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PERGUNTA
Nome: Rafael Tom
Enviada em: 15/10/2006
Local: Rio de Janeiro - RJ, Brasil
Religião: Outras
Escolaridade: Superior em andamento
Profissão: Autor
-Se você é a favor da criminalização do aborto (ou melhor, para vocês é bonitinho
intitularem-se contra o aborto) é porque vocês são a favor da pena de morte para a mulher que
aborta.
--Como se não bastasse, vocês que não querem a legalização do aborto são a favor do
aborto.
Nos países onde o aborto é legalizado, caiu o número de mortes maternas e também o de
interrupções de gravidez
http://www.radiobras.gov.br/materia_i_2004.php?materia=234449
Já dissemos isso várias vezes, mas isso vocês não querem saber. ----Nós queremos que
não haja aborto, enquanto vocês querem----. Vocês querem a mulher num picadeiro de circo
sendo a palhaça principal, querem a mulher que não quer a sua gravidez como a Maria Madalena
no dia que encontrou o seu salvador. Isso é o que vocês desejam para todas elas: a morte, a
humilhação, a marginalização, o aborto.
E enquanto vocês não assumirem este desejo para a mulher, eu sempre vou chamá-los de
hipócritas, porque é isso o que vocês são. Entenderam agora?
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RESPOSTA
Prezado Rafael,
Salve Maria!
“-Se você é a favor da criminalização do aborto (...) é porque vocês são a favor da pena de
morte para a mulher que aborta.”
Pouco nos importa se ser contra o aborto fica bonitinho ou feinho, na sua opinião! É,
isso sim, absolutamente racional, justo e conforme a lei de Deus e o ensinamento da Igreja,
defender o direito à vida humana desde a concepção até a morte natural. Indispensável para
qualquer católico, como nós nos orgulhamos de ser!
“Nas regiões em desenvolvimento, calcula-se que as mortes atribuíveis ao aborto” etc. etc.
(vide acima...) “a taxa agregada de mortalidade devida às complicações do aborto legal em 13
países, a maioria desenvolvidos, para os quais estão disponíveis dados exatos, é de 0,6 mortes
por cada 100.000 abortos”
“No Egito, por exemplo, um terço das mulheres que procuraram tratamento nos 86
hospitais do setor público, aparentemente haviam sofrido um aborto espontâneo, ou seja, não
manifestaram nenhum sinal de aborto induzido e afirmaram que a gravidez foi planejada e
desejada.”
“Dos estimados 5,3 milhões de abortos induzidos na Índia, em 1989, 4,7 milhões
ocorreram fora de estabelecimentos de saúde aprovados, consequentemente, possivelmente em
condições potencialmente inadequadas.”
Por que o texto não nos conta também que na Índia, onde o aborto é amplamente legal,
ocorrem 25% das mortes maternas no mundo ? (consulte o texto transcrito em nosso site "La
legalización del aborto no reduce las tasas de mortalidad materna") Ou ele pretende que,
além de aprovar o aborto, o país exija que todos os matadores de fetos tenham padrão Primeiro
Mundo? Quando muito mais coisas no país carecem de recursos mínimos de qualidade? Por
exemplo, os partos?
Paciência! Mas ele cita outro campeão do direito ao aborto, a antiga União Soviética,
onde o aborto foi permitido por Lênin, já em 1920 (!), e a Albânia – um dos últimos países
comunistas do mundo:
Ora, aí temos três países com aborto legal, e portanto, nos quais as estatísticas podem
ser sinceras, em que o aborto mata uma multidão de mães!
O texto explica: há países, como a Turquia, em que há aborto legal, mas recorre-se
também ao clandestino...
Para os abortos “realizados em clínicas médicas, ocorrem 49 mortes por cada 100.000
procedimentos, enquanto que para mulheres cujos abortos ocorrem fora das clínicas médicas, o
risco de morte quadruplica, isto é 208 mortes por 100.000 procedimentos”.
Ué, 49 mortes para 100.000 abortos, só dos legais e realizados nas melhores
condições? Sem falar nas outras 208 mortes maternas para cada 100.000 “procedimentos”
inadequados, que não foram evitadas pela liberação do aborto? Será que a Turquia não entrou na
lista daqueles 13 países com porcentagem de 0,6 para cada 100.000? Talvez porque os 13
tenham sido selecionados a dedo, entre os que já tinham as taxas menores de mortalidade
materna, independente de maior ou menor liberdade para o aborto???
Que método honesto de fazer estatísticas! Com ele, consegue-se até provar que
liberando um tipo de assassinato, diminuem as mortes!
É verdade que as 100.000 mortes de seres humanos em cada 100.000 abortos
praticados no mundo inteiro também não foram computadas... Pois se o aborto, legal ou ilegal,
traz riscos para a vida da mãe, ele traz a CERTEZA DA MORTE para o filho indefeso! Procure
lembrar-se de citá-los, caro Rafael, na próxima vez em que escrever sobre o aborto.
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Infelizmente, as dúvidas do pobre Rafael ainda não foram todas respondidas...
“Nos países onde o aborto é legalizado, caiu o número de mortes maternas e também o de
interrupções de gravidez.”
Certeza que a Radiobrás escreveu mesmo isso??? Sim, citando uma mulher da ONG
Católicas pelo Direito de Decidir... isto é, da “Organização Internacional Pseudo-católicas pelo
Suposto Direito de Matar os Próprios Filhos”. A notícia refere-se a um debate em que intervêm
várias pessoas. Mas a Radiobrás dá a manchete a essa afirmação INVENTADA! Que feio...
Esse é um axioma dos pregadores pró-aborto, que tem se revelado totalmente falso,
diante das mais elementares constatações.
Preste atenção a esses dados:
Difícil, não? O melhor é admitir logo a realidade dos números: a liberação do aborto É
UM GRANDE INCENTIVO PARA SUA PRÁTICA e, ao invés de diminuir, AUMENTA em muito SEU
NÚMERO!
Não sei o que você quer dizer com “palhaça no picadeiro” nem com “gravidez de Maria
Madalena”... Talvez essas afirmações venham de alguma literatura de baixíssima qualidade que
nem você teve coragem de citar!
“Isso é o que vocês desejam para todas elas: a morte, a humilhação, a marginalização, o
aborto.”
Não, filhinho, nós desejamos para as mulheres a vida, delas e de seus filhos; a honra –
por isso pregamos o mandamento de Deus: “Honrar pai e MÃE”; a inclusão, ao ensinar que a
mulher deve ser respeitada, que as famílias devem ser formadas no cumprimento da lei de Deus,
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que o vínculo matrimonial é indissolúvel, que os filhos são um bem a ser desejado e não um mal a
ser evitado ou ELIMINADO e que as crianças têm direito à vida e a uma educação familiar estável
até chegarem à idade adulta. E desejamos também A ERRADICAÇÃO DA PRAGA DO ABORTO,
como um grande benefício para a mulher e para a sociedade!
In Christe Jesu,
Lucia Zucchi