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RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 – Novo Código de Ética de Enfermagem

É uma atualização do código de ética 311/2007 (possui-a vários capítulos para relacionar suas relações de direto/dever/pena)
o antigo código possui vários capítulos ≠ do novo código com apenas 5 capítulos
I - direitos
o anterior possui-a deveres e responsabilidades
II - deveres
III - proibições
IV - infrações e penalidades
V - aplicação das penalidades
é aplicada a todos os profissionais de enfermagem + atendentes

RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO I – DIREITOS

ART 1º – exercer a enfermagem com seus direitos + tratado sem discriminação de qualquer natureza + direitos humanos
ART 2º – exercer atividades livre de riscos e danos e violências físicas e psicológicas
ART 6º – aprimorar conhecimentos que dão sustentação à prática profissional. at.to DEVERES 54 e 55.
ART 7º – ter acesso a informações relacionadas ao indivíduo/coletivo necessárias ao exercício profissional
ART 8º – requerer ao COREN, de forma fundamentada, diante de ofensa sofrida no exercício ou que atinja a profissão.
ART 11 – formar e participar de comissão de ética de enfermagem e comissões interdisciplinares
ART 12 – sigilo; abster-se de revelar informações confidenciais adquiridos em razão de seu exercício profissional
ART 13 – suspender atividades quando o local de trabalho não oferecer condições seguras, exceto na urgência e emergência
formalizar imediatamente a decisão por escrito e/ou por e-mail ao COREN
ART 14 – aplicar o processo de enfermagem como instrumento metodológico e documentar o cuidado. at.to DEVER 37
ART 16/17 – realizar, conhecer, participar, autoria de atividades no ensino, pesquisa e extensão.
DEVER 56 – estimular, apoiar, colaborar e promover o ensino, pesquisa e extensão aprovadas.
ART 19 – utilizar veículos de comunicação, mídias sociais e meios eletrônicos com finalidades educativas e de interesse social
ART 20 – anunciar a prestação de serviços para os quais detenha habilidades e competências técnico-científicas e legais
ART 21 – negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o desempenho de suas atividades profissionais
ART 22 – recusar-se de executar atividades que não sejam de sua competência ou que não ofereçam segurança ao profissional,
ao Indivíduo/coletivo
ART 23 – quebra de vínculo de relação profissional/usuários quando em risco físico e moral
+ comunicar ao COREN + assegurar a continuidade da assistência de enfermagem
RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO II – DEVERES
ART 24 ao 29 – exercer, relacionar-se, incentivar a enf., comunicar o COREN irregularidades, demissões e recusas segundo CEPE.
ART 30 – cumprir, no prazo estabelecido, determinações, notificações, citações, convocações e intimações do COREN/COFEN
ART 32 ao 34 – colaborar com a fiscalização, manter inscrição do COREN regional atualizada e paga/regularizada.
ART 42 – respeitar o exercício da autonomia da pessoa/representante legal; § antecipou o que pode ser feito quando incapaz.
ART 43 – respeitar privacidade;
ART 44 – prestar assistência p/ segurança na suspensão das atividades (greve = cuidados mínimos)
ART 46 - recusar-se de executar prescrição sem assinatura/número exceto na urgência e emergência
§ 1º recusar se tiver erro ou ilegibilidade; esclarecer para outro profissional ou com mesmo e registrar no prontuário
§ 2º vedado cumprir prescrição à distância exceto na urgência e emergência
ART 48 – prestar assistência p/ qualidade de vida no nascer, viver, morrer e luto. § + cuidados paliativos respeitando a vontade
ART 53 – at.to comunicação e publicidade de imagem e conteúdo veiculados.
ART. 54 estimular; e ART. 55 aprimorar os conhecimentos em benefício do indivíduo/coletivo e desenvolvimento da profissão
ART 57 – cumprir os deveres na pesquisa com seres humanos.
ART 58 – respeitar a ética e direitos autorais em todas as etapas de uma pesquisa
ART 59 – só realizar atribuições que julga capaz técnico, científico e legalmente.
ART 60 – respeitar o meio ambiente

RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO II – DEVERES


QUANDO POSSO QUEBRAR O SIGILO?
ART 52 – manter sigilo de conhecimento em razão da profissão
§ 1º mesmo se “viral” ou falecido
§ 2º revela se for: defesa própria, risco de vida ou atividade multiprofissional
§ 3º mesmo que intimado, pode declarar suas razões éticas de sigilo
§ 4º obrigatório a comunicação p/ órgãos criminais devido violência de criança, adolescentes, idoso e incapaz
§ 5º obrigatório a comunicação p/ órgãos criminais devido violência doméstica e familiar contra mulher
+ risco à comunidade e vítima se conhecer ela ou o responsável previamente

IMPRUDÊNCIA, NELIGÊNCIA E IMPERÍCIA


ART 45 – não realizar assistência com isso; ART 47 – posiciona-se contra e denunciar isto; ART 51 – responsabilizar-se
IMPERÍCIA: desconhecimento teórico; IMPRUDÊNCIA: sem cautela/precipitado; NEGLIGÊNCIA: omissão ou não realizar ação
nos atos coletivos a responsabilidade será atribuída na medida dos atos praticados individualmente

REGISTRO E INFORMAÇÕES DE ENFERMAGEM


ART 35 – apor nome completo legível + número COREN + assinatura ou rubrica do profissional
§ 1º carimbo é facultado, mas se sim rubricar/assinar § 2º certificar assinatura eletrônica em prontuários eletrônicos
ART 36 – registro de informações e do cuidado de forma clara e cronológica;
ART 37 – documentar formalmente o PE de acordo com sua competência
só enfermeiro pode fazer diagnóstico/prescrição; o técnico pode colaborar ou fazer sob supervisão. RESOLUÇÃO COFEN 358/2009
ART 38 – dar informações escritas/verbais, completas e fidedignas, à continuidade da assistência.
ex. passagem de plantão att. anotações de enfermagem: RESOLUÇÃO COFEN 545/2017
RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO III – PROIBIÇÕES
ART 61 e 63 – executar, determinar, provocar, cooperar com atos contrários ao CEPE, competências técnicas e exercício.
ART 62 – ‘’ ‘’ não ofereçam segurança ao profissional, à pessoa, à família e à coletividade
ART 64 – provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com violência contra à pessoa, à família e à coletividade
ART 65 – aceitar emprego, cargo e função deslealmente ou em decorrência de recusa ou demissão relacionada ao CEPE e LEI
ART 66 – permitir que conste seu nome no quadro profissional de empresas ou não trabalhe legalmente.
ART 67 – receber vantagens de pessoas físicas/jurídicas p/ assistência de enf. diferenciada ou com benefícios para si ou outrem
ART 68 – realizar coação, omissão ou suborno com pessoas físicas/jurídicas, quando no exercício da profissão
ART 69 – utilizar de poder p/ impor/induzir ordem, conceitos e preconceito contra dignidade humana ou que dificultam o exercício
ART 70 – utilizar atos de enfermagem para realizar crimes – dentro ou fora do exercício; ART 72 – praticar crime no exercício
ART 75 – praticar ato cirúrgico, exceto nas situações de emergência ou expressamente autorizadas na legislação c/ competência
ART 76 – negar assistência de enfermagem na urgência, emergência, epidemia, desastre e catástrofe; desde que sem risco à si.
ART 82 – colaborar direta ou indiretamente com outros no descumprimento da legislação de transplantes, esterilização humana
reprodução assistida ou manipulação genética
ART 83 – praticar assédio contra qualquer indivíduo por atos ou expressões que atinjam a dignidade/humilhem ou constrangem.
ART 84 – anunciar formação profissional, qualificação e título que não possa comprovar
ART 85 – realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio das organizações da categoria
ART 91 – delegar atividades privativas do enfermeiro a outro emento da equipe de enfermagem, exceto na emergência
§ proibido delegar atividades privativas a outros membros da equipe de saúde
ART 92 – delegar atribuições de enfermagem para acompanhantes/responsáveis pelo paciente, exceto no atendimento domiciliar
ART 93 – eximir-se da responsabilidade legal da assistência prestada sob seus cuidados realizados por alunos/estagiários seus.
ART 94 – apropriar-se/desviar bens financeiros, físicos, públicos ou particulares, sob sua responsabilidade devido o cargo/exercício
RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO III – PROIBIÇÕES

