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• Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento


• Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho
provoque: (Vide ADPF 54)

• Pena - detenção, de um a três anos.

Marcos Levi dos Santos - levimarcos310@gmail.com - CPF: 081.206.163-24


• Aborto provocado por terceiro

• Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

• Pena - reclusão, de três a dez anos.

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• Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: (Vide
ADPF 54)

• Pena - reclusão, de um a quatro anos.

• Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é
maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o
consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência

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• Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são
aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios
empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de
natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe
sobrevém a morte.

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• Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Vide ADPF
54)

• Aborto necessário

• I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

• Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

• II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de
consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante
legal.

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• Aborto eugênico: abortamento de feto com anencefalia (APDF 54).

• Atenção:

• No aborto necessário/terapêutico, o fato é típico mas não é antijurídico


porque há causa de exclusão de ilicitude (estado de necessidade).

• No aborto humanitário/sentimental, o fato é típico mas não é


antijurídico porque há causa de exclusão de ilicitude (exercício regular
de direito).

• No aborto eugênico o fato nem chega a ser típico, é fato atípico porque,
segundo o STF, é caso de crime impossível (ADPF 54).
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• Nos casos de abortamento permitido é necessária autorização judicial?

• Não.

• Pode ser praticado por quem não é médico?

• Não.

• Precisa do consentimento da gestante?

• Apenas nos abortos sentimental e eugênico.

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• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (FGV - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico) No que toca ao delito de aborto e seus permissivos legais, é correto afirmar que é excepcionalmente admissível na legislação pátria, no caso de aborto eugênico ou aborto humanitário (ou piedoso).

• (FUNCAB - PC-AC - Perito Criminal) Nei Santos, jovem de família conservadora, toma conhecimento de que sua noiva Ana Silva, com quem está prestes a casar, se encontra no segundo mês de gravidez. Preocupado em não decepcionar seus familiares,
Nei faz de tudo para convencer Ana a realizar o aborto. Para tanto, orienta-a a procurar uma conhecida clínica clandestina situada próximo a sua residência. O procedimento abortivo realizado pelo cirurgião Carlos Quintão, provoca em Ana uma lesão leve
(pequena escoriação), em face de seu comportamento negligente. Indique o(s) crime(s) praticado(s) por Nei, Ana e Carlos, respectivamente:

• a) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto praticado por terceiro com consentimento da gestante, em concurso material de crimes com o delito de lesão corporal leve.

• b) consentimento para o aborto, aborto provocado por terceiro com consentimento especialmente agravado e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão corporal de natureza leve.

• c) consentimento para o aborto, consentimento para o aborto e aborto provocado por terceiro.

• d) autoaborto, aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso de crimes com o delito de lesão corporal e aborto praticado por terceiro com consentimento, em concurso formal de crimes com o delito de lesão grave em sentido estrito.

• e) autoaborto, aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante e aborto provocado por terceiro com consentimento da gestante em concurso material com lesão corporal de natureza leve.

• (CESPE - DPE-RN - Defensor Público Substituto) Dalva, em período gestacional, foi informada de que seu bebê sofria de anencefalia, diagnóstico confirmado por laudos médicos. Após ter certeza da irreversibilidade da situação, Dalva, mesmo sem estar
correndo risco de morte, pediu aos médicos que interrompessem sua gravidez, o que foi feito logo em seguida. Nessa situação hipotética, de acordo com a jurisprudência do STF, a interrupção da gravidez

• a) deve ser interpretada como conduta atípica e, portanto, não criminosa.

• b) deveria ter sido autorizada pela justiça para não configurar crime.

• c) é isenta de punição por ter ocorrido em situação de aborto necessário.

• d) configurou crime de aborto praticado por Dalva.

• e) configurou crime de aborto praticado pelos médicos com consentimento da gestante.

• (VUNESP - PC-SP - Delegado de Polícia) “X” recebe recomendação médica para ficar de repouso, caso contrário, poderia sofrer um aborto. Ocorre que “X” precisa trabalhar e não consegue fazer o repouso desejado e, por essa razão, acaba expelindo o
feto, que não sobrevive. Em tese, “X”

• a) não praticou crime algum.

• b) praticou o crime de aborto doloso.

• c) praticou o crime de aborto culposo.

• d) praticou o crime de lesão corporal qualificada pela aceleração do parto.

• e) praticou o crime de desobediência.

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• (MPE-SP - MPE-SP - Promotor de Justiça Substituto) A Suprema Corte tratou do tema antecipação do
parto ou interrupção da gravidez na ADPF 54 em que foi postulada a interpretação dos arts. 124 e 126 do
Código Penal – autoaborto e aborto com o consentimento da gestante – em conformidade com a
Constituição Federal, quando fosse caso de feto anencéfalo. Após julgar procedente a ação, o Colendo
Tribunal declarou que a ocorrência de anencefalia nos dispositivos invocados provoca a exclusão da
antijuridicidade.

• (INSTITUTO AOCP - SEJUS – CE - Agente Penitenciário) O aborto com consentimento é sempre


permitido até o terceiro mês da gestação.

• Cuidado: STF não descriminalizou o aborto realizado nos três primeiros meses de gravidez.

• No HC 124306, o STF analisava um habeas corpus impetrado por dois médicos que foram presos em
flagrante no momento em que supostamente estariam realizando um aborto com o consentimento da
gestante (art. 126 do CP). No HC impetrado, os pacientes buscavam a liberdade provisória.
• É importante, no entanto, pontuar três observações:
• 1) Esta decisão foi tomada pela 1ª Turma do STF (não se sabe como o Plenário decidiria);
• 2) A discussão sobre a criminalização ou não do aborto nos três primeiros meses da gestação foi apenas
para se analisar se seria cabível ou não a manutenção da prisão preventiva;
• 3) O mérito da imputação feita contra os réus ainda não foi julgado e o STF não determinou o
"trancamento" da ação penal. O habeas corpus foi concedido apenas para que fosse afastada a prisão
preventiva dos acusados.

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• (MPDFT – MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Para a realização do aborto com o
consentimento da gestante, em caso de gravidez resultante de estupro, o médico
precisa de autorização judicial.

• (CESPE - TJ-ES - Titular de Serviços de Notas e de Registros) O aborto terapêutico,


necessário para salvar a vida da gestante, configura causa de atipicidade da conduta
por ausência do elemento subjetivo do tipo do injusto.

• (VUNESP - PC-SP - Investigador de Polícia) Não se caracteriza o crime de aborto


provocado por terceiro aquele praticado pelo médico, se a gravidez resulta de
estupro, ainda que sem o consentimento da gestante capaz.

• (FMP Concursos - MPE-RO - Promotor de Justiça Substituto) A jurisprudência do


Supremo Tribunal Federal admite a antecipação terapêutica do parto de fetos como
microcefalia.

• (VUNESP - PC-BA - Investigador de Polícia) O Código Penal permite o aborto


praticado pela própria gestante quando existir risco de morte e não houver outro meio
de se salvar.

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