilustração da perda de pressão que ocorre em várias
partes do sistema, onde cada trecho representa:
(Continuação)
 D’’ D’: perda de pressão nas válvulas de escape para
forçar sua abertura, ∆p = pD'' – pD';
 D’ A: perda de pressão na linha de descarga e no
condensador, ∆p = pD' – pA;
 A A’: perda de pressão na linha de líquido, ∆p = pA – pA';
 A’ B’: processo de expansão, ∆p entre o evaporador e o
condensador.

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CICLO DE REFRIGERAÇÃO DE UM ESTÁGIO

Ciclo Simples Real de Refrigeração

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

CICLOS DE
REFRIGERAÇÃO:
SIMPES E EM
CASCATA
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CICLO DE REFRIGERAÇÃO DE UM ESTÁGIO
Ciclo de Refrigeração de Carnot

𝑪𝒂𝒓𝒈𝒂 𝒅𝒆 𝑹𝒆𝒇𝒓𝒊𝒈𝒆𝒓𝒂çã𝒐 𝑸𝟎
𝑪𝑶𝑷𝑹 = =
𝑻𝒓𝒂𝒃𝒂𝒍𝒉𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝑾𝑪𝑷
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CICLO DE REFRIGERAÇÃO DE UM ESTÁGIO
Ciclo de Refrigeração de Carnot - Refrigerador
𝑄0 𝑄0
𝐶𝑂𝑃𝑅 = =
𝑊𝐶𝑃 𝑄𝐻 − 𝑄0
𝑇𝐸𝑉 ∙ ∆𝑆
𝐶𝑂𝑃𝑅 =
𝑇𝐶𝐷 ∙ ∆𝑆 − 𝑇𝐸𝑉 ∙ ∆𝑆
𝑇𝐸𝑉
𝐶𝑂𝑃𝑅 =
𝑇𝐶𝐷 − 𝑇𝐸𝑉
Conclui-se que, para
otimizar o COPR, deve-se optar
por:
- Uma TEV tão alta quanto
possível;
- Uma TCD tão baixa quanto
possível
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CICLO DE REFRIGERAÇÃO DE UM ESTÁGIO
Ciclo de Refrigeração de Carnot – Bomba de Calor
𝑄𝐻 𝑄𝐻
𝐶𝑂𝑃𝐵𝐶 = =
𝑊𝐶𝑃 𝑄𝐻 − 𝑄0
𝑇𝐶𝐷 ∙ ∆𝑆
𝐶𝑂𝑃𝐵𝐶 =
𝑇𝐶𝐷 ∙ ∆𝑆 − 𝑇𝐸𝑉 ∙ ∆𝑆
𝑇𝐶𝐷 𝑇𝐸𝑉
𝐶𝑂𝑃𝐵𝐶 = = +1
𝑇𝐶𝐷 − 𝑇𝐸𝑉 𝑇𝐶𝐷 − 𝑇𝐸𝑉
Conclui-se que, para
otimizar o COPBC, deve-se optar
por:
- Uma TEV tão alta quanto
possível;
- Uma TCD tão baixa quanto
possível
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

CÂMARA FRIA E
CÂMARA
FRIGORÍFICA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA
Uma câmara fria é composta por diferentes
módulos, que podem ser expandidos ou reduzidos
conforme cada necessidade. Isso a torna extremamente
versátil, capaz de atender diferentes demandas de
diferentes negócios.
Câmaras frias se dividem entre dois principais
tipos: a câmara de resfriados e a de congelados.
Elas se distinguem no alcance de temperatura, a
câmara de resfriamento de produtos atinge 0 (°C) e a de
congelamento de produtos pode chegar até – 20 (°C).
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