CALÚNIA, INJÚRIA, DIFAMAÇÃO E INFORMAÇÃO FALSA


ART 71 – promover calúnia, injúria e difamação de indivíduos, profissionais de enf e outros e/ou da empresa/área que trabalha.
CALÚNIA: é acusar alguém publicamente de um crime. art. 138 Código Penal
INJÚRIA: é apontar no indivíduo aspecto negativo que fere a honra/dignidade. art. 139 Código Penal
DIFAMAÇÃO: é dizer que a pessoa foi autora de um ato desonroso para os outros. art. 140 Código Penal

INFORMAÇÕES E FALSIDADE
ART 86 – produzir/inserir/divulgar informações inverídicas ou duvidosas sobre o assunto de sua área profissional
§ referenciar casos, situações e fatos, inserir imagens que identifiquem pessoas/locais sem autorização prévia em qualquer meio.
ART 87 – registrar informações incompletas, imprecisas ou inverídicas sobre a assistência de enfermagem prestada
ART 88 – registrar e assinar ações de enfermagem que não executou; permitir isso
ART 89 – disponibilizar acesso a informações e documentos a terceiros que não estão diretamente envolvidos na assistência
exceto se autorizado pelo paciente, representante legal ou por determinação judicial
ART 90 – negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional quando solicitado pelo COREN ou
Comissão de Ética de Enfermagem

EXECUÇÃO DE PRESCRIÇÕES, PROCEDIMENTOS E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS


ART 77 – executar/participar procedimentos e assistência à saúde sem consentimento, exceto risco iminente de morte
ART 78 – administrar medicamentos sem saber indicação, ação da droga, via de adm. e potenciais riscos, respeitando sua formação.
ART 79 – prescrever medicamentos não estabelecidos em programas de saúde pública/rotinas aprovada, exceto na emergência.
ART 80 – executar prescrições e procedimentos que comprometam a segurança da pessoa
ART 81 – prestar serviços que competem a outro profissional, exceto na emergência ou autorizados pela legislação vigente

RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO III – PROIBIÇÕES


ABREVIAÇÃO DA MORTE
ART 74 – promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte da pessoa
EUTANÁSIA: abreviar a vida a fim de promover o fim de um sofrimento (ilegal).
DISTANÁSIA: morte difícil/penosa promoção de tratamento que apenas prolonga a vida biológica sem qualidade de vida.
ORTONÁSIA: parar com a atividades e tratamentos que promovem a vida de forma artificial; estado vegetativo e sem recuperação.
MISTANÁSIA: eutanásia social; morte miserável/antes da hora causada por erro médico, negligência, imprudência ou imperícia

USO INDEVIDO/ILEGAL DO ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO


ART 95 – participar ensino/pesquisa/extensão onde os direitos do indivíduo seja desrespeitado ou ofereça risco/dano previsível
ART 96 – sobrepor os interesses da ciência ao interesse e segurança da pessoa/família e coletividade
ART 97 – falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como usá-los para fins diferentes dos objetivos estabelecidos
ART 98 – publicar resultados de pesquisa que identifiquem o participante do estudo/instituição sem autorização prévia
ART 99 – divulgar ou publicar, em seu nome, produções/instrumentos que não tenha participado ou omitir outros nomes
ART 100 – utilizar dados/informações/opiniões não publicadas, sem referência do autor ou sem sua autorização
ART 101 – apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas sem ter participando ou sem concordância ou concessão dos outros
ART 102 - aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome com autor/coautor em obra técnico-científica

ABORTO E SUAS CARACTERÍSTICAS LEGAIS


ART 73 – provocar aborto ou cooperar com prática destinada a interrupção da gestação; exceto nos casos permitidos por lei vigente
CP art. 128: risco iminente de vida da mãe, estupro e lesão corporal (violência sexual); STF/2012: anencefalia comprovada
Lei Nº 12.845/2013: assistência à mulher violentada sexualmente; STJ/jurisprudência: o depoimento da mulher é o suficiente.
RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO IV – INFRAÇÕES E PENALIDADES
ART 103 – as infrações éticas e disciplinares e suas aplicações pelo CEPE não interferem nos outros dispositivos legais
ART 104 – é infração ética e disciplinar a ação, omissão ou conivência que implique na desobediência do CEPE e normas COF/REN
ART 105 – o profissional responde pela infração ética/disciplinar, que cometer ou contribuir ou obtiver benefício.
ART 106 – a gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos, dos atos praticados ou omissivos e dos resultados
ART 107 – a infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Código de Processo Ético-Disciplinar vigente

