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A cada dia fica mais comum, em nossas igrejas, termos de orientar casais em
conflitos, famílias vítimas de violências, outras desestruturadas economicamente, jovens
envolvidos com drogas, casamentos precoces, e pastorear, com muita frequência,
pessoas com depressão, câncer, Alzheimer e outras doenças graves.
A síndrome de Burnout
Tenho observado que existe um crescente número de pastores que vêm
desenvolvendo problemas de saúde devido ao desgaste como cuidador ou demonstram a
síndrome de Burnout (descoberta na década de 70). É um distúrbio psíquico de caráter
depressivo, caracterizado pelo esgotamento físico e mental. Burnout é uma expressão
inglesa (“to burn out” que significa queimar por completo. O esgotamento está
relacionado com o estresse causado pelo “trabalho como cuidador”. E o ofício pastoral
nada mais é que cuidar espiritualmente, fisicamente etc.
Comportamento de risco - Suicídio: conversas que dizem que a vida não vale à
pena ou por que Judas não foi salvo? - tais assuntos têm como alvo defender o suicídio.
Sintomas emocionais: alto nível de impaciência, distanciamento afetivo como
forma de proteção do ego, frequentes conflitos interpessoais, sentimentos de solidão,
irritabilidade, ansiedade, baixa tolerância à frustração, dificuldade de concentração
impotência, declínio no desempenho profissional (pastorado), apatia e negação.
O que fazer?
Não podemos nos esquecer de que a obra não é nossa e sim de Deus e, no
demais, nem sempre podemos ter como crescimento somente números. Existem outros
crescimentos além do numérico. Como queremos produzir para o reino, não devemos
viver uma vida apenas de ativismo, “sacrificando” a nós mesmos, à família e até a igreja
em buscas de resultados imediatos.
Que Deus nos ajude a aprender a cuidar bem de nosso corpo para, assim, durante
muitos anos, podermos cuidar com eficiência da obra que Ele nos confiou.
Trabalharmos, sim, mas com moderação e inteligência, para fugirmos de um estresse
que venha nos impedir de servi-lo.
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Fonte: Jornal Aleluia 372, de março/abril de 2012, pp. 8 e 9