PROJETO DE UMA
CÂMARA FRIA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
PROJETO DE CÂMARA FRIA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA
A função básica de uma câmara fria é garantir a
conservação dos produtos armazenados, de duas formas:
 Através do processo de resfriamento – que é a
diminuição da temperatura de um produto desde, a
temperatura inicial ou ambiente – T0, até a temperatura
de congelamento - TC, em geral, próximo a 0 (°C). Essas
unidades são conhecidas como de média pressão de
retorno ou pressão de retorno do meio – PRM.
 Através do processo de congelamento – que é a
diminuição da temperatura de um produto abaixo da TC do
produto. Essas unidades são conhecidas como de baixa
pressão de retorno – BPR, geralmente usada nas câmaras
frigoríficas.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA
Para selecionar uma câmara fria é preciso que se
conheçam algumas informações tais como:
 Natureza do produto;
 Pressão de retorno;
 Frequência de entradas e saídas dos produtos durante a
semana;
 Planos de produção e colheita;
 As temperaturas dos produtos ao entrarem nas câmaras;
 Quantidade diária (kg/dia) de produtos a serem mantidos
resfriados, congelados, ou que devam ser resfriados ou
congelados rapidamente;
 Tipo de embalagem;
 Temperaturas internas;
 Umidade relativa interna e externa;
 Duração da estocagem, por produto;
 Método de movimentação das cargas.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA
Neste tipo de equipamento o controle de
temperatura é muito mais preciso.
Ao se lidar com a conservação de produtos
perecíveis, não há espaços para erros e oscilações de
temperatura. É por isso que câmaras frias proporcionam
um controle superior da temperatura interna.
Esse controle pode ser feito através de
controladores digitais, localizados no quadro elétrico do
equipamento. Por meio desses dispositivos é possível
monitorar todas as variáveis que controlam a
temperatura e outros processos como os intervalos de
degelo, duração do degelo e ventilação.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

Componentes das
Câmaras Frias

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA
Assim como em outros sistemas em uma câmara fria
tem-se os seguintes componentes:
 Unidade evaporadora;
 Válvula de expansão termostática;
 Válvula solenoide;
 Válvula reguladora de pressão;
 Separador de óleo;
 Separador de líquido;
 Quadro elétrico;
 Visor de líquidos;
 Iluminação e sirene;
 Unidades condensadora;
 Tubulações de interligação;
 Isolamento térmico;
 Fluido de trabalho.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Componentes

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIGORÍFICA – Componentes

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Unidade Evaporadora

Legenda: 1 - Filtro secador; 2 - Visor de líquido e indicador de umidade;


3 - Válvula de expansão termostática, 4 - Válvula solenoide
(Fonte: Macquay)
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Unidade Evaporadora
Este equipamento é instalado no interior da câmara
fria e tem a função de coleta do calor dos produtos
armazenados e realizar o insuflamento do frio no
ambiente interno do equipamento.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Válvula de Expansão
Componente localizado entre a entrada do evaporador
e o condensador, a válvula de expansão termostática também
é um dos componentes principais da câmara fria.
Além de garantir que haja somente gás refrigerante (na
vazão e quantidade suficientes) na entrada do evaporador, ela
também é utilizada para reduzir a pressão do gás refrigerante
decorrente do condensador.
Desta forma, ele
separa as tubulações de
alta pressão, da tubulação
de baixa pressão.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Unidade Condensadora

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Válvula Solenoide
A válvula solenoide é um componente da câmara
fria responsável pelo controle de fluxo líquido ou gasoso.
Em sistemas de grande porte, a válvula solenoide
de ação indireta é controlada por piloto.
Pode variar a quantidade de vias, de acordo com a
necessidade em sua ação.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Válvula Reguladora de Pressão
As Válvulas Reguladoras de Pressão – VRP
ou os reguladores de condensador podem ser
instalados no lado de gás ou de líquido do
condensador em sistemas de refrigeração e de ar
condicionado.
As VRPs são usados para manter uma
pressão de condensação constante e
suficientemente alta em sistemas que utilizam
condensadores de ar resfriado.
Estas válvulas são usados para proteger o
motor do compressor contra a sobrecarga ocorrida
durante a inicialização após longos períodos de
inatividade ou após períodos de degelo.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Separador de Óleo

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Separador de Líquidos

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

CÂMARA FRIA – Visor de Líquidos

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Unidade Condensadora
Este equipamento é instalado na área externa da
câmara fria e tem a função de rejeitar do calor do fluido
refrigerante para o ambiente onde está instalado o
equipamento.