OS TIPOS DE PENALIDADES PELO SISTEMA COFEN/COREN

ART 108 – as penalidades são impostas pelo COFEN/COREN conforme o art. 18 da Lei 5.905/73
I – Advertência Verbal II - Multa III – Censura IV – Suspensão do Exercício Prof. l V – Cassação do direito ao Exercício Prof.
§ ADVERTÊNCIA: admoestação/repreensão de forma reservada, registrada no prontuários do mesmo c/ 2 testemunhas
§ MULTA: pagamento obrigatório de 1 a 10 vezes o valor da anuidade da categoria prof., em vigor no ato do pagamento
§ CENSURA: repreensão divulgada nas publicações oficiais do Sistema COFEN/COREN e jornais de grande circulação
§ SUSPENSÃO: proibição do exercício por até 90 dias n/ remunarado + CENSURA + comunicação aos órgãos empregadores
§ CASSAÇÃO: perda do direito ao exercício por até 30 anos + CENSURA
§ 6º as penalidade deverão ser registradas no prontuário do infrator
§ 7º na suspensão e cassação, o profissional terá sua carteira retida no ato de notificação, devolvida após reabilitação
ART 109 – COREN: advertência verbal, multa, censura e suspensão; COFEN: cassação
ART 110 – graduação da penalidade, deve ser imposto:
I – a gravidade da infração
II – as circunstância agravantes e atenuantes da infração
III – o dano causado e o resultado
IV – os antecedentes do infrator

RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO IV – INFRAÇÕES E PENALIDADES


DEFINIÇÃO DE LEVE, MODERADA, GRAVE OU GRAVÍSSIMA
ART 111 – segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso
§ LEVE
ofendam a integridades física/mental/moral + sem causar debilidade
difamar organizações da categoria ou instituições
causem danos patrimoniais e financeiros
§ MODERADA
provoquem debilidade temporária de membro, sentido ou função
dano moral irremediável
+ ou ainda danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros
§ GRAVE
provoquem perigo de morte
debilidade de membro, sentido ou função
dano moral irremediável
+ ou ainda causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros
§ GRAVÍSSIMA
provoquem a morte
debilidade permanente de membro, sentido ou função + dano moral irremediável
RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO IV – INFRAÇÕES E PENALIDADES

CIRCUNSTÂNCIAS ATENUANTES art. 112


I – procurado, logo após a infração, por espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar as consequências do ato
II – ter bons antecedentes profissionais
III – realizar atos sob coação e/ou intimidação ou grave ameaça
IV – realizar atos sob emprego real de força física
V – ter confessado espontaneamente a autoria da infração
Vi – ter confessado espontaneamente com elucidação dos fatos

CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES art. 113


I – ser reincidente
II – causar danos irreparáveis
III – cometer infração dolosamente (intencional/dano previsível)
IV – cometer a infração por motivo fútil ou torpe (sujo/canalha)
V - facilitar ou assegurar a execução, ocultação, impunidade ou vantagem de outra infração
VI – aproveitar-se da fragilidade da vítima
VII – cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou função ou exercício profissional
VIII – ter maus antecedentes profissionais
IX – alterar ou falsificar prova, ou concorrer para desconstrução de fato que se relaciona com o apurada na denúncia.

RESOLUÇÃO COFEN 564/2017 - CAPITULO IV – APLICAÇÃO DAS PENALIDADES


ART 115 - ADVERTÊNCIA VERBAL; ART 116 – MULTA ; ART 117 – CENSURA ; ART 118 - SUSPENSÃO

CASSAÇÃO art. 119


45 – imperícia, negligência ou imprudência (fazer)
64 – violência no exercício da profissão (fazer/cooperar/omisso)
72 – crime, contravenção penal no exercício da profissão (fazer/cooperar)
73 – provocar aborto/interrupção da gravidez intencional
74 – antecipar a morte/eutanásia
80 – prescrição/procedimento que comprometa a segurança (fazer)
82 – transplante, esterilização humana, reprodução assistida ou manipulação genética ilegal
83 – assédio no exercício da profissão (fazer/cooperar)
94 – apropriar-se de bens materiais
96 – ciência > direitos humanos
97 – falsificar resultados de pesquisa

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