Unidade de Resfriados Unidade de Resfriados


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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIGORÍFICA – Unidade Condensadora
Este equipamento é instalado na área externa da
câmara frigorífica e tem a função de rejeitar do calor
do fluido refrigerante para o ambiente onde está
instalado o equipamento.

Unidade de Congelados Unidade de Congelados


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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIGORÍFICA – Unidade Condensadora

Unidade de Congelados
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIGORÍFICA – Unidade Condensadora
A diferença entre as unidades condensadoras da
unidades de resfriado e de congelado é que na unidade de
congelados existem mais equipamentos que protegem o
compressor, como o separador de líquidos e de óleo, além da
válvula reguladora de pressão, para baixas temperaturas.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Tubulações
Este é o componentes
de interligação entre a
unidade condensadora e
evaporadora.
Preferencialmente as
tubulações deve ser de cobre
com isolamento térmico em
toda a sua extensão.
As conexões devem ser
juntas por processos de
brasagem (soldas).
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Tubulações
As tubulações são os
componentes responsáveis
por transferir o gás
refrigerante entre os
componentes do sistema de
Refrigeração. Elas podem ter
diâmetros adequados,
conforme a capacidade de
cada sistema de refrigeração
ou com a finalidade do
serviço.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Quadro Elétrico
Este é o componentes é
responsável pelo controle dos
parâmetros de funcionamento da
câmara fria.

Nos quadros elétricos


existem, além do controle de
temperatura, as botoeiras de
partida e de parada, os fusíveis
de proteção e o acionamento da
iluminação interna.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Isolamento Térmico

O isolamento térmico consiste em proteger as


superfícies internas aquecidas por um determinado
produto, como as paredes de um forno, ou resfriadas,
como paredes de um resfriador, através da aplicação de
materiais que tenham baixa condutividade térmica (K).

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Isolamento Térmico
Este é o componentes é responsável
pela contenção da carga térmica de calor no
interior da fria.
O isolamento é construído em placas
com materiais isolantes, projetados e montados,
a fim de isolar todas as perdas de calor do espaço
refrigerado.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Isolamento Térmico

O isolamento térmico é a forma mais eficiente de


conservar o frio. Tecnicamente consiste em minimizar a
transmissão de energia calorífica entre espaços
contíguos.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Fluido de Trabalho
O componente fundamental para o sistema da
câmara fria é o fluído refrigerante, mais conhecido
como gás ou também fluído frigorífico.
O fluido tem como objetivo absorver o calor do
ambiente refrigerado, consecutivamente destinando-o
até o condensador.
O gás possui ponto de condensação e de
evaporação muito específicos para mudar do estado
líquido para o estado gasoso com muita facilidade, e
essas mudanças acontecem dentro do evaporador e do
condensador.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Fluido de Trabalho
O gás refrigerante para câmara fria e possui uma
composição molecular que pode ser alterada, conforme a
sua aplicação. Por essa razão, há disponível no mercado
distintos tipos de gás refrigerante para câmara fria,
como, por exemplo:
 Hidrocarbonetos halogenados e puros;
 Dióxido de carbono e dióxido de enxofre;
 Amônia;
 Metano.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA – Fluido de Trabalho
O gás refrigerante para câmara fria tem por
característica básica absorver o calor do ambiente e resfriá-
lo, alternando-se entre a fase líquida e a fase gasosa.
Em linhas gerais, o gás refrigerante para câmara
fria pode ser considerado como uma substância que atua na
refrigeração de modo seguro e eficaz, por meio de
propriedades físicas, químicas e termodinâmicas.

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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Exercício 4. Na instalação frigorífica da figura a seguir foram
coletados os seguintes dados:
 Leitura no manômetro de baixa, 0,1440 (MPa);
 Leitura no manômetro de alta, 1,2883 (MPa);
 Temperatura do fluido frigorífico na entrada da válvula de
expansão 30 (°C).
Sabendo-se que o referido sistema utiliza R-22 como fluido
frigorífico, determinar o que se pede e comentar os
resultados:
a) As temperaturas de condensação e de evaporação;
b) A temperatura do fluido frigorífico na entrada e na saída
do compressor;
c) Construir o ciclo frigorífico no diagrama p x h;
d) Sabendo que o evaporador deve retirar 10 (kW) do
interior da câmara frigorífica, calcular a potência de
compressão e o COP.
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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Exercício 4. Esquemas e Diagramas.

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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Exercício 4. Esquemas e Diagramas.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

MONTAGEM DE
UMA CÂMARA FRIA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
CÂMARA FRIA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
MONTAGEM DE UMA CÂMARA FRIA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

CICLO SATURADO
DUPLO ESTÁGIO
DE COMPRESSÃO
DE VAPOR
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Em algumas aplicações industriais que exigem
temperaturas moderadamente baixas e o intervalo de
temperaturas que ela envolvem pode ser grande demais
para que um ciclo de refrigeração por compressão
mecânica de vapor seja praticado.
Um grande intervalo de temperatura significa um
grande intervalo de pressão no ciclo e um coeficiente de
performance ruim de um processo alternativo.
Uma forma de lidar com tais situações é executar o
processo de refrigeração em estágios, ou seja, ter dois ou
mais ciclos de refrigeração que operem em série. Tais
ciclos de refrigeração são chamados de ciclos de
refrigeração em cascata.
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CÂMARAS FRIGORÍFICA COMERCIAIS

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CÂMARAS FRIGORÍFICA INDUSTRIAIS

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Os sistemas de múltiplos estágios visam atender
instalações na área de refrigeração como:
supermercados, com várias câmaras frias que
necessitam mais de um evaporador ou instalações de
baixas temperaturas como:
 Laticínios: com temperaturas de evaporação em torno
de TEV = – 35 (°C);
 Indústrias químicas: com TEV = – 100 (°C) ou
 Liquefação de gás natural: com TEV = – 161 (°C).

Os sistemas de múltiplos estágios também podem


ser usados em bombas de calor, onde o condensador
opera a temperatura muito elevada, TCD = 70 (°C).
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Simbologia de uma Câmara Fria ou Frigorífica

Vapor Superaquecido
Líquido Saturado
Vapor Úmido
Vapor Saturado
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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Exercício 5. Na instalação frigorífica da figura a seguir foram
coletados os seguintes dados:
 Leitura no manômetro de baixa, 0,1440 (MPa);
 Leitura no manômetro de alta, 1,2883 (MPa);
 Temperatura do fluido frigorífico na entrada da válvula de
expansão 30 (°C).
Sabendo-se que o referido sistema utiliza R-22 como fluido
frigorífico, determinar o que se pede e comentar os
resultados:
a) As temperaturas de condensação e de evaporação;
b) A temperatura do fluido frigorífico na entrada e na saída
do compressor;
c) Construir o ciclo frigorífico no diagrama p x h;
d) Sabendo que o evaporador deve retirar 10 (kW) do
interior da câmara frigorífica, calcular a potência de
compressão e o COP.
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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 6. Considerando a instalação frigorífica a seguir:


Utilizando os sistemas com dois compressores em
paralelo, dois compressores em série e um compressor e
uma válvula redutora de pressão. Determinar o que se
pede e comentar os resultados:
a) Montar o sistema de refrigeração;
b) Representar o sistema no diagrama p x h;
c) Calcular o COP do sistema.

Dados: ∆T = a 6 (°C);
Temperatura de condensação = 35 (°C);
Fluido utilizado: R-22;
Que não há superaquecimento;

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EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO
Exercício 6. Esquema do Exercício:

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

INSTALAÇÃO DE
REFRIGERAÇÃO
COM VÁRIOS
EVAPORADORES
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
INSTALAÇÃO COM VÁRIOS EVAPORADORES
Câmaras Frigoríficas com Temperaturas Próximas.
Neste tipo de câmara as temperaturas das diversas
ambiente internos são muito próximas, como por exemplo,
duas câmaras de 0 (°C) e – 5 (°C).
Nesta situação a melhor solução seria uma
instalação completa e independente para cada câmara,
porém esta solução é a mais cara.
Os produtos de uma câmara avariada podem ser
remanejados para outra câmara. Outra alternativa seria
utilizar o sistema mostrado na a seguir, onde as
diferenças de temperatura são obtidas mediante o cálculo
da área de cada evaporador.
A menor das temperaturas das câmaras é que
determina a pressão de sucção da instalação.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Instalação com Vários Evaporadores

Câmaras Frigoríficas com Temperaturas Próximas.


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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Instalação com Vários Evaporadores

𝑻𝑬𝑽 = 𝑻𝑰𝒏𝒕 − ∆𝑻

Câmaras frigoríficas
com temperaturas
próximas.

𝑸 =↓ 𝑨 ∙ 𝑼 ∙ ∆𝑻 ↑

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
INSTALAÇÃO COM VÁRIOS EVAPORADORES
Câmaras Frigoríficas com Temperaturas
Bastante Diferentes

Este tipo de câmara é indicado para cargas


térmicas bastante diferentes e utiliza um compressor
para todo o sistema e uma válvula reguladora de pressão
- VRP para a câmara de maior temperatura, que funciona
segundo uma transformação irreversível, introduzindo
perdas inevitáveis ao sistema.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Câmaras Frigoríficas com um compressor e uma
válvula reguladora de Pressão - VRP

Câmaras Frigoríficas com Temperaturas Bastante


Diferentes.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Câmaras Frigoríficas com um Compressor e
uma Válvula Reguladora de Pressão - VRP

𝑻𝑬𝑽 = 𝑻𝑰𝒏𝒕 − ∆𝑻

Câmaras Frigoríficas
com Temperaturas
Bastante Diferentes.
𝑸 =↓ 𝑨 ∙ 𝑼 ∙ ∆𝑻 ↑

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Os sistemas com dois compressores em paralelo e dois
compressores em série, indicados quando as cargas
térmicas são próximas.

Câmaras Frigoríficas com Temperaturas Bastante


Diferentes.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Câmaras Frigoríficas com um Compressor em Paralelo

𝑻𝑬𝑽 = 𝑻𝑰𝒏𝒕 − ∆𝑻

Câmaras Frigoríficas
com Temperaturas
Bastante Diferentes.
𝑸 =↓ 𝑨 ∙ 𝑼 ∙ ∆𝑻 ↑

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Os sistemas com dois compressores em série

Câmaras Frigoríficas com Temperaturas Bastante


Diferentes.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 13/12/2021 92
CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Câmaras Frigoríficas com um Compressor em Série

𝑻𝑬𝑽 = 𝑻𝑰𝒏𝒕 − ∆𝑻

Câmaras Frigoríficas
com Temperaturas
Bastante Diferentes.
𝑸 =↓ 𝑨 ∙ 𝑼 ∙ ∆𝑻 ↑

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

Instalação de
Refrigeração para
Obtenção de Baixas
Temperaturas
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Instalação para Obtenção de Baixas Temperaturas
Quando a diferença entre as temperaturas da fonte
quente e da fonte fria do ciclo de refrigeração é muito
elevada, a relação de compressão, 𝑹𝑪𝑪𝑹 = 𝒑𝑪𝑫 𝒑𝑬𝑽 a ser
vencida pelo compressor atinge valores altos, acarretando
um abaixamento no rendimento volumétrico - ηV e uma
elevação da temperatura de descarga do compressor,
provocando uma carbonização do óleo, aumentando o perigo
de explosão e tornando mais fácil o ataque das válvulas
(corrosão), além disso, a relação de compressão alta requer
um compressor de grandes dimensões, onde torna-se
aconselhável o uso da compressão por estágios.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Instalação para Obtenção de Baixas Temperaturas
Acrescenta-se ainda que o fato de que a
compressão por estágios permite, por meio da
refrigeração intermediária, a redução do trabalho de
compressão e, portanto, o aumento de rendimento
frigorífico da instalação.
Assim, quando RCCR > 9, a compressão deve ser feita
em estágios e a partir das condições ambientes, e
dependendo do fluido frigorífico utilizado, como dados
práticos em função da temperatura de evaporação os
números de estágios recomendados são:
TEV > – 35 (°C), 1 estágio de compressão;
– 70 (°C) < TEV < – 35 (°C), 2 estágios de compressão;
TEV < – 70 (°C), 3 ou mais estágios de compressão.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Ciclo de Expansão Fracionada
Na expansão fracionada o fluido refrigerante no
estado líquido expande-se até uma pressão intermediária,
do separador de líquido, onde as fases líquidas e vapor
separam-se e a seguir o líquido continua a expandir-se até
à pressão mais baixa para o vapor ser comprimido em
estágios, a partir desta pressão.
Utilizando o separador de líquido é possível
realizar-se uma economia na potência requerida de um
sistema de refrigeração se o vapor que é gerado no
processo de expansão entre o condensador e o
evaporador é removido e recomprimido antes de
completar a sua expansão.
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Ciclo de Expansão Fracionada

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 13/12/2021 98


CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Ciclo Combinado de Expansão Fracionada e Resfriamento
Intermediário
No ciclo combinado de expansão fracionada e
resfriamento intermediário do refrigerante a uma
pressão intermediária - pInt é um processo
geralmente adotado em instalações com dois estágios
de compressão, a fim de reduzir o superaquecimento
com que o mesmo deixa o estágio de baixa pressão.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Tipos de Instalação de Câmaras Frigoríficas
Ciclo Combinado de Expansão Fracionada e Resfriamento
Intermediário

𝒑𝑰𝒏𝒕 = 𝒑𝑪𝑫 ∙ 𝒑𝑬𝑽

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA

CICLO DE
REFRIGERAÇÃO EM
CASCATA

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
São ciclos básicos independentes tendo em comum
a troca térmica entre o evaporador do ciclo de alta e o
condensador do ciclo de baixa.
Pode-se utilizar o mesmo fluido frigorífico nos dois
ciclos (caso este em que valores extremos de pressão e
volume específico podem causar alguns problemas) ou
pode-se utilizar fluidos diferentes.
O sistema em cascata é empregado, quando a
diferença das temperaturas limites do ciclo atinge
valores elevados, ou seja, acima de 100 (°C), respeitando
a temperatura de solidificação do fluido, devido à
impossibilidade de se encontrar um refrigerante que se
comporte igualmente bem nas regiões de alta (pressão
aproxima-se do ponto crítico) e de baixa pressão
(problemas de vedação difíceis de contornar).
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Neste caso, um primeiro fluido, cuja temperatura
crítica é bastante elevada, funciona no ciclo de
refrigeração que cria diferenças de temperaturas entre
o meio ambiente e uma temperatura intermediária, que
servirá como fonte quente do ciclo de refrigeração de um
segundo fluido, que se caracteriza por ter elevadas
pressões de saturação mesmo a baixas temperaturas.
Nesses sistemas, o problema da migração de óleo
de um compressor para outro, observado em sistemas de
duplo estágio de compressão, é eliminado, uma vez que os
ciclos são desacoplados.

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Ciclo de Refrigeração em
Cascata de Dois Estágios
𝒎𝒇𝑨 ∙ 𝒉𝟓 − 𝒉𝟖 = 𝒎𝒇𝑩 ∙ 𝒉𝟐 − 𝒉𝟑

𝒎𝒇𝑨 𝒉𝟐 − 𝒉𝟑
=
𝒎𝒇𝑩 𝒉𝟓 − 𝒉𝟖

𝑸𝑭
𝑪𝑶𝑷𝑹,𝑪𝒂𝒔𝒄𝒂𝒕𝒂 =
𝑾𝑳𝒊𝒒,𝒆

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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Ciclo de Refrigeração em Cascata de Dois Estágios

𝒎𝒇𝑨 ∙ 𝒉𝟓 − 𝒉𝟖 = 𝒎𝒇𝑩 ∙ 𝒉𝟐 − 𝒉𝟑

𝒎𝒇𝑨 𝒉𝟐 − 𝒉𝟑
=
𝒎𝒇𝑩 𝒉𝟓 − 𝒉𝟖

𝑸𝑭
𝑪𝑶𝑷𝑹,𝑪𝒂𝒔𝒄𝒂𝒕𝒂 =
𝑾𝑳𝒊𝒒,𝒆

𝒎𝒇𝑩 ∙ 𝒉𝟏 − 𝒉𝟒
𝑪𝑶𝑷𝑹,𝑪𝒂𝒔𝒄𝒂𝒕𝒂 =
𝒎𝒇𝑨 ∙ 𝒉𝟔 − 𝒉𝟓 + 𝒎𝒇𝑩 ∙ 𝒉𝟐 − 𝒉𝟏
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CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Ciclo de Refrigeração em Cascata de Dois Estágios

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 13/12/2021 106


CICLOS DE REFRIGERAÇÃO: SIMPLES E
EM CASCATA
Ciclo de Refrigeração em Cascata de Dois Estágios

É possível concluir que a capacidade volumétrica de


um compressor de com fluido refrigerante R-13, operando a
– 70 (°C), deveria ser 1/14 daquela do compressor de R-12.
Por outro lado, sob uma condição de parada, quando o
sistema atingisse uma temperatura próxima à do ambiente
25 (°C), a pressão no circuito de R-13 atingiria valores da
ordem de 3.500 a 4.000 (kPa), elevados para as espessuras
de paredes de tubos e vasos geralmente adotados, daí a
necessidade do sistema de baixa temperatura ser dotado
de um tanque de expansão.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 13/12/2021 107
EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 7. Uma instalação frigorífica que utiliza R-22


opera entre temperaturas de evaporação e condensação
iguais, respectivamente, a – 30 (°C) e 35 (°C). A pressão
intermediária corresponde a uma temperatura de
saturação de 0 (°C). Se a capacidade frigorífica da
instalação é de 150 (kW). Admitindo que tanto o
refrigerante líquido que deixa o condensador quanto o
vapor que deixa o evaporador estejam ambos saturados e
que os processos de compressão sejam isentrópicos,
determinar o que se pede e comentar os resultados:
a) A potência de compressão;
b) A vazão volumétrica na aspiração do compressor.

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 13/12/2021 108


EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO

Exercício 8. Uma instalação frigorífica que utiliza R-22


opera entre temperaturas de evaporação e condensação
iguais, respectivamente, a – 30 (°C) e 35 (°C). A pressão
intermediária corresponde a uma temperatura de
saturação de 0 (°C). Se a capacidade frigorífica da
instalação é de 150 (kW). Admitindo que tanto o
refrigerante líquido que deixa o condensador quanto o
vapor que deixa o evaporador estejam ambos saturados e
que os processos de compressão sejam isentrópicos,
determinar o que se pede e comentar os resultados:
a) A potência de compressão;
b) A vazão volumétrica na aspiração do compressor.

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REVISÃO
Assuntos das Aulas
 Ciclo Real de Refrigeração por Compressão de Vapor;
 Superaquecimento;
 Subresfriamento;
 Perda de Pressão.
 Ciclo de Refrigeração por Compressão de Vapor:
 Simples;
 Em Cascata.
 Câmaras Frias e Frigoríficas;
 Instalação de Refrigeração:
 Com Vários Evaporadores;
 Com Compressores:
 Em Paralelo;
 Em Série.
 Obtenção de Baixas Temperaturas:
 Exercícios de Aplicação;
 Revisão.
Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 13/12/2021 110
AGRADECIMENTO

MUITO OBRIGADO!

Prof. Cruz dos Santos, Dr. Eng. 13/12/2021 111

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